sexta-feira, 4 de setembro de 2020

23º Domingo do tempo Comum

Leituras e reflexão
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1ª Leitura: Ez 33,7-9
Leitura da Profecia de Ezequiel:
Assim diz o Senhor: “Quanto a ti, filho do homem, eu te estabeleci como vigia para a casa de Israel. Logo que ouvires alguma palavra de minha boca, tu os deves advertir em meu nome. Se eu disser ao ímpio que ele vai morrer, e tu não lhe falares, advertindo-o a respeito de sua conduta, o ímpio vai morrer por própria culpa, mas eu te pedirei contas da sua morte.
Mas, se advertires o ímpio a respeito de sua conduta, para que se arrependa, e ele não se arrepender, o ímpio morrerá por própria culpa, porém, tu salvarás tua vida”.
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 Salmo: 94
Não fecheis o coração, ouvi, hoje, a voz de Deus!
Não fecheis o coração, ouvi, hoje, a voz de Deus!
- Vinde, exultemos de alegria no Senhor,/ aclamemos o Rochedo que nos salva!/ Ao seu encontro caminhemos com louvores,/ e com cantos de alegria o celebremos!
- Vinde, adoremos e prostremo-nos por terra,/ e ajoelhemos ante o Deus que nos criou!/ Porque ele é o nosso Deus, nosso Pastor,/ e nós somos o seu povo e seu rebanho,/ as ovelhas que conduz com sua mão.
- Oxalá ouvísseis hoje a sua voz:/ “Não fecheis os corações como em Meriba,/ como em Massa, no deserto, aquele dia,/ em que outrora vossos pais me provocaram,/ apesar de terem visto as minhas obras”.
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2ª Leitura: Rm 13,8-10
Leitura da Carta de São Paulo aos Romanos:
Irmãos: não fiqueis devendo nada a ninguém, a não ser o amor mútuo, pois quem ama o próximo está cumprindo a Lei.
De fato, os mandamentos: “Não cometerás adultério”, “não matarás”, “não roubarás”, “não cobiçarás”, e qualquer outro mandamento, se resumem neste: “Amarás ao teu próximo como a ti mesmo”. O amor não faz nenhum mal contra o próximo. Portanto, o amor é o cumprimento perfeito da Lei.
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Evangelho:  Mt 18,15-20
Leitura do Evangelho de São Mateus:
Naquele tempo, Jesus disse a seus discípulos: “Se o teu irmão pecar contra ti, vai corrigi-lo, mas em particular, a sós contigo! Se ele te ouvir, tu ganhaste o teu irmão. Se ele não te ouvir, toma contigo mais uma ou duas pessoas, para que toda a questão seja decidida sob a palavra de duas ou três testemunhas. Se ele não vos der ouvido, dize-o à Igreja. Se nem mesmo à Igreja ele ouvir, seja tratado como se fosse um pagão ou um pecador público.
Em verdade vos digo, tudo o que ligardes na terra será ligado no céu, e tudo o que desligardes na terra será desligado no céu.
De novo, eu vos digo: se dois de vós estiverem de acordo na terra sobre qualquer coisa que quiserem pedir, isso lhes será concedido por meu Pai que está nos céus. Pois, onde dois ou três estiverem reunidos em meu nome, eu estou aí, no meio deles”.

Reflexão

“O amor é a plenitude da lei

"A Palavra bíblica reflete a vontade e as exigências de Deus em relação à conduta de vida das pessoas"
A aplicação da lei é uma exigência essencial para que haja o cumprimento da justiça. Ela tem por objetivo dar direito a quem está sendo lesado injustamente e exigir a realização do dever para que haja ordem e harmonia na convivência social. O amor verdadeiro está acima de qualquer realidade da fraqueza humana. Quem realmente ama faz justiça e cumpre os deveres na vida comunitária.
 Dom Paulo Mendes Peixoto 
Muitas atitudes de desamor são prejudiciais e ameaçam a unidade entre as pessoas. Infelizmente, dependendo da gravidade dos atos praticados, a justiça é acionada para exigir o cumprimento correto da lei. No aspecto da vida de fé em Deus, o exercício do amor supõe a prática da vigilância, da solidariedade e da correção fraterna. Nos ensinamentos bíblicos, o amor é exigência para o bem viver.
A prática do autêntico amor depende muito do formato de vida da pessoa, da serenidade no cumprimento dos deveres próprios da convivência fraterna. As leis são advertências permanentes, que ajudam na vigilância pessoal, como sinal de alerta para os momentos de ações descontroladas e ameaçadoras nos relacionamentos. É quase impossível a pessoa ter equilíbrio total a vida toda.
A Palavra bíblica reflete a vontade e as exigências de Deus em relação à conduta de vida das pessoas. Portanto, é referência segura e capaz de alertar e ajudar no respeito à liberdade exercida com responsabilidade, sem necessidade de acionar leis civis em momentos de atritos. Conforme a Palavra de Deus, na convivência comunitária, todas as pessoas são responsáveis umas pelas outras.
O amor autêntico é uma das fontes primeiras de felicidade. Ele supõe relação interpessoal e fraternidade na convivência. Isso não é fruto simplesmente de uma opção, mas de um dever que faz parte essencial da vida de cada pessoa. Na incapacidade de absorver essa realidade inerente à vida, ocasionando atritos e descontentamentos, nesse caso há necessidade do uso das leis e de ação na justiça.
Muitas comunidades têm problemas internos de convivência fraterna. A solução depende de diálogo franco e sincero para se chegar a um nível de reconciliação. A correção é um gesto de amor, que pode ser feito também com a presença de mais pessoas como testemunhas. As Indiferenças e vinganças são situações inaceitáveis dentro de uma comunidade fraterna e cristã.
                                                    Dom Paulo Mendes Peixoto Arcebispo de Uberaba
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                          Fontecnbbleste2.org.br    Banner: cnbb.org.br    Ilustração: franciscanos.org.br

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