Wojtyla e Bergoglio, Papas do povo
João Paulo II com chapéu típico durante viagem à Colômbia em 1986 |
Foi grande a sua
devoção à Divina Misericórdia, aspecto que o liga a Jorge Mario Bergoglio.
Sobre a atualidade da pessoa e do Magistério de João Paulo II e a ligação com o
Papa Francisco, a Rádio Vaticano conversou com o postulador da causa de
canonização, Mons. Slawomir Oder.
“Não tenham
medo, abram as portas a Cristo” é um pouco a síntese de toda a vida de Karol
Wojtyla. O que diz aos homens de nosso tempo a pessoa de João Paulo II?
Mons. Oder: “De
fato ‘Não tenham medo’ é uma palavra quase de entrega e do testamento que ele
nos deixou. Durante o processo de canonização e depois sucessivamente em vários
encontros que tinham como finalidade a memória, a recordação de João Paulo II,
nos meus encontros com as pessoas, esta frase retorna como uma coisa que
permaneceu em seus corações. É uma palavra que, mais uma vez, nos ajuda a viver
o momento presente como um momento para sair e viver com generosidade a nossa
vida, e não se contentar com a mediocridade, mas ter a coragem de fazer
escolhas exigentes, conscientes de que o Senhor está conosco e nos sustenta em
nosso caminho.”
Daqui a pouco
terá início o Jubileu da Misericórdia. Esta é uma das coisas que mais liga o
Papa Francisco e São João Paulo II?
Mons. Oder:
“Certamente, existe uma continuidade nesta realidade. Sem dúvida, a experiência
que os levou a considerar a realidade da Misericórdia passa pela experiência pessoal
de cada um, única e irrepetível. Porém, o coração da mensagem é este: o homem
precisa do Senhor, precisa da Misericórdia.”
Outro aspecto
característico dos dois é o amor pelo povo.
Mons. Oder:
“Absolutamente sim. Estou convencido de que esta consciência da necessidade da
Misericórdia de Deus, que nasceu através de vias diferentes em cada um deles,
provém do contato com o Povo de Deus, com as pessoas. São os ‘Papas do Povo’,
Papas amados, não são populares no sentido do amor que os circunda, mas pela presença
física e moral junto ao povo que precisa sentir a proximidade cheia de afeto,
de amor do pastor que não somente com palavras, mas como uma presença paterna
está junto ao Povo de Deus.”
No próximo ano
se realizará a JMJ em Cracóvia, muito esperada. Francisco que visita a terra de
João Paulo II e encontra os jovens
Mons. Oder: “A
coisa maravilhosa nesta entrega entre os pontífices que se realizou de João
Paulo II a Bento XVI, e de Bento XVI a Francisco, é o fato de que nos sentimos
ligados à figura de Karol Wojtyla, Bento XVI e Papa Francisco. Mas a coisa mais
importante, e isso eu experimentei pessoalmente e através de meu contato com as
pessoas, é que através desses pontífices, Pedro representa Cristo nos fala e
nos guia. É uma experiência extraordinária, fantástica, viver esta continuidade
da fé, do amor e da experiência na consciência de ser Igreja.” (MJ)
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Fonte: radiovaticana.va
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