A vida cristã é uma luta contra as tentações
O Pontífice se
deteve na passagem do Evangelho do dia que fala sobre a grande multidão que
seguia Jesus com entusiasmo e que vinha de todos os lugares. “Por que vinha
essa multidão?”, perguntou o Papa. O Evangelho nos diz que havia “doentes que
queriam ser curados”. Mas havia também pessoas que gostavam de “ouvir Jesus,
porque falava não como os seus doutores, mas com autoridade” e “isso tocava o
coração”. Essa multidão “vinha espontaneamente. Não era levada de ônibus, como
vemos muitas vezes quando se organizam manifestações e muitos devem verificar a
presença para não perder o trabalho”.
O Pai atrai as
pessoas a Jesus
Essas pessoas
iam porque sentiam alguma coisa a ponto de Jesus pedir um barco e ir um pouco
distante da margem:
Liturgia Eucarística |
“Esta multidão
ia até Jesus? Sim! Precisava? Sim! Alguns eram curiosos, mas esses eram os
céticos, a minoria. Esta multidão era atraída pelo Pai: era o Pai que atraia as
pessoas a Jesus a tal ponto que Jesus não ficava indiferente, como um mestre
estático que dizia as suas palavras e depois lavava as mãos. Não! Esta multidão
tocava o coração de Jesus. O Evangelho nos diz: Jesus se comoveu, porque via
essas pessoas como ovelhas sem pastor. O Pai, através do Espírito Santo, atraia
as pessoas a Jesus.”
O Papa disse que
não sãos os argumentos que movem as pessoas, não são “os assuntos
apologéticos”. “Não”, frisou, “é necessário que o Pai nos atraia a
Jesus”.
A vida
cristã é uma luta contra as tentações
Por outro lado,
é “curioso” que este trecho do Evangelho de Marcos, que “fala de Jesus, da
multidão, do entusiasmo” e do amor do Senhor, acabe com os espíritos impuros,
que quando O viam, gritavam: “Tu és o Filho de Deus!”:
“Esta é a
verdade; esta é a realidade que cada um de nós sente quando Jesus se aproxima.
Os espíritos impuros tentam impedi-lo, nos fazem guerra. ‘Mas, Padre, eu sou
muito católico; sempre vou à missa… Mas jamais, jamais tenho essas tentações.
Graças a Deus!’ – ‘Não! Reze, porque você está no caminho errado!’. Uma vida
cristã sem tentações não é cristã: é ideológica, é gnóstica, mas não é cristã.
Quando o Pai atrai as pessoas a Jesus, há outro que atrai de modo contrário e
provoca a guerra interior! E por isso Paulo fala da vida cristã como uma luta:
uma luta de todos os dias. Uma luta!”
Uma luta,
retomou, “para vencer, para destruir o império de satanás, o império do mal”. E
por isso, disse, “Jesus veio para destruir, para destruir satanás! Para
destruir a sua influência nos nossos corações”. O Pai, retomou, “atrai as
pessoas a Jesus”, enquanto “o espírito do mal tenta destruir, sempre!”.
Estamos lutando
contra o mal?
A vida cristã,
disse ainda o Papa, “é uma luta assim: ou você se deixa atrair por Jesus, para
o Padre, ou pode dizer ‘eu fico tranquilo, em paz’”. Se quiser ir avante, “é
preciso lutar!”, exortou o Papa. Sentir o coração que luta, para que Jesus
vença”:
“Pensemos em
como está o nosso coração: eu sinto esta luta no meu coração? Entre a
comodidade ou o serviço aos outros, entre o divertir-me um pouco ou rezar e
adorar o Pai, entre uma coisa e outra, sinto a luta? A vontade de fazer o bem
ou algo me detém, me torna ascético? Eu acredito que a minha vida comova o
coração de Jesus? Se eu não acredito nisto, devo rezar muito para acreditar,
para que me seja concedida esta graça. Que cada um de nós busque no seu coração
como está esta situação ali. E peçamos ao Senhor para sermos cristãos que
saibam discernir o que acontece no próprio coração e escolher bem o caminho
pelo qual o Pai nos atrai a Jesus”. (MJ/BF)
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Assista:
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Fonte: radiovaticana.va news.va
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