sábado, 26 de abril de 2025

Bela reflexão de Frei Almir Guimarães:

Os discípulos se alegraram por verem o Senhor

Cristo vem até nós e não esconde suas feridas, antes as mostra – querendo encorajar-nos assim a que nos dispamos das nossas armaduras, máscaras e maquiagens, e contemplemos as feridas e cicatrizes que escondemos dos outros e de nós mesmos debaixo das camadas de proteção e olhemos também para as feridas que causamos em outros (Tomás Halík – Toque as feridas – Vozes, p.85).

Estamos vivendo as belas alegrias do tempo pascal. Domingo após domingo são facetas novas do Ressuscitado desenhadas diante de nossos olhos. Ele ressuscitou. Voltou para o Pai, mas está no meio de nós, no lusco-fusco ou na claridade da fé. Não cessamos de repetir aleluias e jubilações. Caminhamos por este tempo na companhia do Ressuscitado, sempre no universo da fé. A morte não pronuncia a última palavra. Colossenses sempre nos lembra: “Vossa vida está escondida com Cristo em Deus” (Cl 3,3). Escondida no Cristo vive. Somos discípulos do Ressuscitado.

As portas da sala em que se encontravam os apóstolos estavam trancadas. Depois da morte do Mestre o pequeno grupo tinha medo, muito medo. Os apóstolos não queriam ser ocasião de caçoada e chacotas de alguns dos chefes religiosos. As portas estavam vedadas, quem sabe, com trancas de ferro. Talvez mais trancados do que as portas estavam os corações daquele pequeno grupo sobre os quais repousava a responsabilidade de anunciar a vitória do Mestre. Mas quanto temor…

“Não tenhas medo. Eu sou o primeiro e o último. Estive morto, mas agora vivo. Eu tenho a chave da morte e da região dos mortos” (Ap 2,17-18).

Jesus chega. Coloca-se no meio deles, como nos tempos passados. Agora atravessa as portas fechadas. Chega desejando a paz. Quer que o coração dos seus busque asilo na certeza de sua presença. Um outro modo de se fazer presente. Mas é ele.

Aquelas mãos, as mãos de Jesus. Ali estão as chagas. Chagas agora brilhosas, luminosas, brilhantes. Antes foram chagas sanguinolentas e sangrentas. Não podem ser separadas umas das outras. Mistério da vida. Morte e vida. Chagas sangrentas e chagas brilhantes que o mais puro dos ouros… mas chagas.

Aquelas mãos de Jesus conservam as marcas dos pregos. Antes elas haviam tocado a madeira na oficina do carpinteiro José, tinham feito lama com a saliva para untar os olhos do cego, mãos que haviam tocado as crianças. Agora elas tinham preciosos rubis. O escarlate do sangue brilhava e os apóstolos experimentam alegria. Assim, Jesus infunde paz no coração dos temerosos e medrosos discípulos.

“Como o Pai me enviou, também eu vos envio”. Ele viera da parte de seu Pai. Voltava para o Pai e enviava os seus para continuarem sua missão. Tinham que abrir portas ou entrar por portas fechadas pelo medo e pela autossuficiência e dizer que acreditavam na vida, na plenitude da vida.

Eles seriam embaixadores do perdão. Nas primeiras páginas da Escritura, Deus soprara sobre o primeiro homem feito de barro e ele se tornou alma vivente. Os apóstolos, constituídos mensageiros do perdão, segundo o texto evangélico hoje proclamado, se tornam embaixadores do perdão, são habitados pelo sopro do Espírito. A missão da Igreja é anunciar o mundo novo da paz, da vida, do perdão dos dilaceramentos, das indiferenças, das crueldades desde que os corações se tornem contritos e arrependidos. O perdão é o grande presente pascal.

Tomé estava ausente. Chegara mais tarde. Queria provas da ressurreição. Queria tocar as chagas. Queria ver. Felizes os que não viram mas creram. Felizes somos nós que tivemos a graça de organizar a nossa vida à luz do Ressuscitado, que nos sentamos à mesa com ele para nos alimentar de seu corpo, que fazemos dele o sentido de nossa vida, ele que mora no amor de um homem e de uma mulher, que deita óleo nas feridas de nossa trajetória e instila esperança em nossas vidas.

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FREI ALMIR GUIMARÃES, OFMingressou na Ordem Franciscana em 1958. Estudou catequese e pastoral no Institut Catholique de Paris, a partir de 1966, período em que fez licenciatura em Teologia. Em 1974, voltou a Paris para se doutorar em Teologia. Tem diversas obras sobre espiritualidade, sobretudo na área da Pastoral familiar. É o editor da Revista “Grande Sinal”.

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sexta-feira, 25 de abril de 2025

Paróquia São José - Paraisópolis (MG):

Oitava da Páscoa 

Horários de missa e outros eventos

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Dia 26 - Sábado

17h30  Momentos de reflexão e músicas com a Ir. Greice Maria, seguidos de missa com pedido de bênçãos especiais às 19h na quadra da E. E. Antônio Eufrásio de Toledo (Ginásio)

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Dia 27 - 2º Domingo da Páscoa

7h - Missa na Matriz       9h -  Missa na Matriz

    11h - Missa na igreja de Santa Edwiges

19h - Missa na Matriz e na igreja de Santo Antônio

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Papa Francisco e o magistério sobre os pobres:

palavras e gestos

Os “últimos” do Evangelho serão os últimos a recebê-lo.

Andrea Tornielli

O Papa no Dia Mundial dos Pobres de 2024 (Vatican Media)

E assim, os “últimos” serão os últimos a recebê-lo, na entrada da basílica de Santa Maria Maior, que conserva o ícone da Salus Populi Romani, sob cujo olhar materno Francisco está prestes a ser sepultado. Na reta final de sua trajetória terrena como Bispo de Roma que veio quase do fim do mundo, ele será coroado não pelos poderosos, mas pelos pobres, pelos migrantes, pelos sem-teto, pelos marginalizados que foram colocados no centro de tantas páginas de seu magistério e que estão no centro de cada página do Evangelho.

Já as palavras pronunciadas na manhã da Segunda-feira do Anjo pelo cardeal camerlengo Kevin Joseph Farrell para anunciar a morte inesperada do Papa Francisco haviam sublinhado essa pedra angular de seu ensinamento: “Ele nos ensinou a viver os valores do Evangelho com fidelidade, coragem e amor universal, especialmente em favor dos mais pobres e marginalizados”. “Como eu gostaria de uma Igreja pobre e para os pobres”, disse ele no início de seu pontificado. “Para a Igreja, a opção pelos pobres é uma categoria teológica antes de ser cultural, sociológica, política ou filosófica. Deus lhes concede “sua primeira misericórdia”. Essa preferência divina tem consequências na vida de fé de todos os cristãos, que são chamados a ter “os mesmos sentimentos de Jesus”, escreveu ele na exortação apostólica “Evangelii gaudium”, um documento que ainda não compreendemos plenamente e que marcou o curso de seu ministério como Sucessor de Pedro.

Palavras que sempre foram acompanhadas de gestos e escolhas concretas. O primeiro Papa a escolher o nome do Santo de Assis se inseriu na esteira dos ensinamentos de seus predecessores, como os de São João XXIII, que, um mês antes de abrir o Concílio Ecumênico Vaticano II, havia dito: “A Igreja se apresenta como é e quer ser, como a Igreja de todos, e particularmente a Igreja dos pobres”. Esse magistério de palavras e gestos, para o primeiro Papa sul-americano, teve sua origem no Evangelho e nos ensinamentos dos primeiros Padres da Igreja. Como Santo Ambrósio, que disse: “Não é de suas posses que você faz uma doação aos pobres; você não faz mais do que dar a eles o que lhes pertence. Pois é aquilo que é dado em comum para o uso de todos, aquilo que você anexa. A terra é dada a todos, e não apenas aos ricos”.

Graças a essas palavras, São Paulo VI pôde afirmar em sua encíclica “Populorum Progressio” que a propriedade privada não constitui um direito incondicional e absoluto para ninguém, e que ninguém está autorizado a reservar para seu uso exclusivo o que excede sua necessidade, quando outros não têm o necessário. Ou como São João Crisóstomo que, em uma famosa homilia, disse: “Você quer honrar o corpo de Cristo? Não permita que ele seja objeto de desprezo em seus membros, isto é, nos pobres, privados de roupas para se cobrirem. Não honrem a Cristo aqui na igreja com panos de seda, enquanto lá fora vocês o negligenciam quando ele sofre com o frio e a nudez. Aquele que disse: Este é o meu Corpo, disse também: Vistes-me com fome e não me destes de comer”.

Longe de leituras ideológicas, a Igreja não tem interesses políticos a defender quando pede a superação do que Francisco chamou de “globalização da indiferença”. Movido apenas pelas palavras do Evangelho, sustentado pela tradição dos Padres da Igreja, o Papa nos convidou a voltar nosso olhar para os “últimos” prediletos de Jesus. Esses “últimos” que hoje o acompanharão com seu abraço na última etapa.

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                                                                                                                    Fonte: vaticannews.va

Segundo Domingo da Páscoa:

Leituras e reflexão
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1ª Leitura: At 5,12-16

Leitura do livro dos Atos dos Apóstolos

Muitos sinais e maravilhas eram realizados entre o povo pelas mãos dos apóstolos. Todos os fiéis se reuniam, com muita união, no pórtico de Salomão. Nenhum dos outros ousava juntar-se a eles, mas o povo estimava-os muito. Crescia sempre mais o número dos que aderiam ao Senhor pela fé; era uma multidão de homens e mulheres. Chegavam a transportar para as praças os doentes em camas e macas, a fim de que, quando Pedro passasse, pelo menos a sua sombra tocasse alguns deles. A multidão vinha até das cidades vizinhas de Jerusalém, trazendo doentes e pessoas atormentadas por maus espíritos. E todos eram curados.

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Responsório: Sl 117(118)

- Dai graças ao Senhor porque ele é bom! / “Eterna é a sua misericórdia!”

- Dai graças ao Senhor porque ele é bom! / “Eterna é a sua misericórdia!”

- A casa de Israel agora o diga: / “Eterna é a sua misericórdia!” / A casa de Aarão agora o diga: / “Eterna é a sua misericórdia!” / Os que temem o Senhor agora o digam: / “Eterna é a sua misericórdia!”

- “A pedra que os pedreiros rejeitaram / tornou-se agora a pedra angular. / Pelo Senhor é que foi feito tudo isso: / que maravilhas ele fez a nossos olhos! / Este é o dia que o Senhor fez para nós, / alegremo-nos e nele exultemos!

- Ó Senhor, dai-nos a vossa salvação, / ó Senhor, dai-nos também prosperidade!” / Bendito seja, em nome do Senhor, / aquele que em seus átrios vai entrando! / Desta casa do Senhor vos bendizemos. / Que o Senhor e nosso Deus nos ilumine!

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2ª Leitura: Ap 1,9-13.17-19

Leitura do Livro do Apocalipse

Eu, João, vosso irmão e companheiro na tribulação, e também no Reino e na perseverança em Jesus, fui levado à ilha de Patmos por causa da Palavra de Deus e do testemunho que eu dava de Jesus. No dia do Senhor, fui arrebatado pelo Espírito e ouvi atrás de mim uma voz forte, como de trombeta, 11a qual dizia: “O que vais ver, escreve-o num livro”. Então, voltei-me para ver quem estava falando; e, ao voltar-me, vi sete candelabros de ouro. No meio dos candelabros havia alguém semelhante a um “filho de homem”, vestido com uma túnica comprida e com uma faixa de ouro em volta do peito. Ao vê-lo, caí como morto a seus pés, mas ele colocou sobre mim sua mão direita e disse: “Não tenhas medo. Eu sou o primeiro e o último, aquele que vive. Estive morto, mas agora estou vivo para sempre. Eu tenho a chave da morte e da região dos mortos. Escreve, pois, o que viste, aquilo que está acontecendo e que vai acontecer depois”.

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Evangelho: Jo 20,19-31

Proclamação do Evangelho de Jesus Cristo segundo São João
Ao anoitecer daquele dia, o primeiro da semana, estando fechadas, por medo dos judeus, as portas do lugar onde os discípulos se encontravam, Jesus entrou e, pondo-se no meio deles, disse: “A paz esteja convosco”. Depois dessas palavras, mostrou-lhes as mãos e o lado. Então os discípulos se alegraram por verem o Senhor. Novamente, Jesus disse: “A paz esteja convosco. Como o Pai me enviou, também eu vos envio”. E depois de ter dito isso, soprou sobre eles e disse: “Recebei o Espírito Santo. A quem perdoardes os pecados, eles lhes serão perdoados; a quem os não perdoardes, eles lhes serão retidos”. Tomé, chamado Dídimo, que era um dos doze, não estava com eles quando Jesus veio. Os outros discípulos contaram-lhe depois: “Vimos o Senhor!” Mas Tomé disse-lhes: “Se eu não vir a marca dos pregos em suas mãos, se eu não puser o dedo nas marcas dos pregos e não puser a mão no seu lado, não acreditarei”. Oito dias depois, encontravam-se os discípulos novamente reunidos em casa, e Tomé estava com eles. Estando fechadas as portas, Jesus entrou, pôs-se no meio deles e disse: “A paz esteja convosco”. Depois disse a Tomé: “Põe o teu dedo aqui e olha as minhas mãos. Estende a tua mão e coloca-a no meu lado. E não sejas incrédulo, mas fiel”. Tomé respondeu: “Meu Senhor e meu Deus!” Jesus lhe disse: “Acreditaste porque me viste? Bem-aventurados os que creram sem terem visto!” Jesus realizou muitos outros sinais, diante dos discípulos, que não estão escritos neste livro. Mas estes foram escritos para que acrediteis que Jesus é o Cristo, o Filho de Deus, e para que, crendo, tenhais a vida em seu nome.

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Reflexão do padre Johan Konings

A Páscoa de cada semana 

O cristão começa a semana com cara de domingo e não de segunda-feira. Pois, como diz o próprio nome, a segunda-feira é o segundo dia da semana. O primeiro é o domingo, por diversas razões.

Na liturgia do 2° domingo pascal, o autor do Apocalipse faz questão de dizer que ele teve a sua visão no “primeiro dia da semana”, no domingo (2ª leitura). É o dia da ressurreição: o que ele vê, na sua visão, é “o morto que está vivo”, Cristo ressuscitado. É o dia da celebração: ele vê uma liturgia celeste em honra de Jesus, o Cordeiro pascal imolado por nós.

Também o evangelho de hoje nos fala, por duas vezes, do primeiro dia da semana. A primeira cena deste evangelho situa-se no próprio dia da Páscoa, quando Jesus aparece aos discípulos, mostrando-se ressuscitado e vivo, para derramar sobre eles o Espírito Santo, que lhes dá o poder de tirar o pecado do mundo, como ele mesmo tinha feito. A segunda cena ocorre “oito dias depois” (portanto, outra vez no primeiro dia da semana), quando Jesus aparece para se mostrar a Tomé e confirmar a sua fé.

O primeiro dia da semana é o dia de Jesus e de Deus, domingo, dies Domini, dia do Senhor. Lembra o primeiro dia da criação, quando Deus criou a luz. A ressurreição de Jesus é novo primeiro dia da criação, nova luz que surge sobre o mundo. E cada domingo é, para o cristão, a comemoração dessa luz pascal e dessa nova criação. Nós mesmos somos criaturas novas, chamadas à vida na luz – a luz de Cristo morto e ressuscitado.

O domingo é páscoa semanal, dia da comunidade, lembrete da nova criação que nós somos em Cristo. Não só pessoalmente, mas como comunidade, chamada a dar um novo tom ao mundo. Os habitantes de Jerusalém perceberam essa novidade. Muitos aderiram à comunidade e todo o povo a elogiava, diz a 1ª leitura de hoje. Também hoje, o mundo deve perceber essa novidade no novo rumo que os cristãos imprimem à história, transformando-a de história de opressão em história de libertação. O domingo, com seu descanso físico, sua alegria espiritual e sua comunhão na celebração, deve alimentar em nós esta existência pascal nova e formadora.

Israel celebra o dia santo no sábado, dia do descanso de Deus depois de completada a criação. É um símbolo religioso muito profundo. O próprio Jesus observava normalmente o sábado, tomando, porém, a liberdade de fazer curas ou permitir colher espigas, porque a que Deus criou deve também ser conservada no dia de sábado… Os cristãos escolheram como dia santo o dia depois do sábado, o dia da Ressurreição, da restauração da vida, pensando não tanto na criação acabada, mas na novidade de vida inaugurada por Jesus. Por isso, os Pais da Igreja chamaram este dia de “oitavo dia”: ele está fora da sequência dos sete dias da semana, é de outro nível. Simboliza o tempo novo e definitivo. Será que isso se reconhece na maneira em que celebramos o domingo?

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PE. JOHAN KONINGS nasceu na Bélgica em 1941, onde se tornou Doutor em Teologia pela Universidade Católica de Lovaina, ligado ao Colégio para a América Latina (Fidei Donum). Veio ao Brasil, como sacerdote diocesano, em 1972. Em 1985 entrou na Companhia de Jesus (Jesuítas) e, desde 1986, atuou como professor de exegese bíblica na FAJE, Faculdade Jesuíta de Filosofia e Teologia, em Belo Horizonte. Faleceu no dia 21 de maio de 2022. Este comentário é do livro “Liturgia Dominical, Editora Vozes.

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Reflexão em vídeo do frei Felipe Carretta

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         Fonte: franciscanos.org.br    Banners: vaticannews.va     Fábio M. Vasconcelos

quinta-feira, 24 de abril de 2025

Queriam que eu predissesse

quem será o próximo Papa!...

Pe. Zezinho, scj |||||||||||||||||||||||||||||||

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Achei engraçado! O Papa nem foi sepultado e há centenas de profetinhas de todas as tendências vendendo seu “peixe”.

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Dizem que o próximo Papa será tipo X ou Y ou W e terá M ou L ou R tendências. Mas é tudo peixe pobre, profecias sem pé nem cabeça, predições ridículas e dignas de fazer dó.

Fará melhor quem nada predisser, sinal de que é pessoa serena e sensata que não brinca de futurologia ou adivinhações!

Seja qual for o próximo Papa uma coisa é certa: eu o respeitarei. Tenho certeza de que será melhor e mais sensato do que todos estes adivinhos de palco, microfone, câmeras, holofotes ou celular na mão!

99% deles não acertariam na loteria, nem também nas predições sobre o futuro Papa católico.

Simplesmente não sabem, mas opinam. São cidadãos que mal conseguem ler um livro de 100 páginas por ano, mas vivem opinando sobre tudo.

Por isso já estão opinando sobre o futuro Papa Católico, quando o atual ainda está no caixão e ainda não o sepultaram!

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quarta-feira, 23 de abril de 2025

Bela reflexão de dom Anuar Battisti:

Francisco, o Papa do Amor e da Misericórdia

Com o coração entristecido, mas cheio de gratidão a Deus, unimo-nos à Igreja do mundo inteiro para render graças pela vida e missão do Papa Francisco, que hoje retorna à Casa do Pai. Sua partida marca o fim de uma era profundamente transformadora na história da Igreja, mas também o início de um tempo de memória viva, em que seus gestos, palavras e escolhas continuarão a inspirar gerações. 

Desde o momento em que apareceu na sacada da Basílica de São Pedro, na noite de 13 de março de 2013, pedindo humildemente a oração do povo antes de abençoá-lo, sabíamos que estávamos diante de um novo estilo de Pontificado. Jorge Mario Bergoglio, o primeiro Papa latino-americano, jesuíta, escolheu o nome Francisco — e com ele abraçou a missão de ser sinal de simplicidade, cuidado com os pobres e testemunho radical do Evangelho. 

O Papa Francisco foi, acima de tudo, um pastor próximo, que não teve medo de ir ao encontro das periferias existenciais e geográficas. Com gestos concretos e palavras diretas, foi um profeta da misericórdia, como bem expressou na bula de proclamação do Jubileu Extraordinário da Misericórdia (2015): “A misericórdia é a viga que sustenta a vida da Igreja.” Sob sua liderança, a Igreja redescobriu a beleza de acolher, de ouvir e de caminhar com todos, especialmente os mais frágeis. 

Sua opção preferencial pelos pobres, seu chamado insistente à conversão pastoral, sua denúncia profética da indiferença global frente ao sofrimento humano, e sua defesa incansável da ecologia integral — como expressa na Encíclica Laudato Si’ — fizeram dele um líder espiritual de dimensão global, ouvido não apenas pelos católicos, mas por pessoas de todas as crenças e ideologias. 

Homem de oração silenciosa, devoto de Santa Teresinha e de São José, Papa Francisco uniu em si a firmeza do pastor e a ternura do pai. Sua linguagem acessível tocou os corações, e suas homilias matinais em Santa Marta, cheias de sabedoria pastoral, formaram uma verdadeira escola de espiritualidade simples e profunda. 

Não se pode esquecer também de sua coragem reformadora. Com firmeza evangélica, enfrentou desafios internos da Igreja, promovendo a transparência, a sinodalidade e a participação. Convidou-nos a sermos uma Igreja em saída, com “cheiro de ovelha”, comprometida com a construção de um mundo mais justo e fraterno. 

Neste dia 21 de abril de 2025 enquanto o mundo se despede deste grande servo de Deus, somos chamados a guardar e multiplicar os frutos de seu Pontificado. O Papa Francisco foi, verdadeiramente, um dom do Espírito Santo à nossa época. Sua memória permanecerá viva nos corações dos que viram nele um sinal luminoso da presença de Cristo no mundo. 

Rezemos por sua alma, confiando-o à misericórdia daquele Senhor a quem serviu com inteireza de coração. E que, lá do céu, continue intercedendo por esta Igreja que tanto amou. 

Descanse em paz, Papa Francisco! O mundo é melhor porque você passou por ele. 

Dom Anuar Battisti - Arcebispo Emérito de Maringá (PR)  

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                                                                                  Fonte: cnbb.org.br    Foto: vaticannews.va

O corpo do Papa Francisco

da Casa Santa Marta à Basílica de São Pedro

Vinte mil pessoas, com longos aplausos, saudaram a passagem do corpo do Papa Francisco.

Da sua residência na Casa Santa Marta à Basílica de São Pedro, onde os restos mortais do Papa Francisco, que faleceu na segunda-feira de Páscoa, receberão a homenagem dos fiéis antes da Missa das Exéquias programada para sábado.

Primeiro a oração introdutória na capela da Casa Santa Marta, depois a procissão com os cardeais, os patriarcas, o cardeal Camerlengo Kevin Farrell e o mestre das celebrações papais, dom Diego Ravelli.

Sobre os ombros dos “sediários” pontifícios, o caixão como corpo do Papa percorreu a Via della Sacrestia, passando pela Praça dos Protomártires Romanos e saindo para a Praça São Pedro pelo Arco dos Sinos. Vinte mil pessoas, com longos aplausos, saudaram a passagem do corpo do Papa Francisco.

A procissão chegou ao interior da Basílica e, em frente ao Altar da Confissão, o caixão com o corpo do Papa foi colocado no chão. Às 11h o início a homenagem dos fiéis. A Basílica permanecerá aberta até a meia-noite. Amanhã, a abertura está programada para as 7h e o fechamento à meia-noite. Na sexta-feira, véspera do funeral, ela estará aberta das 7h às 19h.

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                                                                                                                    Fonte: vaticannews.va

terça-feira, 22 de abril de 2025

Conselho Permanente decide pela suspensão

 da 62ª Assembleia Geral da CNBB neste ano

Após o falecimento do Papa Francisco, ocorrido ontem, 21, o Conselho Permanente da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB) decidiu pela suspensão da 62ª Assembleia Geral da CNBB, até então agendada para o período de 30 de abril a 9 de maio. A nova data será de 15 a 24 de abril de 2026.

O Conselho Permanente realizou uma reunião extraordinária, na tarde de ontem, e decidiu pelo adiamento do encontro para o próximo ano.

A 62ª Assembleia Geral da CNBB será realizada, portanto, de 15 a 24 de abril de 2026, no Santuário Nacional de Nossa Senhora Aparecida, em Aparecida (SP).

Acompanhe a fala do secretário geral da CNBB, dom Ricardo Hoepers:

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                                                                                                                         Fonte: cnbb.org.br

Vaticano:

Primeira Congregação Geral dos cardeais

Cerca de sessenta cardeais se reuniram esta manhã para prestar juramento à Constituição Universi Dominici Gregis sobre a sé vacante e a eleição do Pontífice. Foram escolhidas as datas da trasladação e das exéquias. No domingo, 27 de abril, a missa será presidida pelo cardeal Parolin, a segunda das Novendiais. Amanhã à tarde será haverá a segunda Congregação Geral. Sorteados os três cardeais da Comissão que auxilia o Camerlengo: Parolin, Ryłko e Baggio.

A Sala de Imprensa da Santa Sé divulgou algumas informações a propósito da Primeira Congregação Geral realizada, nesta terça-feira (22/04), que durou uma hora e meia, das 9h às 10h30 locais de Roma.

Estiveram presentes na Sala Nova do Sínodo, no Vaticano, cerca de sessenta cardeais que iniciaram com um momento de oração pelo Papa Francisco, cujas exéquias serão realizadas no sábado, 26 de abril.

Os cardeais juraram observar fielmente as normas da Constituição Apostólica Universi Dominici Gregis relativas à vacância da Sé Apostólica e à eleição do Romano Pontífice, e cantaram o Adsumus. Foram lidos os parágrafos 12 e 13 da Constituição Apostólica e o  cardeal Farrel, camerlengo da Santa Igreja Romana, leu o Testamento espiritual de Francisco, divulgado ontem à noite.

Segunda Congregação em 23 de abril

No âmbito da Congregação, foram decididas, conforme anunciado pela Sala de Imprensa da Santa Sé, as datas da trasladação e das exéquias.  A Segunda Congregação Geral se realizará na tarde de quarta-feira, 23 de abril, às 17h, já que pela manhã os cardeais participarão da transladação.

A missa de domingo, 27 de abril, na Praça São Pedro, será presidida pelo secretário de Estado, cardeal Pietro Parolin, e será a segunda das Novendiais. As missas Novendiais serão celebradas todos os dias às 17h.

Sorteados os cardeais da Comissão que auxilia o camerlengo

Foram sorteados os três cardeais da Comissão que auxilia o Camerlengo nas decisões ordinárias: Parolin, Stanisław Ryłko e Fabio Baggio, um para cada ordem que compõe o Colégio, a dos bispos, presbíteros e diáconos. Os cardeais desta Comissão são sorteados a cada 3 dias.

A conta X da Secretaria de Estado @TerzaLoggia anunciou que nesta terça-feira, às 19h30 locais, o arcipreste da Basílica de São Pedro, cardeal Mauro Gambetti, presidirá o Terço para o Papa Francisco na Praça São Pedro.

Suspensas as celebrações de beatificação

Na Congregação Geral realizada esta manhã, o Colégio Cardinalício decidiu suspender as celebrações de beatificação programadas, até a decisão do novo Romano Pontífice.

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                                                                                                                    Fonte: vaticannews.va

Ensinou-nos a gritar verdades

sem precisar erguer a voz!

Pe. Zezinho, scj |||||||||||||||||||||||||||||||

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UM homem argentino de uma cidade chamada BONS ARES, e que tinha metade de um pulmão, ficou padre, bispo, cardeal e Papa e ensinou a Igreja Católica a respirar novos ares.

E morreu com dificuldade de respirar, no dia seguinte ao da Ressurreição!

O que aprendemos com isso?

Que há pulmões que um dia param de respirar, e corações que param de bater e há profetas que não param de profetizar.

Francisco de Buenos Aires,

1 - o misericordioso,

2 - o mais recente reformador católico,

3 - o sétimo Papa Conciliar,

4 - o acolhedor e abridor de novas portas parou de respirar na manhã do dia 21 de abril de 2025.

O que aprendi com isso?

Que profeta é aquele que ensina o povo a respirar novos ares, mesmo quando o mundo está poluído de ódio e de preconceito!

Estes profetas existem. O Papa Francisco foi um deles!…. Pz

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                                                                                         Fonte: facebook.com/padrezezinho,sjc

Exéquias do Papa Francisco:

sábado na Praça São Pedro

O Vaticano anunciou os detalhes das exéquias do Papa Francisco. Em 23 de abril, o corpo será trasladado à Basílica de São Pedro. A Missa das Exéquias será celebrada em 26 de abril, seguida do sepultamento na Basílica de Santa Maria Maior.

O Departamento de Celebrações Litúrgicas do Vaticano anunciou os detalhes das exéquias do Papa Francisco. A cerimônia segue as indicações estabelecidas no Ordo Exsequiarum Romani Pontificis, documento que rege os ritos funerários do Pontífice Romano.

Traslado para a Basílica de São Pedro

Na quarta-feira, 23 de abril, às 9h (horário local), o corpo do Papa Francisco será trasladado da Capela da Casa Santa Marta até a Basílica de São Pedro. A condução da urna será precedida por um momento de oração, presidido pelo cardeal Kevin Joseph Farrell, camerlengo da Santa Igreja Romana.

A procissão seguirá pela Praça Santa Marta e pela Praça dos Protormártires Romanos, saindo pelo Arco dos Sinos até a Praça de São Pedro, entrando em seguida na Basílica Vaticana pela porta central. Diante do Altar da Confissão, o cardeal camerlengo conduzirá a Liturgia da Palavra, após a qual será aberto o período de visitação à urna mortuária do Papa Francisco.

Exéquias e sepultamento

No sábado, 26 de abril, às 10h (horário local), será celebrada a Missa das Exéquias, que marca o primeiro dia do Novendiali (novenário), os nove dias de luto e orações em honra ao Pontífice falecido. A celebração ocorrerá no átrio da Basílica de São Pedro e será presidida pelo cardeal Giovanni Battista Re, decano do Colégio Cardinalício.

Ao final da celebração eucarística, ocorrerão os ritos da Última Commendatio e da Valedictio — despedidas solenes que marcam o encerramento das exéquias. Em seguida, o caixão do Papa será levado novamente para o interior da Basílica de São Pedro e, de lá, transferido para a Basílica de Santa Maria Maior, onde será realizada a cerimônia de sepultamento.

Diversos chefes de Estado e de governo já anunciaram oficialmente sua presença para prestar homenagem ao Pontífice falecido.

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Reflita com o padre Zezinho:

Quando morre um Papa na Páscoa!

Pe. Zezinho, scj |||||||||||||||||||||||||||||||

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Não sei o que isto significa para vocês, mas para mim, padre catequista por 60 anos, é simbólico.

Ele sabia! Foi lá dar a última palavra e a última bênção no dia da Páscoa.

Para outras religiões PÁSCOA é passagem. Para nossos irmãos hebreus e israelitas era o dia da sua esperançosa e sofrida libertação.

Por 40 anos tinham atravessado o deserto enfrentado todos os perigos da travessia. Mas nunca mais voltariam à escravidão do Egito.

Com Moisés, sabiam que haveria outras escravidões. Não estava tudo concluído. Haveria outros desafios. Então a Páscoa para eles, era e é fundamental!

É dia de Libertação Continuada.

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Para nós cristãos, católicos, ortodoxos e evangélicos também é dia do cordeiro imolado! Foi o dia em que Jesus venceu a morte e ressuscitou de madrugada!

Temos nossas diferenças, mas nisso somos iguais: é dia de LIBERTAÇÃO. Eu prego esta Teologia Bíblica que nada tem de marxista. Sem Libertação não há futuro!

Para o Papa que acaba de morrer, é dia não de luto, mas de despedida e de gratidão, e não só para os católicos. FRANCISCO BERGOGLIO mostrou-se um Papa totalmente Católico: veio para todos (kat holos).

A todos abrangeu. Cristãos, judeus, muçulmanos, incluiu todos. Discordava com gentileza, e sem odiar. Pedia perdão quando falhava. Não excluía ninguém, mesmo quando não concordava.

Ao dar seu último passeio pelo Vaticano ele sabia que estava se despedindo. E ao pedir que orassem por ele, ele sabia que estava começando sua PÁSCOA de dois meses de sofrimento. Ele sabia!

Jesus o chamou no dia da Páscoa! Nunca teve medo e não seria agora que teria.

Deu um “ciao,adiohasta la vuelta,good bye,inté, e um “a gente se vê se Deus quiser!”

Quem tentou romper com ele perdeu. Quem ficou com ele venceu. Não haveria retorno ao passado saudosista.

Como com todos os sete Papas dos últimos 60 anos, viveu uma catequese continuada, sempre com as devidas correções, mas nunca foi uma volta ao passado!

O Papa Francisco Bergoglio descansou solenemente no dia da Ressurreição de Jesus. Que linda mensagem de um Papa que fez sua Páscoa no dia da Páscoa!

Para mim ele foi mais um santo que Deus me deu a graça de conhecer. Nossa Igreja teve muitos deles nesses 60 anos de Concílio. Afinal somos a Igreja peregrina do Concílio, do diálogo e do pão repartido!

E Francisco Jorge Bergoglio foi mais um deles!

Continuou a mesma atualização desses últimos 20 séculos porque o Rio da Fé católica não corre para trás! Nas águas do Reino de Deus inaugurado por Jesus ainda não correm leite e mel. O mundo está longe de ser um paraíso de centro, de direita ou de esquerda. E os crentes incapazes de fraternidade ainda acham que Deus escolheu apenas ovelhas do seu cercado! ...

O ancião de 88 anos que acaba de morrer deu mais um passo para a frente. Incluiu todos os go-el do nosso tempo. Go-el eram o que não pertenciam a nenhum grupo! Só tinham Deus por eles! E Francisco de Buenos Aires tentou incluir todos.

Francisco de bons ares, abriu as portas da Igreja EM SAÍDA para que nossa Igreja não acabasse uma igreja SEM SAÍDA!

O Mundo será melhor porque ele aceitou ser mais um dos Papas dos pobres, do ecumenismo, do sínodo, de quem caminha junto e senta junto para dialogar com todos os povos! Todos eles foram frutos do Concílio desses 60 anos de mudanças urgentes e necessárias!

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                                                                                         Fonte: facebook.com/padrezezinho,sjc