quinta-feira, 16 de maio de 2024

Paróquia São José - Paraisópolis (MG):

   Horários de missa e outros eventos

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Dia 17 - Sexta-feira

6h - Oração da Mil Misericórdias na Matriz

8h - Terço comunitário na Matriz

19h - Grupo de Oração Maranathá na capela da Soledade

19h - Missa no Casa Mãe da Obediência     19h - Missa no Boa Vista 2

19h - Missa nos Carneiros       19h - Missa na Pedra Branca

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Dia 18 - Sábado

8h - Terço comunitário na Matriz

19h - Missa na Matriz

19h - Missa no Centro Pastoral São Francisco

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Dia 19 - Solenidade de Pentecostes

7h - Missa na Matriz      9h - Missa na Matriz

     11h - Missa na igreja de Santa Edwiges

19h - Missa na Matriz      19h - Missa na igreja da Santo Antônio 

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Reflita com dom Leomar Antônio Brustolin:

O ano da oração

Estamos vivendo a preparação para o Jubileu de 2025, o jubileu da esperança convocado pelo Papa Francisco. Nesse caminho, 2024 é o ano da oração. Rezar é entrar num trato de amizade com Aquele que já sabemos que nos ama, disse a grande mística Santa Teresa. Rezar é dialogar, falar e ouvir, dizer e escutar, reclinar o coração sobre o peito de Jesus como fez São João na última Ceia. Quem se afasta da oração, foge de todo o bem, escreveu São João da Cruz.

Há, no mínimo, duas formas de rezar: contemplando as obras do Criador e sentindo que o Espírito Santo é quem reza em nós. Se meditamos o Salmo 8, admiramos as obras criação, compreendemos que a oração é extremamente simples, é como algo que sai da boca e do coração da criança. É ver a imensidão do mar e a altura das montanhas, é se emocionar com a chegada de um bebê na família ou a explosão de beleza de uma noite estrelada, e dizer: Meu Deus, como é grande o vosso nome por todo o Universo!

É a resposta imediata que surge em nossos corações quando nos deparamos com a verdade do ser. É quando nos sentimos um pouco como se estivéssemos saindo da escravidão das intrusões cotidianas, da escravidão das coisas que continuamente nos impelem. Assim, respiramos mais fundo do que de costume, sentimos algo se movendo dentro de nós, e então, nesses momentos de graça natural, nesses momentos felizes em que nos sentimos plenamente nós mesmos, é muito fácil, é quase instintivo, rezar.

Além dessa verdade, há outra situação a considerar: é a oração do cristão. Esta não é simplesmente a minha resposta à realidade do ser que me rodeia, ou ao sentimento de autenticidade que sinto dentro de mim, mas é o Espírito Santo que reza em mim. É como diz a Carta aos Romanos: o Espírito reza em nós. Afinal, não somos nós, como cristãos, que rezamos, é o Espírito que reza em nós.  Sem essa premissa do Espírito não há oração cristã.

Antes de tudo, a oração do cristão é um dom direto de Deus, que nos envia o Espírito, que nos dá a oportunidade de rezar na verdade, isto é, na revelação que o Pai faz de si mesmo em Jesus. Não teríamos ensinado verdadeiramente a oração se tivéssemos nos limitado a despertar sentimentos de louvor, admiração, gratidão, questionamento, e se não tivéssemos inserido essa realidade no ritmo do Espírito que ora em nós. Se admiramos a obra da Criação, mais admirados ficamos ao ver como o Pai, em Jesus Cristo, nos salva e recria, destruindo o pecado e vencendo a morte. Nossa Oração de cristãos é um desdobramento da obra redentora que Cristo realizou na Páscoa. Na oração pascal nada é mais forte do que pedir a graça de participar da Vida Eterna que o Senhor nos oferece em Jesus.

Bem sintetiza essa realidade o grande bispo de Hipona, Santo Agostinho: Senhor, estavas comigo, e eu não estava Contigo. Seguravam-me longe de Ti as coisas que não existiriam senão em Ti. Chamaste, clamaste por mim e rompeste a minha surdez. Brilhaste, resplandeceste, e a Tua Luz afugentou minha cegueira. Exalaste o Teu Perfume e, respirando-o, suspirei por Ti, Te desejei. Eu Te provei, Te saboreei e, agora, tenho fome e sede de Ti. Tocaste-me e agora ardo em desejos por Tua Paz! (Santo Agostinho, Confissões 10, 27-29).

Dom Leomar Antônio Brustolin - Arcebispo de Santa Maria (RS)

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                                                                                                                           Fonte: cnbb.org.br

quarta-feira, 15 de maio de 2024

Papa Francisco na Audiência Geral:

ao entardecer da vida seremos julgados pela caridade

Na Audiência Geral desta quarta-feira (15/05), Francisco refletiu sobre a virtude da caridade. “Há um amor maior, que vem de Deus e a Ele se dirige, que nos torna capazes de amá-Lo, de sermos Seus amigos, e que nos permite amar o próximo como Deus o ama”, sublinhou o Papa.

O Papa Francisco dedicou a reflexão da catequese desta quarta-feira (15/05), sobre a terceira virtude teologal, a caridade. Aos milhares de fiéis e peregrinos reunidos na Praça São Pedro, o Pontífice recordou que esta virtude “é o culminar de todo o caminho que empreendemos com a catequese das virtudes”.

"Pensar na caridade expande imediatamente o coração, e a mente corre para as palavras inspiradas de São Paulo na Primeira Carta aos Coríntios. Concluindo aquele estupendo hino, o Apóstolo cita a tríade das virtudes teologais e exclama: “Por ora subsistem a fé, a esperança e a caridade – as três. Porém, a maior delas é a caridade” (1Cor 13,13)."

O amor está na boca de muitos

Francisco recorda que o apóstolo Paulo dirige estas palavras a uma comunidade que estava longe de ser perfeita no amor fraterno: os cristãos de Corinto eram bastante briguentos, havia divisões internas, há aqueles que afirmam ter sempre razão e não ouvem os outros, considerando-os inferiores. Paulo lembra a essas pessoas que a ciência incha, enquanto a caridade constrói.

“Provavelmente todos estavam convencidos de que eram boas pessoas e, se questionados sobre o amor, teriam respondido que o amor era certamente um valor importante para eles, assim como a amizade e a família. Ainda hoje, o amor está na boca de muitos “influenciadores” e nos refrões de muitas músicas, mas de fato, o que é o verdadeiro amor?”

Antes da catequese, a tradicional saudação do Papa aos fiéis

A caridade tem sua origem em Deus

Segundo o Papa, como em Corinto, também entre nós hoje, há confusão sobre o amor e por vezes não vemos nenhum vestígio da virtude teologal, aquela que vem até nós somente de Deus: “com palavras todos garantem que são boas pessoas, que amam a família e os amigos, mas na realidade sabem muito pouco do amor de Deus”, e completou:

“A caridade é o amor que desce, não aquele que sobe; é o amor que doa, não o que toma; é o amor que se esconde, e não o que busca aparecer. A caridade é, enfim, a maior forma de amor, que tem sua origem em Deus e a Ele se dirige, que nos torna capazes de amá-Lo, de sermos Seus amigos, e que nos permite amar o próximo como Deus o ama.”

Amar o que não é amável

Por fim, o Pontífice sublinhou que “este amor, ou seja, a caridade por causa de Cristo, leva-nos para onde humanamente não iríamos: ao amor pelo pobre, por aquilo que não é amável, por quem não nos quer bem e até mesmo pelo inimigo. Isso é "teologal", ou seja, vem de Deus, é obra do Espírito Santo em nós.

“É um amor tão ousado que parece quase impossível, e mesmo assim é a única coisa que restará de nós. É a 'porta estreita' pela qual passar para entrar no Reino de Deus.”

“Ao entardecer de nossa vida não seremos julgados sobre o amor de forma genérica, mas sobre a caridade que praticamos, ou seja, o amor que realizamos de modo concreto”, concluiu o Papa Francisco.

Thulio Fonseca – Vatican News

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Assista:

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                                                                                                                      Fonte: vaticannews.va

terça-feira, 14 de maio de 2024

Aprendendo com o padre Zezinho:

Sigamos em frente!

Pe. Zezinho, scj 

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A proposta de São Paulo

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(Fl 3,13-17) "Irmãos, eu não julgo já tê-lo alcançado. Uma coisa, porém, faço: esquecendo o que fica para trás, lanço-me para o que está à frente.

Lanço-me em direção à meta, para conquistar o prêmio que, do alto, Deus me chama a receber no Cristo Jesus.

É assim que nós, os que buscamos a perfeição devemos pensar. E se tiverdes um outro modo de pensar, nisto também Deus vos esclarecerá.

No entanto, qualquer que seja o ponto a que tenhamos chegado, continuemos na mesma direção…”.

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Isto é não se vive de ré e para traz e sim para a frente. Moisés, Jeremias, João Batista, Jesus e os apóstolos fizeram isso: progrediram e prosseguiram!

Só se olha para trás para medir a distância percorrida. Mas a Terra Prometida e o Reino de Deus que Jesus propunha não é Reino de Marcha Ré!

O verbo é PROSSEGUIR e LANCAR-SE em direção à meta! Conselhos do Apóstolo Paulo!

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                                                                                       Fonte: facebook.com/padrezezinhoscj

Reflita com dom Paulo Peixoto:

Corpo harmonioso

Falar de corpo harmonioso é fazer referência a tudo que ocupa espaço e constitui unidade orgânica ou inorgânica, formado de peças justapostas e em sincronia, para atingir seus objetivos. Assim dizemos do corpo humano, de um animal, de uma entidade, de uma fábrica etc. Falamos também da Igreja, construída sob a ação de Jesus Cristo e sobre a prática consolidada dos apóstolos.

Dom Paulo Mendes Peixoto

A sincronia de toda harmonia da Igreja está depositada na ação efetiva do Espírito Santo, iluminador das atividades da Sagrada Tradição, no percurso de mais de dois mil anos. É uma história com muitas situações positivas e negativas, porque o agente estruturador é a pessoa humana com todos os seus limites de fraqueza. Mas o Espírito Santo é o condutor, que não deixa a instituição parar.

A realização de uma festa qualquer supõe harmonia, fruto de organização e sintonia entre todos que a compõem. Assim é a Celebração da Páscoa, originariamente era uma festa agrícola, em agradecimento pelos frutos obtidos na colheita. A Páscoa dos judeus e dos cristãos é gratidão pelos frutos da ação de Deus na existência da humanidade, com sentido para a vida, formando um corpo coeso.

Na atualidade, mesmo com toda capacidade tecnológica de comunicação, encontramos realidades graves de preconceitos, de discriminação, de racismo e até de ódio, que dificultam a formação de corpos harmoniosos. Corações endurecidos não ajudam na harmonia de sociedade fraterna e unida, porque criam individualismo e descompromisso para com o bem comunitário, que favorece a todos.

As ideologias dificultam a vida das comunidades, inclusive familiar. O apóstolo Paulo chama a atenção da comunidade grega de Corinto, pois estava com dificuldade para acolher judeus, prosélitos e gentios no seu convívio (cf. I Cor 12,13). A unidade é fruto da ação de Deus através da força do Espírito Santo, fazendo surgir, entre todos, lideranças comprometidas com as necessidades locais.

Toda paz verdadeira é fruto de reconciliação, conquistado a partir de uma ação de confiança, vivenciada na harmonia da parte de quem dela participa. Só assim é possível superar todos tipo de medo, insegurança, tribulações, limitações e outras realidades individualistas encontradas na cultura moderna. Sem Deus é difícil formar um corpo harmonioso, formar uma comunidade que se prima pela felicidade.

Dom Paulo Mendes Peixoto - Arcebispo de Uberaba (MG)

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                                                                                                                      Fonte: cnbbleste2.org

segunda-feira, 13 de maio de 2024

Catequese com o padre Zezinho:

Graça que Deus dá

Pe. Zezinho, scj |||||||.||.||||||||

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Ser fotografado, aplaudido, elogiado e até enaltecido pelo que fazemos é circunstância.

Gostar de, e até procurar esta fama é mais que circunstância.

Viver procurando ambientes, palcos, microfones, fotógrafos, câmeras e um jeito de estar na crista da onda pode ser vaidade e falta de espiritualidade.

Você ser convidado pode ser graça que veio do alto!

Você se oferecendo e viver procurando notoriedade, talvez não seja benção do céu.

Há gente que age mais como penetra do que convidado .

Paulo foi chamado, convidado, intimado e pagou o preço de uma escolha que ele não procurou.

Ele “não se apossou da graça”: humildemente aceitou-a com todas as suas consequências!...

Ele podia, sem vaidade, falar da “Graça que lhe fora dada”. (2 Cor 11,7) (Gal 1,15) (Ef 3,7 )

Não subiu ao palco da fé: Jesus fisgou e arrastou para lá e mostrou quem estava no comando.

Ainda bem que ele entendeu a diferença entre ser chamado pelo Mestre Ressuscitado e depois pelos outros apóstolos.

Nunca quis as vantagens $$$ da pregação. Como todos outros, continuou fabricando tendas para sobreviver!

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                                                                                       Fonte: facebook.com/padrezezinhoscj

Jubileu 2025:

concessão da indulgência, tornar-se peregrinos de esperança

Abertura da Porta Santa durante o Jubileu da Misericórdia em 2015 

Leia na íntegra as normas para a concessão da indulgência em vista do Jubileu de 2025, publicadas hoje (13/05) pela Penitenciaria Apostólica do Vaticano. 

SOBRE A CONCESSÃO DA INDULGÊNCIA

DURANTE O JUBILEU ORDINÁRIO DO ANO 2025

PROCLAMADO POR SUA SANTIDADE O PAPA FRANCISCO

“Agora chegou o momento dum novo Jubileu, em que se abre novamente de par em par a Porta Santa para oferecer a experiência viva do amor de Deus” (Spes non confundit, 6). Na bula de proclamação do Jubileu Ordinário de 2025, o Santo Padre, no momento histórico atual em que, “esquecida dos dramas do passado, a humanidade encontra-se de novo submetida a uma difícil prova que vê muitas populações oprimidas pela brutalidade da violência” (Spes non confundit, 8), convida todos os cristãos a tornarem-se peregrinos de esperança. Esta é uma virtude a redescobrir nos sinais dos tempos, os quais, contendo “o anélito do coração humano, carecido da presença salvífica de Deus, pedem para ser transformados em sinais de esperança” (Spes non confundit, 7), que deverá ser obtida sobretudo na graça de Deus e na plenitude da Sua misericórdia.

Já na bula de proclamação do Jubileu Extraordinário da Misericórdia de 2015, o Papa Francisco sublinhava o quanto a Indulgência adquiria, naquele contexto, “uma relevância particular” (Misericordiae vultus, 22), uma vez que a misericórdia de Deus “torna-se indulgência do Pai que, através da Esposa de Cristo, alcança o pecador perdoado e liberta-o de qualquer resíduo das consequências do pecado” (ibid.). Do mesmo modo, hoje, o Santo Padre declara que o dom da Indulgência “permite-nos descobrir como é ilimitada a misericórdia de Deus. Não é por acaso que, na antiguidade, o termo «misericórdia» era cambiável com o de «indulgência», precisamente porque pretende exprimir a plenitude do perdão de Deus que não conhece limites” (Spes non confundit, 23). A Indulgência é, pois, uma graça jubilar.

Também por ocasião do Jubileu Ordinário de 2025, portanto, por vontade do Sumo Pontífice, este “Tribunal de Misericórdia”, ao qual compete dispor tudo o que diz respeito à concessão e ao uso das Indulgências, pretende estimular os ânimos dos fiéis a desejar e alimentar o piedoso desejo de obter a Indulgência como dom de graça, próprio e peculiar de cada Ano Santo, e estabelece as seguintes prescrições, para que os fiéis possam usufruir das “disposições necessárias para poder obter e tornar efetiva a prática da Indulgência Jubilar” (Spes non confundit, 23).

Durante o Jubileu Ordinário de 2025, permanecem em vigor todas as outras concessões de Indulgência. Todos os fiéis verdadeiramente arrependidos, excluindo qualquer apego ao pecado (cf. Enchiridion Indulgentiarum, IV ed., norm. 20, § 1) e movidos por um espírito de caridade, e que, no decurso do Ano Santo, purificados pelo sacramento da penitência e revigorados pela Sagrada Comunhão, rezem segundo as intenções do Sumo Pontífice, poderão obter do tesouro da Igreja pleníssima Indulgência, remissão e perdão dos seus pecados, que se pode aplicar às almas do Purgatório sob a forma de sufrágio:

I.- Nas sagradas peregrinações

Os fiéis, peregrinos de esperança, poderão obter a Indulgência Jubilar concedida pelo Santo Padre se empreenderem uma piedosa peregrinação:

a qualquer lugar sagrado do Jubileu: aí participando devotamente na Santa Missa (sempre que as normas litúrgicas o permitam, poderá recorrer-se especialmente à Missa própria para o Jubileu ou à Missa votiva: Pela reconciliação, Pelo perdão dos pecados, Para pedir a virtude da caridade e Para promover a concórdia); numa Missa ritual para conferir os sacramentos da iniciação cristã ou a Unção dos Enfermos; na celebração da Palavra de Deus; na Liturgia das Horas (Ofício de Leituras, Laudes, Vésperas); na Via-Sacra; no Rosário Mariano; no hino Akathistos; numa celebração penitencial, que termine com as confissões individuais dos penitentes, como está estabelecido no Rito da Penitência (forma II);

em Roma: a pelo menos uma das quatro Basílicas Papais Maiores: São Pedro no Vaticano, Santíssimo Salvador em Laterão, Santa Maria Maior, São Paulo fora de Muros;

na Terra Santa: a pelo menos uma das três basílicas: do Santo Sepulcro em Jerusalém, da Natividade em Belém, da Anunciação em Nazaré;

noutras circunscrições eclesiásticas: à igreja catedral ou a outras igrejas e lugares santos designados pelo Ordinário do lugar. Os Bispos terão em conta as necessidades dos fiéis, assim como a própria oportunidade de manter intacto o significado da peregrinação com toda a sua força simbólica, capaz de manifestar a necessidade ardente de conversão e reconciliação;

II.- Nas piedosas visitas aos lugares sagrados

Ademais, os fiéis poderão obter a Indulgência jubilar se, individualmente ou em grupo, visitarem devotamente qualquer lugar jubilar e aí dedicarem um côngruo período de tempo à adoração eucarística e à meditação, concluindo com o Pai-Nosso, a Profissão de Fé em qualquer forma legítima e invocações a Maria, Mãe de Deus, para que, neste Ano Santo, todos possam “experimentar a proximidade da mais afetuosa das mães, que nunca abandona os seus filhos” (Spes non confundit, 24).

Na particular ocasião do Ano Jubilar, poderão visitar-se, para além dos supramencionados insignes lugares de peregrinação, estes outros lugares sagrados nas mesmas condições:

em Roma: a Basílica de Santa Cruz em Jerusalém, a Basílica de São Lourenço fora de Muros, a Basílica de São Sebastião (recomenda-se vivamente a devota visita conhecida como “das sete Igrejas”, tão cara a São Filipe Neri), o Santuário do Divino Amor, a Igreja do Espírito Santo em Sassia, a Igreja de São Paulo “alle Tre Fontane”, o lugar do Martírio do Apóstolo, as Catacumbas cristãs; as igrejas dos caminhos jubilares dedicadas ao Iter Europaeum e as igrejas dedicadas às Mulheres Padroeiras da Europa e Doutoras da Igreja (Basílica de Santa Maria sobre Minerva, Santa Brígida em Campo de' Fiori, Igreja Santa Maria da Vitória, Igreja de “Trinità dei Monti”, Basílica de Santa Cecília em Trastevere, Basílica de Santo Agostinho em Campo Marzio);

noutros lugares do mundo: as duas Basílicas Papais menores de Assis, de São Francisco e de Santa Maria dos Anjos; as Basílicas Pontifícias de Nossa Senhora de Loreto, de Nossa Senhora de Pompeia, de Santo António de Pádua; qualquer Basílica menor, igreja catedral, igreja concatedral, santuário mariano, assim como, para o benefício dos fiéis, qualquer insigne igreja colegiada ou santuário designado por cada Bispo diocesano ou eparquial, bem como santuários nacionais ou internacionais, “lugares sagrados de acolhimento e espaços privilegiados para gerar esperança” (Spes non confundit, 24), indicados pelas Conferências Episcopais.

Os fiéis verdadeiramente arrependidos que não puderem participar nas celebrações solenes, nas peregrinações e nas piedosas visitas por motivos graves (como, primeiramente, todas as monjas e monges de clausura, os idosos, os doentes, os reclusos, assim como quantos, nos hospitais ou noutros lugares de assistência, prestam um serviço continuado aos doentes), receberão a Indulgência jubilar nas mesmas condições se, unidos em espírito aos fiéis presentes, sobretudo nos momentos em que as palavras do Sumo Pontífice ou dos Bispos diocesanos forem transmitidas através dos meios de comunicação, recitarem nas suas casas ou nos lugares onde o impedimento os reter (por exemplo, na capela do mosteiro, do hospital, do centro de assistência, da prisão...) o Pai-Nosso, a Profissão de Fé em qualquer forma legítima e outras orações em conformidade com as finalidades do Ano Santo, oferecendo os seus sofrimentos ou as dificuldades da sua vida;

III.- Nas obras de misericórdia e de penitência

Além disso, os fiéis poderão obter a Indulgência jubilar se, com ânimo devoto, participarem em Missões populares, em exercícios espirituais ou em encontros de formação sobre os textos do Concílio Vaticano II e do Catecismo da Igreja Católica, que se realizem numa igreja ou noutro lugar adequado, segundo a intenção do Santo Padre.

Apesar da norma segundo a qual se pode obter uma só Indulgência plenária por dia (cf. Enchiridion Indulgentiarum, IV ed., norm. 18, § 1), os fiéis que terão praticado o ato de caridade a favor das almas do Purgatório, se se aproximarem legitimamente do sacramento da Comunhão uma segunda vez no mesmo dia, poderão obter duas vezes no mesmo dia a Indulgência plenária, aplicável apenas aos defuntos (entende-se no âmbito de uma celebração eucarística; cf. cân. 917 e Pontificia Commissione per l’interpretazione autentica del CIC, Responsa ad dubia, 1, 11 iul. 1984). Com esta dupla oblação, cumpre-se um louvável exercício de caridade sobrenatural, através daquele vínculo pelo qual estão unidos no Corpo místico de Cristo os fiéis que ainda peregrinam sobre a terra, juntamente com aqueles que já completaram o seu caminho, em virtude do facto de que “a Indulgência Jubilar, em virtude da oração, destina-se de modo particular a todos aqueles que nos precederam, para que obtenham plena misericórdia” (Spes non confundit, 22).

Mas, de modo particular, precisamente “no Ano Jubilar, seremos chamados a ser sinais palpáveis de esperança para muitos irmãos e irmãs que vivem em condições de dificuldade” (Spes non confundit, 10): a Indulgência está, portanto, ligada também às obras de misericórdia e de penitência, com as quais se testemunha a conversão empreendida. Os fiéis, seguindo o exemplo e o mandato de Cristo, sejam encorajados a praticar mais frequentemente obras de caridade ou misericórdia, principalmente ao serviço daqueles irmãos que se encontram oprimidos por diversas necessidades. Mais concretamente, redescubram “as obras de misericórdia corporal: dar de comer aos famintos, dar de beber aos sedentos, vestir os nus, acolher os peregrinos, dar assistência aos enfermos, visitar os presos, enterrar os mortos” (Misericordiae vultus, 15) e redescubram também “as obras de misericórdia espiritual: aconselhar os indecisos, ensinar os ignorantes, admoestar os pecadores, consolar os aflitos, perdoar as ofensas, suportar com paciência as pessoas molestas, rezar a Deus pelos vivos e defuntos” (ibid.).

Do mesmo modo, os fiéis poderão obter a Indulgência jubilar se se deslocarem para visitar por um côngruo período de tempo os irmãos que se encontrem em necessidade ou dificuldade (doentes, presos, idosos em solidão, pessoas com alguma deficiência...), quase fazendo uma peregrinação em direção a Cristo presente neles (cf. Mt 25, 34-36) e cumprindo as habituais condições espirituais, sacramentais e de oração. Os fiéis poderão, sem dúvida, repetir estas visitas no decurso do Ano Santo, adquirindo em cada uma delas a Indulgência plenária, mesmo quotidianamente.

A Indulgência plenária jubilar também poderá ser obtida mediante iniciativas que implementem de forma concreta e generosa o espírito penitencial, que é como que a alma do Jubileu, redescobrindo em particular o valor penitencial das sextas-feiras: abstendo-se, em espírito de penitência, durante pelo menos um dia, de distrações fúteis (reais mas também virtuais, induzidas, por exemplo, pelos meios de comunicação social e pelas redes sociais) e de consumos supérfluos (por exemplo, jejuando ou praticando a abstinência segundo as normas gerais da Igreja e as especificações dos Bispos), assim como devolvendo uma soma proporcional em dinheiro aos pobres; apoiando obras de caráter religioso ou social, especialmente em favor da defesa e da proteção da vida em todas as suas fases e da própria qualidade de vida, das crianças abandonadas, dos jovens em dificuldade, dos idosos necessitados ou sós, dos migrantes de vários Países “que deixam a sua terra à procura duma vida melhor para si próprios e suas famílias” (Spes non confundit, 13); dedicando uma parte proporcional do próprio tempo livre a atividades de voluntariado, que sejam de interesse para a comunidade, ou a outras formas semelhantes de empenho pessoal.

Todos os Bispos diocesanos ou eparquiais e aqueles que pelo direito lhes são equiparados, no dia mais oportuno deste tempo jubilar, por ocasião da celebração principal na catedral e nas igrejas jubilares individuais, poderão conceder a Bênção Papal com a Indulgência Plenária anexa, que pode ser obtida por todos os fiéis que receberem tal Bênção nas condições habituais.

Para que o acesso ao sacramento da Penitência e à consecução do perdão divino através do poder das Chaves seja pastoralmente facilitado, os Ordinários locais são convidados a conceder aos cónegos e aos sacerdotes que, nas Catedrais e nas Igrejas designadas para o Ano Santo, puderem ouvir as confissões dos fiéis, as faculdades limitadamente ao foro interno, como se indica, para os fiéis das Igrejas Orientais, no cân. 728, § 2 do CCIO, e, no caso de uma eventual reserva, o cân. 727, excluídos, como é evidente, os casos considerados no cân. 728, § 1; para os fiéis da Igreja latina, as faculdades indicadas no cân. 508, § 1 do CDC.

A este propósito, esta Penitenciaria exorta todos os sacerdotes a oferecer com generosa disponibilidade e dedicação a mais ampla possibilidade dos fiéis usufruírem dos meios da salvação, adotando e publicando horários para as confissões, de acordo com os párocos ou os reitores das igrejas vizinhas, estando presentes no confessionário, programando celebrações penitenciais de forma fixa e frequente, oferecendo também a mais ampla disponibilidade de sacerdotes que, por terem atingido limite de idade, não tenham encargos pastorais definidos. Dependendo das possibilidades, recorde-se ainda, segundo o Motu Proprio Misericordia Dei, a oportunidade pastoral de ouvir as Confissões também durante a celebração da Santa Missa.

Para facilitar a tarefa dos confessores, a Penitenciaria Apostólica, por mandato do Santo Padre, dispõe que os sacerdotes que acompanhem ou se unam a peregrinações jubilares fora da própria Diocese possam valer-se das mesmas faculdades que lhes foram concedidas na sua própria Diocese pela autoridade legítima. Faculdades especiais serão depois concedidas por esta Penitenciaria Apostólica aos penitenciários das basílicas papais romanas, aos cónegos penitenciários ou aos penitenciários diocesanos instituídos em cada uma das circunscrições eclesiásticas.

Os confessores, depois de terem amorosamente instruído os fiéis acerca da gravidade dos pecados aos quais estiver anexada uma reserva ou uma censura, determinarão, com caridade pastoral, penitências sacramentais apropriadas, de modo a conduzi-los o mais possível a um arrependimento estável e, segundo a natureza dos casos, a convidá-los à reparação de eventuais escândalos e danos.

Enfim, a Penitenciaria convida fervorosamente os Bispos, enquanto detentores do tríplice múnus de ensinar, guiar e santificar, a ter o cuidado de explicar claramente as disposições e os princípios aqui propostos para a santificação dos fiéis, tendo em conta de modo particular as circunstâncias de lugar, cultura e tradições. Uma catequese adequada às características socioculturais de cada povo poderá propor de forma eficaz o Evangelho e a integridade da mensagem cristã, enraizando mais profundamente nos corações o desejo deste dom único, obtido em virtude da mediação da Igreja.

O presente Decreto tem validade para todo o Jubileu Ordinário de 2025, não obstante qualquer disposição contrária.

Dado em Roma, da sede da Penitenciaria Apostólica, 13 de maio de 2024, Memória da Beata Virgem Maria de Fátima.

Angelo Card. De Donatis

Penitenciário-Mor

S.E. Dom Krzysztof Nykiel

Regente

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Celebramos hoje

 Nossa Senhora de Fátima

No dia 5 de maio de 1917, o mundo ainda vivia os horrores da Primeira Guerra Mundial, então o papa Bento XV convidou todos os católicos a se unirem em uma corrente de orações para obter a paz mundial com a intercessão da Virgem Maria. Oito dias depois ela respondeu à humanidade através das aparições em Fátima, Portugal.

Foram três humildes pastores, filhos de famílias pobres, simples e profundamente católicas, os mensageiros escolhidos por Nossa Senhora. Lúcia, a mais velha, tinha dez anos, e os primos, Francisco e Jacinta, nove e sete anos respectivamente. Os três eram analfabetos.

Contam as crianças que brincavam enquanto as ovelhas pastavam. Ao meio-dia, rezaram o terço. Porém rezaram à moda deles, de forma rápida, para poder voltar a brincar. Em vez de recitar as orações completas, apenas diziam o nome delas: “ave-maria, Santa-Maria” etc. Ao voltar para as brincadeiras, depararam com a Virgem Maria pairando acima de uma árvore não muito alta. Assustados, Jacinta e Francisco apenas ouvem Nossa Senhora conversando com Lúcia. Ela pede que os pequenos rezem o terço inteirinho e que venham àquele mesmo local todo dia 13 de cada mês, desaparecendo em seguida. O encontro acontece pelos sete meses seguintes.

As crianças mudam radicalmente. Passam a rezar e a fazer sacrifícios diários. Relatam aos pais e autoridades religiosas o que se passou. Logo, uma multidão começa a acompanhar o encontro das crianças com Nossa Senhora.

As mensagens trazidas por ela pediam ao povo orações, penitências, conversão e fé. A pressão das autoridades sobre os meninos era intensa, pois somente eles viam a Virgem Maria e depois contavam as mensagens recebidas, até mesmo previsões para o futuro, as quais foram reveladas nos anos seguintes e, a última, o chamado “terceiro segredo de Fátima”, no final do segundo milênio, provocando o surgimento de especulações e histórias fantásticas sobre seu conteúdo. Agora divulgado ao mundo, soube-se que previa o atentado contra o papa João Paulo II, ocorrido em 1981.

Na época, muitos duvidavam das visões das crianças. As aparições só começaram a ser reconhecidas oficialmente pela Igreja na última delas, em 13 de outubro, quando sinais extraordinários e impressionantes foram vistos por todos no céu, principalmente no disco solar. Poucos anos depois, os irmãos Francisco e Jacinta morreram. A mais velha tornou-se religiosa de clausura, tomando o nome de Lúcia de Jesus, e permaneceu sem contato com o mundo por muitos anos.

O local das aparições de Maria foi transformado num santuário para Nossa Senhora de Fátima. Em 1946, na presença do cardeal representante da Santa Sé e entre uma multidão de católicos, houve a coroação da estátua da Santíssima Virgem de Fátima. Em 13 de maio de 1967, por ocasião do aniversário dos cinquenta anos das aparições de Fátima, o papa Paulo VI foi ao santuário para celebrar a santa missa a mais de um milhão de peregrinos que o aguardavam, entre eles irmã Lúcia de Jesus, a pastora sobrevivente, que viu e conversou com Maria, a Mãe de Deus.

Esta mensagem de Fátima foi um apelo à conversão, alertando a humanidade para não travar a luta entre o bem e o mal deixando Deus de lado, pois não conseguirá chegar à felicidade, pois, ao contrário, acabará destruindo-se a si mesma. Na sua solicitude materna, a Santíssima Virgem foi a Fátima pedir aos homens para não ofender mais a Deus Nosso Pai, que já está muito ofendido. Foi a dor de mãe que a fez falar, pois o que estava em jogo era a sorte de seus filhos. Por isso ela sempre dizia aos pastorzinhos: “Rezai, rezai muito e fazei sacrifícios pelos pecadores, que vão muitas almas para o inferno por não haver quem se sacrifique e peça por elas”.

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                                                                                                              Fonte: franciscanos.org.br

domingo, 12 de maio de 2024

Papa Francisco no Angelus deste domingo:

a exemplo de Jesus,
afastar-se da maldade e se aproximar de quem sofre

Na Solenidade da Ascensão do Senhor, que a Igreja de muitos países, inclusive do Brasil, celebra neste domingo (12/05), o Pontífice exorta a seguir o caminho de Jesus. É como uma "escalada em grupo" pelas montanhas: enfrenta-se dificuldades na subida, mas "passo a passo", "com alegria" - e como Maria que já alcançou a meta -, percorremos um caminho consciente e transformado pelo Espírito rumo à glória do Céu.

Na alocução que precedeu a oração mariana do Regina Caeli deste domingo (12/05), o Papa Francisco refletiu sobre o Evangelho do dia (Mc 16,19), data em que a Igreja de muitos países, inclusive do Brasil, celebra a Solenidade da Ascensão do Senhor. A liturgia mostra que Jesus aparece aos Apóstolos e confia "a tarefa de continuar a sua obra". Com o retorno ao Pai, comentou o Pontífice, Cristo não se separa de nós, mas precede o nosso destino.

Francisco sugeriu a imagem das montanhas para compreender a Palavra, quando se sobre em direção a um cume: "caminha-se, com dificuldade, e, finalmente, em uma curva do caminho, o horizonte se abre e se vê o panorama". Nessa hora as forças são redobradas para chegar ao topo: "e nós, a Igreja, somos exatamente aquele corpo que Jesus, tendo subido ao céu, arrasta consigo como em uma 'escalada em grupo'”, mostrando "passo a passo", "com alegria", "a beleza da Pátria para a qual estamos caminhando". E o Papa mostra quais são esses passos a serem dados até o caminho final:

“Dar vida, levar esperança, afastar-se de toda maldade e mesquinhez, responder ao mal com o bem, aproximar-se dos que sofrem. Esse é o 'passo a passo'. E quanto mais fizermos isso, mais nos deixamos transformar pelo Espírito, mais seguimos o seu exemplo, e mais, como nas montanhas, sentimos o ar ao nosso redor se tornar leve e limpo, o horizonte amplo e a meta próxima, as palavras e os gestos se tornam bons, a mente e o coração se expandem e respiram.”

Ao final da reflexão, o Papa pediu a intercessão de Maria para nos ajudar a chegar à meta, que ela já alcançou, através de um caminho consciente rumo à glória do Céu:

“Então podemos nos perguntar: está vivo em mim o desejo por Deus, o desejo por seu amor infinito, por sua vida que é vida eterna? Ou estou um pouco castigado e ancorado às coisas passageiras, ou ao dinheiro, ou ao sucesso, ou aos prazeres? E o meu desejo pelo Céu, me isola, me fecha ou me leva a amar os meus irmãos com um coração grande e desinteressado, sentindo que eles são meus companheiros no caminho ao Paraíso?”

Andressa Collet - Vatican News

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Assista:

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                                                                                                                      Fonte: vaticannews.va

sábado, 11 de maio de 2024

Dom Jaime recebe telefonema do Papa Francisco:

 “manifesto minha solidariedade”

Dom Jaime em áudio enviado à assessoria de Comunicação da CNBB, e em conversa com a Rádio Vaticano, com voz embargada de emoção disse que foi surpreendido com a chamada telefônica do secretário do Santo Padre.

O arcebispo de Porto Alegre (RS) e presidente da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB), dom Jaime Spengler, foi surpreendido na manhã deste sábado 11 de maio com uma ligação do Santo Padre, Papa Francisco, às 11h37. Dom Jaime em áudio enviado à assessoria de Comunicação da CNBB, e em conversa com a Rádio Vaticano, com voz embargada de emoção com o gesto de paternidade do Santo Padre disse que foi surpreendido com a chamada telefônica do secretário do Santo Padre.

Segundo o presidente da CNBB, na sequência o Papa Francisco tomou o telefone e disse as seguintes palavras de conforto ao povo do Rio Grande do Sul:

“Manifesto minha solidariedade em favor de todos que estão sofrendo esta catástrofe. Estou próximo a vocês e rezo por vocês”, disse Francisco ao telefone.

Solidariedade do Papa ao povo do RS

No dia 9 de maio, a Nunciatura Apostólica do Brasil comunicou que o Santo Padre destinou um valor substancial, através da Esmolaria Apostólica, para auxílio dos desabrigados. Este valor foi em torno de 100 mil euros e será repassado para o Regional Sul 3 da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil, o regional que abrange todo o Rio Grande do Sul, para ajudar no que for possível.

A preocupação do Papa Francisco

Ao final do Regina Caeli do último domingo (05/05), o Pontífice já havia manifestado sua solidariedade aos afetados pelas fortes chuvas no Rio Grande do Sul:

“Quero assegurar a minha oração pelas populações do Estado do Rio Grande do Sul, no Brasil, atingidas por grandes inundações. Que o Senhor acolha os mortos e conforte os familiares e quem teve que abandonar suas casas.”

Proximidade que se transformou em uma ajuda concreta, conforme confirmou por dom Jaime Spengler. O valor doado pelo Papa Francisco, na moeda local do Brasil, ultrapassa os 500 mil reais, recurso que será gerido pelo Regional da CNBB Sul 3 e que será de grande ajuda ao povo gaúcho.

Confira a íntegra da nota aqui: Papa Francisco ligou para Presidente da CNBB

Fonte: CNBB

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Eis um chamado importante:

Confiar no Evangelho

José Antonio Pagola

A Igreja já tem vinte séculos. Para trás ficam dois mil anos de fidelidade e também de não poucas infidelidades. O futuro parece sombrio. Fala-se de sinais de decadência em seu seio: cansaço, envelhecimento, falta de audácia, resignação. Cresce o desejo de algo novo e diferente, mas também a impotência para produzir uma verdadeira renovação.

O evangelista Mateus termina seu escrito colocando nos lábios de Jesus uma promessa destinada a alimentar para sempre a fé de seus seguidores: “Eu estarei convosco todos os dias até o fim do mundo”. Jesus continuará vivo no meio do mundo. Seu movimento não se extinguirá. Sempre haverá crentes que atualizem sua vida e sua mensagem. Marcos nos diz que, depois da Ascensão de Jesus, os apóstolos “saíram a pregar por toda parte, e o Senhor cooperava com eles”.

Esta fé nos leva a confiar também hoje na Igreja: com atrasos e resistências talvez, com erros e debilidades, ela sempre continuará procurando ser fiel ao evangelho. Leva-nos também a confiar no mundo e no ser humano: por caminhos nem sempre claros nem fáceis, o reino de Deus continuará crescendo.

Hoje existe mais fome e violência no mundo, mas existe também mais consciência para torná-lo mais humano. Existem muitos que não creem em nenhuma religião, mas creem numa vida mais justa e digna para todos, que é, em suma, o grande desejo de Deus.

Esta confiança pode dar um tom diferente à nossa maneira de olhar o mundo e o futuro da Igreja. Pode ajudar-nos a viver com paciência e paz, sem cair no fatalismo e sem desesperar do evangelho.

Precisamos sanear nossas vidas eliminando aquilo que nos esvazia de esperança. Quando nos deixamos dominar pelo desencanto, pelo pessimismo ou pela resignação, nos incapacitamos para transformar a vida e renovar a Igreja. O filósofo alemão (radicado nos Estados Unidos) Herbert Marcuse dizia que “só merecem a esperança aqueles que caminham”. Eu diria que só conhecem a esperança cristã aqueles que caminham seguindo os passos de Jesus. São eles os que “podem proclamar o evangelho a toda a criação”.

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JOSÉ ANTONIO PAGOLA cursou Teologia e Ciências Bíblicas na Pontifícia Universidade Gregoriana, no Pontifício Instituto Bíblico de Roma e na Escola Bíblica e Arqueológica Francesa de Jerusalém. É autor de diversas obras de teologia, pastoral e cristologia. Atualmente é diretor do Instituto de Teologia e Pastoral de São Sebastião. Este comentário é do livro “O Caminho Aberto por Jesus”, da Editora Vozes.

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                                                      Fonte: franciscanos.org.br       Banner: Frei Fábio M. Vasconcelos