o 33º Domingo do Tempo Comum
Os seguidores de
Jesus trabalharão pela instauração do Reino, ainda nesta terra, trabalharão
pelo mundo novo.
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Evangelho do Domingo (@ BAV Vat. lat. 39, f. 67v) |
A antífona de
entrada, tirada de Jeremias 29, 11s.14, nos fala de que Deus quer a paz e
não a aflição e quando invocado nos libertará de nosso cativeiro, seja ele qual
for. E, neste momento, será muito bom já termos consciência do que nos tira a
alegria de viver, do que nos escraviza, para pedirmos ao Senhor, a libertação.
Em seguida a
liturgia nos propõem como primeira leitura, Daniel 12, 1-3, onde o
relato nos sugere um grande julgamento, inclusive com a inclusão dos mortos.
Como no versículo 1 nos fala em um tempo de angústia “como nunca houve até
então” e prossegue dizendo que o povo de Deus será salvo, como também “todos os
que se acharem inscritos no livro”. Concluindo a perícope, temos o resultado do
julgamento: uns para o ‘opróbrio eterno’, enquanto aqueles que, em vida,
ensinaram o caminho da virtude ‘brilharam como as estrelas, por toda a
eternidade.’
A segunda
leitura, Hebreus 10, 11-14.18, fala sobre a excelência do Sacerdócio de
Cristo que ofereceu apenas um único sacrifício pelos pecados e esse sacrifício
“levou à perfeição definitiva os que ele santifica”. Portanto, temos em Cristo
um excelente advogado, um verdadeiro irmão e amigo que se sacrificou para a
nossa salvação, para a nossa felicidade eterna.
O Evangelho,
extraído de Marcos 13, 24-32. Dentro do contexto apocalíptico, o versículo
26 fala da vinda do Filho do Homem como a ação de Deus que age na História e é,
através dele, que se consolidará o projeto de Deus. Os que negaram o Reino
proposto por Deus, já estão descartados da Vida e fora de ação. Ficarão
eternamente mortos; os eleitos os santos, são os que verão a glória do Filho do
Homem e “brilharão como estrelas”, segundo Daniel 12, 3. Os seguidores de Jesus
trabalharão pela instauração do Reino, ainda nesta terra, trabalharão pelo
mundo novo.
Neste tempo em que
se fala muito de ecologia, de danificação da camada de ozônio, em que se faz
reunião sobre a convenção do clima e outros temas afins, denominada COP-26 em
Glasgow, na Escócia, refletir sobre esse trecho do Evangelho nos leva a nos
questionarmos sobre o que fazemos, não tanto em relação à preservação da
Criação, mas, principalmente, em relação à salvação completa do rei da Criação,
o Ser Humano!
Igualmente, esta
liturgia toca em uma situação delicadíssima que é a desesperança, a depressão,
a desilusão, o pessimismo e a sensação de condenação à derrota por nossa
própria culpa pessoal. E aí a Carta aos Hebreus nos apresenta Jesus Cristo como
o Sacerdote que derrotou o pecado para sempre, versículo 12; esses sinais que
denunciam crimes ambientais, não seriam já o prenuncio de um mundo novo, como
as folhas novas da figueira que indicam a proximidade do verão? Na morte de
Cristo, em seu sacrifício está a vitória da Vida.
Sigamos o Senhor,
o único e eterno Sacerdote, Jesus Cristo, nele todos somos abençoados. Domingo
passado vimos Jesus, o Santo; hoje, o Salvador; domingo próximo, o Senhor
Absoluto da História.
Padre Cesar Augusto, SJ
................................................................................................................................................... Fonte: vaticannews.va
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