Papa volta a pedir perdão
pelo “escândalo” contra as crianças
Cidade do
Vaticano (RV) – Na Audiência Geral desta quarta-feira (14/10), o Papa mais uma
vez pediu perdão pelo “escândalo” dos abusos contra as crianças.
Peço perdão |
A partir disso,
Francisco refletiu sobre as promessas que fazemos às crianças. Não sobre
certificações diárias – especificou –, mas àquelas decisivas para as
expectativas em relação à vida.
Diante de cerca
de 30 mil pessoas, dentre as quais fiéis brasileiros de Santo Amaro e
Mogi das Cruzes (SP), Bom Despacho (MG) e Montenegro (RS), além dos mineiros
chilenos que sobreviveram ao soterramento na mina São José em 2010, o
Pontífice refletiu sobre uma pergunta que deveríamos fazer com mais frequência:
“até que ponto somos leais às promessas que fazemos às crianças, ao fazê-los
vir ao nosso mundo?”
Promessas
A este pensamento,
o Papa acrescentou: “Acolhida e cuidado, proximidade e atenção, confiança e
esperança são promessas fundamentais, que convergem em uma só: amor”.
“Esta é a
maneira mais justa de acolher um ser humano que vem ao mundo, e todos nós
aprendemos, antes mesmo de ter consciência disso. É uma promessa que o homem e
a mulher fazem a cada filho: desde quando é concebido no pensamento”, afirmou o
Pontífice.
Escândalo
Ao recordar que
as crianças que vêm ao mundo esperam a confirmação dessa promessa, o Papa
advertiu: “Quando acontece o contrário, as crianças são feridas por um
‘escândalo’ insuportável, ainda mais grave, dado que não têm os meios para
decifrá-lo. Deus vigia esta promessa desde o primeiro instante”.
Com uma citação
do Evangelho de Mateus, na qual Jesus diz que “os anjos das crianças veem
continuamente a face de meu Pai”, o Papa teceu uma outra reflexão, com muito
respeito e franqueza por todos:
Futuro
“A espontânea
confiança das crianças em Deus não dever ser ferida jamais... A ternura e o
misterioso laço de Deus com a alma das crianças nunca deveria ser violado”.
E concluiu:
“Somente se enxergarmos as crianças com os olhos de Jesus, poderemos realmente
entender como, ao defender a família, protegemos a humanidade”.
Por fim, o
Pontífice também convidou todos a trabalharem juntos pela erradicação da
pobreza extrema e recordou que, devido ao mau tempo, os doentes assistiram à
Audiência na Sala Paulo VI, onde o Papa lhes dirigiu algumas palavras antes de
ir à Praça São Pedro. (RB)
Assista:
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Francisco:
Mineiros chilenos podem dar lição de esperança
Ao saudar os diversos grupos de fiéis e peregrinos presentes na
Praça São Pedro, o Papa Francisco citou os 33 trabalhadores que ficaram
confinados na mina San José, no Chile, em 2010.
Francisco e grupo de mineiros do Chile |
Ao final da
Audiência Geral, a Rádio Vaticano entrevistou um dos mineiros na Praça, Samuel
Ávalos, o 22º trabalhar a ser resgatado. Comentando as palavras de Francisco, o
mineiro disse:
“Nos emociona
muito porque é a primeira autoridade da Igreja. Então o que fica é a sensação
de que ter conseguido mais uma vez. Foi como a vitória que nós tivemos na mina,
um sentimento parecido.”
Samuel Ávalos
desempenhava a função de checar a qualidade do ar na área onde os mineiros
estão vivendo. Ele trabalhava na mina havia apenas cinco meses.
A Rádio Vaticano
entrevistou também alguns peregrinos brasileiros que participaram da Audiência.
Clique acima para ouvir. (BF)
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Fonte: radiovaticana.va news.vaa news.va
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