Expressão do Evangelho em cada cultura
Cidade do
Vaticano (RV) – O Cardeal Arcebispo de São Paulo, Dom Odilo Scherer, participa
dos Círculos Menores do Sínodo que nesta terça-feira (13/10), chegam à 9ª
sessão. Dom Odilo explica que a dinâmica dos Círculos é positiva uma vez que os
participantes podem se expressar mais de uma vez, diferentemente do que
acontece nas Congregações gerais. O Cardeal diz também que as diferentes
nuances culturais trazidas pelos integrantes enriquece o debate sobre questões
individuais ao afirmar que o “Evangelho se encarna nas culturas e toma
expressões próprias”.
Via Sacra no Santuário Nacional de Aparecida (SP) |
Veja como se
reúnem os Círculos Menores:
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Pe. Lombardi:
Clima geral da Assembleia sinodal é indubitavelmente positivo
Convido-os a acompanharem o Sínodo no caminhar positivo que
muito se respira na Sala Paulo VI, e a desse modo seguirem os seus trabalhos.
Foi o convite do
Diretor da Sala de Imprensa da Santa Sé, Pe. Federico Lombardi, na coletiva
desta terça-feira, após esclarecer que a carta de alguns Padres sinodais ao
Papa era reservada e que o que foi publicado por algumas fontes não
corresponde, nem no texto nem nas assinaturas, à que foi entregue ao Santo
Padre, tanto que ao menos quatro cardeais desmentiram.
Na realidade, o
religioso jesuíta reportou o que efetivamente declarou, a propósito, o Cardeal
George Pell: que a missiva ao Pontífice era e deveria permanecer reservada e
que o que foi publicado não corresponde, nem no texto, nem nas assinaturas, à
que fora entregue ao Papa.
De fato, quatro
Padres sinodais – os cardeais Angelo Scola, André Vingt-Trois, Mauro Piacenza e
Péter Erdő – desmentiram tê-la assinado.
Processo democrático em clima fraterno |
“Substancialmente,
as dificuldades mencionadas na carta tinham sido evocadas na tarde de
segunda-feira, 5 de outubro, na Sala do Sínodo, como havia dito, embora não de
modo tão amplo e detalhado. Eu tinha falado de objeções e dúvidas sobre o
procedimento. Como sabemos, o secretário geral do Sínodo, Cardeal Baldisseri, e
o Papa haviam respondido com clareza na manhã seguinte, terça-feira, dia 6.
Portanto, quem, passados alguns dias, deu este texto e esta lista de
assinaturas a serem publicadas fez um ato de transtorno não pretendido pelos
signatários. Portanto, é preciso não deixar-se condicionar por isso.”
“O porta-voz
vaticano explicou ainda que se podem fazer observações sobre a metodologia do
Sínodo, que é nova. Isso não surpreende, mas uma vez estabelecida, se procura
aplicá-la da melhor forma possível.”
Tanto é assim
que “há uma vastíssima colaboração para fazer com que o caminho do Sínodo possa
progredir bem”, frisou. Pe. Lombardi ressaltou que, sem dúvida, o clima geral
da Assembleia é positivo.
Em seguida, Pe.
Lombardi fez-se porta-voz de uma declaração do arcebispo de Durban (África do
Sul), Cardeal Wilfrid Fox Napier, a propósito de uma afirmação sua erroneamente
reportada numa entrevista:
“A propósito da
composição da Comissão de dez membros nomeada pelo Papa para a elaboração do
Relatório final do Sínodo, foi escrito erroneamente: ‘Napier questiona o
direito do Papa Francisco de fazer essa escolha’. O Cardeal Napier pediu-me
para corrigir, afirmando exatamente o contrário: ‘Napier não questiona o
direito do Papa Francisco de escolher essa Comissão’.”
Também esteve
presente na coletiva de imprensa o abade geral Jeremias Schröder, presidente da
Congregação Beneditina de Santa Otília, representando os dez superiores gerais
participantes do Sínodo, o qual se deteve sobre a questão da ligação entre a
vocação e a vida familiar:
“Muitos jovens
monges não mais provêm de famílias católicas bem formadas, muitas vezes o
caminho vocacional é, ao mesmo tempo, um caminho catequético, ou seja, o
aproximar-se da fé comporta também, posteriormente, a reflexão sobre a vocação.
Nesse âmbito estamos vendo mudanças profundas na base social das nossas
vocações.”
Em seguida, respondendo
à pergunta de um jornalista sobre o tema do diaconato feminino, debatido na
Sala do Sínodo, o Rev. Schröder explicou:
“Fiquei
impressionado, porque pareceu-me um tema audaz e também, para mim, convincente,
tanto que poderia imaginar um caminho dessa natureza. Mas tive a impressão de
que esse tema, por agora, não tenha tido uma grande repercussão na Assembleia.
Ouvimos uma opinião, mas por enquanto ficou nisso.”
Encontrava-se
também entre os participantes da coletiva a consultora e formadora da Federação
africana da ação familiar, Thérèse Nyirabukeye, presente no Sínodo na qualidade
de auditora. Originária de Ruanda, ela recordou o genocídio no país, vinte anos
atrás, e ressaltou a importância da família no processo de reconstrução
nacional, porque a família é testemunha de amor e reconciliação, explicou.
Por fim, outra
auditora, a diretora do Instituto canadense católico de bioética, Moira
McQueen, expressou satisfação pelo papel que tem sido dado aos auditores
durante o trabalhos sinodais: “Somos ouvidos e podemos nos pronunciar – disse
ela. E esse é um processo democrático.” (RL)
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Fonte: radiovaticana.va news.va
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