terça-feira, 19 de agosto de 2025

Paróquia São José - Paraisópolis (MG):

Horários de missa e outros eventos

_________________________________________________________________________________

________________________________________________________________________________

Dia 20 - Quarta-feira

19h - Missa votiva em louvor a São José na matriz

19h - Missa na comunidade dos Lucianos

______________________________________________________________________________

Dia 21 - Quinta-feira

19h - Missa na comunidade da Pedra Branca

19h - Terço dos homens na matriz

______________________________________________________________________________

Dia 22 - Sexta-feira

5h30 - Missa na matriz

6h15 - Oração das Mil Misericórdias na matriz

19h - Missa na comunidade dos Carneiros

19h - Celebração da Palavra na comunidade dos Inácios

19h - Grupo de oração Maranathá na capela da Soledade

______________________________________________________________________________

Dia 23 - Sábado

17h - Missa na comunidade dos Coqueiros

19h - Missa na matriz  e na igreja de São Geraldo

______________________________________________________________________________

Dia 24 - 21º Domingo do Tempo Comum

7h e 9h - Missa na matriz

11h - Missa na igreja de Santa Edwiges

15h - Encontro com a Pastoral da Acolhida

16h - Missa na igreja de Santo Antônio

19h - Missa na matriz

______________________________________________________________________________

Bela catequese de dom Lindomar Rocha Mota:

A certíssima esperança

No vasto cenário de cenário do mundo, a esperança não se apresenta como um estandarte triunfante, mas como uma chama pequena que resiste ao vento. Há momentos em que parece quase se extinguir nas brumas de dos acontecimentos; ainda assim, permanece, silenciosa, firme, quase tímida, mas invencível, pois a força verdadeira não se mede pela lâmina da espada, mas pela coragem de seguir caminhando quando o caminho parece sem saída. 

Na Escritura, essa lógica encontra eco no livro da Sabedoria (18,6-9), onde a esperança nasce numa noite em que Israel se vê cercado pelo poder do Egito. É noite de opressão, mas também de promessa. O povo não é chamado a se armar, mas a confiar. E é essa confiança que o conduz à libertação. 

Jesus, no Evangelho (Lc 12,32-48), retoma essa mesma perspectiva, ao dizer: “Não tenhais medo, pequenino rebanho, pois foi do agrado do Pai dar a vós o Reino”. 

Não é palavra de consolo, mas um decreto silencioso de vitória. O Reino não é um projeto que se constrói pela força humana, mas dom irrevogável que brota da generosidade de Deus. Por isso, a esperança não é fragilidade exposta ao vento. Ela tem raiz cravada na terra fértil da promessa divina. 

A vigilância do discípulo não nasce do receio de perder algo, mas da alegria de quem espera alguém. Vigiar, no Evangelho, não é esperar com ansiedade. É, bem mais transformar o tempo da demora em tempo fecundo, tecido de fidelidade e amor. Quem ama, espera, e espera com alegria. 

Os grandes mestres da fé entenderam esse mistério. Santo Agostinho escreveu que “esperar é já amar”, como quem afirma que a esperança é um amor lançado para o amanhã. Tomás a descreve como “tensão firme por um bem futuro, difícil, mas possível com a ajuda de Deus” (Suma Teológica, II-II, q.17). E Bento XVI, em Spe Salvi, proclama: “Quem tem esperança vive de modo diferente; foi-lhe dada uma vida nova”. 

Na caminhada neste mundo, não é o vigor físico que o sustenta mas a esperança! Ela é uma luz que, embora pequena, ainda é maior que a grande sombra. 

Assim também vive o católico. De um lado, guardamos a memória da libertação já recebida; de outro, contemplamos a promessa de um encontro ainda por vir. A esperança é mais forte que a morte porque se apoia naquele que já venceu a morte. É mais que otimismo humano, é certeza nascida da fidelidade divina. É força que atravessa gerações, sustenta os pobres, renova a Igreja e abre caminhos onde antes só havia muros. 

A Palavra ressoa clara: “Não tenhais medo”! A esperança não se apaga porque Deus não se retrata. É ela, e não a força bruta, que carrega o mundo nos ombros. É a virtude que ousa esperar quando tudo parece perdido, porque sabe que o Senhor vem. E, quando Ele vier, será como a aurora que rompe a noite mais longa do mundo.

Dom Lindomar Rocha Mota - Bispo de São Luís de Montes Belos (GO) 

________________________________________________________________________________
                                                             Fonte: cnbb.org.br     Imagem: (@Vatican Media)

Sábias e belas considerações:

Anjos silenciosos ao nosso redor

Pe. Zezinho, scj |||||||||||||||||||||||||||||||

_____________________________

Quando um padre, uma freira, um leigo crê que recebeu o Espírito Santo e o proclama num palco diante de câmeras e microfones, a única diferença é a proclamação, até porque há muitos outros católicos que também o receberam, mas não o proclamam diante de câmeras e microfones.

Padre Zezinho

Há testemunhos divulgados e há testemunhos silenciosos. Ambos são válidos!

Vai do temperamento, do treinamento, do tipo de espiritualidade e do tipo de grupo que eles frequentam.

Conheci várias pessoas plenas de dons que certamente viviam em Jesus, mas nunca subiram ao palco para testemunhar seu dom.

Em Taubaté vi pessoalmente este fenômeno. Uma pobre jovem totalmente fora do seu juízo parecia estar possuída pelo demônio.

Católicos Carismáticos, fiéis Pentecostais e dois pastores tentaram expulsar aquele “demônio” e ela correu com todos eles. Saiam de lá assustados diante do auê da menina de 18 anos.

Uma velha senhora, já nos seus 80 anos se aproximou do quarto com palavras mansas e com olhar de avó. Meia hora depois ela a devolveu à família.

Dona Mariza não pertencia a nenhuma organização. Era apenas uma frequentadora de missa e atuava num hospital, como voluntária numa ala de crianças.

Não dava testemunho no palco, mas era assídua diante do Santíssimo, quando havia cursilhos ou encontros de Emaús e Shalom . Era “intercessora”.

Há testemunhas que nunca “dão testemunhos nem frequentam nenhum grupo carismático, mas respiram ternura e misericórdia. Vivem cheias do Espírito Santo!

***

Respeito quem sobe lá e confessa sua mudança de vida perante mil ou duas mil pessoas.

Mas aprendi a distinguir quem carrega a luz do Cristo sem dizer uma só palavra.

São Francisco caminhou de pés descalços pelas ruas de Assis sem dizer uma só palavra e sem cantar nenhum louvor.

Apenas desfilou sua alegria com seus companheiros. Foi um dos seus mais tocantes sermões!

***

Conheci e conheço centenas dessas senhoras e senhores. Desfilam sem desfilar; simplesmente estão lá amando e servindo os outros.

Você já viu isso na sua paróquia? Eu já vi e vejo todos os dias no supermercado, e nas ruas do meu bairro!

Dona Mariazinha e Dona Terezinha e Dona Zenaide eram assim!… E tive a graça de receber aulas de catequese de três delas!

O mundo está pleno desses santos anônimos! Não aparecem, mas fazem a diferença numa paróquia!

____________________________________________________________________________________
                                                                                         Fonte: facebook.com/padrezezinho,sjc

segunda-feira, 18 de agosto de 2025

Leão XIV em mensagem:

que Jesus seja anunciado com clareza e caridade na Amazônia

"É necessário que Jesus Cristo, em quem se recapitulam todas as coisas, seja anunciado com clareza e imensa caridade entre os habitantes da Amazônia", escreveu o Papa ao Encontro de Bispos da Pan-Amazônia que está sendo realizado em Bogotá, na Colômbia, até a próxima quarta-feira (20/08). Além da dimensão do anúncio do Evangelho, Leão XIV também analisou a missão da Igreja na região através do cuidado da casa comum, um "direito e dever" que "Deus Pai nos confiou como administradores solícitos".

O Papa Leão XIV também se fez presente nas atividades do Encontro de Bispos da Pan-Amazônia através de um telegrama. A mensagem, assinada pelo secretário de Estado, o cardeal Pietro Parolin, foi enviada nesta segunda-feira (18/08), segundo dia do evento que termina na próxima quarta-feira, 20 de agosto, em Bogotá, na Colômbia, convocado pela Conferência Eclesial da Amazônia (Ceama).

Mais de 90 bispos de 76 jurisdições eclesiásticas nos 9 países amazônicos estão reunidos em espírito sinodal para discernir sobre os desafios pastorais e missionários da região, onde moram mais de 33 milhões de pessoas, entre elas, indígenas, ribeirinhos, camponeses e afrodescendentes. Esse é o primeiro grande encontro episcopal após o Sínodo para a Amazônia de 2019, o Documento Final e a Exortação Apostólica Querida Amazônia do Papa Francisco, um movimento em prol de novos caminhos de evangelização e cuidados do meio ambiente e dos pobres que deu força para a própria criação da Ceama, aprovada pelo Pontífice argentino em 2021.

O telegrama de Leão XIV foi inclusive dirigido ao cardeal Pedro Ricardo Barreto Jimeno, presidente da Conferência Eclesial da Amazônia, uma organização que reúne além do episcopado, também leigos, agentes pastorais, mulheres e indígenas. É a primeira conferência de caráter "eclesial" na história recente da Igreja, tanto que o Papa reconhece e agradece os bispos pelo "esforço realizado para promover o maior bem da Igreja em favor dos fiéis do amado território amazônico e, tendo em conta o que se aprendeu no Sínodo sobre a escuta e participação de todas as vocações na Igreja, exorta-os a procurar, com base na unidade e na colegialidade própria de um 'organismo episcopal', como ajudar de forma concreta e eficaz os bispos diocesanos e os vigários apostólicos a levar a cabo a sua missão".

Missa durante o primeiro dia do encontro dos bispos da Pan-Amazônia


Anunciar Jesus com clareza e caridade 

A esse respeito, continua o telegrama, Leão XIV convida todos os participantes do encontro que estão em Bogotá a refletir sobre "três dimensões que estão interconectadas na ação pastoral dessa região: a missão da Igreja de anunciar o Evangelho a todos os homens, o tratamento justo aos povos que ali habitam e o cuidado da casa comum". E o Pontífice aprofundou o argumento:

“É necessário que Jesus Cristo, em quem se recapitulam todas as coisas, seja anunciado com clareza e imensa caridade entre os habitantes da Amazônia, de tal forma que temos de nos esforçar por lhes dar o pão fresco e límpido da Boa Nova e o alimento celeste da Eucaristia, único meio para ser verdadeiramente o povo de Deus e o corpo de Cristo. Nesta missão, move-nos a certeza, confirmada pela história da Igreja, de que ali onde se prega o nome de Cristo a injustiça retrocede proporcionalmente, pois, como assegura o Apóstolo Paulo, toda a exploração do homem pelo homem desaparece se somos capazes de nos recebermos uns aos outros como irmãos.”

A mensagem do Papa, assinada pelo cardeal Parolin, é finalizada com a bênção apostólica e uma referência a Santo Inácio de Loyola ao interpretar o caminho para a salvação, através do cuidado com a criação divina:

"No âmbito desta doutrina perene, não menos evidente é o direito e o dever de cuidar da 'casa' que Deus Pai nos confiou como administradores solícitos, de modo que ninguém destrua irresponsavelmente os bens naturais que falam da bondade e beleza do Criador, nem, muito menos, se submeta a eles como escravo ou adorador da natureza, pois as coisas nos foram dadas para alcançarmos o nosso objetivo de louvar a Deus e, assim, obter a salvação de nossas almas."

Andressa Collet - Vatican News

________________________________________________________________________________
                                                            Fonte: vaticannews.va     Fotos: (@Vatican Media)

Paróquia São José - Paraisópolis (MG):

Horários de missa e outros eventos

_________________________________________________________________________________

________________________________________________________________________________

Dia 19 - Terça-feira

15h Missa pelos enfermos e pelas vocações na matriz

19h Terço das mulheres na matriz

19h Missa nas comunidades das Áreas e da Ponte do Neneco

______________________________________________________________________________

Dia 20 - Quarta-feira

19h - Missa votiva em louvor a São José na matriz

19h - Missa na comunidade dos Lucianos

______________________________________________________________________________

Dia 21 - Quinta-feira

19h - Missa na comunidade da Pedra Branca

19h - Terço dos homens na matriz

______________________________________________________________________________

Dia 22 - Sexta-feira

5h30 - Missa na matriz

6h15 - Oração das Mil Misericórdias na matriz

19h - Missa na comunidade dos Carneiros

19h - Celebração da Palavra na comunidade dos Inácios

19h - Grupo de oração Maranathá na capela da Soledade

______________________________________________________________________________

Dia 23 - Sábado

17h - Missa na comunidade dos Coqueiros

19h - Missa na matriz  e na igreja de São Geraldo

______________________________________________________________________________

Dia 24 - 21º Domingo do Tempo Comum

7h e 9h - Missa na matriz

11h - Missa na igreja de Santa Edwiges

15h - Encontro com a Pastoral da Acolhida

16h - Missa na igreja de Santo Antônio

19h - Missa na matriz

______________________________________________________________________________

Reflita com dom Paulo Mendes Peixoto:

Diálogo da fé

Não é fácil realizar uma oração autenticamente verdadeira. Ela exige convicção, atenção, confiança e acreditar que Deus acolhe generosamente os pedidos que a pessoa faz. A fé é elemento central na prática da oração e do contato espiritual com Deus, porque ela ultrapassa a esfera da dimensão simplesmente humana e coloca a pessoa numa realidade sobrenatural de encontro com o Senhor.

Dom Paulo Peixoto

O diálogo com Deus pode ser insistente e até questionador, mas sempre reconhecendo o total respeito e a esperança que dele vem de forma positiva e justa. A questão aqui é saber como são feitas essas orações, como colocar-se diante de Deus vivendo num mundo marcado por tantas desigualdades, injustiças e carência de práticas verdadeiras e honestas, na convivência social.

Existem muitas orações feitas de forma apenas devocional, praticadas por tradição e sem compromisso com o que é pedido e rezado. Não podemos dizer que não têm valor diante de Deus, mas geram pouco compromisso com o sentido espiritual e social da vida. A intimidade que se deve ter com Deus supõe intimidade com o ser humano e respeito para com a dignidade humana.

A oração significa que existe uma relação afetiva de Deus com toda a humanidade. Isto aparece no fato da Aliança feita com Abraão, ligando o divino com o humano numa prática que leva ao compromisso relacional entre Deus e a pessoa humana. A palavra de Abraão, para defender os justos, sensibiliza Deus a fazer justiça com o povo por existir pessoas justas em seu meio (cf. Gn 18,23s).

O apóstolo Paulo evidencia que o batismo cria proximidade entre as pessoas e abre caminho para o diálogo do cristão com Deus. Mas ele é fruto de sério compromisso histórico da fé na vida social e comunitária, porque, como diz o ditado popular, ninguém se salva sozinho. A real dimensão de eternidade supõe compromisso de humanidade, de partilha e convivência fraterna.

Jesus age como um verdadeiro mestre de oração, mesmo apresentando apenas o Pai Nosso como diálogo com o Pai, onde ele sintetiza toda realidade do projeto de sua missão na terra. Quem reza com convicção deve se comprometer com as palavras que pronuncia e reconhecer a ação de Deus diante daquilo que é pedido. Tudo deve expressar através do diálogo da fé, do compromisso com a vida.

Dom Paulo Mendes Peixoto - Arcebispo Metropolitano de Uberaba

______________________________________________________________________________
                                                                                                              Fonte: cnbb.org.br

domingo, 17 de agosto de 2025

Leão XIV na missa deste domingo:

“Somos a Igreja do Senhor,
uma Igreja de pobres, todos preciosos”

Cerca de 110 pessoas, a maior parte pobres assistidos pela Cáritas, participaram neste domingo, 17 de agosto, da missa presidida pelo Papa no Santuário de Santa Maria della Rotonda, em Albano Laziale. “Derrubemos os muros, não deixemos o Senhor fora das nossas igrejas”, pediu o Santo Padre.

Neste domingo, 17 de agosto, o Papa Leão XIV presidiu a Santa Missa no Santuário de Santa Maria della Rotonda, em Albano Laziale, cidade vizinha a Castel Gandolfo. A celebração reuniu cerca de 110 pessoas, entre sacerdotes, paroquianos, colaboradores da Cáritas, acolhidos em casas de assistência, pessoas em situação de rua e participantes dos Centros de Escuta. Na parte externa, numerosos fiéis acompanharam a liturgia por meio de um telão instalado na praça em frente ao Santuário.

Celebrar a vitória de Cristo

Em sua homilia, o Pontífice refletiu sobre o dom do domingo, dia da Ressurreição, em que os cristãos experimentam a vitória de Cristo sobre a morte:

“Cada um de nós vem à igreja com alguns cansaços e medos – às vezes pequenos, outras vezes grandes – e imediatamente sentimo-nos menos sozinhos, estamos juntos e encontramos a Palavra e o Corpo de Cristo. Deste modo, o nosso coração recebe uma vida que vai para além da morte. É o Espírito Santo, o Espírito do Ressuscitado, que faz isto entre nós e em nós, silenciosamente, domingo após domingo, dia após dia.”

Ao falar do antigo santuário de Santa Maria della Rotonda, cuja forma circular recorda o abraço de Deus, o Papa ressaltou a experiência de acolhida que a Igreja deve transmitir: “A nossa pobreza, a nossa vulnerabilidade e, sobretudo, os fracassos pelos quais podemos ser desprezados e julgados [...] são finalmente acolhidos na doce força de Deus, um amor sem arestas e incondicional”. Em seguida, detendo-se ao Evangelho proposto pela liturgia do XX Domingo do Tempo Comum, o Santo Padre destacou que a paz de Cristo não é a mesma oferecida pelo mundo:

“Jesus precisa de nos dizer: ‘Eu vim lançar fogo sobre a terra; e como gostaria que ele já se tivesse ateado!’. [...] É a decisão de não viver já para nós mesmos, de levar o fogo ao mundo. Não o fogo das armas, nem o das palavras que queimam os outros. Não. Mas o fogo do amor, que se inclina e serve, que opõe à indiferença o cuidado e à prepotência a mansidão”.

É preciso derrubar os muros

Leão XIV agradeceu, em conjunto com o bispo de Albano, dom Vincenzo, o empenho da Diocese em servir os pobres, como um testemunho de comunhão e igualdade dentro da Igreja:

“Somos a Igreja do Senhor, uma Igreja de pobres, todos preciosos, todos sujeitos, cada um portador de uma Palavra singular de Deus. Cada um é um dom para os outros. Derrubemos os muros.”

Acolher sempre o Senhor

Na conclusão da homilia, o Pontífice convidou a comunidade a não afastar Cristo da vida cotidiana:

“Não deixemos o Senhor fora das nossas igrejas, das nossas casas e da nossa vida. Em vez disso, deixemo-Lo entrar nos pobres e, então, faremos as pazes também com a nossa pobreza, aquela que tememos e negamos quando buscamos a todo custo tranquilidade e segurança.”

Por fim, o Papa confiou os frutos da celebração à intercessão da Virgem Maria, venerada como Santa Maria della Rotonda, pedindo que o Espírito Santo transforme os corações e renove a Igreja como verdadeiro Corpo de Cristo. No Ofertório, os dons foram apresentados por acolhidos das casas de assistência, entre eles uma família de origem peruana, acompanhados por representantes da Cáritas. Ao término da Missa, o Pontífice saudou os pobres e os voluntários presentes.

_____________________________________________________________________________________

Assista:

____________________________________________________________________________________

Papa antes da oração do Angelus deste domingo:

agir segundo a verdade tem um custo,
mas Cristo convida-nos à fidelidade.

Em sua reflexão, antes da oração do Angelus em Castel Gandolfo, Leão XIV lembrou que “agir na verdade custa, porque no mundo há quem escolha a mentira” e convidou os fiéis “a não responder à prepotência com vingança”.

Após presidir a Santa Missa em Albano Laziale na manhã deste domingo, 17 de agosto, o Papa Leão XIV dirigiu-se à Piazza della Libertà, em Castel Gandolfo, onde cumpre o seu período de descanso estivo, para encontrar milhares de fiéis e peregrinos e rezar com eles a oração mariana do Angelus.

Na sua meditação, o Santo Padre comentou o Evangelho do XX Domingo do Tempo Comum (cf. Lc 12, 49-53), sublinhando que a missão de Cristo e a dos seus discípulos não está livre de contradições: “Hoje, o Evangelho apresenta-nos um texto exigente, no qual, com imagens fortes e grande franqueza, Jesus diz aos discípulos que a sua missão, e também a dos que o seguem, não é só ‘um mar de rosas’, mas é ‘sinal de contradição’ (cf. Lc 2, 34).”

Em seguida, o Papa recordou que a própria vida de Jesus é marcada pela rejeição e perseguição, apesar da mensagem de amor e justiça que anunciava. Assim também viveram as primeiras comunidades cristãs descritas nos Atos dos Apóstolos, pacíficas mas alvo de hostilidade.

Perseverança na verdade

O Pontífice destacou que o bem nem sempre encontra acolhimento, mas pode gerar resistência e perseguição. Por isso, exortou à perseverança:

“Agir segundo a verdade tem um custo, porque no mundo há quem opte pela mentira e porque o diabo, aproveitando-se disso, muitas vezes procura impedir a ação dos bons. Jesus, porém, convida-nos, com a sua ajuda, a não desistir e a não nos conformarmos com esta mentalidade, mas a continuar a agir em prol do nosso bem e do bem de todos, mesmo de quem nos faz sofrer. Ele convida-nos a não responder à prepotência com a vingança, mas a permanecer fiéis à verdade na caridade. Os mártires dão testemunho disso derramando o seu sangue pela fé, mas também nós, em circunstâncias diferentes e de outro modo, os podemos imitar.”

O testemunho quotidiano

Leão XIV recordou que seguir a verdade exige sacrifícios também na vida cotidiana. Pais que educam os filhos, professores que formam seus alunos, profissionais e políticos que agem com honestidade: todos são chamados a pagar o preço da coerência evangélica, e evocou as palavras de Santo Inácio de Antioquia, que a caminho do martírio em Roma escreveu:

"Não quero que sejais estimados pelos homens, mas por Deus; prefiro morrer em Cristo Jesus a reinar sobre todos os confins da terra."

Por fim, o Santo Padre confiou todos à proteção de Nossa Senhora: “Peçamos a Maria, Rainha dos Mártires, que nos ajude a ser, em todas as circunstâncias, testemunhas fiéis e corajosas do seu Filho, e sustenha os nossos irmãos e irmãs que hoje sofrem pela fé,” concluiu.

Thulio Fonseca - Vatican News

____________________________________________________________________________________

Assista:

________________________________________________________________________________
                                            Fonte: vaticannews.va     Vídeos e fotos: (@Vatican Media)