sábado, 8 de março de 2025

Paróquia São José - Paraisópolis (MG):

Horários de missa e outros eventos

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Dia 9 - 1º Domingo da Quaresma

7h - Missa na Matriz       9h - Missa na Matriz

    11h - Missa da igreja de Santa Edwiges

19h - Missa na Matriz

(após a missa praça de alimentação e bingo)

19h Missa na igreja de Santo Antônio - Peregrinação da imagem de São José 

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Padre Zezinho orienta:

Orar diante da tv e do celular

Pe. Zezinho, scj |||||||||||||||||||||||||||||||

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Padre Zezinho

Aprendi com um bispo amigo a ver televisão com solidariedade e com parcimônia. Ver pouco, ver com olhos críticos, e ver com compaixão.

“Ver pouco” porque livros substanciosos trazem mais cultura,

“Ver com solidariedade” porque há programas que, às vezes, mostram o sofrimento do povo. Nem tudo na TV é deletério.

“Ver com compaixão” porque, muitas vezes, os repórteres e programadores mostram as vítimas, como apenas mais uma notícia sensacional, e às vezes por uma semana, porque a TV vive de audiência.

Contudo, a verdade é que poucos que as divulgam ou assistem oram pelas vítimas. Apenas noticiam!

Toda vez que vejo uma reportagem sobre mais um cidadão ou cidadã ou criança mortos por uma bala perdida, ou sobre mais uma mulher assassinada pelo companheiro desqualificado, traço um sinal da cruz sobre o que vejo na tela, oro pelos seus familiares e, mesmo de longe, recomendo a Jesus mais esta vítima da maldade humana.

Sei que Jesus e os santos já oraram porque no Céu se ora e intercede… mas na terra, quem vê TV NEM sempre ora pela vítima.

Eis um jeito de ver TV de maneira cristã. O canal publicou? Vou orar por esta pessoa que infelizmente virou notícia!

E, se percebo que a notícia virou apelação, eu desligo. Um bom livro é melhor do que uma reportagem apelativa!

Há coisas boas e erradas na TV. Mas, da nossa parte cabe a nós escolher e orar pela vítima. É o que podemos fazer. Jesus orava e mandava orar sempre!

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                                                                                         Fonte: facebook.com/padrezezinhoscj

Papa Francisco em mensagem:

uma sociedade justa
não se constrói eliminando os que não têm voz

Do Hospital Gemelli, Francisco enviou uma mensagem ao Movimento Pró-Vida, convidando-o a “apostar nas mulheres, na sua capacidade de acolhida, de generosidade e de coragem”, porque “o concebido representa cada homem e mulher que não conta”.

Missa na Basílica do Vaticano pelo 50º aniversário da fundação do Movimento pela Vida

Uma importante coincidência está sendo celebrada hoje na Basílica Vaticana: o 50º aniversário do nascimento do Movimento Pró-Vida e o Jubileu do mundo do voluntariado. São muitos os participantes da peregrinação promovida pelo próprio Movimento, com a passagem da Porta Santa e a Missa celebrada pelo cardeal Pietro Parolin. Para a ocasião, o Papa Francisco enviou do Hospital Gemelli, onde está internado desde 14 de fevereiro, uma mensagem, datada de 5 de março e lida pelo Secretário de Estado. O Pontífice recordou o compromisso da organização ao longo dos anos, “em harmonia com a Igreja” e que “indica uma projetualidade diferente”, colocando “a dignidade da pessoa no centro”, privilegiando “aqueles que são mais fracos”.

O concebido representa, por excelência, todo homem e mulher que não conta, que não tem voz. Colocar-se ao seu lado significa ser solidário com todos os descartados do mundo. E o olhar do coração que o reconhece como um de nós é a alavanca que move essa projetualidade.

Um serviço de proximidade

Francisco reconhece o valor do serviço prestado pelo Movimento Pró-Vida, “cujo primeiro broto foi o Centro de Ajuda à Vida, nascido em Florença em 1975” por iniciativa de Carlo Casini. Um serviço que depois foi ampliado com as Casas de Acolhida, os serviços SOS Vida, o Projeto Gemma e os Berços para a Vida, caracterizados pelo estilo “de aproximação e de proximidade com as mães em dificuldade por causa de uma gravidez difícil ou inesperada”, realizado com “franqueza, amor e tenacidade, mantendo intimamente unida a verdade à caridade para com todos”. Daí o incentivo “a buscar a tutela social da maternidade e a acolhida da vida humana em todas as suas fases”.

Cresce a cultura do descarte

Em um mundo em que os jovens são mais sensíveis ao cuidado da criação - observa o Papa - a cultura do descarte, ao invés, se difundiu. Por isso que é necessário um compromisso a serviço da vida, “especialmente quando ela é mais frágil e vulnerável; porque é sagrada, criada por Deus para um destino grande e belo”.

Porque uma sociedade justa não se constrói eliminando nascituros indesejados, os idosos que não mais autônomos ou os doentes incuráveis.

Membro do Movimento Pró-Vida

Respeitar a dignidade da pessoa

O sim à vida é um sim à civilização do amor, à renovação da sociedade civil porque, dessa forma, as mulheres podem se libertar do condicionamento que as leva a interromper a gravidez.

De fato, está diante dos olhos de todos que a sociedade atual está estruturada nas categorias de possuir, de fazer, de produzir e de aparecer. O seu compromisso, em harmonia com o de toda a Igreja, aponta para uma projetualidade diferente, que coloca a dignidade da pessoa no centro e privilegia os mais fracos.

Apostar nas mulheres

Em sua mensagem ao Movimento Pró-Vida, Francisco convida a “apostar nas mulheres, em sua capacidade de acolhida, de generosidade e de coragem”. A esperança é que os Centros de Ajuda à Vida se tornem pontos de referência para aqueles que buscam o apoio de toda a comunidade civil e eclesial.

Agradeço-lhes pelas páginas de esperança e ternura que vocês ajudam a escrever no livro da história e que permanecem indeléveis: elas dão e darão muitos frutos.

No final do texto, Francisco invoca sua bênção, confiando cada um a Santa Teresa de Calcutá, presidente espiritual dos Movimentos pela Vida em todo o mundo.

Cardeal Parolin

Parolin: 'não desanimem na defesa da vida'

Antes da leitura da mensagem do Papa, o cardeal Parolin convidou as pessoas a rezarem pela saúde do Papa. Após a leitura do texto de Francisco, ele ofereceu a sua reflexão. O cardeal exortou o Movimento Pró-Vida a continuar a ser companheiro de viagem das mulheres e das mães, com as quais se pode sentir a proximidade de Jesus, a não desanimar porque “Aquele que é a vida lhes dá a vida e a dá em abundância”. Em seguida, o Cardeal Parolin recordou as mais de 270 mil crianças que foram ajudadas a nascer e as exortou a sempre semear o bem. Por fim, citando o fundador Carlo Casini, ele enfatizou que a defesa da vida humana “é um dever moral e civil de todos”, que a defesa da família passa pela promoção da vida e que é necessário se opor à “cultura da morte”; uma cultura que se manifesta “em práticas como o aborto, a eutanásia e em uma mentalidade que vê a vida como algo relativo: a ser escolhida ou encerrada de acordo com as circunstâncias”.

Benedetta Capelli – Vatican News

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                                                                                                                    Fonte: vaticannews.va

sexta-feira, 7 de março de 2025

1º Domingo da Quaresma:

Leituras e reflexão
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1ª Leitura: Dt 26,4-10

Leitura do livro do Deuteronômio

Assim Moisés falou ao povo: “O sacerdote receberá de tuas mãos a cesta e a colocará diante do altar do Senhor teu Deus. Dirás, então, na presença do Senhor teu Deus: ‘Meu pai era um arameu errante, que desceu ao Egito com um punhado de gente e ali viveu como estrangeiro. Ali se tornou um povo grande, forte e numeroso. Os egípcios nos maltrataram e oprimiram, impondo-nos uma dura escravidão.

Clamamos, então, ao Senhor, o Deus de nossos pais, e o Senhor ouviu a nossa voz e viu a nossa opressão, a nossa miséria e a nossa angústia.E o Senhor nos tirou do Egito com mão poderosa e braço estendido, no meio de grande pavor, com sinais e prodígios. E conduziu-nos a este lugar e nos deu esta terra, onde corre leite e mel. Por isso, agora trago os primeiros frutos da terra que tu me deste, Senhor’. Depois de colocados os frutos diante do Senhor teu Deus, tu te inclinarás em adoração diante dele”.

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Responsório: Sl 90

— Em minhas dores, ó Senhor, permanecei junto de mim!

— Em minhas dores, ó Senhor, permanecei junto de mim!

— Quem habita ao abrigo do Altíssimo/ e vive à sombra do Senhor onipotente,/ diz ao Senhor: “Sois meu refúgio e proteção,/ sois o meu Deus, no qual confio inteiramente”.

— Nenhum mal há de chegar perto de ti,/ nem a desgraça baterá à tua porta;/ pois o Senhor deu uma ordem a seus anjos/ para em todos os caminhos te guardarem.

— Haverão de te levar em suas mãos,/ para o teu pé não se ferir nalguma pedra./ Passarás por sobre cobras e serpentes,/ pisarás sobre leões e outras feras.

— “Porque a mim se confiou, hei de livrá-lo/ e protegê-lo, pois meu nome ele conhece./ Ao invocar-me, hei de ouvi-lo e atendê-lo, e a seu lado eu estarei em suas dores”.

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2ª Leitura: Rm 10,8-13

Leitura da Carta de São Paulo aos Romanos

Irmãos: que diz a Escritura? “A palavra está perto de ti, em tua boca e em teu coração”. Essa palavra é a palavra da fé, que nós pregamos.

Se, pois, com tua boca confessares Jesus como Senhor e, no teu coração, creres que Deus o ressuscitou dos mortos, serás salvo. É crendo no coração que se alcança a justiça e é confessando a fé com a boca que se consegue a salvação. Pois a Escritura diz: “Todo aquele que nele crer não ficará confundido”.

Portanto, não importa a diferença entre judeu e grego; todos têm o mesmo Senhor, que é generoso para com todos os que o invocam. De fato, todo aquele que invocar o Nome do Senhor será salvo.

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Evangelho: Lc 4,1-13

Proclamação do Evangelho de Jesus Cristo segundo São Lucas

Repleto do Espírito Santo, Jesus voltou do rio Jordão, e era conduzido pelo Espírito através do deserto. Aí ele foi tentado pelo diabo durante quarenta dias. Não comeu nada nesses dias e, depois disso, sentiu fome. Então o diabo disse a Jesus: «Se tu és Filho de Deus, manda que essa pedra se torne pão.» Jesus respondeu: «A Escritura diz: ‘Não só de pão vive o homem’.» O diabo levou Jesus para o alto. Mostrou-lhe por um instante todos os reinos do mundo. E lhe disse: «Eu te darei todo o poder e riqueza desses reinos, porque tudo isso foi entregue a mim, e posso dá-lo a quem eu quiser. Portanto, se te ajoelhares diante de mim, tudo isso será teu.» Jesus respondeu: «A Escritura diz: ‘Você adorará o Senhor seu Deus, e somente a ele servirá’.» Depois o diabo levou Jesus a Jerusalém, colocou-o na parte mais alta do Templo. E lhe disse: «Se tu és Filho de Deus, joga-te daqui para baixo. Porque a Escritura diz: ‘Deus ordenará aos seus anjos a teu respeito, que te guardem com cuidado’. E mais ainda: ‘Eles te levarão nas mãos, para que não tropeces em nenhuma pedra’.» Mas Jesus respondeu: «A Escritura diz: ‘Não tente o Senhor seu Deus’.» Tendo esgotado todas as formas de tentação, o diabo se afastou de Jesus, para voltar no tempo oportuno.

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Reflexão do padre Johan Konings

Treinamento de fé

Devidamente desacelerados do Carnaval, celebramos o 1º domingo da Quaresma. Aos mais velhos, “Quaresma” lembra jejum e penitência. Mas Isaías diz que Deus não se alegra com uma cara abatida. Talvez devamos encarar a Quaresma sob outro ângulo: como treinamento da fé. Em que acreditamos, afinal? Por qual convicção colocamos a mão no fogo, resistimos a provações, empenhamos a nossa vida?

Na sua origem, a Quaresma era o tempo de preparação dos catecúmenos para receber o batismo na noite pascal. Neste sentido, a 1ª leitura nos lembra o “credo” que o antigo israelita pronunciava na hora de oferecer os primeiros frutos de sua terra: o povo foi salvo por Deus. A 2ª leitura lembra o credo do cristão (que o batizando com toda a comunidade pronunciava na noite pascal): nossa salvação pela fé em Jesus Cristo. O evangelho mostra este credo em ação: Jesus dá o exemplo de adoração exclusiva a Deus. Jesus foi posto à prova. O diabo lhe sugeriu que transformasse pedras em pão, dominasse o mundo, deslumbrasse o povo … Mas Jesus preferiu fazer de sua vida um grande ato de adoração a Deus. E o diabo o deixou até a hora da grande provação – a hora da paixão e morte.

A Quaresma é uma subida à Páscoa, como os israelitas subiam a Jerusalém para oferecer suas ofertas e como Jesus subiu para oferecer sua vida. Nossa subida à Páscoa está sob o signo da provação e comprovação de nossa fé. Encaminhamo-nos para a grande renovação de nossa opção de fé. Se, nos primeiros tempos da Igreja, a Quaresma era preparação para o batismo e a profissão de fé, para nós é caminhada de aprofundamento e renovação de nossa fé. Pois uma fé que não passa por nenhuma prova e não vence nenhuma tentação pode se tomar acomodada, morta. Ora, a renovação de nossa opção de fé não acontece na base de algum exercício piedoso ou cursinho teórico. É uma luta, como foi a tentação de Jesus no deserto, ao longo de quarenta dias. A fé se confirma e se aprofunda em sucessivas decisões, como as de Jesus, quando resistia com firmeza e perspicácia às tentações mais sutis: riqueza, poder, sucesso.

Precisamos de treinamento em nossa opção por Deus. Antigamente, esse treinamento consistia no jejum, na mortificação corporal. Mas em nossa situação da América Latina, empobrecida e desigual, o treinamento da opção da fé se realiza sobretudo na sempre renovada opção pelos pobres e excluídos, no adestramento para a solidariedade cristã. A Campanha da Fraternidade nos treina para colocar nossa fé em prática. Adestra-nos para enfrentar os demônios de hoje, a tentação da idolatria da riqueza, da dominação, da discriminação, da competição. Exercitamos a nossa opção de fé, praticando-a na solidariedade fraterna, para, com Jesus, chegar à doação da própria vida, na hora da grande prova. Quem não se exercitar, talvez não saberá resistir.

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PE. JOHAN KONINGS nasceu na Bélgica em 1941, onde se tornou Doutor em Teologia pela Universidade Católica de Lovaina, ligado ao Colégio para a América Latina (Fidei Donum). Veio ao Brasil, como sacerdote diocesano, em 1972. Em 1985 entrou na Companhia de Jesus (Jesuítas) e, desde 1986, atuou como professor de exegese bíblica na FAJE, Faculdade Jesuíta de Filosofia e Teologia, em Belo Horizonte. Faleceu no dia 21 de maio de 2022. Este comentário é do livro “Liturgia Dominical, Editora Vozes.

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Reflexão em vídeo de Frei Gustavo Medella

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                        Fonte: franciscanos.org.br    Banners: @nbbnacional   Fábio M. Vasconcelos

quinta-feira, 6 de março de 2025

Reflita com dom Roberto Francisco:

Habitamos e construímos nossa Casa Comum na esperança

Jardins do Vaticano

A Campanha da Fraternidade 2025 focaliza o tema da Fraternidade e Ecologia Integral, destacando o grande legado da Encíclica Laudato Si na sua primeira década. O lema faz ressoar o Evangelho da Criação “Deus viu que tudo era muito bom”(Gn 1,31), que ilumina e fundamenta a inspiração da Encíclica.  

A finalidade desta Campanha de acordo com o objetivo geral é promover um processo de conversão integral, ouvindo o grito dos pobres e da Terra. Importa despertar a consciência à luz da Ecologia Integral, contida nestes dois verbos da Oração da Campanha da CF: habitar e construir a Casa Comum.  

Habitar o que significa assumir nossa identidade terrestre, dar-se conta que pertencemos a teia da vida, que nosso corpo está intrinsecamente ligado ao corpo da Criação, aos pulmões da Terra, ar, água, solo, e luz os seus quatro elementos, e que na morte como está explícito na cerimônia das cinzas retornaremos a ela. 

Habitar é viver em profunda comunhão com os biomas, as criaturas nossas irmãs aprendendo a reconhecer seu valor único e singular como nos ensina São Francisco de Assis. Mas também conforme a nossa vocação humana e o desígnio divino do Pai, somos chamados a construir a Casa Comum. Significa nossa missão de protetores, cultivadores e jardineiros desenvolvendo a sustentabilidade, beleza e amor do cuidado fraterno, incluindo a todas as espécies nesta Casa que será semente de uma Nova Terra, como afirma São Pedro na sua Segunda Carta (3, 13): 

“Nós esperamos novos céus e nova terra, nos quais a justiça habitará”. Pois sabemos como São Paulo no texto de Rm 8,23:  “Toda a criação geme e agoniza até o momento presente, e não somente ela, mas também nós que temos as primícias do Espírito gememos interiormente aguardando ansiosamente a adoção filial, a libertação”. 

Portanto esta Campanha da Fraternidade nos permite neste ano jubilar, reviver e celebrar nossa vocação cristã e humana para que, impulsionados pelo Espírito Vivificador, sermos instrumentos do cuidado restaurador e compassivo da Nossa Cassa Comum, nossa Irmã mais pobre que sofre e agoniza. Que descubramos a alegria santa da sobriedade feliz, que nos irmana com todas as criaturas. Deus seja louvado! 

Dom Roberto Francisco Ferreria Paz  - Bispo de Campos (RJ)

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                                                                                Fonte: cnbb.org.br      Foto: vaticannews.va

quarta-feira, 5 de março de 2025

Mensagem do Papa Francisco

por ocasião do início da Campanha da Fraternidade

Papa Francisco: “Que todos nós possamos, com o especial auxílio da graça de Deus neste tempo jubilar, mudar nossas convicções e práticas para deixar que a natureza descanse das nossas explorações gananciosas”.

A cada ano, os bispos do Conselho Episcopal Pastoral (CONSEP) da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB), acolhendo as sugestões vindas dos regionais, dos organismos do Povo de Deus, das ordens e congregações religiosas e dos fiéis leigos e leigas, escolhem um tema e um lema para a Campanha da Fraternidade, com o objetivo de chamar a atenção sobre uma situação que, na sociedade, necessita de conversão, em vista do bem de todos.

Neste ano de 2025, motivados pelos 800 anos da composição do Cântico das Criaturas de São Francisco de Assis; pelos 10 anos de publicação da Carta Encíclica Laudato si’; pela recente publicação da Exortação Apostólica Laudate Deum; pelos 10 anos de criação da Rede Eclesial PanAmazônica (REPAM) e pela realização da COP 30, em Belém (PA), a primeira na Amazônia, acolhendo a sugestão da Comissão Episcopal Especial para a Mineração e a Ecologia Integral, foi escolhido o tema: Fraternidade e Ecologia Integral e o lema: “Deus viu que tudo era muito bom” (Gn 1,31).

Campanha da Fraternidade 2025


A Ecologia é a questão mais tratada pelas CF’s ao longo destes 61 anos de existência. Foram 8 as CF’s que de alguma forma abordaram essa temática.

Neste ano, a Campanha da Fraternidade aborda outra vez a temática ambiental, com o objetivo de “promover, em espírito quaresmal e em tempos de urgente crise socioambiental, um processo de conversão integral, ouvindo o grito dos pobres e da Terra” (Objetivo Geral da CF 2025).

“Estamos no decênio decisivo para o planeta! Ou mudamos, convertemo-nos, ou provocaremos com nossas atitudes individuais e coletivas um colapso planetário. Já estamos experimentando seu prenúncio nas grandes catástrofes que assolam o nosso país. E não existe planeta reserva! Só temos este! E, embora ele viva sem nós, nós não vivemos sem ele. Ainda há tempo, mas o tempo é agora! É preciso urgente conversão ecológica: passar da lógica extrativista, que contempla a Terra como um reservatório sem fim de recursos, donde podemos retirar tudo aquilo que quisermos, como quisermos e quanto quisermos, para uma lógica do cuidado”.

Como todos os anos, também neste ano de 2025 o Santo Padre envia uma mensagem para o início da Quaresma no Brasil e para o início da Campanha da Fraternidade. Eis a íntegra da mensagem o Papa Francisco enviou para a Conferência Nacional dos Bispos do Brasil, CNBB, com data de 11 de fevereiro de 2025, memória litúrgica de Nossa Senhora de Lourdes:

Queridos irmãos e irmãs do Brasil,

Com este dia de jejum, penitência e oração, iniciamos a Quaresma deste Ano Jubilar da Encarnação. Nesta ocasião, desejo manifestar a minha proximidade à Igreja peregrina nessa Nação e felicitar os meus irmãos da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil pela iniciativa da Campanha da Fraternidade, que se repete há mais de 60 anos e que neste ano tem como tema “Fraternidade e Ecologia Integral” e como lema a passagem da Escritura na qual, contemplando a obra da criação, “Deus viu que tudo era muito bom” (cf. Gn 1,31).

Com a Campanha da Fraternidade, os bispos do Brasil convidam todo o povo brasileiro a trilhar, durante a Quaresma, um caminho de conversão baseado na Carta Encíclica Laudato Si’, que publiquei há quase 10 anos, em 24 de maio de 2015, e que senti necessidade de complementar com a Exortação Apostólica Laudate Deum, de 4 de outubro de 2023.

Nestes documentos, quis chamar a atenção de toda a humanidade para a urgência de uma necessária mudança de atitude em nossas relações com o meio ambiente, recordando que a atual «crise ecológica é um apelo a uma profunda conversão interior» (Laudato Si’, 217). Neste sentido, o meu predecessor de venerável memória, São João Paulo II, já alertava que era «preciso estimular e apoiar a “conversão ecológica”, que tornou a humanidade mais sensível» (Audiência, 17 de janeiro de 2001) ao tema do cuidado com a Casa Comum.

Por isso, louvo o esforço da Conferência Episcopal em propor mais uma vez como horizonte o tema da ecologia, junto à desejada conversão pessoal de cada fiel a Cristo. Que todos nós possamos, com o especial auxilio da graça de Deus neste tempo jubilar, mudar nossas convicções e práticas para deixar que a natureza descanse das nossas explorações gananciosas.

O tema da Campanha da Fraternidade deste ano expressa também a disponibilidade da Igreja no Brasil em dar a sua contribuição para que, durante a COP 30 do próximo mês de novembro, que se realizará em Belém do Pará, no coração da querida Amazônia, as nações e os organismos internacionais possam comprometer-se efetivamente com práticas que ajudem na superação da crise climática e na preservação da obra maravilhosa da Criação, que Deus nos confiou e que temos a responsabilidade de transmitir às futuras gerações.

Desejo que esse itinerário quaresmal dê muitos frutos e nos encha a todos de Esperança, da qual somos peregrinos neste Jubileu. Faço votos que a Campanha da Fraternidade seja novamente um poderoso auxílio para as pessoas e comunidades desse amado País no seu processo de conversão ao Evangelho de Nosso Senhor Jesus Cristo e de compromisso concreto com a Ecologia Integral.

Confiando estes votos aos cuidados de Nossa Senhora Aparecida, concedo de bom grado a Bênção Apostólica a todos os filhos e filhas da querida nação brasileira, de modo especial àqueles que se empenham no cuidado com a Casa Comum, pedindo que continuem a rezar por mim.

Roma, São João de Latrão, 11 de fevereiro de 2025, memória litúrgica de Nossa Senhora de Lourdes.

Franciscus

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                                                                                                                    Fonte: vaticannews.va

Para sua reflexão:

Esse assunto de Cinzas e quaresma!

Pe. Zezinho, scj |||||||||||||||||||||||||||||||

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Jesus fez um retiro de quarenta dias (Mt 4,2) mas nunca disse que um discípulo dele TEM que fazer 40 dias de jejum. Contudo recomendou jejum ocasional. Recomendou, mas não obrigou. Até criticou o jejum teatral: tipo “Eu sou mais santo porque eu jejuo e vocês não!…”  (Lc 4,2) (Mt 17,21)

“Quando jejuardes, não fiqueis com ar abatido como os hipócritas, que desfiguram seu rosto para mostrar que estão jejuando. Na verdade, vos digo: já receberam o que deviam receber.” (Mt 6,16)

Se através dos séculos houve grupos que jejuaram quarenta dias e ainda o fazem, é porque essa disciplina ajuda a fé. Mas não é para qualquer cristão. Os médicos e orientadores espirituais recomendam cautela.

A mesma fé que vê o jejum como algo bom, proíbe o jejum prolongado para quem não tem saúde suficiente. Que faça outros exercícios de piedade, mas não este.

Jesus não OBRIGOU o jovem rico a dar seus bens aos pobres. Foi o jovem que perguntou como ganhar a vida eterna. Jesus não disse que ele tinha que ser pobre como ele! Mas quando o jovem disse que queria algo mais do que obedecer a lei, então Jesus disse “Se queres ser perfeito, dê tudo para os pobres e venha viver como eu vivo “. O jovem religioso não topou ir tão longe. Ainda acontece isto nos dias de hoje. A maioria para até onde aguenta. E Jesus não força ninguém. Convida-se com o “SE QUERES!”

Ao contrário de alguns pregadores radicais, nossa Igreja nunca diz aquele jovem rico jovem se perdeu. Nem poderia, porque ele vivia de maneira correta. O algo mais é para quem acha que pode ser voluntariamente pobre.

Lázaro, Marta e Maria, Zaqueu, Arimateia, Nicodemos, e muitos judeus bem de vida não tiveram que ficar pobres como Jesus. Mais tarde, milhares de santos, buscaram estes CONSELHOS EVANGÉLICOS. Mas sempre foi escolha pessoal. Impor vai contra a pedagogia de Jesus!

Francisco, Clara e seus companheiros e companheiras optaram, mas não foram obrigados a ser pobres, contudo, todos viveram para ajudar a tirar os pobres da miséria. Tinham vindo do conforto da riqueza.

O ideal é dar aos pobres mais do que um ou três pães de cada dia. Quem pode deve dar subsistência digna e tirar o pobre da miséria. Deve promove-los. Dar emprego digno já é cumprir o dever de cristão!

Isto deveria ser dever dos mais ricos, dos políticos e dos religiosos: prover trabalho e dignidade aos mais pobres. Mas é injusto dar salário exorbitante aos senadores e deputados, juízes ou funcionários do alto escalão, enquanto pais e mães de família ganham 20 a 30 vezes menos. Então deixa de ser serviço para ser exploração. Jesus disse isto aos fariseus que impunham pesados fardos no povo enquanto eles viviam do bom e do melhor.

“Amarram pesados fardos e os colocam às costas dos outros, mas eles mesmos não os querem mover nem com o dedo”. Mt 23, 4

Nem por isso Jesus pregava comunismo que não existia. Pregava o cristianismo que veio com ele. Adivinham o lhe aconteceu! Caluniaram e o levaram à cruz! Quem fez isto? Piedosos judeus que viviam orando a Javé Adonai!…

Muitos ricos ajudam os pobres. outros apenas rezam pelos pobres, depois de louvar Jesus por duas horas, mas ao sair do templo, tranquilizam-se dando uma ou três moedas aos pedintes. Não estão errados, mas o que fazem não é suficiente!

É aí que só faz sentido na quaresma, engajar-se em Teologias de Libertação e Solidariedade, nunca de prosperidade!…

O Capitalismo acumula e o Comunismo impõe. Mas o solidarismo torna possível o progresso “para todos” e não só para os quem prosperou.

Aí entram os evangelhos, as epístolas, as encíclicas sociais, o Concilio Vaticano II, as Conferências Episcopais, as ordens e congregações, os movimentos de leigos, o DSI e o CIC.

Mas, quem nunca leu nada disso e apenas reza uma ou duas vezes por semana, está sujeito aos pregadores radicais que acham que basta rezar determinadas devoções que iremos para o céu.

Jesus e os evangelhos ensinam muito mais do que isto. Se alguém acha que só rezar duas vezes por semana leva para o Céu errou de mística. A CARIDADE e os atos de caridade e solidariedade têm que vir primeiro. Este cristão não leu e não ligou para os inúmeros avisos que Jesus e os apóstolos deram.

“Sem caridade não há espiritualidade! “

Entre ORAR COMO JESUS OROU está implícito o AMAR COMO JESUS AMOU e SERVIR COMO JESUS SERVIU …

Quem vive ajudando quem precisa está vivendo sua QUARESMA de janeiro a dezembro. Não faz isso apenas por 40 dias. É que praticar atos de caridade faz parte dessa pessoa que entendeu Jesus!

Mas quem tem saúde faz bem em praticar a quaresma, sempre sem exagero!

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BOA QUARESMA PARA TODOS OS QUE SEGUEM ESTA PÁGINA!

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                                                                                         Fonte: facebook.com/padrezezinhoscj

Papa Francisco disponibiliza a catequese para esta quarta-feira:

“Precisamos buscar a Deus além de nossas expectativas”

Na catequese desta quarta-feira (04/03), Papa Francisco reflete sobre o reencontro de Jesus no Templo e o significado profundo de sua resposta a Maria e José. O Pontífice destaca que, muitas vezes, buscamos a Deus conforme nossas próprias expectativas, sem perceber que Ele se revela de maneiras inesperadas. A fé, segundo o Papa, exige confiança e desprendimento, assim como Maria precisou aprender ao longo de sua vida como a primeira discípula de Cristo.

Audiência geral de quarta-feira na Sala Paulo VI - foto de arquivo  (Vatican Media)

Diante de sua internação no Hospital Agostino Gemelli, o Papa Francisco não pôde conduzir a Audiência Geral desta quarta-feira, 5 de março de 2025. No entanto, o Santo Padre preparou e disponibilizou a catequese, dando continuidade ao ciclo jubilar sobre "Jesus Cristo, nossa esperança". O tema desta semana foi o episódio do reencontro de Jesus no Templo, quando, aos doze anos, Ele permaneceu entre os mestres da Lei, sem avisar seus pais, levando Maria e José a uma busca angustiante.

“Filho, por que nos fizeste isso?” Essa foi a pergunta de Maria ao encontrar Jesus depois de três dias de procura. A resposta do Menino, no entanto, surpreende: “Por que me procuráveis? Não sabíeis que eu devo ocupar-me das coisas de meu Pai?” (Lc 2,49). Para o Papa Francisco, este episódio nos convida a refletir sobre a busca de Deus em nossas vidas, muitas vezes marcada pela preocupação e pelo medo de perdê-lo.

A fé exige confiança, entrega e desprendimento

O Santo Padre destacou o caminho de Maria como “peregrina da esperança”, que, pouco a pouco, foi crescendo na compreensão do mistério de seu Filho. Desde a visita a Isabel até a permanência junto aos discípulos após a Ressurreição, Maria foi se deixando moldar pela Palavra de Deus. “Ela não apenas gerou Jesus no ventre, mas o gerou também em seu coração, tornando-se a primeira discípula de seu próprio Filho”, ressaltou o Pontífice.

No entanto, mesmo com essa fé profunda, Maria e José enfrentaram a angústia de perder Jesus. A cena no Templo mostra que a lógica de Deus nem sempre cabe dentro de nossas expectativas humanas. “Os pais queriam proteger Jesus, mas Ele já caminhava para sua missão maior, na obediência ao Pai”, explicou o Papa. Essa tensão entre a segurança do amor familiar e a liberdade do chamado divino nos recorda que a fé exige confiança, entrega e desprendimento.

Seguir os passos de Maria e José

Francisco também enfatizou que esse episódio nos ensina a não tentar enquadrar Deus em nossos próprios esquemas. “Quantas vezes procuramos Jesus onde queremos encontrá-lo, e não onde Ele realmente está?”, questionou. Jesus não se deixa limitar: Ele está na vida dos que sofrem, na busca sincera pela verdade, no silêncio da oração e no serviço aos irmãos.

O Santo Padre concluiu sua catequese, convidando os fiéis a seguirem os passos de Maria e José, aprendendo a caminhar na esperança e confiando que Deus sempre se deixa encontrar. “A verdadeira resposta de amor ao Pai não está em um lugar específico, mas na entrega total da nossa vida a Ele”, finalizou.

Felipe Bauer - Vatican News

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Nesta Quarta-feira de Cinzas tem início a Quaresma:

É tempo de mudança em nossas vidas

"É um momento para se aproximar de Deus e para se purificar dos pecados, a fim de viver uma vida cristã mais próxima a Jesus Cristo"

A Quaresma é um período de 40 dias que antecede a Páscoa. É tradicionalmente um tempo em que muitas pessoas fazem reflexões sobre suas vidas e buscam fazer mudanças significativas para melhorar como pessoas. Embora muitos associem a Quaresma à abstinência de certos alimentos ou atividades, a verdadeira essência da Quaresma é fazer uma mudança real e duradoura em nossas vidas, para que possamos nos tornar pessoas melhores e mais comprometidas com nossos valores e com o mundo ao nosso redor — ou seja, comprometidas com Jesus Cristo.

Uma das maneiras de promover mudanças em nossas vidas durante a Quaresma é escolher um objetivo específico e se concentrar nos exemplos de Jesus Cristo. Isso pode ser algo tão simples quanto se comprometer a fazer uma boa ação todos os dias, ou pode ser algo mais complexo, como trabalhar para superar um hábito prejudicial ou estabelecer um novo hábito saudável.

É importante lembrar que fazer mudanças duradouras em nossas vidas leva tempo e esforço, e que a Quaresma é apenas o começo do processo. É preciso disposição para trabalhar de forma constante e dedicada para alcançar nossos objetivos, a vida em Cristo, e estar preparado para enfrentar os infortúnios ao longo do caminho.

As mudanças duradouras dependem de apoio, de misericórdia e de humildade para reconhecer o que precisa ser mudado. Um apoio que pode ver de amigos, familiares ou mesmo profissionais que possam nos ajudar a lidar com os desafios e fornecer encorajamento e suporte quando precisamos. A comunidade também pode ser uma fonte valiosa de apoio e inspiração, especialmente durante a Quaresma, quando muitas pessoas estão trabalhando em objetivos semelhantes.

É importante lembrar que a Quaresma é um momento de renovação espiritual e que as mudanças que fazemos em nossas vidas devem estar enraizadas em nossa fé e nos valores de Jesus Cristo. Ao nos dedicamos à esse propósito, estamos seguindo o caminho da transformação e do crescimento, em direção aos desígnios do Senhor, que é o verdadeiro e o único caminho.

A Quaresma é um tempo privilegiado para nós cristãos, um período de luta contra o espírito do mal e de preparação para a Páscoa, a celebração mais importante do nosso calendário litúrgico. Durante a Quaresma, a Igreja incentiva a sobriedade, o silêncio, a penitência e a caridade. É um momento para se aproximar de Deus e para se purificar dos pecados, a fim de viver uma vida cristã mais próxima a Jesus Cristo. A Quaresma e, portanto, um período de mudanças profundas em nossas vidas ou de reafirmar a inquestionável presença de Deus em nossa vida.

Saudações em Cristo!

Dom Eurico dos Santos Veloso - Arcebispo Emérito de Juiz de Fora – MG

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