Que a saudade de Deus nunca se apague no nosso coração
A alegria vinda de Deus é a nossa força |
Como se explica
isto?, pergunta-se Francisco. “Simplesmente, este povo não somente havia
encontrado a sua cidade, a cidade onde havia nascido, a cidade de Deus, mas
este povo, ao ouvir a Lei, encontrou a sua identidade, e por isto estava alegre
e chorava”:
A alegria do
Senhor é a nossa força
“Mas chorava de
alegria, chorava porque havia encontrado a sua identidade, havia reencontrado a
aquela identidade que com os anos de deportação havia se perdido um pouco. Um
longo caminho este. “Não vos entristecei – disse Neemias – porque a alegria do
Senhor é a vossa força”. É a alegria que dá o Senhor quando encontramos a nossa
identidade. E a nossa identidade se perde no caminho, se perde em tantas
deportações ou autodeportações nossas, quando fazemos um ninho aqui, um ninho
lá, um ninho...e não na casa do Senhor. Encontrar a nossa identidade”.
Somente em Deus
encontramos a nossa verdadeira identidade
O Papa então se
pergunta de que modo se pode encontrar a própria identidade. “Quando você
perdeu o que era seu, a sua casa, o que era seu - observou - vem esta saudade,
e essa saudade leva você de volta a sua casa”. E esse povo, acrescentou, “com
este desejo, sentiu que era feliz e chorava de felicidade por isso, porque a
saudade da própria identidade o levou a encontrá-la. Uma graça de Deus”:
“Se nós - um
exemplo - estamos cheios de comida, não temos fome. Se estamos confortáveis,
tranquilos onde estamos, nós não precisamos ir para outro lugar. E eu me
pergunto, e seria bom que todos nós nos perguntássemos hoje: “Eu estou
tranquilo, feliz, e não preciso de nada - espiritualmente falando - no meu
coração? A minha saudade se apagou? Olhemos para este povo feliz, que chorava e
era feliz. Um coração que não tem saudade, não conhece a alegria. E a alegria,
precisamente, é a nossa força: a alegria de Deus. Um coração que não sabe o que
é a saudade, não pode fazer festa.. E todo esse caminho que começou há anos
termina em uma festa”.
Não se apague em
nossos corações desejo de Deus
O povo, lembrou
Francisco, regozija-se com alegria, porque tinha “entendido as palavras que
tinham sido proclamadas a ele. Tinha encontrado aquilo que a saudade lhe fazia
sentir e seguir em frente”:
“Vamos nos perguntar como é a nossa saudade de Deus: estamos contentes, estamos
felizes assim, ou todos os dias temos esse desejo de seguir em frente? Que o
Senhor nos conceda esta graça: que nunca, nunca, nunca se apague em nosso coração
a saudade de Deus”. (JE-SP)
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Fonte: radiovaticana.va
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