de Santo Afonso como Doutor da Igreja
Em 9 de novembro de 1732, Santo Afonso de Ligório fundou a "Congregação do Santíssimo Redentor" (Missionários Redentoristas). Ele foi canonizado em 1839 pelo Papa Gregório XVI e proclamado Doutor da Igreja em 1871 pelo Papa Pio IX. Ele também é o Santo padroeiro dos confessores.
Victor Hugo Barros - Há 150 anos, a Igreja Católica ganhava um novo “Doutor”. Em 23 de março de 1871, Santo Afonso Maria de Ligório foi oficialmente proclamado, pelo Beato Papa Pio IX, “Doutor da Igreja”. Escritor de 123 obras, o fundador da Congregação do Santíssimo Redentor recebeu o título por sua grande contribuição para a compreensão da doutrina católica e sua vivência.
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Papa Francisco:
Santo Afonso de Ligório é pai e mestre de misericórdia
A experiência missionária
nas periferias existenciais de seu tempo, a busca dos distantes e a escuta das
confissões, a fundação e liderança da nascente Congregação do Santíssimo
Redentor, e ainda as responsabilidades como Bispo de uma Igreja particular, o
levaram a tornar-se pai e mestre de misericórdia, certo de que o "paraíso
de Deus é o coração do homem": é o que afirma o Papa Francisco na mensagem
à Congregação dos Redentoristas por ocasião dos 150 anos da proclamação de
Santo Afonso Maria de Ligório como doutor da Igreja.
Raimundo de Lima - Vatican News - O Papa Francisco enviou uma mensagem ao Superior Geral da Congregação do Santíssimo Redentor (Congregação dos Redentoristas), padre Michael Brehl, por ocasião dos 150 anos da proclamação de Santo Afonso Maria de Logório como Doutor da Igreja, feita pelo Papa Pio IX em 23 de março de 1871.
Cento e cinquenta anos
após esta alegre data, a mensagem de Santo Afonso Maria de Ligório, patrono dos
confessores e moralistas, e modelo para toda a Igreja em saída missionária,
indica ainda vigorosamente a estrada-guia para aproximar as consciências do
rosto acolhedor do Pai, pois "a salvação que Deus nos oferece é a obra de
sua misericórdia", afirma o Santo Padre em sua mensagem.
Escuta da realidade
Francisco fala da “Escuta
da realidade”. “A proposta teológica afonsiana deriva de ouvir e acolher a
fragilidade dos homens e mulheres mais abandonados espiritualmente. O Santo
Doutor, formado em uma mentalidade moral rigorosa, foi convertido à
‘benignidade’ através da escuta da realidade.”
A experiência missionária
nas periferias existenciais de seu tempo, a busca dos distantes e a escuta das
confissões, a fundação e liderança da nascente Congregação do Santíssimo
Redentor, e ainda as responsabilidades como Bispo de uma Igreja particular, o
levaram a tornar-se pai e mestre de misericórdia, certo de que o "paraíso
de Deus é o coração do homem", lê-se.
A conversão gradual para
uma pastoral decididamente missionária, capaz de proximidade com o povo, de
saber acompanhar seus passos, de compartilhar concretamente suas vidas mesmo em
meio a grandes limitações e desafios, levou Afonso a rever, não sem esforço,
até mesmo a abordagem teológica e jurídica que havia recebido nos anos de sua
formação: inicialmente marcada por um certo rigorismo, foi depois transformada
em uma abordagem misericordiosa, evangelizadora e dinâmica capaz de agir por
atração, enfatiza Francisco.
Consciências maduras para uma igreja adulta
O Pontífice fala também em
sua mensagem em “Consciências maduras para uma igreja adulta”. A exemplo de
Santo Afonso Maria de Ligório, o renovador da teologia moral, é desejável e
portanto necessário colocar-se ao lado, acompanhar e apoiar aqueles mais desprovidos
de ajuda espiritual no caminho da redenção. “A radicalidade evangélica não deve
ser colocada contra a fraqueza do homem. É sempre necessário encontrar o
caminho que não distancie, mas que aproxime os corações de Deus, assim como
Afonso fez com seu ensinamento espiritual e moral”, destaca o Papa.
Tudo isso porque "a
imensa maioria dos pobres possui uma abertura especial à fé; eles precisam de
Deus e nós não podemos deixar de lhes oferecer sua amizade, sua bênção, sua
Palavra, a celebração dos sacramentos e a proposta de um caminho de crescimento
e maturação na fé". A opção preferencial pelos pobres deve ser traduzida
principalmente em uma atenção religiosa privilegiada e prioritária".
Como Santo Afonso, somos
chamados a sair ao encontro do povo como uma comunidade apostólica que segue o
Redentor entre os abandonados. Este encontro com aqueles desprovidos de socorro
espiritual ajuda a superar a ética individualista e a promover uma maturidade
moral capaz de escolher o verdadeiro bem. “Ao formarmos consciências
responsáveis e misericordiosas, teremos uma Igreja adulta capaz de responder
construtivamente às fragilidades sociais, tendo em vista o reino dos céus”,
continua o Santo Padre.
Neste aniversário
especial, conclui Francisco, "encorajo a Congregação do Santíssimo
Redentor e a Pontifícia Academia Afonsiana, como sua expressão e centro de alta
formação teológica e apostólica, a colocar-se em diálogo construtivo com todas
as instâncias provenientes de cada cultura, a fim de buscar respostas
apostólicas, morais e espirituais em favor da fragilidade humana, sabendo que o
diálogo é marturya".
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