A Arquidiocese
de Pouso Alegre está se preparando para celebrar o jubileu de nascimento de Dom
José d'Ângelo Neto, que se estivesse vivo, teria completado no dia 11 de
outubro 100 anos de vida. Dom José é o quarto Bispo e o primeiro Arcebispo da
Arquidiocese, tendo governado entre os anos de 1960 e 1990.
Nesse vídeo,
conheça um pouco mais sobre sua vida e ministério:
É preciso coragem para fazer crescer o Reino de Deus
Cidade do
Vaticano (RV) – É preciso coragem para fazer crescer o Reino de Deus: foi o que
disse o Papa na homilia da missa celebrada na manhã de terça-feira (31/10) na
capela da Casa Santa Marta.
Inspirando-se no
Evangelho do dia (Lucas 13,18-21), em que Jesus compara o Reino de Deus ao grão
de mostarda e ao fermento, o Papa nota que esses dois elementos são pequenos,
mas mesmo assim “têm dentro uma potência” que cresce . Assim é o Reino de Deus:
a sua potência vem de dentro. Também São Paulo na Carta aos Romanos, proposta
na Primeira Leitura, ressalta quantas tensões existem na vida: sofrimentos que,
porém, “não são comparáveis à glória que nos aguarda”.
Capela Santa Marta
Trata-se,
portanto, de “uma tensão entre sofrimento e glória”. Nessas tensões há, de
fato, “uma ardente expectativa” por uma “revelação grandiosa do Reino de Deus”.
Uma expectativa não somente nossa – destacou Francisco -, mas também da
criação, submetida à caducidade assim “como nós” e “propenso à revelação dos
filhos de Deus”. E a força interna que “nos leva em esperança à plenitude do
Reino de Deus” é aquela do Espírito Santo.
“É justamente a
esperança que nos leva à plenitude, a esperança de sair desta prisão, desta
limitação, desta escravidão, desta corrupção e chegar à glória: um caminho de
esperança. E a esperança é um dom do Espírito. É propriamente o Espírito Santo
que está dentro de nós e leva a isso: a algo grandioso, a uma libertação, a uma
grande glória. E para isso Jesus diz: ‘Dentro da semente de mostarda,
daquele grão pequenininho, há uma força que desencadeia um crescimento
inimaginável’”.
“Dentro de nós e
na criação” – reitera o Papa – “há uma força que desencadeia: há o Espírito
Santo”, que “nos dá a esperança”. E Francisco explica concretamente o que quer
dizer viver em esperança: deixar que “essas forças do Espírito” “nos ajudem a
crescer” rumo à plenitude que nos aguarda na glória. Mas assim como o fermento
dever ser misturado e a mostarda lançada, porque do contrário aquela força
interior permanece ali, o mesmo vale para o Reino de Deus que “cresce a partir
de dentro, não por proselitismo”, adverte o Papa:
“Cresce a partir
de dentro, com a força do Espírito Santo. E sempre a Igreja teve seja a coragem
de pegar e lançar, de pegar e misturar, seja também o medo de fazê-lo. E
muitas vezes nós vemos que se prefere uma pastoral de manutenção e não deixar
que o Reino cresça. 'Mas, vamos permanecer aquilo que somos, pequeninos, ali,
estamos seguros…' E o Reino não cresce. Para que o Reino cresça é preciso
coragem: de lançar o grão, de misturar o fermento”.
Porém, é verdade
que, se lançada, a semente se perde e que, se misturado, com o fermento “eu
sujo as mãos” – destaca o Papa –, porque “há sempre alguma perda ao semear o
Reino de Deus”:
“Ai daqueles que
pregam o Reino de Deus com a ilusão de não sujar as mãos. Estes são guardiões
de museus: preferem as coisas belas, e não este gesto de lançar para que a
força se desencadeie, de misturar para que a força faça crescer. Esta é a
mensagem de Jesus e de Paulo: esta tensão que vai da escravidão do pecado, para
ser simples, à plenitude da glória. E a esperança é aquela que vai avante, a
esperança não desilude: porque a esperança é muito pequena, a esperança é tão
pequena quanto o grão e o fermento”.
A esperança “é a
virtude mais humilde”, “a serva”, mas onde existe a esperança, existe o
Espírito Santo, que leva em frente o Reino de Deus.
E o Papa, como
de costume, conclui convidando os fiéis a fazerem-se algumas perguntas: hoje,
perguntemo-nos, se acreditamos que na esperança há o Espírito Santo com quem
falar.
Cidade do
Vaticano (RV) – O caminho ecumênico trilhado juntos nos últimos cinquenta anos
– apoiado pela oração comum, pelo culto divino e pelo diálogo ecumênico – levou
“à superação de preconceitos, à intensificação da compreensão recíproca” e à
assinatura “de acordos teológicos decisivos”.
É o que diz o
comunicado conjunto da Federação Luterana Mundial (FLM) e do Pontifício
Conselho para a Promoção da Nova Evangelização divulgado este 31 de outubro,
data que conclui o ano de celebrações ecumênicas dos 500 anos da Reforma
Protestante.
De fato, os
eventos tiveram início em 31 de outubro de 2016 com a oração luterano-católica
na Catedral de Lund, na Suécia, ocasião em que o Papa Francisco e o então
Presidente da FLM Bispo Munib A. Younan, assinaram uma Declaração Conjunta, onde se comprometiam a prosseguir
juntos o caminho ecumênico rumo à unidade pela qual Cristo rezou (João
17,21).
O bispo Mounib Younan e o Papa Francisco após a assinatura da Declaração Comum na Catedral de Lund
No texto, é
reconhecida a “comum responsabilidade pastoral de responder à sede e à fome
espiritual de nosso povo de sermos “um” em Cristo. Desejamos ardentemente que
esta ferida no corpo de Cristo seja curada. Este é o objetivo dos nossos
esforços ecumênicos, que queremos fazer progredir, também renovando o nosso
compromisso pelo diálogo teológico”.
A declaração
ressalta, outrossim, que “pela primeira vez, luteranos e católicos viram a
Reforma de uma perspectiva ecumênica”, “o que tornou possível uma nova
compreensão daqueles eventos do século XVI que levaram à nossa separação”.
“Se é verdade
que o passado não pode ser mudado, é também verdade que o seu impacto atual
sobre nós pode ser transformado em modo que se torne um impulso para o crescimento
da comunhão e um sinal de esperança para o mundo: a esperança de superar
divisões e fragmentações”.
O que emergiu
mais uma vez com clareza, é “que aquilo que nos une é bem superior ao que nos
divide”.
Um passo
decisivo no caminho rumo à unidade, foi a assinatura da Declaração Conjunta sobre a Doutrina da Justificação em
1999, gesto repetido pelo Conselho Metodista Mundial em 2006 e pela Comunhão
Mundial das Igrejas Reformadas durante este ano das celebrações dos 500 anos da
Reforma.
E neste 31
de outubro de 2017, a mesma Declaração será acolhida pela Comunhão Anglicana no
decorrer de uma Solene cerimônia na Abadia de Westminster.
“Sobre esta
base, as nossas comunidades cristãs podem construir sempre mais estreita
ligação de consenso espiritual e de testemunho comum a serviço do Evangelho”.
São destacadas
no documento, ademais, as inúmeras iniciativas de oração comum e de culto
divino entre luteranos e católicos e demais parceiros ecumênicos em várias
partes do mundo, assim como os encontros teológicos e as importantes
publicações que ofereceram subsídios para este ano de celebrações.
A Declaração
conclui reafirmando o compromisso de avançar neste “caminho comum, guiados pelo
Espírito Santo, rumo a uma crescente unidade”, buscando discernir a
“interpretação de Igreja, Eucaristia e Ministério,esforçando-nos para chegar a
um consenso substancial com o objetivo de superar as diferenças que são até
hoje fonte de divisão entre nós”. (JE)
Cidade do
Vaticano (RV) – O Papa começou a semana celebrando a missa na capela da Casa
Santa Marta (30/10).
Em sua homilia,
Francisco comentou o episódio narrado por Lucas no Evangelho do dia, da
cura da mulher encurvada.
Na sinagoga, no
sábado, Jesus encontra uma mulher que não conseguia endireitar-se, “uma doença
na coluna que há anos a obrigava a viver assim”, explicou o Papa. E o
evangelista usa cinco verbos para descrever o que faz Jesus: a viu, a chamou,
lhe falou, impôs as mãos sobre ela e a curou.
Papa celebra missa na capela da Casa Santa Marta
Cinco verbos de
proximidade, destacou Francisco, porque “um bom pastor está próximo, sempre”.
Na parábola do bom pastor, ele está próximo da ovelha perdida, deixa as outras
e vai procurá-la. Não pode ficar distante do seu povo.
Ao contrário, os
clérigos, doutores da Lei, fariseus, saduceus, os ilustres viviam
separados do povo, repreendendo-o continuamente. Eles não eram bons pastores,
esclareceu o Papa, estavam fechados no próprio grupo e não se interessavam pelo
povo. “Talvez estivessem preocupados, quando acabava o serviço religioso, em
controlar quanto dinheiro havia nas ofertas”. Mas não estavam próximos às
pessoas.
Jesus, ao
contrário, é próximo, e a sua proximidade vem daquilo que Cristo sente no
coração: “Jesus se comoveu”, diz outro trecho do Evangelho.
Por isso, Jesus
sempre estava ali com as pessoas descartadas por aquele grupinho clerical:
estavam ali os pobres, os doentes, os pecadores e os leprosos; estavam todos
ali, porque Jesus tinha essa capacidade de se comover diante da doença, era um
bom pastor. Um bom pastor que se aproxima e tem a capacidade de se comover. Eu
diria que a terceira característica de um bom pastor é a de não se envergonhar
da carne, tocar a carne ferida, como fez Jesus com esta mulher: tocou, impôs as
mãos, tocou os leprosos, tocou os pecadores.”
“Um bom pastor”,
prosseguiu o Papa, “não diz: sim, está bom. Sim, sim estou próximo a você no
Espírito. Isso é distância. Mas faz o que Deus Pai fez, aproximar-se, por
compaixão, por misericórdia, à carne de seu Filho”.
O grande pastor,
o Pai, nos ensinou como faz um bom pastor: abaixou-se, esvaziou-se a si mesmo,
aniquilou-se e assumiu a condição de servo.
“Mas, esses
outros, aqueles que seguem o caminho do clericalismo, aproximam-se de quem?”
Aproximam-se sempre ao poder de turno ou ao dinheiro. São pastores maus. Eles
pensam apenas como subir no poder, ser amigos do poder, negociam tudo ou pensam
nos bolsos. Estes são hipócritas, capazes de tudo. O povo não tem importância
para essas pessoas. Quando Jesus lhes diz aquele adjetivo que utiliza muitas
vezes com eles, hipócritas, eles se ofendem: Mas nós, não, nós seguimos a lei”.
Quando o povo de
Deus vê que os maus pastores são espancados, fica feliz, recorda Francisco, e
isso é um pecado, sim, mas eles sofreram tanto que “gostam” um pouco disso.
Mas o bom
pastor, enfatiza o Pontífice, é Jesus que vê, chama, fala, toca e cura. É o Pai
que se faz no seu Filho carne, por compaixão:
“É uma graça
para o povo de Deus ter bons pastores, pastores como Jesus, que não tem
vergonha de tocar a carne ferida, que sabem que sobre isso - e não apenas eles,
mas também todos nós - seremos julgados: estava com fome, estava na prisão,
estava doente ... Os critérios do protocolo final são os critérios da
proximidade, os critérios dessa proximidade total, o tocar, o compartilhar a
situação do povo de Deus. Não nos esqueçamos disso: o bom pastor está sempre
perto das pessoas sempre, como Deus nosso Pai se aproximou de nós, em Jesus
Cristo feito carne”. (BF-MJ-SP)
A família foi
criada por Deus e d’Ele recebe muito amor. Jesus dignificou-a ainda mais com a
instituição do Sacramento do Matrimônio. E a Igreja, com grande zelo e carinho
por seus filhos e filhas, procura ajudar os noivos em sua preparação para a
vida matrimonial. Com esse objetivo, a Pastoral Familiar organiza e realiza
encontros de estudo, troca de idéias e reflexões sobre temas importantes para
os noivos.
Neste domingo,
das 7h30 às 17h30, seis casais de noivos estiveram reunidos com agentes da
Pastoral Familiar de nossa paróquia nessa partilha fraterna de idéias a
respeito da vida conjugal.
Sempre com a
interação com os noivos e alguns interessantes questionamentos, temas diversos
como Amor e Casamento, Relacionamento Conjugal e Familiar, Sexualidade
Humana,Geração e Educação de Filhos e Sacramento do Matrimônio foram
apresentados por diferentes casais da Pastoral.
O encontro foi
encerrado com a Celebração da Palavra, presidida por Margarida Maria Gonçalves
Gomes na capela do Centro Pastoral São José, local da reunião.
Na avaliação, os
noivos consideraram o encontro muito útil para a etapa final que precede o
matrimônio.
Que Deus
continue abençoando os noivos em sua preparação para a vida matrimonial para
que construam famílias conforme seu projeto de amor para o bem de seus filhos e da sociedade!
Cidade do
Vaticano (RV) – “O amor dá impulso e fecundidade à vida e ao caminho de fé: sem
o amor, quer a vida quer a fé, permanecem estéreis”.
Dirigindo-se da
janela do apartamento pontifício aos milhares de fiéis e turistas presentes na
Praça São Pedro, o Papa Francisco refletiu no Angelus deste 30º Domingo do
Tempo Comum sobre o mandamento do amor: a Deus em primeiro lugar, e ao próximo
como a si mesmo.
“Tu podes fazer
coisas boas, cumprir todos os preceitos, tantas coisas boas, mas se tu não tens
amor, isto não serve”, advertiu Francisco, que inspirou-se na passagem de
Mateus proposta pela liturgia do dia.
Os fariseus
queriam colocar Jesus à prova, perguntando a ele qual era o maior mandamento da
Lei. “Uma pergunta insidiosa – observa o Papa - porque na Lei de Moisés são
mencionados mais de 600 preceitos”.
Francisco reflete com os fiéis
Então Jesus
responde: “Amarás o Senhor teu Deus de todo o teu coração, de toda a tua
alma, de todo o teu entendimento”, acrescentando, “Amarás ao teu próximo como a
ti mesmo”.
"Esta
resposta de Jesus não é algo que se deduz automaticamente, porque entre os
múltiplos preceitos da lei judaica, os mais importantes eram os dez
mandamentos, comunicados diretamente por Deus a Moisés, como condição do pacto
de aliança com o povo":
“Mas Jesus quer
fazer entender que sem o Amor por Deus e pelo próximo não existe verdadeira
fidelidade a esta aliança com o Senhor. Tu podes fazer coisas boas, cumprir
todos os preceitos, tantas coisas boas, mas se tu não tens amor, isto não
serve”.
O Papa cita o
Livro do Êxodo, onde explica que para estar em Aliança com o Senhor, não se
pode maltratar “aqueles que desfrutam de sua proteção’:
“E quem são
estes que desfrutam de sua proteção? Diz a Bíblia: a viúva, o órfão, o
estrangeiro, o migrante, isto é, as pessoas mais sozinhas e indefesas”.
Ao responder aos
fariseus, Jesus também tenta ajudá-los “a colocar ordem em sua
religiosidade”, distinguindo “aquilo que realmente é importante”, daquilo “que
é menos importante”:
“E Jesus viveu
exatamente assim a sua vida: pregando e fazendo aquilo que realmente é
importante e é essencial, isto é, o amor. O amor dá impulso e fecundidade à
vida e ao caminho de fé: sem o amor, quer a vida quer a fé permanecem
estéreis”.
O que Jesus
propõe nesta página do Evangelho – explicou Francisco - é um ideal estupendo,
que corresponde ao desejo mais autêntico de nosso coração:
“De fato, nós
fomos criados para amar e ser amados. Deus, que é amor, nos criou para
tornar-nos partícipes da sua vida, para sermos amados por Ele e para amá-lo, e
para amar com Ele todas as outras pessoas. Este é o “sonho” de Deus para o
homem”.
Mas para
conseguir realizar isto, “temos necessidade da sua graça, temos necessidade de
receber em nós a capacidade de amar que provém do próprio Deus”:
“Jesus se
oferece a nós na Eucaristia justamente para isto. Nela, nós recebemos o seu
Corpo e o seu sangue, isto é, recebemos Jesus na expressão máxima de seu amor,
quando Ele ofereceu a si mesmo ao Pai para a nossa salvação”.
Que a Virgem
Santa – foi sua invocação final – “nos ajude a acolher em nossa vida “o grande
mandamento” do amor de Deus e do próximo”, pois se o conhecemos desde pequeno,
nunca deixaremos de nos converter a ele, para “colocá-lo em prática nas
diversas situações em que nos encontramos". (JE)
Ninguém é dono de nada e sim administrador dos dons divinos para servirem principalmente os mais fragilizados socialmente.
A bíblia está
cheia de enunciados e ações divinas e humanas, conotando a indicação, a
promoção e a defesa dos mais frágeis na comunidade. Aliás, todo ser humano é
muito fraco em relação a si mesmo, pelo fato de ser humano. Basta alguém ter
uma doença de certa gravidade para perceber que seus bens e atributos pessoais
e sociais não adiantam muito para resolver a superação de suas enfermidades. O
dinheiro não compra a vida perene nesta terra. Mesmo a pessoa de boa saúde não
pode se exaltar, pensando que tem o poder divino e tudo pode nesta terra.
Ninguém tem o poder divino. O certo é que todos nós vamos para a sepultura e
não vamos levar nada para a vida eterna, a não ser o bônus de nosso amor ao
semelhante. Jesus lembra que não adianta ganhar o mundo inteiro se a pessoa
perder a vida eterna feliz.
Enquanto temos
tempo nesta caminhada terrena precisamos ir entesourando méritos para sermos
dignos de que Deus olhe com benevolência para ver nosso esforço de corresponder
a seu amor e seguir seus preceitos. Nossas capacidades, como vida, inteligência
e outras qualidades, só nos são benéficas quando permeadas de amor e serviço ao
bem do semelhante e de toda a sociedade. Para isso, é preciso que formemos
nossa consciência cidadã, ou seja, a de ter compaixão e amor para com as
pessoas que vivem ao nosso redor, principalmente as mais fragilizadas e
necessitadas. Por que não ter o olhar de compaixão e benevolência para quem não
tem suporte e amparo para superar seus limites? A bíblia fala claramente para
não maltratarmos quem é estrangeiro, órfão e viúva, bem como não exploramos
quem nos deve, pois, eles clamarão por Deus. Ele os ouvirá e nós seremos
penalizados por isso (Cf. Êxodo 22,20-26).
Os bons exemplos
estimulam outros a também amar e servir o próximo com atenção e ajuda contínua
aos necessitados e às instituições filantrópicas. Fazem o bem às pessoas e à
comunidade sem busca de vantagens. Devem ser imitados, como lembra o apóstolo
Paulo. Ele é verdadeiro estímulo a ser seguido (Cf. 1 Tessalonicenses 1,5-10).
Temos inúmeras iniciativas de grupos que não medem esforços para a promoção da
vida e da dignidade humana, através de escolas, hospitais, creches, asilos de
idosos, obras de filantropia e caridade. Eles precisam de mais atenção da
sociedade e de políticas públicas que as apoiem para melhor ainda servirem as
pessoas carentes. Quanto dinheiro público e particular deveria, por dívida
moral, colaborar com essas entidades! Teríamos menos roubos e mais serviço
prestado ao bem comum. Pessoas ricas existem, que fazem obras de bem e são
louváveis! Mas deveríamos ter muito mais! Há ricos que são insaciáveis em cada
vez mais acumularem para si e deixarem heranças para os herdeiros até brigarem
e se matarem, sem hipoteca social. Um dia vão prestar contas a Deus por não
administrarem as fortunas conforme o desígnio divino. Ninguém é dono de nada e
sim administrador dos dons divinos para servirem principalmente os mais
fragilizados socialmente. A parábola do rico epulão e do pobre Lázaro vale
sempre!
Jesus lembra os
dois mandamentos fundamentais: amar a Deus e ao próximo (Cf. Mateus 22,34-40).
Se todos os seres humanos os assumissem e praticassem teríamos os antídotos
para todos os males da sociedade e resolveríamos os problemas de injustiças e
exclusões sociais. Basta nos conscientizarmos e ensinarmos isso a todos!
Dom José Alberto
Moura - Arcebispo Metropolitano de Montes Claros