Já fui muito pobre. Meu pai era paralítico e minha mãe terminou seus dias sem as duas pernas.
Nos anos 1948-1953 faltou muita coisa na nossa casa. Minha mãe dividia um bacalhau comprado no SESI, em 30 pedaços e aquilo tinha que dar para um mês.
Eu,criança, comia farinha de milho com açúcar e água. Aquilo matava a fome. Dona Antônia e, mais tarde dona Alice dava-nos um pão amanhecido e duro. Minha mãe torrava e aquilo virava complemento para misturar com arroz e feijão, isto quando tinha, e com uma abobrinha ou um feixe de couve que alguém vendia na sua.
Éramos pobres, mas não miseráveis! A gente se virava.Eu, aos 9 anos, levava marmitas para a fábrica onde meus irmãostrabalhavam!
***
Hoje tenho um quarto, um pequeno estúdio onde escrevo e guardo meus livros de consulta. O carro de dez anos não é meu. É da comunidade.
Não preciso de muita coisa para viver. Meus tesouros são meus livros!
Remédios não faltam. Sou bem cuidado e, na minha juventude, onde pude, cuidei de muita gente e de muitas obras! Meus shows eram destinados a obras sociais!
Agora, começo a ler a Exortação Apostólica “DILEXIT TE” (eu te amei). E o escrito do Papa Leão XIV começou lembrando a pobreza de uma comunidade cristã descrita no Apocalipse (Ap 3,9) que tinha pouco a oferecer. Mas a quem Deus amava a cada um em particular.
***
Não é só Deus dizendo: EU AMO VOCÊS. É Deus dizendo EU AMO VOCÊ. Você é importante para mim, não importa quão pobre ou sem recursos intelectuais ou materiais vocêseja! Você é alguém!…
***
Já comecei a ler e a comparar os dois documentos: o do Papa Francisco e o do Papa Leão XIV. É o mesmo discurso, aplicado à Igreja Povo de Deus e ao indivíduo que, por causa de Jesus também é filho de Deus!…
Estou curioso. Falarei disso nos próximos escritos! Pz
Penso em quatro
IMAGENS DE Nossas SENHORAS pequenas. A saber: uma no México,
duas no Brasil e uma na Argentina.
N. Sra. Aparecida
Três são imagens
e uma é efígie milagrosamente pintada. Há quem duvide.
Eu creio! Foram recados
dela aos pequenos e esquecidos!
Ao compor “Mãe
do Céu Morena” pensei em três delas. Meus estudos de
teologia e história da fé católica motivaram-me mais de 90 canções sobre Maria
Jovem e Humilde e Pequena.
É o que tentei
retratar em cinco livros sobre Maria e quase cem canções sobre ela! Uma tem rosto de índia nativa mexicana, duas são morenas uma delas tem
tez negra e uma é branca e seu rosto lembra uma linda e humilde jovem
portuguesa.
N. Sra. de Nazaré
Detalhe: as quatro são pequenas.
Todas se
manifestaram a pessoas simples. Aprendi ainda
mais sobre elas no Vaticano II, no Mexico, em
Puebla, e em Aparecida e lembro isto sempre vou a Aparecida. Moro a 40 km do santuário. A de Lujan eu nunca visitei, mas li sua história.
Penso que sem a
mística da pequenez e da valorização dos simples e pequenos perdemos o
significado destas devoções.
E gosto muito de
imaginar que a moça original que viveu em Nazaré, provavelmente
teve um rosto como as lindas moças do oriente médio: nem negras, nem brancas; talvez meio amorenada.
O que me levou a
escrever e cantar tanto à mãe de Jesus, como milhares de escritores e cantores
já fizeram foi o que eu li, estudei e o que
eu rezei desde menino.
N. Sra. de Lujan
Como menino e
coroinha, muitas vezes fui com minha mãe e com tios e tias visitar a antiga basílica. E assisti, passo a passo, a
construção de uns dos maiores tempos marianos do mundo.
Cheguei aos 84
anos e cresci sabendo e crendo que Jesus é O Filho de DEUS, mas ele se fez ser
humano e teve mãe.
A mãe dele não é
deusa, mas ninguém sabia mais de Jesus do que ela. E ela também sorriu e sofreu
com ele. Que mãe maravilhosa ele escolheu para dela nascer!
Olho a pequena
imagem de Aparecida e as pinturas que tenho no meu quarto, lembrando José ao
seu lado, ela sorridente, e o menino Jesus entre os dois: e muitas vezes imagino o que direi ou cantarei na
minha próxima pregação! …
N. Sra de Guadalupe
Esta semana
percorri três vezes a Via Dutra para ver os milhares de romeiros na estrada.
Foram ao Templo adorar e comungar o Filho e venerar a mãe!
Tenho suficiente
estudo e cultura para ensinar o que vivo desde menino. Jesus escolheu uma linda e inteligente mãe para
dela nascer.
E não poderia
ser diferente. Afinal estamos falando do nosso mestre e modelo!…
Na missa por
ocasião do Jubileu da Espiritualidade Mariana, Leão XIV adverte para formas de
culto que não nos ligam aos outros e anestesiam o nosso coração: "Tenhamos
cuidado com toda instrumentalização da fé, que faz correr o risco de
transformar os diferentes – muitas vezes os pobres – em inimigos, em
'leprosos'".
O Papa Leão
presidiu à Santa Missa por ocasião do Jubileu da Espiritualidade Mariana, com a
participação de reitores e responsáveis de santuários, membros de movimentos,
confrarias e grupos marianos de oração. Na Praça São Pedro, o Santo Padre se
deteve diante da imagem original de Nossa Senhora de Fátima,
que excepcionalmente deixou o santuário mariano português para estar
presente também no Terço pela paz conduzido pelo Pontífice na tarde de 11 de
outubro.
A espiritualidade
mariana tem Jesus como centro
A homilia do
Pontífice foi inspirada numa frase do apóstolo Paulo a Timóteo: "Tem
sempre bem presente Jesus Cristo, ressuscitado de entre os mortos e nascido da
linhagem de David" (2 Tm 2, 8). "A espiritualidade mariana, que
alimenta a nossa fé, tem Jesus como centro", explicou o Papa.
“«Tem sempre bem
presente Jesus Cristo»: só isso importa e faz a diferença entre as
espiritualidades humanas e o caminho de Deus.”
É preciso
que o domingo nos faça cristãos, recomendou o Santo Padre. Ou seja, que encha o
nosso sentir e o nosso pensar com a memória incandescente de Jesus, modificando
a nossa convivência, a nossa habitação na terra. Toda a espiritualidade cristã
se desenvolve a partir deste fogo e contribui para torná-lo mais vivo. Quanto
menos títulos se possa ostentar, mais claro aparece que o amor é gratuito.
"Deus é puro dom, somente graça, mas quantas vozes e convicções podem
separar-nos ainda hoje desta verdade nua e disruptiva!", observou.
"Irmãos e
irmãs, a espiritualidade mariana está a serviço do Evangelho, revelando a sua
simplicidade. O afeto por Maria de Nazaré torna-nos, com Ela, discípulos de
Jesus, educa-nos a voltar para Ele, a meditar e a relacionar os acontecimentos
da vida nos quais o Ressuscitado ainda nos visita e chama. (...) Ela
compromete-nos a saciar os famintos, a exaltar os humildes, a recordar a
misericórdia de Deus e a confiar no poder do seu braço."
Cuidado com a
instrumentalização da fé
Com efeito,
prosseguiu o Papa, os leprosos que no Evangelho não voltam para agradecer nos
lembram que a graça de Deus também pode vir até nós e não encontrar resposta,
pode curar-nos e não nos envolver.
"Tenhamos
cuidado, portanto, com aquele subir ao templo que não nos faz seguir
Jesus. Existem formas de culto que não nos ligam aos outros e anestesiam o
nosso coração", advertiu Leão XIV. Deste modo, não vivemos verdadeiros
encontros com aqueles que Deus coloca no nosso caminho; não participamos, como
fez Maria, da mudança do mundo e na alegria do Magnificat.
“Tenhamos
cuidado com toda instrumentalização da fé, que faz correr o risco de
transformar os diferentes – muitas vezes os pobres – em inimigos, em “leprosos”
a evitar e rejeitar.”
O caminho de
Maria é seguir Jesus
O Santo Padre
reiterou: o caminho de Maria é seguir Jesus, e o caminho de Jesus é dirigir-se
a todos os seres humanos, especialmente aos pobres, aos feridos, aos pecadores.
Por isso, a autêntica espiritualidade mariana torna atual na Igreja a
ternura de Deus, a sua maternidade. E citou um trecho da Exortação
Apostólica Evangelii gaudium do Papa Francisco, quando escreve que
sempre que olhamos para Maria, "voltamos a acreditar na força
revolucionária da ternura e do afeto". O Pontífice então concluiu:
"Caríssimos,
neste mundo que busca justiça e paz, mantenhamos viva a espiritualidade cristã,
a devoção popular aos acontecimentos e aos lugares que, abençoados por Deus,
mudaram para sempre a face da terra. Façamos disso um motor de renovação e transformação,
como pede o Jubileu, tempo de conversão e restituição, de reavaliação e
libertação. Que Maria Santíssima, nossa esperança, interceda por nós e
oriente-nos sempre e para sempre para Jesus, o Senhor crucificado. Nele, há
salvação para todos."
Ato de
consagração
Ao final da
missa, o Santo Padre aproximou-se da imagem da Virgem de Fátima e
consagrou o mundo ao Imaculado Coração de Maria. Eis a oração proferida:
"Virgem
Santa, Mãe de Cristo, nossa esperança, a tua presença atenta neste ano de graça
acompanha-nos, consola-nos e dá-nos, nas noites da história, a certeza de que
em Cristo o mal foi vencido e que todo o homem é redimido pelo seu amor.
Discípula
perfeita do Senhor, guardaste no coração todas as coisas de Deus. Ensina-nos a
escutar a Palavra e a compreendê-la interiormente, para caminharmos seguros no
caminho da santidade.
Ao teu Coração
Imaculado confiamos o mundo inteiro e toda a humanidade, especialmente os teus
filhos atormentados pelo flagelo da guerra.
Advogada da
graça, indica-nos o caminho da reconciliação e do perdão. Não deixes de
interceder por nós na alegria e na dor, e alcança-nos o dom da paz que tanto
imploramos.
Mãe da Igreja,
acolhe-nos benignamente, para que sob o teu manto possamos encontrar refúgio e
ser socorridos pelo teu auxílio materno nas provações da vida.
Contigo, Virgem
Imaculada, manifestamos o Senhor, reconhecendo em cada momento as grandes obras
do seu amor.
Virgem Santa,
Mãe Assunta ao Céu, Rainha da Paz, Senhora do Coração Imaculado, roga por
nós."
Seis décadas
depois de criada a Vila de Guaratinguetá, um certo capitão José Correia Leite,
adquiriu terras em Tetequeras, nas margens do Rio Paraíba do Sul, cerca,de três
léguas abaixo de Pindamonhangaba. O Porto existente em sua fazenda, ficou então
conhecido pelo nome de Porto José Correia Leite (atual Porto Itaguaçú).
Em dezembro de
1716, o rei D. João V, nomeou D. Pedro Miguel de Almeida Portugal e
Vasconcelos, conhecido como Conde de Assumar, para governar como Capitão
General a Capitania de São Paulo e Minas Gerais, que pouco depois seria
desmembrada em duas, por sugestão dele mesmo. Foi homem importante, viria a ser
mais tarde vice-rei da Índia. Embarcou no Rio de Janeiro para Angra dos Reis,
Parati e Santos, daí galgou a Serra do Mar e foi a São Paulo, onde tomou posse
em 04 de setembro de 1717. Pouco depois seguiu para Minas Gerais, pela chamada
estrada real, hospedando-se com toda sua comitiva em Guaratinguetá de 17 a 30
de outubro, à espera de suas bagagens que deixara no porto de Parati.
A Câmara
Municipal da Vila de Santo Antonio de Guaratinguetá viu-se em apuros para
abastecer a mesa de tão ilustre visitante, por isso convocou os pescadores
Domingos Garcia, Felipe Pedroso e João Alves, e os mesmos saíram em pescaria
pelo Rio Paraíba. Desceram e subiram o rio várias vezes e nada conseguiram,
chegando ao Porto “José Correia” o pescador João Alves arremessando sua rede às
águas do Rio Paraíba sentiu que algo ali se prendera, puxou-a de volta ao barco
e viu que se tratava de uma imagem de Nossa Senhora da Conceição, sem a cabeça.
Arremessou novamente a rede e apanhou a cabeça da imagem. Os três pescadores
sem nada entender continuaram a pescaria, quando para surpresa de todos os
peixes surgiram em abundância para aqueles homens.
Imagem de Nossa Senhora Aparecida
Segundo o relato
daquelas humildes pessoas, foram tantos peixes logo conseguido, depois de
“aparecida” a imagem, que a canoa ficou cheia. Até ameaçava afundar.
Alegraram-se muito com o ocorrido e foram levar o pescado à Câmara Municipal de
Santo Antonio de Guaratinguetá, mas primeiro passaram pela casa de Felipe
Pedroso e deixaram a preciosa encomenda confiada aos cuidados de Silvana da
Rocha, mãe de João, esposa de Domingos e irmã de Felipe. Puseram-na dentro de
um baú, enrolada em panos, separada uma parte da outra.
A casa de
Silvana foi o primeiro oratório que teve aquela imagem, e ficou com ela cerca
de nove anos, até 1726, data provável de seu falecimento. O marido e o filho,
Deus já os chamara antes. Assim tornou-se herdeiro da imagem seu irmão, Felipe
Pedroso, o único sobrevivente da milagrosa pescaria. Sua casa foi o segundo
oratório, por seis anos, perto da Ponte Sá (proximidade da atual Estação
Ferroviária) e também o terceiro, por mais sete anos, na Ponte Alta, para onde
se mudara. Em 1739, Felipe Pedroso mudou-se mais uma vez, já velho, para o
Itaguaçu, e fez a entrega da imagem a seu filho Atanásio. Até então a imagem
ficava dentro do baú, guardada, e só era tirada de lá nas horas da preces,
quando era posta sobre uma mesa. Na casa de Atanásio Pedroso, que ficou sendo
seu quarto oratório, ela passou a ter altar e oratório de madeira, feitos por
ele. Chamava sempre parentes e amigos e com eles rezava o terço e entoava
cânticos. O número de devotos começou a aumentar, alguns sentiram-se
favorecidos por graças e até por milagres, que apregoavam. A fama da Santa
Aparecida foi crescendo e a notícia dos prodígios chegou aos ouvidos do vigário
da Paróquia, Padre José Alves, que mandou seu sacristão, João Potiguara,
assistir as rezas e observar. Baseado nas informações desse, e tendo ouvido
outras pessoas, resolveu o vigário construir uma capelinha ao lado da casa de
Atanásio, que, nessas alturas, estava morando no Porto Itaguaçú, onde a imagem
fora encontrada.
Reprodução do encontro da Imagem
Consta que o vigário quis levar a imagem para Guaratinguetá, levou-a por duas ou três vezes, mas o povo ia às escondidas e a trazia de volta. Depois corria a notícia de que a imagem fugira de volta para o bairro Itaguaçu. Resolveu o padre José Alves Vilela, no ano de 1743, construir uma Capela no alto do Morro dos Coqueiros, a qual terminou sua construção dois anos depois, abrindo a visitação pública em 26 de julho de 1745 (dia consagrado a Santa Ana), dia em que foi celebrada a primeira missa.
Assim, 28 anos
depois de “aparecida” a imagem nas águas do Rio Paraíba do Sul, ela teve sua
capela, que iria durar 138 anos, até 1883.
Em 1894, chegou
em Aparecida um grupo de padres e irmãos da Congregação dos Missionários
Redentoristas, para trabalhar no atendimento aos romeiros que acorriam aos pés
da Virgem Maria para rezar com a Senhora “Aparecida” das águas.
No dia 8 de
setembro de 1904, D. José Camargo de Barros coroou solenemente a Imagem de
Nossa Senhora Aparecida. Em 29 de abril de 1908, a igreja recebeu o título de
Basílica Menor, passados vinte anos, no dia 17 de dezembro de 1928, a vila que
se formou ao redor da Igreja no alto do Morro dos Coqueiros tornou-se
Município, e em 1929, Nossa senhora foi proclamada Rainha do Brasil e sua
Padroeira oficial, por determinação do Papa Pio XI.
Com o passar do
tempo o aumento do número de romeiros foi aumentando e a Basílica tornou-se
pequena. Foi então que os Missionários Redentoristas e os senhores Bispos
iniciaram no dia 11 de novembro de 1955 a construção da atual Basílica Nova, o
maior Santuário Mariano do Mundo. Em 1980, ainda em construção, recebeu o
título de Basílica Menor pelo Papa João Paulo II. Em 1984, foi declarada
oficialmente Basílica de Aparecida Santuário Nacional, pela CNBB (Conferência
Nacional dos Bispos do Brasil).
A Conferência
Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB) apresenta, na próxima quarta-feira,
15, o Manual de Catequética, uma obra essencial para fortalecer a
missão da Catequese no país. O lançamento do material ocorre num evento
presencial na sede da Conferência, com a presença de catequistas, padres e
formadores de Brasília e entorno, além de transmissão ao vivo pelo canal da
Conferência no Youtube.
De acordo com a
Edições CNBB, será uma noite de encontro, aprendizado e comunhão para
apresentar o manual, fruto do trabalho da Sociedade Brasileira de Catequetas
(SBCat) com reflexões e orientações para fortalecer a missão da Catequese no
Brasil.
Participam do
mesa do evento o bispo auxiliar de Brasília e secretário-geral da CNBB, dom
Ricardo Hoepers; o presidente da SBCat e subsecretário Adjunto de Pastoral,
padre Jânison de Sá; a irmã Sueli da Cruz Pereira, membro do grupo de reflexão
Bíblica e Catequética (GREBICAT) da CNBB e uma das organizadoras e autoras da
publicação; o diretor-geral das Edições CNBB, monsenhor Jamil Alves de Souza;
padre Wagner Carvalho, assessor da Comissão para a Animação Bíblico Catequética
da CNBB; e o arcebispo de Santa Maria (RS) e presidente da Comissão Episcopal
para a Animação Bíblico-Catequética da CNBB, dom Leomar Brustolin.
“Mais do que uma
coletânea de estudos, este Manual é um itinerário que une tradição e renovação,
teologia e pastoral, doutrina e vida. Inspirado na dinâmica do catecumenato,
aprofunda os fundamentos bíblicos, históricos e eclesiológicos da Catequese e
aponta caminhos para uma ação catequética fiel ao Evangelho e sensível aos
desafios do tempo presente”, explica a editora.
Ao recordar a
história e as propostas da Conferência dos Bispos no âmbito da prática
catequética, o subsecretário adjunto de Pastoral da CNBB e presidente da SBCat,
padre Jânison de Sá Santos, conta que o manual é fruto de um longo
trabalho da Sociedade de Catequetas, instância que vem crescendo e se
fortalecendo como grupo de reflexão e produção de textos “que possam ajudar
nossos catequistas e coordenadores de Catequese a ter uma ação eficaz dentro do
processo de evangelização”.
“Esperamos que
esse material possa ajudar intensamente na reflexão catequética da nossa Igreja
e na continuidade de uma reflexão e prática que levem ao encontro com Jesus
Cristo na formação de novos discípulos missionários”, projeta.
Ligado ao
próprio termo da catequese, que diz respeito ao processo de ensinamento e
crescimento na fé, a “Catequética” é a ciência ou disciplina teológica que
estuda a catequese. Esse campo de estudo, portanto, fundamenta, orienta e
aprofunda a prática catequética da Igreja. Já os catequetas são os estudiosos e
pesquisadores nessa área do conhecimento.
ser Igreja nas casas, nas fábricas, “junto ao homem”
O Papa Leão XIV
recebeu neste sábado (11/10), na Praça São Pedro, no Vaticano, os fiéis das
dioceses da Toscana, juntamente com os peregrinos de Camerino-San Severino
Marche, Fabriano-Matelica, Lanciano-Ortona e San Severo.
“Exorto-os a ser
uma Igreja próxima do mundo do trabalho, compassiva e encarnada, para que o
anúncio do Evangelho se torne presença concreta de consolação e esperança, mas
também palavra profética que relembre a importância de garantir trabalho a
todos, pois ele “é uma dimensão indispensável da vida social”. Foi o que disse
o Papa Leão XIV recebendo na manhã deste sábado (11/10), no Vaticano os fiéis
das dioceses da Toscana, juntamente com os peregrinos de Camerino-San Severino
Marche, Fabriano-Matelica, Lanciano-Ortona e San Severo.
A peregrinação
jubilar, disse o Papa aos presentes, é uma bela ocasião para renovarmos juntos
a profissão de fé e para expressarmos também a dimensão comunitária e eclesial
do seguimento cristão; de fato, a única Igreja de Cristo encarna-se em
realidades particulares como as dioceses, mas ela também nos chama à
catolicidade, a nos sentirmos uma única família de filhos de Deus além das
fronteiras estabelecidas, vencendo a tentação de uma pertença identitária
fechada e vivendo a comunhão.
Trata-se de uma
fronteira necessária, sobretudo em relação aos desafios da evangelização.
Certamente, a experiência existencial, social e eclesial de suas dioceses é
diferente, uma vez que vocês provêm de três regiões italianas que têm sua
própria história: no entanto, mesmo que com ênfases diferentes, todos nós somos
chamados a questionar-nos e a imaginar novos caminhos pastorais para um anúncio
renovado do Evangelho, sobretudo para abordar alguns temas como a catequese da
iniciação cristã, o declínio das vocações ao ministério ordenado, a
participação ativa dos leigos na vida eclesial, a presença das comunidades na
vida das famílias, dos pobres, do mundo do trabalho, e assim por diante.
Em algumas
regiões italianas – entre elas a Toscana e as Marcas –, disse o Papa, foi
iniciado também um processo de unificação das dioceses que, por um lado, pode
fazer emergir algumas potencialidades pastorais, não tanto em termos numéricos,
mas na qualidade da proposta.
O Papa então se
dirigiu de modo particular, ao povo da Toscana, sendo esta a peregrinação
jubilar da região. “A terra de vocês, situada no centro da Itália,
extraordinário berço de cultura e arte que conserva as marcas indeléveis da
Idade Média e do Renascimento e que deu à luz figuras ilustres como Dante
Alighieri, Leonardo da Vinci, Michelangelo Buonarroti e muitos outros, é também
herdeira de uma rica história cristã, na qual amadureceu a semente da santidade
de Santa Catarina de Siena, Santa Gemma Galgani e outros, assim como se podem
mencionar numerosas figuras de importantes Pontífices.
A riqueza dessa
herança, naturalmente, não deve nos fazer ficar olhando para trás,
limitando-nos a admirar o esplendor do passado e subestimando os desafios do
presente. Hoje, mesmo diante da boa vontade e da generosidade que caracterizam
o seu povo, não faltam questões que evidenciam uma certa crise de fé e de
prática religiosa, e que exigem um investimento corajoso na formação cristã e
um novo entusiasmo na evangelização.
Gostaria, porém,
de exortá-los a assumir, como Igreja local, o estilo da proximidade, ouvindo as
dificuldades e os esforços das pessoas. Digo isso pensando sobretudo nas
notícias preocupantes que dizem respeito a diversos setores do mundo do
trabalho.
A comunidade
cristã, diante das consequências negativas da crise ocupacional e social,
diante das perspectivas incertas do futuro, é chamada a exercer, com generosa
paixão, um papel múltiplo, estudando os problemas, elaborando soluções,
assumindo suas responsabilidades: em suma, ela deve ser Igreja no território,
ou seja, Igreja nas casas, Igreja nas fábricas, Igreja “junto ao homem”.
“Caríssimos,
algumas urgências pastorais e sociais sobre as quais desejei deter-me, embora
de maneiras diferentes e segundo prioridades diferentes, interessam a todas as
Igrejas locais e chamam cada uma de nossas comunidades cristãs a um despertar
da evangelização e a um discernimento sobre as formas de presença eclesial no
território”.
Don Lorenzo
Milani, profeta da Igreja toscana e italiana, que o Papa Francisco definiu como
“testemunha e intérprete da transformação social e econômica”, tinha como lema
“I care”, ou seja, “eu me importo”, me interessa, me é caro. Eis, exorto-os a
não permanecerem na estagnação e a fazerem a vossa parte para delinear o rosto
de uma Igreja que tem a vida das pessoas no coração, em particular dos mais
pobres. Confio-os à intercessão da Virgem Maria e abençoo-os com também as suas
comunidades.