quarta-feira, 21 de outubro de 2015

Pausa à espera do texto final

Cidade do Vaticano (RV) – Esta quarta-feira (21/10) é de pausa para os padres sinodais. Após a apresentação dos relatórios dos círculos menores, feita em plenário na terça-feira (20/10), a Comissão de Redação do Relatório Final está reunida para apresentar um novo texto aos participantes, que será feito na tarde de quinta-feira (22/10).
É o que explica o Arcebispo de São Paulo (SP), Cardeal Odilo Pedro Scherer:
Francisco dirige-se à sala de reunião do Sínodo
“Hoje o dia todo é de pausa, porque ontem nós terminamos a avaliação e o exame das três partes do Instrumento de Trabalho. Houve muitas novas contribuições e sugestões que agora precisam ser trabalhadas pela Comissão de redação do texto final. Até amanhã, após o meio-dia, este texto deverá estar em condições de ser apresentado no plenário, para que se possa discutir o novo texto. Após a apresentação, então haverá uma nova discussão. E isto naturalmente envolve novas reflexões, com possibilidade de novas emendas e assim por diante. Haverá uma pausa para uma reflexão pormenorizada e enfim se procederá à votação no sábado, parágrafo por parágrafo. E vai se ver como está o consenso dos participantes do Sínodo em torno de cada questão ali proposta. Teremos uma ideia de como as várias questões apresentadas no Sínodo estão sendo acolhidas, percebidas, se há ou não concordância. E vão aparecer as questões sobre as quais se espera uma palavra do Papa.”
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Cardeal Marx:
Igreja permanece junto dos esposos que se separaram

O Diretor da Sala de Imprensa da Santa Sé, Pe. Federico Lombardi, abriu a coletiva sobre o sínodo, desta quarta-feira (21/10), desmentindo a notícia infundada sobre a saúde do Papa Francisco, difundida por um órgão de imprensa italiano.
Falou-se na coletiva sobre as contribuições apresentadas pelos vários Círculos Menores à Secretaria do Sínodo para o trabalho de integração dessas contribuições que são mais de quinhentas. “Tem muito trabalho a ser feito nesta terceira parte”, disse o jesuíta.
A seguir, Pe. Lombardi passou a palavra ao Presidente da Conferência Episcopal Alemã, Cardeal Reinhard Marx, ao Arcebispo de Montevidéu, Uruguai, Cardeal Daniel Fernando Sturla Berhouet, e ao Presidente da Conferência Episcopal Irlandesa, Dom Eamon Martin, que participaram da coletiva.
Cardeal Reinhard Marx
O Cardeal Marx disse na coletiva que se há um falimento no matrimônio, a Igreja permanece junto com quem faliu. O purpurado reiterou que “a Doutrina da Igreja se baseia na família fundada por um homem e uma mulher que dizem sim, que querem estar juntos para sempre, que possuem filhos”. “Mas a Igreja”, acrescentou, “deve estar pronta também diante dos falimentos”: 
“A Igreja diz: devemos ser fiéis aos nossos sonhos. Certamente. É vital que a Igreja reafirme a importância desta doutrina. O que acontece quando há um insucesso, um problema? O que a Igreja faz? A Igreja deveria dizer: estamos com você mesmo na falência. Este é um pouco o centro do debate.”
Deve ser sublinhado o “permanecer junto” com a Igreja, a pertença a ela, não obstante os erros cometidos. Para o presidente da Conferência Episcopal Alemã, o Santo Padre quis enfatizar a família porque ela é o centro da Igreja e da sociedade, “também com o propósito de evangelização e humanização do mundo”, explicou. 
O Cardeal Marx reiterou o ‘não’ sobre a discriminação contra a mulher. A propósito daquelas ideologias “que procuram fazer com que o gênero seja algo que podemos escolher” o purpurado afirmou que elas não podem ser aceitas.
Respondendo às perguntas dos jornalistas acerca das batalhas em andamento no Sínodo evocadas pela imprensa francesa, o Cardeal Marx disse que na assembleia sinodal não existem batalhas: “Ratzinger não está contra Kasper”, disse ele.
Em relação ao tema dos divorciados recasados o purpurado comunicou que o grupo de língua alemã fez uma proposta para “ir além, para acompanhar o seu percurso e chegar a uma reconciliação com a Igreja”. Neste sentido, o Cardeal Sturla Berhouet convidou a Igreja a ser “companheira de caminhada”:
“A Igreja não pode ser um clube de pessoas perfeitas. É uma casa com as portas abertas, que acolhe todos aqueles que estão em dificuldade.”
Por sua vez, Dom Eamon Martin fez um convite a caminhar junto com as famílias: 
“Nas próximas semanas, nos próximos meses e anos, precisamos nos perguntar sobre o que fazemos em nossas pastorais, em nossos países, para dar um apoio às vocações das famílias.” (MJ)
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                                                                     Fonte: radiovaticana.va     news.va

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