Nos últimos dias
do Advento, Leão XIV exortou os fiéis a educarem o coração para o encontro com
Cristo praticando o perdão e a misericórdia, tal qual São José, o protagonista
do Evangelho deste domingo.
Piedade e
caridade, misericórdia e abandono: essas foram as virtudes apontadas pelo Papa
Leão para viver os últimos dias do Advento, inspirando-se na figura de São
José, apresentada na Liturgia de hoje.
Aos fiéis
reunidos na Praça São Pedro para o Angelus dominical, o Santo Padre comentou
esta página "muito bonita" da história da salvação, quando Deus
revela a São José, em sonho, a sua missão. O protagonista é um homem frágil e
falível como nós, mas, ao mesmo tempo, corajoso e forte na fé.
O evangelista
Mateus o chama de “homem justo”, o que o caracteriza como um piedoso israelita,
cumpridor da Lei e assíduo da sinagoga. Além disso, José de Nazaré aparece
também como uma pessoa extremamente sensível e humana.
Preparar o
coração para o encontro com Cristo
Diante de uma
situação difícil de compreender e aceitar em relação à sua futura esposa, Leão
XIV notou que São José não opta pelo escândalo e pela condenação pública, mas
escolhe o caminho discreto e benevolente do repúdio secreto. Assim, mostra
compreender o sentido mais profundo da sua própria observância religiosa: o da
misericórdia.
Todavia, a
pureza e a nobreza dos seus sentimentos tornam-se ainda mais evidentes quando o
Senhor, num sonho, lhe revela o seu plano de salvação, indicando o papel
inesperado que deverá assumir: ser o esposo da Virgem Mãe do Messias. E o faz
com um grande ato de fé:
“Piedade e caridade, misericórdia e abandono: eis as virtudes do homem de Nazaré que a Liturgia hoje nos propõe, para que nos acompanhem nestes últimos dias do Advento, rumo ao Santo Natal. São atitudes importantes, que educam o coração para o encontro com Cristo e com os irmãos, e que podem ajudar-nos a ser, uns para os outros, presépio acolhedor, casa hospitaleira, sinal da presença de Deus. Neste tempo de graça, não percamos a oportunidade de as praticar: perdoando, encorajando, dando um pouco de esperança às pessoas com quem vivemos e àquelas que encontramos; e renovando na oração o nosso abandono filial ao Senhor e à sua Providência, entregando-lhe tudo com confiança.”
"Que a
Virgem Maria e São José nos ajudem", concluiu o Papa, pois eles que foram
os primeiros a acolher Jesus, o Salvador do mundo, com fé e grande amor.
Bianca Fraccalvieri - Vatican News
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A tradição da
bênção dos "bambinelli" começou em 1969 com o Papa Paulo VI e
testemunha uma relação especial entre as crianças de Roma e seu pastor. Neste
domingo, cerca de 1500 crianças participaram da primeira bênção do Papa Leão.
Este ano, a
tradicional bênção dos "bambinelli", as imagens do Menino Jesus a
serem colocadas no presépio na noite de Natal, foi acompanhada de um pedido
especial do Papa:
“Queridas crianças, diante do presépio, rezem a Jesus também pelas intenções do Papa. De modo especial, rezemos juntos para que todas as crianças do mundo possam viver em paz. Eu lhes agradeço de coração!”
Tradição de mais
de 50 anos
Cerca de 1500
crianças, acompanhadas de familiares e catequistas, participaram na Praça São
Pedro do Angelus dominical para renovarem uma tradição que remonta ao ano de
1969 com o Papa Paulo VI, e seguida por todos os seus sucessores. A iniciativa
é normalmente realizada no terceiro domingo do Advento, mas este ano coincidiu
com o calendário dos eventos jubilares e foi adiada.
A saudação do
Pontífice foi também ao Centro Oratórios Romanos, uma associação pública de
fiéis que trabalha para promover a pastoral do oratórios em Roma. A comunidade,
formada por educadores voluntários, acolhe crianças e adolescentes nas
paróquias para uma experiência eclesial educativa, com um estilo de animação
alegre do Evangelho, com fins para a integração entre a fé e a vida.
| Papa abençoa os "bambinelli" (@Vatican Media) |
Bianca Fraccalvieri - Vatican News
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