sexta-feira, 20 de janeiro de 2017

Leituras do

3º Domingo do Tempo Comum


1ª Leitura: Is 8,23b-9,3
No tempo passado o Senhor humilhou a terra de Zabulon e a terra de Neftali; mas recentemente cobriu de glória o caminho do mar, do além-Jordão e da Galileia das nações.
O povo que andava na escuridão viu uma grande luz; para os que habitavam nas sombras da morte, uma luz resplandeceu.
Fizeste crescer a alegria, e aumentaste a felicidade; todos se regozijam em tua presença como alegres ceifeiros na colheita, ou como exaltados guerreiros ao dividirem os despojos.Pois o jugo que oprimia o povo, — a carga sobre os ombros, o orgulho dos fiscais — tu os abateste como na jornada de Madiã.
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Salmo: 26
- O Senhor é minha luz e salvação./ O Senhor é a proteção da minha vida.
- O Senhor é minha luz e salvação./ O Senhor é a proteção da minha vida.
- O Senhor é minha luz e salvação;/ de quem eu terei medo?/ O Senhor é a proteção da minha vida;/ perante quem eu tremerei?
- Ao Senhor eu peço apenas uma coisa,/ e é só isto que eu desejo:/ habitar no santuário do Senhor/ por toda a minha vida;/ saborear a suavidade do Senhor/ e contemplá-lo no seu templo.
- Sei que a bondade do Senhor eu hei de ver/ na terra dos viventes./ Espera no Senhor e tem coragem,/ espera no Senhor!
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2ª Leitura: 1Cor 1,10-13.17
Irmãos, eu vos exorto, pelo nome do Senhor nosso, Jesus Cristo, a que sejais todos concordes uns com os outros e não admitais divisões entre vós. Pelo contrário, sede bem unidos e concordes no pensar e no falar.
Com efeito, pessoas da família de Cloé informaram-me a vosso respeito, meus irmãos, que está havendo contendas entre vós.
Digo isso, porque cada um de vós afirma: “Eu sou de Paulo”; ou: “Eu sou de Apolo”; ou: “Eu sou de Cefas”; ou: “Eu sou de Cristo!”
Será que Cristo está dividido? Acaso Paulo é que foi crucificado por amor de vós? Ou é no nome de Paulo que fostes batizados?
De fato, Cristo não me enviou para batizar, mas para pregar a boa nova da salvação, sem me valer dos recursos da oratória, para não privar a cruz de Cristo da sua força própria.
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Evangelho:  Mt 4,12-23
Ao saber que João tinha sido preso, Jesus voltou para a Galileia. Deixou Nazaré e foi morar em Cafarnaum, que fica às margens do mar da Galileia, no território de Zabulon e Neftali, para se cumprir o que foi dito pelo profeta Isaías: ”Terra de Zabulon, terra de Neftali, caminho do mar, região do outro lado do rio Jordão, Galileia dos pagãos! O povo que vivia nas trevas viu uma grande luz, e para os que viviam na região escura da morte brilhou uma luz”. Daí em diante Jesus começou a pregar dizendo: “Convertei-vos, porque o Reino dos Céus está próximo”.
Quando Jesus andava à beira do mar da Galileia, viu dois irmãos: Simão, chamado Pedro, e seu irmão André. Estavam lançando a rede ao mar, pois eram pescadores. Jesus disse a eles: “Segui-me, e eu farei de vós pescadores de homens”. Eles imediatamente deixaram as redes e o seguiram.
Caminhando um pouco mais, Jesus viu outros dois irmãos: Tiago, filho de Zebedeu, e seu irmão João. Estavam na barca com seu pai Zebedeu consertando as redes. Jesus os chamou. Eles imediatamente deixaram a barca e o pai, e o seguiram. Jesus andava por toda a Galileia, ensinando em suas sinagogas, pregando o Evangelho do Reino e curando todo tipo de doença e enfermidade do povo.
Reflexão:
Evangelizar com palavras e ações

Para ver melhor, vamos recuar um pouco… Sete séculos antes de Cristo, duas tribos de Israel – Zabulon e Neftali – foram deportadas para a Assíria, e povos pagãos tomaram seu lugar. A região ficou conhecida como “Galiléia dos pagãos”. Naquele mesmo tempo, o profeta Isaías anunciou que o novo rei de Judá poderia ser uma luz para as populações oprimidas (1ª leitura). Sete séculos depois, Jesus começa sua atividade exatamente naquela região, a Galiléia dos pagãos. Realiza-se, de modo bem mais pleno, o que Isaías anunciara. É o que nos ensina o evangelho de hoje.
Jesus anuncia a chegada do Reino de Deus. Mas não o faz sozinho. Do meio do povo, chama os seus colaboradores. Dos pescadores do Lago da Galiléia ele faz “pescadores de homens”. Eles deixam seus afazeres, para se dedicarem à missão de Jesus: anunciar a boa-nova, a libertação de seu povo oprimido. Esse anúncio não acontece somente por palavras, mas também por ações. Jesus e os discípulos curam enfermos, expulsam demônios… Anunciar o reino implica aliviar o sofrimento, pois é a realização do plano de amor de Deus.
Nosso povo anda muito oprimido pelas doenças físicas, mas sobretudo pelas doenças da sociedade: a exploração, o empobrecimento dos trabalhadores etc. Deus é sua última esperança. O povo entenderá o que Jesus pregou (justiça, amor etc.) como boa-nova à medida que se; realize algum sinal disso em sua vida (alívio de sofrimento pessoal e social). Um desafio para nós.
Jesus chama seus colaboradores do meio do povo. Ora, na Igreja, como tradicionalmente a conhecemos, os anunciadores tornaram-se um grupo separado, um clero, uma casta, enquanto Jesus se dirigiu a simples pescadores que trabalhavam ali na beira do lago. Ensinou-lhes uma outra maneira de pescar: pescar gente. Onde estão hoje os pescadores de homens, agricultores de fiéis, operários do Reino – chamados do meio do povo? Por que só os intelectuais podem ser chamados, para, munidos de prolongados estudos, ocuparem “cargos”eclesiásticos, à distância do povo? Não é ruim estudar; oxalá os pescadores e operários também pudessem fazer. Mas importa observar que a evangelização, o anúncio do Reino, puxar gente para a comunidade de Jesus, não é tarefa reservada a gente com diploma. E a Igreja como um todo deve voltar a uma simplicidade que possibilite que pessoas do povo levem o anúncio aos seus irmãos e assumam a responsabilidade que isso implica.
                            Do livro “Liturgia Dominical”, de Johan Konings, SJ, Editora Vozes
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                                             Reflexão e Ilustração: franciscanos.org.br  Banner: cnbb.org.br

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