As bem-aventuranças são o "GPS" da vida cristã
Cidade do
Vaticano (RV) - Seguir e viver as bem-aventuranças, que como “bússola” indicam
aos cristãos a direção justa da vida.
Este foi o
convite que o Papa Francisco dirigiu na Missa celebrada na manhã desta
segunda-feira, (06/06), na capela da Casa Santa Marta.
Para não se
perder no caminho da fé, disse o Pontífice, os cristãos têm um indicador exato
de direção: as bem-aventuranças.
Ignorar as rotas
que elas propõem, significa escorregar nos três degraus da antítese da lei
cristã: a idolatria das riquezas, da vaidade e do egoísmo.
O “GPS” da vida
cristã
Em sua homilia,
o Papa se inspira no Evangelho de Mateus, que mostra Jesus instruindo as
multidões com o célebre sermão da montanha.
Francisco
reiterou que Cristo ensinava a nova lei, que não cancela a antiga, mas a
aperfeiçoa, levando-a “à sua plenitude”:
“Esta é a lei
nova, esta que nós chamamos ‘as bem-aventuranças’. É a nova lei do Senhor para
nós. São o guia da rota, do itinerário, são a bússola da vida cristã. Neste
caminho, segundo as indicações deste ‘GPS’, podemos prosseguir na nossa vida
cristã”.
Os três degraus
da perdição
Francisco
prosseguiu a homilia completando o texto de Mateus com as considerações que o
evangelista Lucas coloca no final das Bem-aventuranças: ai de vocês, os ricos,
ai de vocês, que agora têm fartura, ai de vocês, que agora riem, ai de vocês,
se todos os elogiam.
"A mansidão é uma maneira de ser que nos aproxima muito de Jesus" |
O Papa recordou
que disse muitas vezes que “as riquezas são boas, mas o que faz mal é o apego
às riquezas” que se torna “uma idolatria”.
“Isto é
contrário à lei. É o GPS errado. É curioso! Estes são os três degraus que levam
à perdição, assim como estas Bem-aventuranças são os degraus que levam adiante
na vida. Os três degraus que levam à perdição são: o apego às riquezas, porque
eu não preciso de nada. O segundo é a vaidade. Quero que todos falem bem de
mim. Se todos falam bem me sinto importante, muito incenso e eu acredito ser justo,
não como aquele ou como aquele outro. Pensemos na parábola do fariseu e do
publicano: ‘Ó Deus, eu te agradeço, porque não sou como os outros homens...’.
‘Obrigado, Senhor, porque sou um bom católico, não como o meu vizinho ou a
minha vizinha’. Todos os dias isso acontece! O terceiro degrau: o orgulho, que
é a saciedade, as risadas que fecham o coração.”
A chave está na
mansidão
Dentre todas as
Bem-aventuranças, Francisco seleciona uma que, afirmou, “não digo ser a chave”
de todas, “mas nos faz pensar muito”: “Bem-aventurados os mansos”. A mansidão:
“Jesus diz de si
mesmo: Aprendam de mim que sou manso e humilde de coração. A mansidão é uma
maneira de ser que nos aproxima muito de Jesus. Ao invés, o comportamento
contrário sempre procura as inimizades, as guerras, tantas coisas ruins que
acontecem. Mas a mansidão, a mansidão de coração que não é tolice. É outra
coisa. É a profundidade em entender a grandeza de Deus, e adoração.” (BF/MJ)
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Fonte: radiovaticana.va
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