"O diabo traz calúnias, inveja e armadilhas"
Cidade do Vaticano (RV) – No Evangelho desta sexta-feira (09/10), Jesus expulsa um demônio, faz o bem, está em meio ao povo que o escuta e reconhece a sua autoridade, enquanto alguns o acusam. Este foi o início da homilia do Papa na missa celebrada na Casa Santa Marta.
“Havia um outro
grupo de pessoas que não gostavam dele e tentavam sempre interpretar as
palavras e as atitudes de Jesus de modo diferente, contra Jesus. Alguns por
inveja, outros por rigidez doutrinal, outros porque tinham medo que os romanos
chegassem e fizessem uma tragédia; por muitas razões, tentavam afastar a
autoridade de Jesus das pessoas e caluniar, como neste caso. ‘Ele expulsa os
demônios por meio de Belzebu’. Ele é um endiabrado, faz magias, é um
feiticeiro’. Colocavam-no à prova continuamente, provocavam-no com armadilhas,
para ver se caia”.
Atitudes importantes da vida cristã: vigilância e discernimento |
Depois, a
vigilância, porque em um caminho de fé “as tentações voltam sempre, o espírito
ruim não se cansa nunca”. Quando é expulso “tem paciência, espera para voltar”
e quando entra, cai em uma situação pior. De fato, antes, sabia-se que era “um
demônio que atormentava”. Depois, “o Maligno se esconde, vem com seus amigos
muito educados, bate à porta, pede licença, entra, convive com o homem na sua
vida cotidiana e pouco a pouco, dá as instruções”. Com “esta modalidade
educada” o diabo convence a “fazer as coisas com relativismo”, tranquilizando a
consciência:
“Tranquilizar a
consciência, anestesiar a consciência, é um grande mal. Quando o espírito ruim
consegue anestesiar a consciência, pode-se falar de uma verdadeira vitória: se
transforma no dono daquela consciência. ‘Mas isto acontece em todo lugar! Sim,
mas todos, todos temos problemas, todos somos pecadores, todos...’ E em todos,
inclui-se o ‘ninguém’. Ou seja, ‘todos menos eu’. E assim se vive a mundanidade,
que é filha do espírito ruim”.
O Papa reitera
as duas palavras: vigilância e discernimento: “Vigilância: a
Igreja nos aconselha sempre o exercício do exame de consciência: o que
aconteceu hoje no meu coração? Veio a mim o demônio bem educado com seus
amigos? Discernimento: de onde vêm os comentários, as palavras, os
ensinamentos... quem diz isto? Discernir e vigilar, para não deixar entrar
aquilo que engana, que seduz e fascina. Peçamos ao Senhor a graça do
discernimento e a graça da vigilância”. (CM)
Assista:
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Fonte: radiovaticana.va
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