Papa pede aos Padres Sinodais
que se coloquem à escuta da família
Cidade do
Vaticano (RV) – O Santo Padre presidiu, na tarde deste sábado (03/10), na Praça
São Pedro, no Vaticano, à Vigília de Oração pela Família, promovida pela
Conferência Episcopal Italiana, em preparação prévia da XIV Assembleia Geral
Ordinária do Sínodo dos Bispos sobre a Família.
Que o Espírito Santo ilumine os Padres Sinodais! |
Na homilia, que
pronunciou diante das milhares de famílias, na monumental Praça São Pedro,
Francisco partiu das palavras do Patriarca Atenágoras: “Sem o Espírito Santo,
Deus fica longe, Cristo permanece no passado, a Igreja torna-se uma simples
organização; a autoridade transforma-se em domínio, a missão em propaganda, o
culto em evocação, o agir dos cristãos em uma moral de escravos.
Por isso, o Papa
pediu a oração dos presentes pelo Sínodo, para que “saiba reconduzir a uma
figura de homem, na sua plenitude, a experiência conjugal e familiar;
reconheça, valorize e proponha tudo o que nela há de belo, bom e santo”.
Que todas as famílias sejam abençoadas! |
Do tesouro da
tradição viva, o Santo Padre espera que os Padres sinodais possam encontrar
palavras de consolação e diretrizes de esperança para famílias, chamadas a
construir, neste tempo, o futuro da comunidade eclesial e da cidade do homem.
Pois, cada família é sempre uma luz, ainda que tênue, na escuridão do mundo.
A história de
Jesus, que viveu entre os homens, começou no seio de uma família, na qual
permaneceu por 30 anos. A sua família era como muitas outras, situada em uma
remota aldeia da periferia do Império.
Depois, o Bispo
de Roma tomou o exemplo, de Charles de Foucauld que intuiu o alcance da
espiritualidade que emana da Família de Nazaré. Este grande explorador, deixou
a carreira militar, fascinado pelo mistério da Sagrada Família, da relação
diária de Jesus com os pais e os vizinhos, do trabalho silencioso, da oração
humilde; ele compreendeu que “são os simples e os pobres que nos evangelizam e
nos ajudam a crescer em humanidade”.
Unamo-nos todos em oração pelo Sínodo! |
Por fim,
recordou Francisco, “a família é lugar de santidade evangélica, discernimento,
gratuidade; é lugar de presença discreta, fraterna e solidária, que ensina a
sair de si mesmo para acolher o outro, para perdoar e ser perdoados.
Neste sentido, o
Santo Padre expressou seu desejo de o Sínodo possa partir de Nazaré; mais do
que falar de família, saiba aprender dela, reconhecendo a sua dignidade,
consistência e valor, apesar das suas muitas dificuldades e contradições.
O Papa concluiu
sua homilia fazendo votos de que este Sínodo para a Família possa descobrir a
grandeza de uma Igreja que é “mãe”, capaz de gerar e zelar pela vida. É
preciso, frisou, “saber unir a compaixão à justiça”, para não ser inutilmente
severo e profundamente injusto. Enfim, a Igreja é “casa aberta”, sem grandezas
exteriores; é acolhedora e suscita esperança e paz; ela foi a primeira a ser
regenerada pelo Coração misericordioso do Pai. (MT)
Assista:
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Fonte: radiovaticana.va news.va
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