terça-feira, 17 de junho de 2025

Paróquia São José - Paraisópolis (MG):

Horários de missa e outros eventos

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Dia 18 - Quarta-feira

19h - Missa votiva em louvor a São José na matriz

19h - Missa na comunidade do Uruguaia

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Dia 19 - Quinta-feira

Festa de Corpus Christi

9h - Missa na matriz

15h - Missa na praça da matriz e procissão do Corpo e Sangue de Cristo

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Dia 20 - Sexta-feira

5h30 - Missa na Matriz

6h15 - Oração das Mil Misericórdias na Matriz

19h - Missa na Vila São Luiz

19h - Grupo de oração Maranathá na capela da Soledade

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Dia 14 - Sábado

19h - Missa na Matriz e na igreja de São Francisco

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Dia 22 - 12º Domingo do Tempo Comum

7h e 9h - Missa na Matriz

10h45 - Batizados na Matriz

11h - Missa na igreja de Santa Edwiges

16h - Missa nas comunidades da Bomba e da Serra dos Goulart

19h - Missa na Matriz e na igreja de Santo Antônio

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Catequese com o padre Zezinho:

Sara e Tobias

Pe. Zezinho, scj |||||||||||||||||||||||||||||||

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Um lindo e santo casamento

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Já preguei um fim de semana sobre Sara e Tobias.

O pai Tobit ficou cego. O bom filho Tobias foi procurar a cura para o pai. Pospôs o sonho de casar porque, primeiro, pensou no pai cego.

Piedoso, orou e ganhou um anjo companheiro de viagem. A Bíblia não deu o nome deste anjo, mas a Tradição afirma que era São Rafael. A piedade popular se encarregou de lhe dar um nome!

Na jornada, o anjo, além de procurar o remédio para o pai Tobit ia aconselhando Tobias pelo caminho! Foi um longo curso de espiritualidade.

No outro lado, Sara, uma linda e piedosa menina casadoira, cheia de sonhos de constituir família, orava para que Javé lhe desse um bom marido e um bom companheiro e o futuro pai dos seus filhos.

Fez sete tentativas e o candidato não aparecia. A Bíblia não fala de um anjo para Sara.

Ela, porém, tinha um pai severo chamado Raguel . Pelo visto o pai era um Rag meio rabugento! Queria o melhor para sua menina. A Bíblia diz que os sete candidatos morreram. Mas foi narrativa daqueles tempos. Ninguém era bom o suficiente para a sua linda e preciosa Sara.

Anjo dela ou não, o fato bíblico é que, um dia, tcham tcham tcham tcham !!!! os dois olhares se cruzaram. O bom filho Tobias e a boa filha Sara disseram: ACHEI O AMOR DA MINHA VIDA.

Diz a Bíblia que foi amor à primeira vista, mas nenhum dos dois se apressou.

Deram tempo ao tempo e a Deus, e tempo para o anjo e para os sonhos de ambos. O resto está lá no Livro de Tobias. Na pastoral de juventude há centenas de histórias parecidas!

Aquele, sim, foi um casamento desejado, planejado e vivido sob a sombra de Javé, do anjo da guarda sem nome.

E certamente, Sara teve também o seu anjo que a protegia, enquanto sonhava com sua futura família!

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Acham que é fantasia bíblica? Nem tanto! Há milhares de casamentos que começaram assim. Sem pressa.

Sara e Tobias eram bons filhos. E ela foi a recompensa para Tobias e ele foi a recompensa para Sara.

Conheço milhares (eu disse MILHARES) de casais que Deus uniu desse jeito!

Bom filho, boa filha o resto é consequência. Pode não ter dado certo com todos, mas, assim mesmo, Deus não deixou de faze-los felizes.

O importante é que bons filhos, em geral, encontram seu rumo e seu prumo!

Assinado: Pe. Zezinho, scj

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                                                                                         Fonte: facebook.com/padrezezinho,sjc

Comissão da CNBB lança coleção de publicações

sobre a Doutrina Social da Igreja nesta terça, às 10h.

Publicada pela Comissão Episcopal Sociotransformadora (Cepast) da Conferência Nacional dos Bispos (CNBB) em parceria com o Instituto Humanitas Unisinos (IHU), a coleção percorre a história e os princípios da Doutrina Social da Igreja (DSI) para inspirar a ação dos cristãos diante dos desafios socioambientais de hoje.

A Cepast-CNBB lança a “Coleção Ação Sociotransformadora – Doutrina Social da Igreja”, uma série de estudos que tem como objetivo aprofundar o conhecimento sobre o tema em todas as comunidades eclesiais. O evento de lançamento será no dia 17 de junho, às 10h (horário de Brasília), com transmissão ao vivo pelo canal de YouTube do Instituto Humanitas Unisinos e da Cepast-CNBB. A coleção, que contempla quatro volumes de estudos, é de autoria dos padres Altair Manieri, Jeferson Nogueira da Matta e Leomar Antônio Montagna.

Dom José Valdeci Santos Mendes, presidente da Comissão Episcopal para a Ação Sociotransformadora (Cepast-CNBB) e bispo de Brejo (MA), enfatiza que a Doutrina Social da Igreja (DSI) demonstra o compromisso de uma Igreja discípula de Jesus Cristo, engajada com a causa do Reino de Deus e fiel ao Evangelho no testemunho junto aos empobrecidos e empobrecidas.

“Os volumes de estudos que estamos lançando”, afirma Dom Valdeci, “nos mostra o caminho trilhado pelo povo de Deus, ressaltando a importância dos fundamentos bíblicos. O Êxodo traz para nós a marca da libertação; o profetismo demonstra a denúncia e o anúncio da Palavra de Deus no compromisso com a justiça social; e nosso Senhor Jesus Cristo nos leva à plena libertação. Acredito que os ensinamentos da Doutrina Social da Igreja nos ajudarão a nos mantermos fiéis aos ensinamentos de Cristo”, expressou o presidente da Comissão.

Dom Geremias Steinmetz, membro da Comissão Sociotransformadora, destaca o papel importante da Doutrina Social da Igreja (DSI) para os dias atuais. Segundo ele, a DSI é uma ferramenta essencial para a fé engajada: “A Doutrina Social da Igreja é a interpretação do Evangelho que oferece respostas concretas aos problemas da sociedade atual, iluminando as situações difíceis que enfrentamos.”

Dom Geremias participará do lançamento, que conta também com a presença do padre Leomar Montagna, um dos autores da coleção, e dos assessores da Cepast-CNBB, Alessandra Miranda e padre Dário Bossi.

A coleção é composta por quatro volumes que abordam desde os fundamentos bíblicos e históricos da Doutrina Social da Igreja (DSI), até o magistério do Papa Francisco, com o objetivo de promover a libertação integral da pessoa humana e incentivar a coerência entre a fé e a ação social dos cristãos. A coleção é também uma contribuição atualizada ao diálogo sobre fé e transformação social.

Conheça os volumes da coleção:

Estudo 1: Fundamentos bíblicos e primeiros séculos do cristianismo: O primeiro estudo sublinha as raízes da DSI que estão presentes nas Sagradas Escrituras, muito antes da encíclica Rerum Novarum, de 1891.

A publicação explora a preocupação com a justiça social no Antigo Testamento, que condenava a exploração dos pobres, e a plenitude dessa mensagem nos ensinamentos de Jesus, que anunciou uma missão libertadora. O estudo também percorre os discursos dos Padres da Igreja, que condenavam o acúmulo de riquezas e afirmavam que o supérfluo pertence aos pobres.

Estudo 2: As grandes encíclicas sociais: O segundo estudo apresenta um percurso histórico pela evolução da DSI, desde o período pós-Patrística até o pontificado do Papa Francisco. A obra analisa documentos marcantes como a Rerum Novarum (1891),de Leão XIII, sobre a “questão operária”; a Quadragesimo Anno (1931), de Pio XI, que formulou o princípio da subsidiariedade; a Gaudium et Spes, do Concílio Vaticano II, que focou na dignidade humana; a Populorum Progressio (1967), de Paulo VI, que definiu o desenvolvimento como “o novo nome da paz”; e as contribuições de João Paulo II e Bento XVI.

Estudo 3: Abordagens do Papa Francisco: O terceiro estudo se aprofunda no pensamento do Papa Francisco, que promove um retorno ao Evangelho com forte impulso profético. O estudo destaca a crítica do pontífice a um sistema econômico “injusto em sua raiz”, que ele define como uma “economia que mata”. Aborda também o paradigma da ecologia integral, que conecta a crise ambiental e a social, e o chamado à fraternidade e à amizade social como bases para a política, definida pelo Papa como “uma das formas mais elevadas de caridade”.

Estudo 4: Os grandes princípios: O quarto e último volume explora os pilares fundamentais da DSI, que são interdependentes. O princípio central é a Dignidade da Pessoa Humana, criada à imagem de Deus, da qual derivam todos os outros. Outros princípios detalhados são o Bem Comum, a Destinação Universal dos Bens, com a “hipoteca social” da propriedade privada, a Subsidiariedade, que defende a autonomia dos níveis locais, a Solidariedade como empenho pelo bem de todos e a relação entre a Justiça e a Caridade, sendo a última o critério supremo que integra e transcende a primeira.

Sobre os autores:

Três presbíteros que atuam no estado do Paraná, com trajetória acadêmica e pastoral, assinam a “Coleção Ação Sociotransformadora – Doutrina Social da Igreja”. Os padres Leomar Antônio Montagna, Altair Manieri e Jefferson Nogueira da Matta combinam um aprofundado conhecimento em Teologia, Filosofia e Ciências Sociais que enriquece os estudos. Além da vida acadêmica, os três padres possuem vasta experiência prática.

O conhecimento na Doutrina Social da Igreja (DSI) é um ponto central na biografia de dois dos autores. O padre Altair Manieri, da Arquidiocese de Londrina, é mestre e especialista em DSI pela prestigiosa Pontifícia Universidade Lateranense de Roma. Na mesma instituição, o padre Jefferson Nogueira da Matta, da Diocese de Apucarana, obteve seu mestrado em Teologia com especialização em Doutrina Social da Igreja.

Complementando o trio, o padre Leomar Antonio Montagna, da Arquidiocese de Maringá, traz uma base com mestrado em Filosofia pela PUCPR e especialização em Pensamento Brasileiro e Latino-americano. A formação teológica é outro elo entre os autores, que cursaram o Instituto Teológico Paulo VI de Londrina, além de possuírem ampla experiência como docentes em instituições de ensino superior.

A obra é uma ferramenta para a reflexão sobre os “erros mais graves de nosso tempo” , como a falta de coerência entre a fé e a vida, e um chamado para a Igreja ser um canal de transformação em um mundo marcado pela “globalização da indiferença”.

O lançamento será transmitido ao vivo no dia 17 de junho, às 10h, pelos canais do IHU e da Cepast-CNBB no YouTube. Será oferecido um certificado de participação mediante inscrição prévia. A inscrição pode ser feita neste (link).

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Assista à live:

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                                                                                                             Fonte: cnbb.org.br

segunda-feira, 16 de junho de 2025

Leão XIV nesta segunda-feira:

"Somos uma parte minúscula, mas significativa do cosmos"

O Papa recebeu em audiência os estudantes da Escola de verão da "Specola Vaticana", o Observatório Astronômico do Vaticano. De 1º a 27 de junho, em Castel Gandolfo, 24 jovens astrônomos, representando 22 países, analisam as descobertas dos três primeiros anos do telescópio espacial James Webb, inaugurado no Natal de 2021.

“Um momento entusiasmante para ser astrônomo!” Com esta exclamação, o Papa saudou os estudantes e estudiosos da Escola de verão do Observatório Astronômico Vaticano (Specola Vaticana), que se realiza este mês de junho em sua sede em Castel Gandolfo, nos arredores de Roma.

Este ano, a Escola de verão é dedicada ao tema “Explorar o universo com o telescópio espacial de James Webb”. Eis por que se trata de um momento entusiasmante para a astronomia, disse Leão XIV, pois pela primeira vez se é capaz de prescrutar profundamente a atmosfera dos exoplanetas, isto é, planetas que orbitam uma estrela fora do nosso Sistema Solar e onde pode haver vida. Com este telescópio, é possível estudar as nebulosas, onde se formam os sistemas planetários, e traçar a luz antiga de galáxias distantes, que indicam o início do próprio universo.

As imagens do James Webb “nos enchem de maravilha”, disse o Papa, citando as Sagradas Escrituras. O Pontífice agradeceu à equipe científica do telescópio espacial, que trabalhou para que essas imagens se tornassem públicas, de modo a alargar o nosso conhecimento do cosmos do qual “somos uma parte minúscula, mas significativa”.

O telescópio permitiu ver de modo novo o mundo que nos circunda, disse ainda o Pontífice, exortando os cientistas a serem generosos em compartilhar o que aprendem: “Não hesitem em compartilhar a alegria e a maravilha que nascem da contemplação das ‘sementes’ que, com as palavras de Santo Agostinho, Deus espalhou na harmonia do universo”.

“Quanto mais alegria compartilharão, mais alegria criarão e assim, por meio da busca do conhecimento, cada um de vocês poderá contribuir para a construção de um mundo mais pacífico e justo.”

Leão XIV concluiu concedendo a todos as bênçãos do “Deus da sabedoria e da compreensão, da alegria e da paz”.

Bianca Fraccalvieri – Vatican News

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Papa aos bispos de Madagascar:
não desviem o olhar dos pobres

O Papa Leão XIV, recebeu na manhã desta segunda-feira, no Vaticano os bispos da Igreja de Madagáscar, vindos a Roma em peregrinação jubilar. “É o nosso primeiro encontro”, disse o Santo Padre.

“Exorto vocês a não desviarem o olhar dos pobres: eles estão no centro do Evangelho e são os destinatários privilegiados do anúncio da Boa Nova”: foi o que disse o Papa Leão XIV, acolhendo na manhã desta segunda-feira os pastores da Igreja de Madagascar, vindos a Roma em peregrinação jubilar. O Santo Padre disse que este encontro tinha para ele um significado particular, “porque é o nosso primeiro encontro”, acrescentando sua admiração pela decisão de virem todos juntos a Roma, como bispos de Madagascar.

“É um belo sinal de unidade, recordou Leão XIV, citando Papa Francisco, “que sentimos espiritualmente presente neste momento”. “Ele visitou o seu país em 2019 e, três anos depois, os acolheu em Visita ad limina Apostolorum. Desta vez, é o Jubileu, o Ano de graça proclamado pelo Senhor Jesus, que os convocou”.

O Santo Padre destacou em seguida que é muito bonito que eles tenham se tornado peregrinos da esperança, juntamente com os milhares e milhares de fiéis que todos os dias atravessam as Portas Santas das basílicas papais. “Vocês são, antes de tudo, peregrinos da esperança para vocês mesmos: vocês que são pastores, recordaram que são antes de tudo ovelhas do rebanho, às quais Cristo diz: “Eu sou a porta das ovelhas. [...] Se alguém entrar por mim, será salvo; entrará e sairá e encontrará pastagens» (Jo 10, 7.9). E, ao mesmo tempo, tornaram-se peregrinos da esperança para o seu povo, para as famílias, para os idosos, as crianças, os jovens; para que as Igrejas que estão em Madagascar, através de vocês, recebam a graça de caminhar na esperança que é Jesus Cristo”.

O Papa Leão XIV disse então da sua felicidade em ouvir eles contarem as alegrias e as provações pastorais que levam com fidelidade. “A proximidade de vocês com o povo de Deus é um sinal vivo do Evangelho. Encorajo cada um de vocês no seu ministério episcopal, em particular a cuidar dos sacerdotes, que são os seus primeiros colaboradores e os seus irmãos mais próximos, bem como dos religiosos e religiosas que se dedicam ao serviço”.

O Santo Padre deu graças pela vitalidade missionária das Igrejas particulares de Madagascar, herdeiras do testemunho dos santos que, para levar o Evangelho a esta terra longínqua, não temeram nem a rejeição nem a perseguição.

“Gostaria de recordar Henri de Solages, o primeiro missionário que não se deixou desanimar pelo fracasso e pela prisão, ou o santo mártir Jacques Berthieu, cujo sangue foi semente de cristãos em Madagascar. Que o seu exemplo continue a fortalecer vocês na entrega de si mesmos a Cristo e à sua Igreja, entre os sucessos e as provações pastorais que atravessam para chegar ao povo de Deus nas diversas realidades de suas dioceses!"

E uma exortação do Pontífice: “exorto vocês a não desviarem o olhar dos pobres: eles estão no centro do Evangelho e são os destinatários privilegiados do anúncio da Boa Nova. Saibam reconhecer neles o rosto de Cristo e que a sua ação pastoral seja sempre animada por uma concreta solicitude para com os mais pequenos”.

Seguindo o Papa Francisco, Leoão XIV convidou os bispos presentes a cuidarem da nossa casa comum, a preservar a beleza da Grande Ilha, cuja beleza e fragilidade foram a eles confiadas. “Cuidar da nossa casa é parte integrante da sua missão profética. Cuidem da criação que geme e ensinem aos seus fiéis a arte de protegê-la com justiça e paz”, disse o Papa.

“Queridos irmãos, - finalizou - continuem o seu serviço com coragem e esperança. O Sucessor de Pedro os acompanha com a sua oração e o seu afeto. Que a Virgem Maria, Nossa Senhora de Madagáscar, os proteja. Que o Beato Raphaël Rafiringa, a Beata Victoire Rasoamanarivo, São Tiago Berthieu e todos os santos da sua terra intercedam por vocês”.

Silvonei José – Vatican News

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O Papa:
Floribert Bwana Chui mártir africano, um homem de paz

Leão XIV recebeu os peregrinos vindos a Roma para a beatificação deste jovem funcionário da alfândega congolesa, no último domingo, na Basílica de São Paulo Fora dos Muros. Floribert pertencia à Comunidade de Santo Egídio e foi morto, em 2007, em Goma por se recusar a deixar passar cargas de alimentos estragados: "Numa região dilacerada pela violência, ele continuou sua luta pela paz com mansidão, servindo aos pobres".

O Papa Leão XVI recebeu em audiência, nesta segunda-feira (16/06), na Sala Clementina, no Vaticano, os peregrinos da República Democrática do Congo que vieram a Roma para participar da beatificação de Floribert Bwana Chui assassinado, em Goma, em 8 de julho de 2007.

A missa de beatificação foi celebrada na Basílica de São Paulo Fora dos Muros pelo prefeito do Dicastério para as Causas dos Santos, cardeal Marcello Semeraro, na tarde do domingo 15 de junho.

O Pontífice iniciou o seu discurso, saudando os bispos presentes, em particular os da República Democrática do Congo, incluindo o bispo de Goma, diocese onde viveu o novo beato. Saudou também a mãe e a família do Beato Floribert, bem como a Comunidade de Santo Egídio, à qual ele pertencia.

A seguir, recordou o novo beato com as palavras do Papa Francisco dirigidas aos jovens de Kinshasa, no "Estádio dos Mártires", em 2 de fevereiro de 2023, durante sua viagem apostólica à República Democrática do Congo:

«Um jovem como você, Floribert Bwana Chui: […] com apenas 26 anos, foi morto em Goma por bloquear a passagem de produtos alimentares deteriorados, que teriam prejudicado a saúde da população. […] Como cristão, rezou, pensou nos outros e escolheu ser honesto, dizendo não à sujeira da corrupção. Isto é manter as mãos limpas, enquanto as mãos que traficam dinheiro estão manchadas de sangue. […] Ser honesto é brilhar de dia, é difundir a luz de Deus, é viver a bem-aventurança da justiça: vencer o mal com o bem!»

De onde um jovem tirou forças para resistir à corrupção, enraizada na mentalidade vigente e capaz de qualquer violência? A escolha de manter as mãos limpas – ele era funcionário da alfândega – amadureceu numa consciência formada pela oração, pela escuta da Palavra de Deus, pela comunhão com os irmãos.

Floribert Bwana Chui "viveu a espiritualidade da Comunidade de Santo Egídio, que o Papa Francisco resumiu em três palavras: oração, pobres, paz. Os pobres foram decisivos em sua vida", disse Leão XIV, acrescentando:

O Beato Floribert viveu uma familiaridade comprometida com os meninos de rua, levados a Goma pela guerra, desprezados e órfãos. Amou-as com a caridade de Cristo: interessou-se por eles e preocupou-se com sua formação humana e cristã. A força de Floribert cresceu em sua fidelidade à oração e aos pobres. Um amigo recorda: «Ele estava convencido de que nascemos para fazer grandes coisas, para incidir na história, para transformar a realidade». Ele era um homem de paz.

"Numa região tão sofrida como o Kivu, dilacerada pela violência, ele continuou sua luta pela paz com mansidão, servindo aos pobres, praticando a amizade e o encontro numa sociedade dilacerada", disse ainda o Papa, ressaltando que uma religiosa lembrou que ele dizia: «A comunidade coloca todos os povos na mesma mesa».

Segundo o Pontífice, "este jovem, não resignado ao mal, tinha um sonho, alimentado pelas palavras do Evangelho e pela proximidade ao Senhor. Muitos jovens se sentiam abandonados e sem esperança, mas Floribert ouviu a palavra de Jesus: «Não vos deixarei órfãos; voltarei para vós». Nenhuma terra é abandonada por Deus!"

Floribert "convidou os seus amigos a não se resignarem e a não viverem para si mesmos". "Tinha confiança no futuro", disse ainda Leão XIV, recordando o que disse o novo beato: «O Senhor está preparando um mundo novo, onde a guerra deixará de existir, o ódio será extinto, a violência já não aparecerá como um ladrão na noite... as crianças crescerão em paz. Sim, é um grande sonho. Não vivamos, portanto, por aquilo que não vale a pena. Vivamos, em vez disso, para este grande sonho!»

Este mártir africano, num continente rico de jovens, mostra como eles podem ser fermento de paz "desarmada e desarmadora". Este leigo congolês destaca o valor precioso do testemunho dos leigos e dos jovens. Que então, pela intercessão da Virgem Maria e do Beato Floribert, a tão almejada paz no Kivu, no Congo, e em toda a África se torne realidade em breve!

Mariangela Jaguraba - Vatican News

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                                                                                                        Fonte: vaticannews.va

Conhecendo a nossa fé:

Homilia sobre o mês de junho

Pe. Zezinho, scj |||||||||||||||||||||||||||||||

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Junho poderia ser chamado O MÊS DA UNIDADE!

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João registrou o que Jesus disse:

Tenho ainda muitas coisas para vos dizer, mas não as podeis suportar agora. Quando ele vier, o Espírito da Verdade, ele vos conduzirá à verdade completa. Pois não falará de si mesmo, mas falará tudo o que ele ouvir e vos anunciará as coisas futuras.

Ele me glorificará, porque receberá do que é meu e vô-lo anunciará. Tudo o que o Pai possui é meu. Por isso eu disse: ele recebe do que é meu e vos anunciará”. (São João 16, 12-15)

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Quando um católico festeja o domingo da Santíssima Trindade, canta isso diante do sacrário, ergue templos com este título, isto: logo depois da festa do Divino Espírito Santo, e na mesma semana enfeita as ruas, sai em profissão seguindo o ostensório com uma grande hóstia, e, outra vez, canta o mistério do Cristo transubstanciado e presente entre nós, este católico está relembrando o mês da UNIDADE ao dizer que DEUS é UNO e TRINO, e que existe um Pai santo, um Filho santo e um Espírito que sempre existiu antes que tudo fosse criado e tudo isto em PERFEITA UNIDADE! Deus é um, mas é três.

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Há ateus e evangélicos que contestam estes dogmas, ou ao menos parte desse dogma.

Fazemos isso há séculos, em Procissão e “Caminhando Cristo Jesus” , mas, há cerca três décadas, algumas igrejas pentecostais também saem às ruas “Marchando Para Jesus “. Na verdade, eles também caminham.

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Um pregador católico muito cioso da nossa doutrina criticou esta imitação.

Lembrei-lhe os episódios de Moisés e de Jesus. Alguém que era do grupo original foi visto louvando Javé no acampamento lá em baixo e, doze séculos depois, dois outros estavam louvando Jesus, mesmo não sendo da turma dos discípulos.

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E daí? Moises perguntou o porquê daquele ciúme! E Jesus explicou que atuar em seu nome, desde que não fosse blasfêmia, era justo. Ele viera para todos.

É claro que haverá vários tipos de compromisso ou adesão, mas o ecumenismo manda que louvemos a Deus, também pelos que o louvam em outro lugar e até com outra visão de evangelho! Errado ou certo estão louvando. E muitos são sinceros. Outros, nem tanto, porque alguns são proselitistas: querem converter e encher seus templos nem que seja nos detonando e nos caluniando. Esses, mais separam do que unem! Criam guetos e cercados e porteiras que se abram, mas depois não deixam sair, porque gostam de falar em inferno e castigo para quem aderiu ou desaderiu!

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As festas do Espírito Santo, da SSMA TRINDADE e do Corpo de Cristo são uma boa razão de praticar o Ecumenismo! Se eles não querem? Nós queremos. Viemos antes e não temos ciúmes! Jesus veio para todos e para nos unir.

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Um dia, talvez, quem sabe? Naquele dia caminharemos juntos como irmãos!

Vai demorar? Vai! Mas é isto para o que Jesus orou em João 17, 1-21. Que fôssemos “um” porque o Deus UNO E TRINO é unidade perfeita!

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Escolhi ser um padre católico ecumênico: vejo valor nas outras igrejas, sei discordar, sei explicar minha fé sem xingar e também sei me defender quando algum pregador nos ofende.

Se ele tenta nos detonar na internet, ensino os católicos a não odiá-lo.

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Os fariseus também achavam que o judaísmo era o suprassumo da fé e não perdiam chance de agredir Jesus. Ele sabia responder, mas acabou na cruz pedindo perdão por quem o matava. Aquilo, sim, foi cristianismo e ecumenismo puro!

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As festas do mês de junho, que, além desses dogmas centrais da de católica, se concluem com as comemorações de

1 - JOÃO BATISTA: o profeta que apontou Jesus, como Transição do Judaísmo para o Cristianismo!

2 - do primeiro Papa: SÃO PEDRO

3 - e do mais ativo comunicador da fé: SÃO PAULO

Nossas festas católicas mostram as razões de sermos CATÓLICOS. Temos uma longa história de busca pela Unidade, embora muitas vezes não tenhamos vivido este chamado.

Os últimos dez Papas, porém, têm acenado para unidade, desde Leão XIII até Leão XIV. Como festejar tudo isso sem buscar diálogo e sonhar com a UNIDADE? … Afinal, queremos ou não queremos ser irmãos com e em Jesus?

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                                                                                         Fonte: facebook.com/padrezezinho,sjc

domingo, 15 de junho de 2025

Leão XIV neste domingo:

o treinamento diário do amor constrói um mundo novo

Na Solenidade da Santíssima Trindade, o Papa presidiu a missa na Basílica de São Pedo para o Jubileu do Esporte, que, segundo ele, é "um meio precioso de formação cristã", pois ensina a colaboração e valoriza a concretude do estar juntos. Ele recordou "a vida simples e luminosa" de Pier Giorgio Frassati, padroeiro dos esportistas, que será canonizado em 7 de setembro, e Paulo VI sobre a contribuição do esporte para trazer paz e esperança a uma sociedade devastada pela guerra.

O Papa Leão XIV presidiu a missa da Solenidade da Santíssima Trindade e do Jubileu do Esporte na manhã deste domingo (15/06), na Basílica de São Pedro, que contou com a participação de seis mil e quinhentas pessoas.

"Para Santo Agostinho, a Trindade e a sabedoria estão intimamente ligadas. A sabedoria divina se revela na Santíssima Trindade, e a sabedoria sempre nos conduz à verdade", disse o Pontífice no início de sua homilia.

De acordo com o Papa, "o binômio Trindade-esporte não é usado com muita frequência, mas a associação não é descabida".

Na verdade, toda boa atividade humana traz em si um reflexo da beleza de Deus, e certamente o esporte está entre elas. Afinal, Deus não é estático, nem está fechado em si mesmo. É comunhão, relação viva entre o Pai, o Filho e o Espírito Santo, que se abre à humanidade e ao mundo. A teologia denomina essa realidade de pericoresis, ou seja, “dança”: uma dança de amor recíproco.

"A vida brota deste dinamismo divino", disse ainda o Papa. "Fomos criados por um Deus que se compraz e se alegra em dar a existência às suas criaturas e que “brinca”, como nos recordou a primeira leitura. Alguns Padres da Igreja chegam mesmo a falar, com ousadia, de um Deus ludens, de um Deus que se diverte. Eis a razão pela qual o esporte pode nos ajudar a encontrar o Deus Trino: porque exige um movimento do eu para o outro, que é certamente exterior, mas também e sobretudo interior. Sem isso, ele se reduz a uma estéril competição de egoísmos", sublinhou.

Leão XIV citou as palavras de São João Paulo II, que foi, como sabemos, um esportista: "O esporte é alegria de viver, de brincar, de festejar, e como tal deve ser valorizado".

Segundo o Papa, o esporte leva o atleta a dar-se, “jogar-se”.

Trata-se de dar-se aos outros – para o próprio crescimento, para os torcedores, para os entes queridos, para os treinadores, para os colaboradores, para o público, até mesmo para os adversários – e, em sendo verdadeiramente um esportista, isso vale além do resultado.

A seguir, Leão XIV destacou três aspectos que tornam o esporte, hoje, "um meio precioso de formação humana e cristã".

"Em primeiro lugar, numa sociedade marcada pela solidão, em que o individualismo exagerado deslocou o centro de gravidade do “nós” para o “eu”, fazendo com que o outro fosse ignorado, o esporte – especialmente quando é praticado em conjunto – ensina o valor da colaboração, do caminhar juntos, daquela partilha que, como já dissemos, está no coração da vida de Deus", disse o Papa, reiterando que desse modo, o esporte "pode tornar-se um instrumento importante de recomposição e de encontro: entre os povos, nas comunidades, nos ambientes escolares e profissionais, nas famílias".

"Em segundo lugar, numa sociedade cada vez mais digital, em que as tecnologias, embora aproximando pessoas distantes, muitas vezes afastam aqueles que estão próximos, o esporte valoriza a concretude do estar juntos, o sentido do corpo, do espaço, do esforço, do tempo real", sublinhou. "Assim, contra a tentação de fugir para mundos virtuais, o esporte ajuda a manter um contato saudável com a natureza e com a vida concreta, único lugar onde é possível exercer o amor", enfatizou o Pontífice.

"Em terceiro lugar, numa sociedade competitiva, onde parece que apenas os fortes e os vencedores merecem viver, o esporte também ensina a perder, colocando o homem frente a frente, na arte da derrota, com uma das verdades mais profundas da sua condição: a fragilidade, o limite, a imperfeição", sublinhou Leão XIV. "Isto é importante, porque é a partir da experiência dessa fragilidade que nos abrimos à esperança. O atleta que nunca erra, que nunca perde, não existe. Os campeões não são máquinas infalíveis, mas homens e mulheres que, mesmo derrotados, encontram a coragem para se reerguer", reiterou.

A seguir, o Papa recordou que "o esporte teve um papel significativo na vida de muitos santos do nosso tempo, tanto como prática pessoal quanto como meio de evangelização".

Pensemos no Beato Pier Giorgio Frassati, padroeiro dos esportistas, que será proclamado santo no próximo dia 7 de setembro. A sua vida, simples e luminosa, recorda-nos que assim como ninguém nasce campeão, ninguém nasce santo. É o treinamento diário do amor que nos aproxima da vitória definitiva e nos torna capazes de trabalhar pela construção de um mundo novo.

O Pontífice lembrou São Paulo VI, "que vinte anos após o fim da II Guerra Mundial, recordava aos membros de uma associação esportiva católica o quanto o esporte tinha contribuído para trazer de volta a paz e a esperança a uma sociedade devastada pelas consequências da guerra".

Queridos esportistas, a Igreja confia a vocês uma missão maravilhosa: ser reflexo do amor de Deus Trino em suas atividades, pelo bem de vocês e pelo bem dos irmãos. Deixem-se envolver com entusiasmo por esta missão: como atletas, como formadores, como sociedade, como grupos, como famílias.

Leão XIV referiu-se à Mãe de Jesus, tão discreta, mas tão cheia de solicitude, de dinamismo, que “corre” para Deus e para os outros, como o Papa Francisco gostava de recordar.

O Papa concluiu, convidando a pedir a Maria que "acompanhe as nossas iniciativas e os nossos esforços, orientando-os sempre para o melhor, até à vitória definitiva: a da eternidade, o 'campo infinito' onde o jogo não terá fim e a alegria será plena".

Mariangela Jaguraba - Vatican News

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Papa no Angelus:

continuemos a rezar pela paz em todo o mundo

Antes da oração mariana do Angelus, Leão XIV convidou ao diálogo inclusivo pela paz em Mianmar, recordou as quase 200 vítimas da violência na Nigéria e o pároco morto por um bombardeio no Sudão. Pediu aos combatentes que parem, protejam os civis e iniciem um diálogo pela paz, e à Comunidade internacional que forneça "pelo menos a assistência essencial à população afetada pela grave crise humanitária".

O Papa Leão XIV rezou a oração mariana do Angelus, deste domingo (15/06), na Praça São Pedro, após a missa da Solenidade da Santíssima Trindade e do Jubileu do Esporte celebrada na Basílica Vaticana.

"Acabamos de concluir a celebração eucarística do Jubileu do Esporte, e agora, com alegria, dirijo minha saudação a todos vocês, atletas de todas as idades e origens", disse Leão XIV em sua alocução, exortando-os "a viver a atividade esportiva, mesmo em nível competitivo, sempre com espírito de gratuidade, com espírito lúdico no sentido nobre do termo, porque no jogo e na diversão saudável o ser humano se assemelha ao seu Criador".

Gostaria também de sublinhar que o esporte é uma forma de construir a paz, pois é uma escola de respeito e lealdade, que faz crescer a cultura do encontro e da fraternidade. Irmãos e irmãs, encorajo-os a praticarem este estilo de vida conscientemente, opondo-se a toda forma de violência e opressão.

"O mundo hoje precisa muito disso! Há muitos conflitos armados", disse o Papa, acrescentando:

Em Mianmar, apesar do cessar-fogo, os combates continuam causando danos à infraestrutura civil. Convido todas as partes a trilharem o caminho do diálogo inclusivo, o único que pode levar a uma solução pacífica e estável.

A seguir, Leão XVI falou sobre o terrível massacre, na noite de 13 para 14 de junho, perpetrado na cidade de Yelwata, no Estado de Benue, na Nigéria, "no qual cerca de 200 pessoas foram mortas com extrema crueldade, a maioria delas deslocadas internas, acolhidas pela missão católica local".

Rezo para que a segurança, a justiça e a paz prevaleçam na Nigéria, um país amado e tão afetado por diversas formas de violência. Rezo especialmente pelas comunidades cristãs rurais do Estado de Benue, que têm sido incessantemente vítimas de violência.

A seguir, o Papa recordou a República do Sudão, "devastada pela violência há mais de dois anos".

Recebi a triste notícia da morte do padre Luke Jumu, pároco de El Fasher, vítima de um bombardeio. Ao mesmo tempo em que asseguro minhas orações por ele e por todas as vítimas, renovo meu apelo aos combatentes para que parem, protejam os civis e se engajem no diálogo pela paz. Exorto a Comunidade internacional a intensificar os esforços para prestar, pelo menos, assistência essencial à população, gravemente afetada pela grave crise humanitária. Continuemos a rezar pela paz no Oriente Médio, na Ucrânia e em todo o mundo.

A seguir, Leão XIV recordou que, na tarde deste domingo, na Basílica de São Paulo Fora dos Muros, será beatificado Floribert Bwana Chui, um jovem mártir congolês.

Ele foi morto aos 26 anos porque, como cristão, se opôs à injustiça e defendeu os pequenos e os pobres. Que seu testemunho dê coragem e esperança aos jovens da República Democrática do Congo e de toda a África!

Por fim, o Papa desejou a todos um bom domingo e disse aos jovens:

Espero vocês daqui a um mês e meio no Jubileu dos Jovens! Que a Virgem Maria, Rainha da Paz, interceda por nós.

Mariangela Jaguraba – Vatican News

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                                                                                                        Fonte: vaticannews.va

Reflexão para seu domingo:

Deus é de todos

José Antonio Pagola

Poucas frases terão sido tão citadas como esta que o Evangelho de João coloca nos lábios de Jesus. Os autores veem nela um resumo do essencial da fé, tal como era vivida entre os poucos cristãos nos começos do século II: “Deus amou tanto o mundo que entregou seu Filho único”.

Deus ama o mundo inteiro, não só aquelas comunidades cristãs às quais chegou a mensagem de Jesus. Deus ama todo gênero humano, não só a Igreja. Deus não é propriedade dos cristãos. Não deve ser monopolizado por nenhuma religião. Não cabe em nenhuma catedral, mesquita ou sinagoga.

Deus habita em todo ser humano acompanhando cada pessoa em suas alegrias e desgraças. Não deixa ninguém abandonado, pois tem seus caminhos para encontrar-se com cada qual, sem que tenha que seguir necessariamente os caminhos que nós lhe indicamos. Jesus o via cada manhã “fazendo surgir o Sol sobre bons e maus”.

Deus não sabe nem quer, nem pode fazer outra coisa senão amar, pois, no mais íntimo de seu ser, Ele é amor. Por isso diz o Evangelho que Ele enviou seu Filho único, não para “condenar o mundo”, mas para que “o mundo se salve por meio dele”. Deus ama o corpo tanto como a alma, e o sexo tanto como a inteligência. O que Ele deseja unicamente é ver já, desde agora e para sempre, a humanidade inteira desfrutando de sua criação.

Este Deus sofre na carne dos famintos e humilhados da Terra; está nos oprimidos defendendo sua dignidade e nos que lutam contra a opressão dando ânimo a seu esforço. Está sempre em nós para “buscar e salvar” o que nós deturpamos e deixamos se perder.

Deus é assim. Nosso maior erro seria esquecê-lo. Mais ainda, fechar-nos em nossos preconceitos, condenações e mediocridade religiosa, impedindo as pessoas de cultivar esta fé primeira e essencial. Para que servem os discursos dos teólogos, dos moralistas, dos pregadores e dos catequistas, se não despertam o louvor ao Criador, se não fazem crescer no mundo a amizade e o amor, se não tornam a vida mais bela e luminosa, lembrando que o mundo está envolto nos quatro lados pelo amor de Deus?

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JOSÉ ANTONIO PAGOLA cursou Teologia e Ciências Bíblicas na Pontifícia Universidade Gregoriana, no Pontifício Instituto Bíblico de Roma e na Escola Bíblica e Arqueológica Francesa de Jerusalém. É autor de diversas obras de teologia, pastoral e cristologia. Atualmente é diretor do Instituto de Teologia e Pastoral de São Sebastião. Este comentário é do livro “O Caminho Aberto por Jesus”, da Editora Vozes.

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                                                   Fonte: franciscanos.org.br   Banner: vaticannews.va