sexta-feira, 16 de dezembro de 2022

4º Domingo do Advento:

Leituras e Reflexão
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1ª Leitura:  Is 7,10-14

Leitura do Livro do Profeta Isaías:

Naqueles dias, o Senhor falou com Acaz, dizendo: “Pede ao Senhor teu Deus que te faça ver um sinal, quer provenha da profundeza da terra, quer venha das alturas do céu”.

Mas Acaz respondeu: “Não pedirei nem tentarei ao Senhor”.

Disse o profeta: “Ouvi então, vós, casa de Davi; será que achais pouco incomodar os homens e passais a incomodar até o meu Deus? Pois bem, o próprio Senhor vos dará um sinal: Eis que uma virgem conceberá e dará à luz um filho, e lhe porá o nome de Emanuel.

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Responsório: Sl 23(24),1-2.3-4ab.5-6 (R.7c.10b)
- O rei da glória é o Senhor onipotente; abri as portas para que ele possa entrar!
- O rei da glória é o Senhor onipotente; abri as portas para que ele possa entrar!

- Ao Senhor pertence a terra e o que ela encerra, o mundo inteiro com os seres que o povoam; porque ele a tornou firme sobre os mares, e sobre as águas a mantém inabalável.

- “Quem subirá até o monte do Senhor, quem ficará em sua santa habitação?” “Quem tem mãos puras e inocente o coração, quem não dirige sua mente para o crime.

- Sobre este desce a bênção do Senhor e a recompensa de seu Deus e Salvador”. “É assim a geração dos que o procuram, e do Deus de Israel buscam a face”.

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2ª Leitura: Rm 1,1-7

Leitura da Carta de São Paulo aos Romanos:

Eu, Paulo, servo de Jesus Cristo, apóstolo por vocação, escolhido para o Evangelho de Deus, que pelos profetas havia prometido, nas Sagradas Escrituras e que diz respeito a seu Filho, descendente de Davi segundo a carne, autenticado como Filho de Deus com poder, pelo Espírito de Santidade que o ressuscitou dos mortos, Jesus Cristo, Nosso Senhor. É por ele que recebemos a graça da vocação para o apostolado, a fim de podermos trazer à obediência da fé todos os povos pagãos, para a glória de seu nome.

Entre esses povos estais também vós, chamados a ser discípulos de Jesus Cristo. A vós todos que morais em Roma, amados de Deus e santos por vocação, graça e paz da parte de Deus, nosso Pai, e de nosso Senhor Jesus Cristo.

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Evangelho: Mt 1,18-24

Proclamação do Evangelho de São Mateus:

A origem de Jesus Cristo foi assim: Maria, sua mãe, estava prometida em casamento a José, e, antes de viverem juntos, ela ficou grávida pela ação do Espírito Santo. José, seu marido, era justo e, não querendo denunciá-la, resolveu abandonar Maria, em segredo.

Enquanto José pensava nisso, eis que o anjo do Senhor apareceu-lhe, em sonho, e lhe disse: “José, Filho de Davi, não tenhas medo de receber Maria como tua esposa, porque ela concebeu pela ação do Espírito Santo. Ela dará à luz um filho, e tu lhe darás o nome de Jesus, pois ele vai salvar o seu povo de seus pecados”.

Tudo isso aconteceu para se cumprir o que o Senhor havia dito pelo profeta: “Eis que a virgem conceberá e dará à luz um filho. Ele será chamado pelo nome de Emanuel, que significa: Deus está conosco”.

Quando acordou, José fez como o anjo do Senhor havia mandado e aceitou sua esposa.

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Reflexão do padre Johan Konings:

Esperar o Filho de Deus

Neste último domingo do Advento celebramos o ponto alto de nossa esperança e de nossa espera. Revivemos a espera do Messias, para tirar mais fruto de sua vinda, que continua acontecendo em cada momento da história.

Quando o antigo Israel estava ameaçado pelos povos estrangeiros, Deus suscitou a esperança do povo mediante o sinal da “jovem”(a rainha?) que ficou grávida e cujo filho receberia o nome de “Emanuel”, Deus conosco (1ª leitura). Visto que “jovem” pode também ser traduzido por “Virgem”, esse sinal se realiza plenamente em Maria Virgem. A concepção, pela “Virgem”, do filho dado por Deus é o sinal de que Deus está agindo. O povo pode contar com ele.

Em Jesus, a Escritura se cumpre (evangelho). Deus está agindo, mas não sem que os seus colaboradores assumam sua responsabilidade. José, “descendente de Davi”, faz com que o “filho de Deus”(o Messias) nasça “filho de Davi”, ou seja, descendente de Davi, conforme as Escrituras (cf. Mt 1, 1-16). José não precisa ter medo de acolher Maria: ela é sua esposa (Mt 1,20). Ela se tornará mãe do Emanuel, pelo poder do Espírito de Deus (Deus que age, Mt 1,21). Assim, humanamente falando, Jesus é “filho de Davi” e, pela obra do Espírito Santo em Maria, ele é “Filho de Deus” (2ª leitura).

O mistério de Jesus ter nascido sem que Maria deixasse de ser virgem significa que Jesus, em última instância, não é mera obra humana, mas antes de tudo um presente de Deus à humanidade. Seu nascimento é sinal de que Deus está conosco para nos salvar. Seu nome, Jesus, significa “Deus salva”; é o equivalente de Emanuel.

O mistério se manifesta através de sinais: o mistério do amor, através da rosa; o mistério de Deus que age, através do sinal da Virgem que se torna mãe. Há uma coisa que nos ajuda a vislumbrar o significado desta história: diante da gravidez, os pais, e sobretudo a mãe, têm consciência da presença de um mistério: os pais sentem que o filho não é apenas obra deles.

Diante do mistério do Filho que Deus dá ao mundo, nós sentimos profunda admiração-contemplação, fé e confiança diante do agir de Deus em Jesus, verdadeiramente homem e verdadeiramente Filho de Deus. Sentimos também gratidão pelo presente que Deus nos oferece. E deixando de lado todas as (vãs e vaidosas) tentativas de “resolver o mistério”, dedicamo-nos a contemplá-lo e a nos envolver na alegria que ele representa.

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PE. JOHAN KONINGS nasceu na Bélgica em 1941, onde se tornou Doutor em Teologia pela Universidade Católica de Lovaina, ligado ao Colégio para a América Latina (Fidei Donum). Veio ao Brasil, como sacerdote diocesano, em 1972. Em 1985 entrou na Companhia de Jesus (Jesuítas) e, desde 1986, atuou como professor de exegese bíblica na FAJE, Faculdade Jesuíta de Filosofia e Teologia, em Belo Horizonte. Faleceu no dia 21 de maio de 2022. Este comentário é do livro “Liturgia Dominical, Editora Vozes.

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Reflexão em vídeo de Frei Gustavo Medella:

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Reflexões/ilustração: franciscanos.org.br  Imagem: Frei Fábio Melo Vasconcelos  Baner: edicoescnbb.blog

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