sábado, 4 de maio de 2024

Sábia reflexão:

Ao modo de Jesus

José Antonio Pagola

Jesus está se despedindo de seus discípulos. Ele os amou apaixonadamente, com o mesmo amor que o Pai o amou. Agora tem que deixá-los. Conhece o egoísmo deles. Não sabem amar-se mutuamente. Jesus os vê discutindo entre si para obter os primeiros postos. O que será deles?

As palavras de Jesus adquirem um tom solene. Hão de ficar bem gravadas em todos: “Este é o meu mandamento: que vos ameis uns aos outros como eu vos amei”. Jesus não quer que seu modo de amar desapareça entre os seus. Se um dia o esquecerem, ninguém poderá reconhecê-los como discípulos seus.

De Jesus permaneceu uma lembrança inapagável. As primeiras gerações assim resumiam sua vida: “Passou por toda parte fazendo o bem”. Era bom encontrar-se com Ele, pois buscava sempre o bem das pessoas, ajudava a viver. Sua vida foi uma Boa Notícia. Nele se podia descobrir a boa proximidade de Deus.

Jesus tem um modo de amar inconfundível. É muito sensível ao sofrimento das pessoas. Não pode passar ao largo de quem está sofrendo. Um dia, ao entrar na pequena aldeia de Naim, encontrou-se com um enterro: uma viúva em pranto estava levando seu filho único à sepultura. Do íntimo de Jesus brota seu amor por aquela desconhecida: “Mulher, não chores”. Quem ama como Jesus vive aliviando o sofrimento e secando lágrimas.

Os evangelhos lembram em diversas ocasiões como Jesus captava com seu olhar o sofrimento das pessoas. Olhava-as e se comovia: via-as sofrendo ou abatidas, como ovelhas sem pastor. Rapidamente se punha a curar as pessoas mais enfermas ou a alimentá-las com suas palavras. Quem ama como Jesus, aprende a olhar os rostos das pessoas com compaixão.

É admirável a disponibilidade de Jesus para fazer o bem. Ele não pensa em si mesmo. Está sempre atento a qualquer chamado, disposto a fazer o que pode. A um mendigo cego que lhe pede compaixão enquanto vai passando, Ele o acolhe com estas palavras: “O que queres que faça por ti?” Com esta atitude anda pela vida quem ama como Jesus.

Jesus sabe estar junto dos mais desvalidos. Nem precisam pedir-lhe e Ele faz o que pode para curar suas doenças, libertar suas consciências ou transmitir sua confiança em Deus. Mas não pode resolver todos os problemas daquela gente.

Então se dedica a fazer gestos de bondade: abraça as crianças da rua: não quer que ninguém se sinta órfão; abençoa os enfermos: não quer que se sintam esquecidos por Deus; acaricia a pele dos leprosos: não quer que se vejam excluídos. Assim são os gestos de quem ama como Jesus.

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JOSÉ ANTONIO PAGOLA cursou Teologia e Ciências Bíblicas na Pontifícia Universidade Gregoriana, no Pontifício Instituto Bíblico de Roma e na Escola Bíblica e Arqueológica Francesa de Jerusalém. É autor de diversas obras de teologia, pastoral e cristologia. Atualmente é diretor do Instituto de Teologia e Pastoral de São Sebastião. Este comentário é do livro “O Caminho Aberto por Jesus”, da Editora Vozes.

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                                           Fonte: franciscanos.org.br       Banner: Frei Fábio M. Vasconcelos

sexta-feira, 3 de maio de 2024

Paróquia São José - Paraisópolis (MG):

 Horários de missa e outros eventos

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Dia 4 - Sábado

Festa em louvor a São José Operário

     14h - Terço das crianças na Centro Pastoral São José

18h - Terço em reparação ao Imaculado Coração de Maria na Matriz

19h - Missa na Matriz

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Dia 5 - 6º Domingo da Páscoa

Festa em louvor a São José Operário

7h - Missa na Matriz      9h - Missa na Matriz

     11h - Missa na igreja de Santa Edwiges

19h - Missa na Matriz      19h - Missa na igreja da Santo Antônio 

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6º Domingo da Páscoa:

Leituras e Reflexão

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1ª Leitura: At 10,25-26.34-35.44-48

Leitura do Livro dos Atos dos Apóstolos 

Quando Pedro estava para entrar em casa, Cornélio saiu-lhe ao encontro, caiu a seus pés e se prostrou. Mas Pedro levantou-o, dizendo: “Levanta-te. Eu também sou apenas um homem”.

Então Pedro tomou a palavra e disse: “De fato, estou compreendendo que Deus não faz distinção entre as pessoas. Pelo contrário, ele aceita quem o teme e pratica a justiça, qualquer que seja a nação a que pertença”.

Pedro estava ainda falando, quando o Espírito Santo desceu sobre todos os que ouviam a palavra.

Os fiéis de origem judaica, que tinham vindo com Pedro, ficaram admirados de que o dom do Espírito Santo fosse derramado também sobre os pagãos. Pois eles os ouviam falar e louvar a grandeza de Deus em línguas estranhas. Então Pedro falou: “Podemos, por acaso, negar a água do batismo a estas pessoas que receberam, como nós, o Espírito Santo?”

E mandou que fossem batizados em nome de Jesus Cristo. Eles pediram, então, que Pedro ficasse alguns dias com eles.

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Responsório: Sl 97

— O Senhor fez conhecer a salvação/ e revelou sua justiça às nações.

— O Senhor fez conhecer a salvação/ e revelou sua justiça às nações.

— Cantai ao Senhor Deus um canto novo,/ porque ele fez prodígios!/ Sua mão e seu braço forte e santo/ alcançaram-lhe a vitória.

— O Senhor fez conhecer a salvação,/ e às nações, sua justiça;/ recordou o seu amor sempre fiel/ pela casa de Israel.

— Os confins do universo contemplaram/ a salvação do nosso Deus./ Aclamai o Senhor Deus, ó terra inteira,/ alegrai-vos e exultai!

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2ª Leitura: 1Jo 4,7-10
Leitura da Primeira Carta de São João

Caríssimos: Amemo-nos uns aos outros, porque o amor vem de Deus e todo aquele que ama nasceu de Deus e conhece Deus. Quem não ama, não chegou a conhecer a Deus, pois Deus é amor.

Foi assim que o amor de Deus se manifestou entre nós: Deus enviou o seu Filho único ao mundo, para que tenhamos vida por meio dele.

Nisto consiste o amor: não fomos nós que amamos a Deus, mas foi ele que nos amou e enviou o seu Filho como vítima de reparação pelos nossos pecados.

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Evangelho: Jo 15,9-17

Proclamação do Evangelho de São  João

Assim como meu Pai me amou, eu também amei vocês: permaneçam no meu amor. Se vocês obedecem aos meus mandamentos, permanecerão no meu amor, assim como eu obedeci aos mandamentos do meu Pai e permaneço no seu amor. Eu disse isso a vocês para que minha alegria esteja em vocês, e a alegria de vocês seja completa.

O meu mandamento é este: amem-se uns aos outros, assim como eu amei vocês. Não existe amor maior do que dar a vida pelos amigos. Vocês são meus amigos, se fizerem o que eu estou mandando. Eu já não chamo vocês de empregados, pois o empregado não sabe o que seu patrão faz; eu chamo vocês de amigos, porque eu comuniquei a vocês tudo o que ouvi de meu Pai. Não foram vocês que me escolheram, mas fui eu que escolhi vocês. Eu os destinei para ir e dar fruto, e para que o fruto de vocês permaneça. O Pai dará a vocês qualquer coisa que vocês pedirem em meu nome. O que eu mando é isto: amem-se uns aos outros.»

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Reflexão do padre Johan Konings:

Deus é amor

Neste domingo, a liturgia proclama, na 2ª leitura, a palavra do apóstolo João: “Deus é amor”. E o evangelho – continuação de domingo passado – apresenta Deus como a fonte do amor que animou Jesus a dar sua vida por nós, ensinando-nos a amar-nos mutuamente com amor radical.

”Deus é amor” não é uma definição filosófica. É a expressão da mais profunda experiência de Jesus. A experiência de Deus que Jesus teve foi uma experiência de amor. Essa experiência, ele a fez transbordar – sobretudo pelo dom da própria vida – sobre os discípulos, que a proclamaram para a comunidade. “Como meu Pai me ama, assim também eu vos amo. Permanecei no meu amor. […] Este é meu mandamento: amai-vos uns aos outros, assim como eu vos amei” (Jo 15,9.12). Amar é participar do mistério de Deus que se manifesta em Jesus. Amar, recebendo e dando amor. Pois o amor é dom que recebemos do Pai, no Filho, e missão que consiste em partilha-lo com os irmãos. Nisso está nossa alegria (15,11).

Aprofundemos mais esse dom gratuito do amor de Deus por nós. “Ninguém tem amor maior que aquele que dá a vida pelos seus amigos” (15,13). Amigos, não no sentido de parceiros (com interesses comuns, comparsas de máfia…), mas no sentido de amados – amados por serem filhos de Deus. O amor que se tem mostra-se no dom da própria vida. Isso se verifica em Jesus. Nele, “Deus nos amou primeiro”(1Jo 4,10). Não tínhamos nada a lhe oferecer, mas seu amor nos tornou amáveis.

O amor de Cristo por nós existe na comunhão total: Jesus nos revelou o que ele mesmo ouviu do Pai (Jo 15,15): na amizade de Cristo reinam plena clareza e transparência. Nada de manipulação ou de submissão. Assim, quando Jesus nos envia para produzirmos fruto (15,17), isso não é uma carga que ele nos impõe, mas participação na missão que o Pai lhe confiou. Para isso, ele nos escolheu. Em Jesus, o amor de Deus nos escolheu.

Ora, amor é comunhão. Não vem de um lado só. Assim, como o amor de Deus veio até nós em um irmão, Jesus, assim ele frutifica nos irmãos e irmãs que amamos. Deus, fonte inesgotável de amor, não precisa de compensação pessoal por seu amor. Ele se alegra com os frutos que nosso amor produz quando comunicamos o amor em torno de nós (15,8).

Que Deus seja protagonista da criação do universo e da humanidade por amor é questionado hoje. Não é o universo um caos que se organiza através de violentas explosões? Não é a vida animal e humana uma luta de sobrevivência na competição? Este modo de ver está por trás da ideologia neoliberal. Nós respondemos: o amor não é dado, pacificamente, desde o primeiro dia da criação. Ele é a última palavra de Deus, e tem a forma de Jesus, que conheceu o conflito, mas venceu o ódio, sendo fiel até à morte, consequência do amor que ele mostrou e deixou como legado aos seus discípulos.

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PE. JOHAN KONINGS nasceu na Bélgica em 1941, onde se tornou Doutor em Teologia pela Universidade Católica de Lovaina, ligado ao Colégio para a América Latina (Fidei Donum). Veio ao Brasil, como sacerdote diocesano, em 1972. Em 1985 entrou na Companhia de Jesus (Jesuítas) e, desde 1986, atuou como professor de exegese bíblica na FAJE, Faculdade Jesuíta de Filosofia e Teologia, em Belo Horizonte. Faleceu no dia 21 de maio de 2022. Este comentário é do livro “Liturgia Dominical, Editora Vozes.

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Reflexão em vídeo de Frei Gustavo Medella

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Fonte: franciscanos.org.br   Imagem: vaticannews.va  Banner: Fr. Fábio M. Vasconcelos

quinta-feira, 2 de maio de 2024

O Papa aos párocos:

sede construtores de uma Igreja missionária e sinodal

Em uma carta dirigida aos padres que participaram do Encontro Internacional “Os Párocos em prol do Sínodo”, Francisco aponta três caminhos a serem seguidos: reconhecer as sementes do Espírito nos fiéis; recorrer ao discernimento comunitário; e a comunhão entre padres e bispos.

É uma carta de um pai que conhece as dificuldades de seus filhos, mas que os estimula a seguir adiante para o bem da Igreja e da missão para a qual foram chamados. Foi assim que o Papa Francisco se dirigiu aos cerca de 300 participantes, vindos do mundo inteiro, para o evento “Os Párocos em prol do Sínodo”, realizado em Roma de 29 de abril a 2 de maio. Um encontro organizado pela Secretaria Geral do Sínodo e pelo Dicastério para o Clero, em acordo com os Dicastérios para a Evangelização e para as Igrejas Orientais. Gratidão e estima do Papa por aqueles que cuidam de igrejas periféricas ou grandes como províncias, igrejas antigas com fiéis cada vez mais idosos ou igrejas que nascem sob uma grande árvore, onde o canto dos pássaros se mistura com canções infantis

Uma paróquia sinodal para uma Igreja sinodal

Francisco recorda a importância de uma Igreja sinodal que precisa de seus párocos. “Nunca nos tornaremos uma Igreja sinodal missionária”, diz a Carta, “se as comunidades paroquiais não fizerem da participação de todos os batizados na única missão de proclamar o Evangelho o traço característico de sua vida. Se as paróquias não forem sinodais e missionárias, a Igreja também não o será”. Paróquias, espera o Papa, com discípulos missionários que partem e voltam cheios de alegria; comunidades que devem ser acompanhadas com oração, discernimento e zelo apostólico. Fortalecidos pela graça, é necessário escutar o Espírito e prosseguir no anúncio da Palavra e reunir a comunidade na “fração do pão”.

Uma paternidade que não sufoca

Há três indicações que o Papa sugere aos párocos. Ele recomenda colher os frutos que o Espírito espalha no Povo de Deus. “Estou convencido”, escreve ele, “de que assim fareis surgir muitos tesouros escondidos e encontrar-vos-eis menos sós na grande missão de evangelizar, experimentando a alegria duma paternidade genuína que não sufoca nos outros, homens e mulheres, suas muitas potencialidades preciosas, antes fá-las sobressair”.

Discernimento comunitário

Francisco convida a praticar o método da “conversação no Espírito”, que tem ajudado muito no caminho sinodal. “O discernimento é um elemento-chave da ação pastoral duma Igreja sinodal”, porque implementado no âmbito pastoral ilumina “a concretude da vida eclesial”, reconhecendo os carismas, confiando “com sabedoria tarefas e ministérios”, planejando “à luz do Espírito os caminhos pastorais, indo além da simples programação de atividades”.

Fraternidade

A outra palavra-chave da Carta do Papa é fraternidade, compartilhar com os irmãos sacerdotes e bispos. “Não podemos ser autênticos pais, se não formos, antes de tudo, filhos e irmãos. E não seremos capazes de suscitar comunhão e a participação nas comunidades que nos foram confiadas se, primeiro, não as vivermos entre nós”. Um compromisso que poderá parecer excessivo, reconhece o Papa, mas na realidade é verdade o contrário: “só assim somos credíveis e nossa ação não desperdiça o que os outros já construíram”.

Missionários da sinodalidade

Concluindo, Francisco exorta os párocos a se tornarem missionários da sinodalidade também em seu ministério diário, tendo em vista a Segunda Sessão da XVI Assembleia Geral Ordinária do Sínodo dos Bispos, que vai se realizar em outubro próximo. A voz dos sacerdotes, insiste o Papa, deve ser ouvida para que sua contribuição ao Sínodo seja cada vez mais decisiva: “Ouvir os pastores foi o objetivo desta Reunião Internacional, mas isso não pode terminar hoje: precisamos continuar a ouvir-nos”.

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                                                                                                                      Fonte: vaticannews.va

 


quarta-feira, 1 de maio de 2024

Papa na intenção de oração para este mês

a formação continua ao longo de toda a vida

"Um bom sacerdote, uma religiosa, deve antes de tudo ser um homem, uma mulher formados, trabalhados pela graça do Senhor", é o que diz o Papa Francisco na mensagem de vídeo, com a intenção de oração para o mês de maio, dedicada à formação das religiosas, religiosos e seminaristas.

O Papa Francisco dedica a intenção de oração para o mês de maio à formação das religiosas, religiosos e seminaristas.

Na mensagem de vídeo divulgada nesta terça-feira (30/04), realizada pela Rede Mundial de Oração do Papa com a colaboração da Arquidiocese de Los Angeles e com o apoio do aplicativo católico estadunidense de meditação e oração Hallow, o Papa insiste que "cada vocação é um ‘diamante bruto’ que deve ser polido, trabalhado, que deve ser moldado em todas as suas faces".

Formados, trabalhados pela graça do Senhor

Um bom sacerdote, uma religiosa, deve antes de tudo ser um homem, uma mulher formados, trabalhados pela graça do Senhor. Pessoas conscientes dos seus limites e dispostas a levar uma vida de oração, de dedicação ao testemunho do Evangelho.

Na constituição apostólica Veritatis gaudium, sobre as Universidades e as Facultades Eclesiásticas, o Papa sublinha que a formação integral das vocações sacerdotais e religiosas deve abranger tanto a dimensão humana quanto a espiritual, pastoral e comunitária. Deve levar em conta a diversidade cultural e social. A formação não consiste apenas na aquisição de conhecimentos, mas na experiência de um encontro profundo com Jesus. Segundo Francisco, a preparação das religiosas, religiosos e seminaristas "deve ser integral, deve desenvolver-se a partir do seminário e do noviciado, no contato direto com a vida das outras pessoas".

Ser testemunhas críveis do Evangelho

Isto é fundamental. A formação não termina num determinado momento, mas continua ao longo de toda a vida, ao longo dos anos integrando a pessoa, intelectualmente, humanamente, afetivamente, espiritualmente.

A vida comunitária é um aspecto central da vida de um religioso, de uma religiosa ou de um sacerdote. Para o Papa, este é um dos pontos-chave na formação e preparação de quem responde a esta vocação. Nesse sentido, Francisco diz que, embora esta experiência possa ser "enriquecedora", por vezes também "pode ser difícil", e comenta: “Porque não é o mesmo viver juntos que viver em comunidade”. Para Francisco, viver e relacionar-se com os outros nem sempre é fácil, mas a vida comunitária é sempre uma escola de santidade onde se cresce nas diversas virtudes humanas e se aprende a ir além de si mesmo.

Rezemos para que os religiosos, as religiosas e os seminaristas cresçam em seu caminho vocacional através de uma formação humana, pastoral, espiritual e comunitária, que os leve a serem testemunhas críveis do Evangelho.

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Assista:

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                                                                                                                      Fonte: vaticannews.va

No mês de maio,

a Igreja celebra devoção à Virgem Maria

Maria é modelo de escuta, de profundidade no discernimento, de coragem na fé e de dedicação ao serviço. Por isso, nós, católicos, nutrimos uma profunda devoção pela Santa Mãe de Deus e da Igreja, especialmente no mês de maio, o Mês Mariano.

Por que maio é o Mês Mariano?

A ideia de um mês dedicado especialmente a Maria remonta ao século XVII. Desde aquele tempo, o “Mês de Maria” incluía trinta exercícios espirituais diários em homenagem à Mãe de Deus, apesar de nem sempre ter sido celebrado em maio. Com o passar do tempo, o Mês Mariano passou a ser celebrado em maio, fazendo com que, durante todo o mês, haja devoções especiais para cada dia. Esse costume se consolidou, sobretudo, durante o século XIX e é praticado até hoje.

Como honrar Maria no mês de maio, mês das mães?

As formas pelas quais Maria é honrada em maio são tão variadas como as pessoas que a honram. Comumente, as paróquias rezam uma oração diária do terço e muitas preparam um altar especial com um ícone ou uma imagem da Virgem. Também é uma grande tradição a coroação de Nossa Senhora, um costume conhecido como “Coroação de Maio”.

Entretanto, os altares e coroações não são atividades exclusivas “da paróquia”. Elas podem ser feitas no ambiente familiar, igreja doméstica, com o objetivo de participarmos mais plenamente na vida da Igreja.

Por que Nossa Senhora tem tantos títulos?

Os inúmeros títulos de Nossa Senhora provêm das devoções populares, aparições, e são denominadas conforme os dogmas marianos. Cada um deles manifesta uma particularidade do cuidado de Maria com seus filhos, dos maiores aos menores, sempre disponível a atendê-los com amor e afeto maternal.

Para os brasileiros, Nossa Senhora Aparecida é, certamente, uma das mais populares. O santuário dedicado à Padroeira do Brasil já foi visitado por três papas: São João Paulo II, Papa Bento XVI e Papa Francisco.

Dicas para viver bem o Mês Mariano

Rezar o Rosário

A própria Santíssima Virgem ensinou São Domingos de Gusmão a rezar o Santo Rosário. Uma das prediletas da Igreja, essa oração é tida como meio para o alcance de inúmeras graças, favores e milagres.

A oração do terço no mês de maio, inclusive, é tema de um vídeo do Arcebispo Metropolitano de Juiz de Fora, Dom Gil Antônio Moreira. Confira:

Participar dos Sacramentos

Maria sempre aponta o caminho para Jesus! Para haver uma verdadeira devoção a Nossa Senhora, é imprescindível a participação nos Sacramentos, especialmente nos da Eucaristia e da Reconciliação, onde seu Filho nos espera.

Leitura espiritual sobre a Virgem

Reflita sobre as maravilhas que Deus faz na História da Salvação por meio da leitura orante dos Santos Evangelhos, dos quais Maria é personagem fundamental. Para se aprofundar na meditação, visite escritos de grandes santos da Igreja e estudiosos das Sagradas Escrituras.

*Fonte: Blog da Edições CNBB

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                                                                                             Fonte: arquidiocesejuizdefora.org.br

Papa Francisco na catequese desta quarta-feira:

a fé é o primeiro dom a ser acolhido na vida cristã

Em sua catequese, na Audiência Geral, o Papa se deteve sobre a fé, "única virtude que podemos invejar. Porque quem tem fé é habitado por uma força que não é só humana; de fato, a fé “desencadeia” em nós a graça e abre a mente ao mistério de Deus". Francisco disse também que o grande inimigo da fé não é a inteligência, não é a razão, mas o medo.

Na catequese da Audiência Geral desta quarta-feira (1°/05), realizada na Sala Paulo VI, o Papa Francisco falou sobre a virtude da fé que junto com a caridade e a esperança formam as virtudes teologais.

“As três virtudes teologais são os grandes dons que Deus dá à nossa capacidade moral.”

Sem elas poderíamos ser prudentes, justos, fortes e temperantes, mas não teríamos olhos que veem mesmo no escuro, não teríamos um coração que ama mesmo quando não é amado, não teríamos uma esperança que ousa contra toda esperança.

Ser cristão é preservar um vínculo com Deus

Segundo o Catecismo da Igreja Católica, "a fé é o ato com o qual o homem entrega-se total e livremente a Deus". "Nesta fé, Abraão foi o grande pai. Quando concordou em deixar a terra dos seus antepassados ​​para ir em direção à terra que Deus lhe teria mostrado. Nesta fé, Abraão se torna pai de uma longa linhagem de filhos. A fé o tornou fecundo", disse ainda o Papa, citando como exemplos também Moisés, que permaneceu firme, confiante no Senhor, e defendeu "o povo que muitas vezes não tinha fé", e a Virgem Maria, que "com o coração cheio de fé, com o coração cheio de confiança em Deus, inicia um caminho cujo percurso e perigos ela não conhece".

“A fé é a virtude que faz o cristão. Porque ser cristão não é antes de tudo aceitar uma cultura, com os valores que a acompanham, mas acolher e preservar um vínculo, um vínculo com Deus: eu e Deus; a minha pessoa e o rosto amável de Jesus. Este vínculo é o que nos torna cristãos.”

O grande inimigo da fé é o medo

Segundo o Papa, o grande inimigo da fé não é a inteligência, não é a razão, "mas o grande inimigo da fé é o medo". "Por isso, a fé é o primeiro dom a ser acolhido na vida cristã: um dom que deve ser acolhido e pedido diariamente, para que se renove em nós. Aparentemente é um dom pequeno, mas é o essencial. Quando nos levaram à pia batismal, os nossos pais, depois de anunciarem o nome que haviam escolhido para nós, foram questionados pelo sacerdote: “O que vocês pedem à Igreja de Deus?”. E eles responderam: “A fé, o batismo!”", disse ainda Francisco.

Para um progenitor cristão, consciente da graça que lhe foi dada, esse é o dom que deve pedir também para o seu filho: a fé. Com ela, um progenitor sabe que, mesmo no meio das provações da vida, o seu filho não se afogará no medo. O inimigo é o medo. Ele também sabe que quando deixar de ter um progenitor nesta terra, continuará tendo um Deus Pai no céu, que nunca o abandonará. O nosso amor é frágil, só o amor de Deus vence a morte.

Fé, virtude que podemos invejar

Francisco disse ainda que "nem todos têm fé", "e mesmo nós, que cremos, muitas vezes percebemos que temos apenas uma pequena quantidade dela. Muitas vezes Jesus pode censurar-nos, como fez com os seus discípulos, por sermos 'homens de pouca fé'”.

“Mas é o dom mais feliz, a única virtude que podemos invejar. Porque quem tem fé é habitado por uma força que não é só humana; de fato, a fé “desencadeia” em nós a graça e abre a mente ao mistério de Deus.”

O Papa convidou todos os presentes na Sala São Paulo VI a pedirem: Senhor, aumentai a nossa fé! Esta "é uma oração bonita", concluiu.

Mariangela Jaguraba - Vatican News

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                                                                                                                      Fonte: vaticannews.va