terça-feira, 17 de abril de 2018

Comissão para Doutrina da Fé

lança na 56ª AG da CNBB sobre fé cristã e laicidade
Durante a 56ª Assembleia Geral da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB), em Aparecida (SP), foi apresentado o novo subsídio da Comissão Episcopal Pastoral para a Doutrina da Fé intitulado “Fé Cristã e Laicidade”.
O subsídio tem objetivo de oferecer uma reflexão aprofundada sobre a laicidade diante da fé cristã e esclarece sua diferença em relação ao “laicismo”. “A laicidade em si é boa, enquanto separação da religião e o poder civil, justamente para garantir que todas as religiões possam atuar bem. Já o laicismo é esforço de pessoas da sociedade para retirar Deus da vida das pessoas. Ora, o Estado é laico, mas o povo não é ateu”, explicou dom Pedro Carlos Cipollini, bispo de Santo André (SP) e presidente da Comissão para a Doutrina da Fé.
“Essa reflexão quer suscitar o interesse por esta realidade que vai se tornando conflitiva cada dia mais, além de traçar um itinerário de reflexão pontuado em aspectos importantes e pressupostos para a profundar a questão e saber lidar com ela no empenho pastoral da Igreja”, destacou o Bispo, na apresentação do texto.
Presidente da Comissão para Doutrina da Fé ressaltou, ainda, que a perda do sentido da transcendência e a progressiva subjetivação da fé, com a tentação de um forte relativismo ético, forma um quadro no qual a religião acaba não se referindo mais à teologia, mas à antropologia. “Desde que o homem se faz Deus para si mesmo já não cabe falar de amor do homem a Deus”.
O subsídio é dividido em sete capítulos que esclarecem as diferenças conceituais entre “secularidade e secularismo” e “laicidade e laicismo”, apresentam o percurso histórico dessas realidades, bem como aspectos jurídicos, referenciais bíblicos, princípios da Doutrina Social da Igreja e da política, além de indicações de como a Igreja deve se relacionar com o Estado laico.
Dom Pedro esclareceu que esse não é um documento da CNBB, uma vez que os documentos são aprovados por todos os bispos em assembleia. “Trata-se um trabalho de assessoria. A CNBB tem várias comissões que assessoram os bispos. Portanto, esse é um subsídio oferecido ao episcopado como uma reflexão para ajudar no encaminhamento da pastoral em um âmbito geral”.
Ainda segundo o Bispo, o novo subsidio é muito indicado para jovens universitários cristãos que, ao entrar na universidade recebem uma carga imensa de informações altamente ideologizadas que repudiam a religião.
O subsídio “Fé Cristã e laicidade” pode ser adquirido pelas Edições por meio do site: www.edicoescnbb.com.br.
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Lançado livro sobre o perfil episcopal da Igreja no Brasil desde o tempo colonial até os dias atuais
Professor Fernando Altemeyer Jr, Chefe do departamento de Ciência da Religião, na Faculdade de Ciências Sociais da Pontifícia Universidade Católica de São Paulo, é autor do livro “Perfil episcopal da Igreja da Igreja Católica no Brasil – 1551 – 2018”, pela editora Paulus. Dom Angélico Sândalo Bernardino, bispo emérito de Blumenau (SC), apresenta o volume do seguinte modo: “Ao percorrer as páginas deste livro com nomes, datas e informações preciosas sobre o Episcopado Católico Brasileiro, faço um pedido franciscano: rezem por nós! Saibam que somos humanos e frágeis, mas saibam também que a misericórdia de Deus nos faz homens da esperança“.
Estrutura
Na primeira parte, o livro traz um brevíssimo texto sobre o Brasil, lugar onde a Igreja realiza a sua missão e, em seguida, apresenta uma sucessão de textos selecionados, também muito breves, a respeito da identidade e da missão dos bispos na Igreja. Partindo da citação dos Atos dos Apóstolos: “De Mileto, mandou a Éfeso chamar os anciãos da Igreja” (20,17) até dom Pedro Casaldáliga, prelado emérito de São Félix do Araguaia (MT): “nada possuir, nada carregar, nada pedir, nada calar e, sobretudo, nada matar“.
Em seguida, apresenta uma lista de 1.153 bispos, considerando desde a Colônia até os dias atuais: “um abade-bispo, 22 cardeais-arcebispos, 209 arcebispos, 802 bispos, 95 prelados, 3 prefeitos, 11 administradores apostólicos, dois exarcas e oito eparcas. São 478 bispos vivos e 675 bispos falecidos“.
Na parte final, o livro traz onze apêndices com particularidades sobre o quadro geral do episcopado nesses cinco séculos.
Destaque
Entre os apêndices, está a letra “G” que traz uma lista completa da origem de todos os bispos que já trabalharam no Brasil desde o século XVI. Eis os 10 maiores números:167 paulistas, 153 mineiros, 104 gaúchos, 99 italianos, 87 portugueses, 54 catarinenses, 47 cariocas, 46 baianos, 44 pernambucanos e 37 cearenses.
O livro está disponível nas livrarias católicas.
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