A nossa vida é um hoje que não se repetirá
Cidade do
Vaticano (RV) – A nossa vida é um hoje que não se repetirá. Na missa matutina
(12/01) na Casa Santa Marta, o Papa exortou a não ter o coração endurecido, sem
fé, mas aberto ao Senhor.
“Hoje, se
ouvirdes a sua voz, não endureçais os vossos corações”. A homilia de Francisco
foi inspirada na primeira leitura, extraída da Carta aos Hebreus, e se
desenvolveu em torno de duas palavras: “hoje” e “coração”.
O hoje do qual
fala o Espírito Santo é “a nossa vida”, um hoje “repleto de dias”, mas “depois
do qual não haverá um replay, um amanhã”, “um hoje no qual recebemos o amor de
Deus”, a promessa de Deus de encontrá-lo”, explicou o Papa, “um hoje” no qual
podemos renovar “a nossa aliança com a fidelidade de Deus”.
Francisco na homilia |
“Eu digo isso
não para assustar, mas simplesmente para dizer que a nossa vida é um hoje: hoje
ou nunca. Eu penso nisto. O amanhã será o amanhã eterno, sem anoitecer, com o
Senhor, para sempre. Se eu sou fiel a este hoje. E a pergunta que lhes
faço é esta que faz o Espírito Santo: ‘Como eu vivo este hoje?’”.
A segunda
palavra que é repetida na Leitura é “coração”. Com o coração, de fato,
“encontramos o Senhor” e muitas vezes Jesus repreende, dizendo: “tardos de
coração”, tardos no compreender. Portanto, o convite é para não induzir o
coração e a questionar-se se não seja “sem fé” ou “seduzido pelo pecado””:
“No nosso
coração se joga o hoje. O nosso coração é aberto ao Senhor? Sempre me
impressiona quando encontro uma pessoa idosa – muitas vezes sacerdotes ou freirinhas
– que me dizem: ‘Padre, reze pela minha perseverança final’ – ‘Mas viveu bem
toda a vida, todos os dias do seu hoje foram no serviço do Senhor, mas tem medo
…?’ – ‘Não, não: a minha vida ainda não findou: eu gostaria de vivê-la
plenamente, rezar para que o hoje chegue pleno, pleno, com o coração firme na
fé, e não destruído pelo pecado, pelos vícios, pela corrupção…”.
Portanto, o Papa
exorta a interrogar-nos sobre o nosso “hoje” e sobre o nosso coração. O “hoje”
é repleto de dias, mas não se repetirá. Os dias se repetem até quando o Senhor
dirá “chega”.
Mas o “hoje” não
se repete: é esta a vida. O coração é aberto ao Senhor, não fechado, não
endurecido, não sem fé, não perverso, não seduzido pelo pecado. O Senhor
encontrou tantas pessoas que tinham o coração fechado: os doutores da Lei,
todos os que o perseguiam, que o colocavam à prova para condená-lo... até que
conseguiram. Voltemos para as nossas casas somente com estas duas perguntas:
como está o meu “hoje”? O ocaso pode ser hoje mesmo, neste mesmo dia ou em
tantos outros. Mas, como está o meu “hoje” na presença do Senhor? O meu
coração, como está? Está aberto? Está firme na fé? Ele se deixa conduzir pelo
amor do Senhor? Com estas duas perguntas peçamos ao Senhor a graça da qual cada
um de nós necessita.
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Fonte: radiovaticana.va news.va
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