domingo, 31 de maio de 2015

Papa:
Que nossas comunidades reflitam o esplendor da Trindade

Cidade do Vaticano (RV) – “Somos chamados a viver não uns sem os outros, sobre ou contra os outros, mas uns com os outros, para os outros e nos outros”. No Angelus na Solenidade da Santíssima Trindade, o Papa Francisco propôs o modelo trinitário como exemplo para nossas vidas e comunidades eclesiais. A Trindade – disse o Santo Padre - é o fim último para o qual é orientada a nossa peregrinação terrena.
A Trindade é comunhão de Pessoas divinas as quais estão uma com a outra, uma para a outra, uma na outra: esta comunhão é a vida de Deus, o mistério do amor do Deus vivo. “Foi Jesus quem nos revelou este mistério”, disse o Pontífice, que em dois momentos convidou os mais de 50 mil presentes na Praça São Pedro a fazerem o sinal da cruz, em voz alta, recordando este mistério “que abraça toda a nossa vida e todo o nosso ser cristão”.
A ordem que Jesus deu a seus discípulos para irem a todo o mundo pregar o Evangelho e batizar “em nome do Pai, do Filho e do Espírito Santo”, é a mesma dada à Igreja, que herdou o mandato missionário dos Apóstolos. A Solenidade de hoje, portanto, ao mesmo tempo que nos faz contemplar este “maravilhoso mistério”, nos renova a missão de viver a comunhão com Deus e entre nós no modelo daquela trinitária:
Povo de Deus, expressão da Trindade
Somos chamados a viver não uns sem os outros, sobre ou contra os outros, mas uns com os outros, para os outros e nos outros. Isto significa acolher e testemunhar concordes a beleza do Evangelho; viver o amor recíproco e para os outros, partilhando alegrias e sofrimentos, aprendendo a pedir e dar perdão, valorizando os diversos carismas sob a guia dos Pastores. Em uma palavra, nos é confiada a missão de edificar comunidades eclesiais que sejam sempre mais família, capazes de refletir o esplendor da Trindade e de evangelizar não somente com palavras, mas com a forma do amor de Deus que habita em nós”.
A Trindade – disse o Santo Padre - é o fim último para o qual é orientada a nossa peregrinação terrena. O caminho da vida cristã é, de fato, um caminho essencialmente “trinitário”:
Tudo, na vida cristã, gira em torno ao mistério trinitário e é realizado na ordem deste infinito mistério. Procuremos, portanto, manter sempre elevado o “tom” da nossa vida, recordando-nos sempre a que finalidade e para qual glória nós existimos, trabalhamos, lutamos, sofremos; e a qual imenso prêmio somos chamados”.
Ao concluir a reflexão que antecede a Oração do Angelus neste último dia do mês de maio, o mês mariano, Francisco recordou que a Virgem Maria, mais do que qualquer outra criatura conheceu, adorou, amou o mistério da Santíssima Trindade:
Que ela nos guie pela mão; nos ajude a perceber nos eventos do mundo os sinais da presença de Deus, Pai e Filho e Espírito Santo; nos faça amar o Senhor Jesus com todo o coração, para caminhar rumo à visão da Trindade, objetivo maravilhoso para o qual tende a nossa vida. Peçamos a ela também para ajudar a Igreja, mistério de comunhão, para ser comunidade acolhedora, onde cada pessoa, especialmente pobre e marginalizada, possa encontrar acolhida e sentir-se filha de Deus, querida e amada”.
Antes de saudar os grupos de diversas proveniências presentes na Praça, o Pontífice recordou a beatificação neste domingo em Bayonne, na França, do fundador das Irmãs Servas de Maria, Louis-Edouard Cestac, fundador das Irmãs Servas de Maria:
O seu testemunho de amor a Deus e ao próximo é para a Igreja um novo estímulo a viver com alegria o Evangelho da caridade”.
Antes de sua tradicional despedida, o Papa Francisco recordou que na próxima quinta-feira, em Roma, será realizada a tradicional procissão de Corpus Christi, com a celebração da missa às 19 horas na Praça São João de Latrão, a adoração ao Santíssimo e a caminhada até a Basílica Santa Maria maior: “Convido-vos desde agora a participar deste solene ato público de fé e de amor a Jesus Eucarístico, presente em meio ao seu povo”. (JE)
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Eis a íntegra da alocução do Santo Padre, que precedeu a Oração do Angelus:
“Queridos irmãs e irmãs, bom dia e bom domingo!
Hoje celebramos a Festa da Santíssima Trindade, que nos recorda o mistério do único Deus em três pessoas: o Pai, o Filho e o Espírito Santo. A Trindade é comunhão de Pessoas divinas as quais estão uma com a outra, uma para a outra, uma na outra: esta comunhão é a vida de Deus, o mistério do amor do Deus vivo. E Jesus nos revelou este mistério. Ele nos falou de Deus como Pai; nos falou do Espírito; e nos falou de si mesmo como Filho de Deus. E assim nos revelou este mistério. E quando, ressuscitado, enviou os seus discípulos a evangelizar os povos, disse a eles para os batizarem “em nome do Pai, do Filho e do Espírito Santo”. Esta ordem, Cristo confia à Igreja em todos os tempos, que herdou dos Apóstolos o mandato missionário. O dirige também a cada um de nós que, pela força do Batismo, fazemos parte da sua Comunidade.
Trindade: mistério da comunhão e da beleza divina
Portanto, a solenidade litúrgica de hoje, enquanto nos faz contemplar o maravilhoso mistério de onde viemos e para o qual iremos, nos renova a missão de viver a comunhão com Deus e viver a comunhão entre nós no modelo da comunhão divina. Somos chamados a viver não uns sem os outros, sobre ou contra os outros, mas uns com os outros, para os outros e nos outros. Isto significa acolher e testemunhar concordes a beleza do Evangelho; viver o amor recíproco e para os outros, partilhando alegrias e sofrimentos, aprendendo a pedir e dar perdão, valorizando os diversos carismas sob a guia dos Pastores. Em uma palavra, nos é confiada a missão de edificar comunidades eclesiais que sejam sempre mais família, capazes de refletir o esplendor da Trindade e de evangelizar não somente com palavras, mas com a forma do amor de Deus que habita em nós.
A Trindade, como eu acenava, é também o fim último para o qual é orientada a nossa peregrinação terrena. O caminho da vida cristã é, de fato, um caminho essencialmente “trinitário”: o Espírito Santo nos guia ao pleno conhecimento dos ensinamentos de Cristo, e nos recorda também o que Jesus nos ensinou; e Jesus, por sua vez, veio ao mundo para nos fazer conhecer o Pai, para nos guiar a Ele, para reconciliar-nos com Ele. Tudo, na vida cristã, gira em torno ao mistério trinitário e é realizado na ordem deste infinito mistério. Procuremos, portanto, manter sempre elevado o “tom” da nossa vida, recordando-nos sempre a que finalidade e para qual glória nós existimos, trabalhamos, lutamos, sofremos; e a qual imenso prêmio somos chamados. Este mistério abraça toda a nossa vida e todo o nosso ser cristão. Disto nos recordamos, por exemplo, cada vez que fazemos o sinal da cruz: em nome do Pai, do Filho e do Espírito Santo. e agora vos convido a fazerem todos juntos, e com voz forte, este sinal da cruz: 'Em nome do Pai e do Filho e do Espírito Santo".
Neste último dia do mês de maio, o mês mariano, confiemo-nos a Virgem Maria. Ela, que mais do que qualquer outra criatura conheceu, adorou, amou o mistério da Santíssima Trindade, nos guie pela mão; nos ajude a perceber nos eventos do mundo os sinais da presença de Deus, Pai e Filho e Espírito Santo; nos faça amar o Senhor Jesus com todo o coração, para caminhar rumo à visão da Trindade, objetivo maravilhoso para o qual tende a nossa vida. Peçamos a ela também para ajudar a Igreja, mistério de comunhão, para ser comunidade acolhedora, onde cada pessoa, especialmente pobre e marginalizada, possa encontrar acolhida e sentir-se filha de Deus, querida e amada”.
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                                                                      Fonte: radiovaticana.va       news.va

sábado, 30 de maio de 2015

Papa às crianças:
Não deixem nunca de sonhar

Cidade do Vaticano (RV) – Às 11h42min deste sábado chegou à Estação ferroviária da Cidade do Vaticano o Trem das Crianças, transportando 200 crianças, filhos de detentos e detentas, provenientes de Bari e Trani, numa iniciativa do Pátio dos Gentios. Logo após a chegada, as crianças e seus acompanhantes puderam encontrar o Santo Padre na Sala Nervi: “Não deixem nunca de sonhar”, disse Francisco aos pequenos.
O Pastor e suas ovelhinhas
À pergunta do Papa “Quando é que um coração é de gelo ou de pedra?” alguns dos pequenos responderam: “Quando se fica desiludido”, enquanto outros disseram “quando não sonhamos ou não rezamos”. Após, uma criança respondeu: “quando não escutamos a Palavra de Deus e de Jesus”. A este ponto o Papa a chamou e disse: “tu disseste uma coisa bonita, repitamos juntos: não deixem nunca de sonhar e de escutar a Palavra de Jesus, porque Jesus alarga o coração e ama a todos”.
Francisco quis saudar uma a uma, com seus acompanhantes e familiares e recebeu o abraço de muitos, assim como muitos foram os pedidos para fazer selfies. As crianças doaram ao Papa alguns braceletes feitos por suas mães na prisão, assim como desenhos, pequenas águias.
Quando os pequenos chegaram ao Vaticano, soltaram águias, num gesto que simboliza o tema escolhido este ano pelo Pátio das Crianças – Voo - porque, como explicado, quer oferecer aos pequenos que vivem com suas mães uma cotidianidade marcada pela prisão e afastamento de seus irmãos e para aqueles que vivem a separação de suas mães detidas, um dia para voar e soltar a fantasia, sair da dura realidade a que são obrigados a viver.
O Trem das Crianças é promovido pela Ferrovia do Estado em colaboração com o Pátios das Crianças, uma iniciativa da Santa Sé dedicada aos pequenos, no âmbito do Pátio dos Gentios. O tema do ‘Voo’ foi escolhido pelo Presidente do Pontifício Conselho para a Cultura,  Cardeal Gianfranco Ravasi. A iniciativa chegou a sua terceira edição, após aquela de Nápoles, dedicada aos jovens com abandonar a escola e a de Milão, voltada aos jovens que vivem em casas de família. (JE)
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                                                                                         Fonte: radiovaticana.va

Leituras da

Festa da Santíssima Trindade


1ª Leitura: Dt 4,32-34.39-40
Moisés falou ao povo, dizendo:
“Interroga os tempos antigos que te precederam, desde o dia em que Deus criou o homem sobre a terra, e investiga, de um extremo ao outro dos céus, se houve jamais um acontecimento tão grande ou se ouviu algo semelhante.
Existe, por ventura, algum povo que tenha ouvido a voz de Deus falando-lhe do meio do fogo, como tu ouviste, e tenha permanecido vivo?
Ou terá jamais algum Deus vindo escolher para si um povo entre as nações, por meio de provações, de sinais e prodígios, por meio de combates, com mão forte e braço estendido, e por meio de grandes terrores, como tudo o que por ti o Senhor vosso Deus fez no Egito, diante de teus próprios olhos?
Reconhece, pois, hoje, e grava-o em teu coração, que o Senhor é o Deus lá em cima no céu e cá embaixo na terra, e que não há outro além dele.
Guarda suas leis e seus mandamentos, que hoje te prescrevo, para que sejas feliz, tu e teus filhos depois de ti, e vivas longos dias sobre a terra que o Senhor teu Deus te vai dar para sempre”.
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Salmo: 32
– Feliz o povo que o Senhor escolheu por sua herança.
– Feliz o povo que o Senhor escolheu por sua herança.
 Reta é a palavra do Senhor,/ e tudo o que ele faz merece fé./ Deus ama o direito e a justiça,/transborda em toda a terra a sua graça.
– A palavra do Senhor criou os céus,/ e o sopro de seus lábios, as estrelas./ Ele falou e toda a terra foi criada,/ ele ordenou e as coisas todas existiram.
 Mas o Senhor pousa o olhar sobre os que o temem,/ e que confiam esperando em seu amor,/para da morte libertar as suas vidas/ e alimentá-los quando é tempo de penúria.
–  No Senhor nós esperamos confiantes,/ porque ele é nosso auxílio e proteção!/ Sobre nós venha, Senhor, a vossa graça,/ da mesma forma que em vós nós esperamos!
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2ª Leitura: Rm 8,14-17
Todos aqueles que se deixam conduzir pelo Espírito de Deus são filhos de Deus.
De fato, vós não recebestes um espírito de escravos, para recairdes no medo, mas recebestes um espírito de filhos adotivos, no qual todos nós clamamos: Abá, ó Pai!
O próprio Espírito se une ao nosso espírito para nos atestar que somos filhos de Deus.
E, se somos filhos, somos também herdeiros, herdeiros de Deus e coerdeiros de Cristo; se realmente sofremos com ele, é para sermos também glorificados com ele.
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Evangelho:  Mt 28, 16-20
Os onze discípulos foram para a Galileia, ao monte que Jesus lhes tinha indicado.
Quando viram Jesus, prostraram-se diante dele. Ainda assim alguns duvidaram.
Então Jesus aproximou-se e falou: “Toda a autoridade me foi dada no céu e sobre a terra. Portanto, ide e fazei discípulos meus todos os povos, batizando-os em nome do Pai e do Filho e do Espírito Santo, e ensinando-os a observar tudo o que vos ordenei! Eis que eu estarei convosco todos os dias, até ao fim do mundo”.
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Reflexão
Pela fé entramos no mistério de Deus
A revelação da Santíssima Trindade nos permite tomar consciência de que Deus é uma comunhão de três pessoas: o Pai, o Filho e o Espírito Santo. O termo “trindade” não aparece no Novo Testamento. O termo é fruto da abstração própria da teologia que busca compreender o conteúdo próprio da fé cristã.
O que Deus é, ele nos deu a conhecer ao longo de toda a história vivida como o lugar da manifestação do seu plano de salvação. O conhecimento de Deus só é possível através da revelação, só é possível se Deus se mostra. Para a tradição bíblica, o que Deus é só pode ser dito narrativamente, isto é, na longa história de sua revelação ao seu povo até chegar à plenitude dos tempos em que Deus enviou ao mundo o seu Filho único, nascido de uma mulher (Gl 4,4). 
Em toda a história Deus se revelou como um Deus próximo, que caminha, orienta e conduz o seu povo. Na plenitude dos tempos Deus armou a sua tenda no meio de nós (Jo 1,14). Essa peregrinação de Deus na história da humanidade foi revelando pouco a pouco o seu rosto. Mas, na plenitude dos tempos, pela encarnação do Verbo eterno de Deus em Jesus de Nazaré, nós pudemos conhecer Deus sem sombra, sem véu (Mc 15,38), pois Jesus Cristo é a imagem do Deus invisível (Cl 1,15); estando diante dele, estamos diante de Deus mesmo (Jo 14,9-10).
O que Deus é desde toda a eternidade só pôde ser conhecido a partir da ressurreição de Jesus Cristo e com a graça do Espírito Santo. O que era desde toda a eternidade nós só chegamos a compreender depois: o último na ordem da compreensão é o primeiro na ordem do ser. Deus é amor (1Jo 4,8). A criação, a encarnação do Verbo de Deus, a redenção, tudo é fruto do amor de Deus pela humanidade. Um amor que não condena nem exclui quem quer que seja, mas que a todos, indistintamente, oferece a sua salvação.
Cada um dos evangelhos, cada qual a seu modo, apresenta a dificuldade dos discípulos de entrar no mistério de Deus revelado em Jesus Cristo. Essa dificuldade continua a ser nossa contemporânea. O que Deus é não se pode conhecer simplesmente por um esforço racional. A experiência própria da fé é que permite entrar nos umbrais do mistério de Deus. O Espírito Santo não realiza uma nova revelação, mas retoma as palavras de Jesus para que possamos compreendê-las, colocando-as no mais íntimo do coração humano para sermos testemunhas do amor de Deus entre todas as pessoas.
                                             Pe. Carlos Alberto Contieri, sj 
  Reflexão: paulinas.org.br       Banner: cnbb.org.br      Ilustração: folhetosdecanto.com
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sexta-feira, 29 de maio de 2015

Papa encontrou crianças doentes

 e medita sobre o sofrimento

Cidade do Vaticano (RV) – O Papa Francisco recebeu, na tarde desta sexta-feira (29/5), na Capela da Casa Santa Marta, onde reside, no Vaticano, um grupo de crianças gravemente doentes, acompanhadas pelos pais e alguns voluntários e responsáveis da UNITALSI, um organismo que leva doentes em peregrinação ao Santuário de Lourdes, na França.
O Santo Padre se aproximou, com carinho das crianças, de idade entre os 7 e os 14 anos, mas também de 2 ou 3 anos. Algumas dirigiram sua saudação ao Papa, em nome das demais.
Capela Santa Marta
Por sua vez, Francisco aproveitou a ocasião para fazer uma profunda meditação sobre o mistério do sofrimento dos menores, no seio da sociedade, dizendo: “Não há explicação... é um mistério! Imagino a reação de Nossa Senhora, quando puseram em seu colo o corpo morto de seu filho, ensanguentado, maltratado... Sua Mãe o acariciou, apesar de não entender”.
Então, o Pontífice convidou os pais das crianças presentes a não terem medo de interrogar ao Senhor, para receber uma resposta aos seus tantos “por quês”? Por que as crianças sofrem? E o Papa insistiu com os pais:
Não tenham medo de perguntar ‘por que?’, até mesmo de desafiar o Senhor... a única explicação que ele poderá dar aos seus tantos por quês será ‘também meu Filho sofreu’! O Senhor não responderá com palavras, mas, a coisa mais importante é que sentiremos o seu olhar de ternura sobre nós, que nos dará a força de seguir adiante.
O Papa expressou sua admiração pelos pais, que tiveram a coragem de rejeitar o aborto, que é uma falsa solução do problema do sofrimento, e elogiou o seu “heroísmo” em aceitar o sofrimento dos seus filhos e em se preocupar pelo destino e futuro incertos deles.
Enfim, o Santo Padre prometeu as suas orações a todas as crianças e seus pais, para que o Senhor possa dar-lhes a justa consolação, da qual precisam. E concluiu, encorajando-os, mais uma vez, a dirigir-se ao Senhor, com insistência e confiança.
O encontro com o Papa, na Capela Santa Marta, no Vaticano, terminou, após uma hora, com a oração da Ave Maria e com a sua Bênção Apostólica. Ao se despedir, Francisco se entreteve, mais um pouco, com as  crianças presentes, seus pais e acompanhantes. (MT)
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                                                                                         Fonte: radiovaticana.va
Íntegra das palavras do Papa
http://br.radiovaticana.va/news/2015/05/30/papa_encontrou_crian%C3%A7as_doentes,_na_capela_da_casa_s_marta/1147846
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Papa Francisco nesta manhã:

Renovemos o anúncio do Evangelho com sabedoria pastoral

Cidade do Vaticano (RV) – O Papa Francisco recebeu na manhã desta sexta-feira (29/05), no Vaticano, os participantes da Plenária do Pontifício Conselho para a Nova Evangelização.
Em seu discurso, o Pontífice falou sobre o tema da Plenária, isto é, a relação entre evangelização e catequese. Para Francisco, é preciso ler os sinais dos tempos para anunciar da melhor maneira possível a mensagem de Cristo. A missão é sempre idêntica, ressaltou, mas a linguagem com a qual anunciar o Evangelho requer renovação, com sabedoria pastoral.
Papa chega para o encontro
Isto é o que os homens esperam hoje da Igreja: que saiba caminhar com eles oferecendo a companhia do testemunho da fé, que nos torna solidários com todos, em especial com os mais sós e marginalizados. Quantos pobres aguardam o Evangelho que liberta! Quantos homens e mulheres, nas periferias existenciais geradas pela sociedade consumista, aguardam a nossa proximidade e a nossa solidariedade! O Evangelho é o anúncio do amor de Deus que, em Jesus Cristo, nos chama a participar da sua vida. A nova evangelização, portanto, é isto: conscientizar-se do amor misericordioso do Pai para que nos tornemos, também nós, instrumentos de salvação para os nossos irmãos.
Neste contexto, destacou Francisco, a catequese é fundamental. E a pergunta sobre como estamos educando à fé não é retórica, mas essencial. A resposta requer coragem, criatividade e decisão para empreender caminhos às vezes ainda inexplorados.
A catequese, como componente do processo de evangelização, precisa ir além da simples esfera escolar, para educar os fiéis, desde crianças, a encontrar Cristo, vivo e operante na sua Igreja. O desafio da nova evangelização e da catequese, portanto, se joga justamente neste aspecto fundamental: como encontrar Cristo, qual é o local mais coerente para encontrá-lo e segui-lo.”
O Papa concluiu o seu discurso garantindo a sua solidariedade e o seu apoio nesta tarefa “tão urgente para as comunidades”, confiando os membros do Pontifício Conselho a Nossa Senhora da Misericórdia. (BF)
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                                                                                         Fonte: radiovaticana.va

Francisco na missa desta sexta-feira:

A verdadeira fé faz milagres, não negócios

Cidade do Vaticano (RV) – A fé autêntica, aberta aos outros e ao perdão, faz milagres. Que Deus nos ajude a não cair em uma religiosidade egoísta e mercantil: é o que disse o Papa na Missa da manhã desta sexta-feira (29/05), na Casa Santa Marta.
Peçamos ao Senhor
que não nos deixe cair na esterilidade e no mercantilismo
O Evangelho do dia propõe “três modos de viver” com as imagens da figueira que não dá frutos, dos negociantes no templo e do homem de fé. “A figueira – afirma o Papa – representa a esterilidade, ou seja, uma vida estéril, incapaz de dar qualquer coisa. Uma vida que não frutifica, incapaz de fazer o bem”:
Vive para si; tranquilo, egoísta, não quer problemas. E Jesus amaldiçoa a figueira, porque é estéril, porque não fez nada para dar frutos. Representa a pessoa que nada faz para ajudar, que vive sempre para ela mesma, para que nada lhe falte. No final, estas pessoas se tornam neuróticas, todas elas! Jesus condena a esterilidade espiritual, o egoísmo espiritual. ‘Eu vivo para mim, que a mim nada falte e os outros que se virem!’”.
Negociadores da religião
O outro modo de viver – destaca o Papa – “é aquele dos exploradores, dos negociantes no templo. Exploram até mesmo o lugar sagrado de Deus para fazer negócios: trocam moedas, vendem os animais para os sacrifícios, têm até um sindicato para defendê-los. Isso não somente era tolerado, mas permitido pelos sacerdotes do templo”. São “aqueles que fazem da religião um negócio”. Na Bíblia – recorda Francisco – está a história dos filhos de um sacerdote que “obrigavam as pessoas a dar ofertas e ganhavam em cima disso, tanto, também dos pobres”. E “Jesus não economiza nas palavras”: “A minha casa será chamada casa de oração. Vocês, ao contrário, fizeram dela um covil de ladrões”:
O povo peregrinava ao templo para pedir a bênção do Senhor, fazia um sacrifício: e lá, aquelas pessoas eram exploradas! Os sacerdotes não os ensinavam a rezar, não ministravam catequese... Era um covil de ladrões. Paguem, entrem... Realizavam os rituais, vazios, sem piedade. Não sei se nos fará bem pensar se conosco acontece algo do gênero em qualquer lugar. Não sei? Usar as coisas de Deus para o lucro próprio”.
Vida de Fé
O terceiro modo de viver é “a vida de fé”, como Jesus indica: “’Tenham fé em Deus. Se alguém disser a esta montanha: ergue-te e lança-te ao mar, e não duvidar no coração, mas crer que o que diz se realiza, assim lhe acontecerá’. Acontecerá justamente aquilo que nós, com fé, pedirmos:
É o estilo de vida da fé. ‘Pai, o que devo fazer para isto?’; ‘Mas peça-o ao Senhor, que te ajude a realizar coisas boas, mas com fé. Somente uma condição: quando vocês rezarem pedindo isso, se vocês tiverem algo contra alguém, perdoem. É a única condição, para que também o vosso Pai que está nos céus vos perdoe as vossas ofensas’. Este é o terceiro estilo de vida. A fé, a fé para ajudar os demais, para se aproximar de Deus. Esta fé faz milagres”.
Meditação final
E, com a seguinte reflexão, o Papa concluiu a sua homilia: “Peçamos hoje ao Senhor… que nos ensine este estilo de vida de fé e que nos ajude a não cair jamais – nós, a cada um de nós, e a Igreja – na esterilidade e no mercantilismo”. (RB)
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                                                                                         Fonte: radiovaticana.va

quinta-feira, 28 de maio de 2015

Papa Francisco na missa desta quinta-feira:

 Cristãos mundanos e rigorosos afastam as pessoas de Jesus

Cidade do Vaticano (RV) - “Existem cristãos que se preocupam somente com a sua relação com Jesus, uma relação fechada, egoísta, e não ouvem o grito dos outros”. Foi o que disse o Papa Francisco na missa celebrada na manhã desta quinta-feira (28/05), na capela da Casa Santa Marta, no Vaticano.
Comentado o Evangelho sobre o cego Bartimeu, que grita por Jesus para ser curado mas é repreendido pelos discípulos para que se calasse, o Papa citou três grupos de cristãos.
Aquele grupo de pessoas que, também hoje, não ouve o grito de muitos que precisam de Jesus. Um grupo de indiferentes: não ouvem e creem que a vida seja aquele seu grupinho ali. Estão felizes, mas surdos ao clamor de muita gente que precisa de salvação, que precisa da ajuda de Jesus, que precisa da Igreja. Essas pessoas são egoístas, vivem para si mesmas. São incapazes de ouvir a voz de Jesus.
Negociantes
Não sejamos negociantes,
nem intransigentes, mas sim coerentes com nossa fé
Depois, disse ainda o pontífice, “existem aqueles que ouvem esse grito de ajuda, mas querem que fique calado”. Como quando os discípulos distanciaram as crianças “para que não incomodassem o Mestre”. “O Mestre era deles, para eles e não para todos. Essas pessoas afastam de Jesus aqueles que gritam, que precisam de fé, que precisam de salvação”, disse ainda Francisco. “Dentre elas existem aqueles que fazem negócio, que estão perto de Jesus, estão no templo, parecem religiosos, mas Jesus os expulsa, porque negociavam ali, na casa de Deus.”
São aqueles que não querem ouvir o grito de ajuda, mas preferem fazer seus negócios e usam o povo de Deus, usam a Igreja para fazer seus comércios. Esses especuladores distanciam as pessoas de Jesus”. Nesse grupo existem os cristãos “que não dão testemunho”:
Intransigentes 
São cristãos de nome, cristãos de salão, cristãos de recepção, mas a sua vida interior não é cristã, é mundana. Uma pessoa que se diz cristã e vive como um mundano, afasta aqueles que pedem ajuda a Jesus. Depois, há os rigorosos, aqueles que Jesus repreende, que colocam fardos nas costas das pessoas.” 
Coerentes
O terceiro grupo de cristãos é “aquele que ajuda a se aproximar de Jesus”: Existe o grupo de cristãos coerente com aquilo que crê e o que vive, e ajuda a se aproximar de Jesus as pessoas que gritam pedindo salvação, a graça e a saúde espiritual para a sua alma.”
Nos fará bem fazer um exame de consciência”, concluiu Francisco, para entender se somos cristãos que distanciam as pessoas de Jesus ou as aproximam Dele, pois ouvimos o grito de muitos que pedem ajuda para a própria salvação. (MJ)
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