sexta-feira, 13 de janeiro de 2017

Leituras do

2º Domingo do Tempo Comum


1ª Leitura: Is 49,3.5-6
O Senhor me disse: “Tu és o meu Servo, Israel, em quem serei glorificado”. E agora diz-me o Senhor — ele que me preparou desde o nascimento para ser seu Servo — que eu recupere Jacó para ele e faça Israel unir-se a ele; aos olhos do Senhor esta é a minha glória.
Disse ele: “Não basta seres meu Servo para restaurar as tribos de Jacó e reconduzir os remanescentes de Israel: eu te farei luz das nações, para que minha salvação chegue até aos confins da terra”.
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Salmo: 71
Eu disse: Eis que venho, Senhor,/ com prazer faço a vossa vontade!
- Eu disse: Eis que venho, Senhor,/ com prazer faço a vossa vontade!
- Esperando, esperei no Senhor,/ e, inclinando-se, ouviu meu clamor./ Canto novo ele pôs em meus lábios,/ um poema em louvor ao Senhor.
- Sacrifício e oblação não quisestes,/ mas abristes, Senhor, meus ouvidos;/ não pedistes ofertas nem vítimas,/ holocaustos por nossos pecados.
- E então eu vos disse: “Eis que venho!”/ Sobre mim está escrito no livro:/ “Com prazer faço a vossa vontade,/ guardo em meu coração vossa lei!”
- Boas novas de vossa justiça/ anunciei numa grande assembleia;/ vós sabeis: não fechei os meus lábios!
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2ª Leitura: 1Cor 1,1-3
Paulo, chamado a ser apóstolo de Jesus Cristo, por vontade de Deus, e o irmão Sóstenes, à Igreja de Deus que está em Corinto: aos que foram santificados em Cristo Jesus, chamados a ser santos junto com todos os que, em qualquer lugar, invocam o nome de nosso Senhor Jesus Cristo, Senhor deles e nosso. Para vós, graça e paz, da parte de Deus, nosso Pai, e do Senhor Jesus Cristo.
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Evangelho:  Jo 1,29-34
Naquele tempo, João viu Jesus aproximar-se dele e disse: “Eis o Cordeiro de Deus, que tira o pecado do mundo. Dele é que eu disse: Depois de mim vem um homem que passou à minha frente, porque existia antes de mim. Também eu não o conhecia, mas se eu vim batizar com água, foi para que ele fosse manifestado a Israel”.
E João deu testemunho, dizendo: “Eu vi o Espírito descer, como uma pomba do céu, e permanecer sobre ele. Também eu não o conhecia, mas aquele que me enviou a batizar com água me disse: ‘Aquele sobre quem vires o Espírito descer e permanecer, este é quem batiza com o Espírito Santo’. Eu vi e dou testemunho: Este é o Filho de Deus!”
Reflexão:
Adorar Deus no Menino Jesus

Terminado o tempo natalino, a liturgia dominical inicia uma primeira série de “domingos comuns” nos quais os evangelhos descrevem a vida pública de Jesus, depois de seu batismo por João. No Brasil, o 1º domingo comum é substituído pela festa do Batismo do Senhor. No 2º domingo, o evangelho conta como João Batista apresenta Jesus a seus discípulos chamando-o de “cordeiro de Deus”. Este título é estranho para nós e certamente não suscita muita simpatia entre os jovens. Nesta época de super-homens, nenhum jovem gostaria de ser chamado de “cordeiro”.
O pano de fundo deste título é a imagem do Servo do Senhor, que se encontra nos “Cânticos do Servo”da profecia de Isaías. Domingo passado (Batismo do Senhor) foi-nos lido o 1º Cântico do Servo (Is 42 1-4): Deus coloca no Servo o seu Espírito. Hoje, a 1ª leitura nos faz ouvir o 2º Cântico: o Servo (Israel) deve reunir o povo de Deus e ser a luz das nações (Is 49, 3.5-6). O 3º e 4º Cântico (Is 50 e 53) serão lidos na Semana Santa, e é precisamente no 4º Cântico que o Servo Sofredor é comparado com o cordeiro levado ao matadouro, imagem que estende sua força também sobre os três primeiros cânticos.
Se Jesus, ao ser batizado por João, aparece como o Servo do Senhor (cf. dom passado), João o chama, mais explicitamente, “o cordeiro que tira o pecado do mundo”, “aquele sobre quem o Espírito permanece” e que “batiza com o Espírito”. Tudo isso para dizer que Jesus é enviado por Deus para libertar o mundo do pecado e comunicar o Espírito de Deus aos fiéis. Ambas as coisas, ele as realiza por sua morte por amor a nós. Ele morre como o cordeiro redentor e, quando de sua “exaltação” (na cruz e na glória), confere-nos o Espírito (Jô 7,39), para libertar o mundo do pecado (cf. ev. De Pentecostes).
Se combinarmos essas idéias, parece que este “cordeiro”não é tão passivo assim. Somos batizados no Espírito conferido pelo cordeiro libertador, para libertar o mundo do mal. Somos chamados a realizar a mesma missão do Servo e Cordeiro: dar a nossa vida, para que o pecado seja derrotado. É o sentido profundo do martírio cristão, que sempre acompanha a caminhada da comunidade de Jesus, até hoje. Martírio significa testemunho. Sempre haverá cristãos que representando o povo de Deus inteiro, darão sua vida para desfazer a força do pecado, para desarmar o mal do mundo (não apenas os atos maldosos de cada um, mas também as estruturas do mal, que devem ser combatidas com o empenho radical de nossa própria postura social). Tudo isso faz parte de nossa “vocação a sermos santos”, ou seja, a pertencermos a Deus (cf. 2ª leitura).
                                  Do livro “Liturgia Dominical”, de Johan Konings, SJ, Editora Vozes
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                                              Reflexão e Ilustração: franciscanos.org.br  Banner: cnbb.org.br

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