"Cristãos têm muito a oferecer hoje"
Cidade do
Vaticano (RV) – A mensagem do Papa para o 50º Dia Mundial da Paz de 2017 é
dedicada à “não-violência: estilo de uma política para a paz”. Francisco almeja
paz a todo o homem, mulher, menino e menina, e reza para que a imagem e a
semelhança de Deus em cada pessoa nos permitam reconhecer-nos mutuamente como
dons sagrados com uma dignidade imensa.
Sobretudo nas
situações de conflito, respeitemos esta ‘dignidade mais profunda’, afirma o
Pontífice, e façamos da não-violência ativa o nosso estilo de vida.
Neste momento, o
Brasil vive uma realidade política, econômica, social e religiosa bastante
conflituosa, onde as relações humanas se têm caracterizado pela fragilidade; a
intolerância e o desrespeito muitas vezes superam a dimensão do transcendente e
as palavras se tornam espadas com as quais ferir. Como praticar a
não-violência, como pede o Papa?
Dom Leonardo Steiner |
É o que
perguntamos a Dom Leonardo Steiner, bispo auxiliar de Brasília e
Secretário-geral da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil.
“Ao convocar um
Ano para a não-violência, o Papa recorda o que já tem afirmado mais vezes: nós
estamos em etapas numa Terceira Guerra, tanta é a violência no mundo. Esta
violência se caracteriza pela intolerância: com os imigrantes, intolerância
religiosa, sexual, política. Sentimos cada vez mais a dificuldade do respeito
um com o outro”.
“Estamos numa
situação em que o cristão tem muito a dizer, muito a testemunhar. Numa
realidade em que o Evangelho propõe uma nova convivência, que é o Reino de
Deus, reino do amor, reino da misericórdia”.
“Temos muito a
oferecer no mundo de hoje; temos a oferecer um mundo aonde o outro não é apenas
tolerado, o outro é amado em sua diferença. O Papa tem incentivado a acolhermos
as pessoas, o outro, com as suas diferenças”.
“A violência
está chegando hoje em todas as realidades: violência nas palavras... que
agressividade existe hoje nas palavras! A palavra hoje se tornou mortal,
se tornou ferida, quase uma espada. É preciso que a palavra de novo se torne
proximidade e desperte para a grandeza e o valor da pessoa humana”.
“Talvez também
tenhamos perdido a perspectiva da transcendência, talvez estejamos por demais
ligados a obrigações e não percebemos que o extraordinário é mais do que
obrigação, que a justiça é mais do que o direito e a transcendência é um
apelo a este ‘mais’, é um apelo à liberdade, à receptividade do outro. Nós
temos que agradecer muito o Santo Padre por ter convocado este ano e creio que
nós temos muito trabalho pela frente, mas temos muito a oferecer ao mundo de
hoje”. (CM)
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Assista:..............................................................................................................................................
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Fonte: radiovaticana.va news.va
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