sexta-feira, 9 de dezembro de 2022

3º Domingo do Advento:

Leituras e Reflexão
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1ª Leitura:  Is 35,1-6a.10

Leitura do Livro do Profeta Isaías:

Alegre-se a terra que era deserta e intransitável, exulte a solidão e floresça como um lírio. Germine e exulte de alegria e louvores. Foi-lhe dada a glória do Líbano, o esplendor do Carmelo e de Saron; seus habitantes verão a glória do Senhor, a majestade do nosso Deus.

Fortalecei as mãos enfraquecidas e firmai os joelhos debilitados. Dizei às pessoas deprimidas: “Criai ânimo, não tenhais medo! Vede, é vosso Deus, é a vingança que vem, é a recompensa de Deus; é ele que vem para nos salvar”.

Então se abrirão os olhos dos cegos e se descerrarão os ouvidos dos surdos. O coxo saltará como um cervo e se desatará a língua dos mudos.

Os que o Senhor salvou voltarão para casa. Eles virão a Sião cantando louvores, com infinita alegria brilhando em seus rostos; cheios de gozo e contentamento, não mais conhecerão a dor e o pranto.

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Responsório: Sl 145(146),7.8-9a.9bc-10 (R.cf. Is 35,4)
- Vinde, Senhor, para salvar o vosso povo!
- Vinde, Senhor, para salvar o vosso povo!

- O Senhor é fiel para sempre, faz justiça aos que são oprimidos; ele dá alimento aos famintos, é o Senhor quem liberta os cativos.

- O Senhor abre os olhos aos cegos, o Senhor faz erguer-se o caído, o Senhor ama aquele que é justo, é o Senhor que protege o estrangeiro.

- Ele ampara a viúva e o órfão, mas confunde os caminhos dos maus. O Senhor reinará para sempre! Ó Sião, o teu Deus reinará!

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2ª Leitura: Tg 5,7-10)

Leitura da Carta de São Tiago:

Irmãos: Ficai firmes até à vinda do Senhor. Vede o agricultor: ele espera o precioso fruto da terra e fica firme até cair a chuva do outono ou da primavera. Também vós, ficai firmes e fortalecei vossos corações, porque a vinda do Senhor está próxima. Irmãos, não vos queixeis uns dos outros, para que não sejais julgados. Eis que o juiz está às portas. Irmãos, tomai por modelo de sofrimento e firmeza os profetas, que falaram em nome do Senhor.

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Evangelho: Mt 11,2-11

Proclamação do Evangelho de São Mateus:

Naquele tempo, João estava na prisão. Quando ouviu falar das obras de Cristo, enviou-lhe alguns discípulos, para lhe perguntarem: “És tu aquele que há de vir ou devemos esperar um outro?”

Jesus respondeu-lhes: “Ide contar a João o que estais ouvindo e vendo: os cegos recuperam a vista, os paralíticos andam, os leprosos são curados, os surdos ouvem, os mortos ressuscitam e os pobres são evangelizados. Feliz aquele que não se escandaliza por causa de mim!”

Os discípulos de João partiram, e Jesus começou a falar às multidões sobre João: “O que fostes ver no deserto? Um caniço agitado pelo vento? O que fostes ver? Um homem vestido com roupas finas? Mas os que vestem roupas finas estão nos palácios dos reis.

Então, o que fostes ver? Um profeta? Sim, eu vos afirmo, e alguém que é mais do que profeta. É dele que está escrito: ‘Eis que envio o meu mensageiro à tua frente; ele vai preparar o teu caminho diante de ti’. Em verdade vos digo, de todos os homens que já nasceram, nenhum é maior do que João Batista. No entanto, o menor no Reino dos Céus é maior do que ele”.

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Reflexão do padre Johan Konings:

A alegre esperança do cristão

A esperança que temos é a mola propulsora de nossa vida. Que é que você espera da vida? Como ela se tornaria melhor? Quem poderia ajudá-lo para isso? São essas as perguntas de todo o mundo e também do cristão, perguntas que a liturgia deste domingo suscita em nós. Deus mesmo é a esperança do fiel. Ele não é um castigador, um fiscal de nossos pecados e nem mesmo da “desordem estabelecida” na sociedade em que vivemos. Ele não deseja castigar, mas transformar aquilo que está errado: ele vem salvar. Esta é a esperança anunciada pelos profetas (1ª leitura).

Com a vinda de Jesus começou irreversivelmente a realização desta esperança, a realização da profecia. João Batista não percebe bem o que Jesus está fazendo. Manda perguntar se ele é o Messias, ou se é para esperar outro (evangelho). Jesus aponta os sinais que ele está realizando: aquilo que os profetas anunciaram. Daí a conclusão: já não precisamos aguardar outro.

Ora, Jesus apenas iniciou. Implantou. A plantação deve ainda crescer. Com a paciência e a firmeza do agricultor, devemos esperar o amadurecimento de seu reino na História. Com o “sofrimento e paciência dos profetas que o anunciaram…(2ª leitura)

A esperança suscita em nós alegria confiante: Deus deu início à realização de seu projeto. Quando se olha com objetividade o que a palavra de Cristo já realizou no mundo, apesar das constantes recaídas de uma humanidade inconstante, reconhecemos que ela foi eficaz. Devemos também olhar para os sinais que se realizam hoje: a transformação impulsionada pelo evangelho de Cristo se reflete na nova consciência do povo, que assume sua própria história na construção de uma sociedade mais fraterna.

A esperança fundamenta uma firmeza permanente, confiante de que Deus erradicará o mal que ainda persiste.

A esperança exterioriza-se na celebração, expressão comunitária de nossa alegria e confiança.

A esperança do cristão é Jesus. Ele é aquele que havia de vir. Não precisamos ir atrás de outro messias, oferecidos pelo mundo do consumo, por promessas políticas ambíguas e assim por diante. Consumo e política são propostas humanas, e podemos servir-nos delas conforme convém, com liberdade. Mas o Messias vem de Deus; ele merece nossa adesão, nele podemos acreditar. Chama-se Jesus. Feliz quem não se deixa abalar em relação a ele (cf. Mt 11,6)!

Esperamos que o amor e a justiça que Cristo veio trazer ao mundo, e nos quais somos chamados a participar ativamente, realizem o plano de Deus para a humanidade, desde já e para sempre, “assim na terra como no céu”.

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PE. JOHAN KONINGS nasceu na Bélgica em 1941, onde se tornou Doutor em Teologia pela Universidade Católica de Lovaina, ligado ao Colégio para a América Latina (Fidei Donum). Veio ao Brasil, como sacerdote diocesano, em 1972. Em 1985 entrou na Companhia de Jesus (Jesuítas) e, desde 1986, atuou como professor de exegese bíblica na FAJE, Faculdade Jesuíta de Filosofia e Teologia, em Belo Horizonte. Faleceu no dia 21 de maio de 2022. Este comentário é do livro “Liturgia Dominical, Editora Vozes.

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Reflexão em vídeo de Frei Gustavo Medella:

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Reflexões/ilustração: franciscanos.org.br  Imagem: Frei Fábio Melo Vasconcelos  Baner: edicoescnbb.blog

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