Diante dos humildes, Deus abre o Seu coração
Cidade do
Vaticano (RV) – “A oração humilde obtém misericórdia”. Este foi o tema
da Audiência geral da quarta-feira, (1º/6), em que o Papa Francisco encontrou
os fiéis na Praça São Pedro para falar sobre a parábola do fariseu e do
publicano.
Carinho para com a criancinha |
“Não basta,
portanto, nos perguntarmos quanto rezamos, devemos também nos questionar
sobre como rezamos, ou melhor, como está o nosso coração”, afirmou o Papa para
lançar um questionamento:
“Eu pergunto: é
possível rezar com arrogância? Não! É possível rezar com hipocrisia? Não!
Devemos rezar diante de Deus como nós somos!”, disse Francisco.
Frenesia
À percepção de
nosso coração, segue-se ainda um elemento tão essencial para a oração: a paz interior.
Algo cada vez mais difícil de se alcançar em um mundo tomado pela frenesia que,
com frequência, nos confunde.
“É preciso
aprender a reencontrar o caminho ao nosso coração, recuperar o valor da
intimidade e do silêncio, porque é ali que Deus nos encontra e nos fala”,
advertiu o Papa.
Simplicidade
Somente a partir
deste “lugar íntimo e sagrado” de encontro com Deus é que podemos ir ao
encontro dos outros.
A partir do encontro com Deus, encontramos nossos irmãos |
O fariseu foi ao
templo seguro de si, mas não percebe que esqueceu o caminho do seu coração. O publicano,
por sua vez, se apresenta no templo com humildade e arrependimento e reza: “Oh
Deus, tende piedade de mim, pecador”.
“Nada mais” –
enfatizou o Papa. “Que bela oração! Digamos três vezes, todos juntos: ‘Oh Deus,
tende piedade de mim, pecador’”.
Francisco
afirmou ainda que o fariseu era corrupto. Sabia somente ‘pavonear-se’ diante de
si mesmo, no espelho.
“A soberba
compromete toda boa ação, esvazia a oração, afasta de Deus e dos outros. Se a
oração do soberbo não chega ao coração de Deus, a humildade do miserável o
escancara”, recordou Francisco para então, concluir:
“Deus tem uma
fraqueza, uma fraqueza pelos humildes: diante de um coração humilde, Deus abre
o Seu coração totalmente”. (rb)
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Papa aos jainistas:
Papa aos jainistas:
Proteger a Criação é proteger a humanidade
O Papa Francisco encontrou-se nesta quarta-feira (1º/06), antes
da Audiência Geral, com os representantes do Instituto de Jainismo de
Londres, na saleta dentro da Sala Paulo VI, no Vaticano.
Todos somos responsáveis pela Criação |
O Jainismo é uma
das religiões mais antigas da Índia baseada nos ensinamentos de Mahavira que
viveu no IV século a.C. e indicava o caminho para a perfeição humana baseado na
não violência e na compaixão por todo ser vivo, do menor que seja ao homem.
Na fé jainista,
Deus é entendido como Senhor entre as almas, porque representa o conhecimento
infinito, a percepção, a consciência e a felicidade. O universo é eterno, pois
não há início nem fim.
Por este motivo,
considera-se o Jainismo um sistema religioso que não inclui a concepção de um
deus criador. Pregando a não violência absoluta, o Jainismo prevê uma forma
contundente de vegetarianismo. É o oitavo credo religioso no mundo.
Criação, espelho
de Deus
“Gosto deste
encontro, um encontro que faz crescer a nossa responsabilidade para com o
cuidado da Criação, dom que todos nós recebemos para proteger.
A Criação é o
espelho de Deus, é o espelho do Criador, é o espelho da natureza, de toda a
natureza, é a vida da natureza e também o nosso espelho”, disse o Papa
Francisco aos representantes do Instituto de Jainismo de Londres.
“Todos nós
gostamos da mãe Terra, pois ela nos deu a vida e nos protege. Eu diria também
irmã Terra que nos acompanha em nosso caminho existencial. Temos a tarefa de
cuidar dela como uma mãe e uma irmã cuidam, ou seja, com responsabilidade,
ternura e paz”, disse ainda o pontífice.
“Agradeço a
todos vocês por tudo aquilo que fazem neste campo e permaneçamos unidos neste
ideal, nesta tarefa, neste trabalho de fazer com que a nossa mãe, a nossa irmã
Terra seja protegida, conscientes de que cuidar, proteger a Criação, a Terra, é
cuidar e proteger toda a humanidade”, concluiu Francisco.
Fé jainista
O Instituto de
Jainismo foi criado em Londres, em 1983, e registrado no Reino Unido como
fundação caritativa, em 1986.
Os seus centros
operacionais estão, em Londres, que coordenam as atividades do instituto no
âmbito internacional, e em Ahmedabad, que administra as atividades na Índia,
conserva os dados de todas as organizações jainistas no mundo, organiza
peregrinações e financia publicações e estudantes.
O objetivo do
instituto é fornecer uma plataforma de interação entre as várias comunidades e
organizações jainistas a fim de que todas as várias correntes possam se
confrontar mantendo a unidade do jainismo;
promover
relações inter-religiosas para criar uma compreensão melhor da fé jainista e
fazê-la conhecer a outros credos; divulgar a história, a arte, a filosofia e as
práticas da fé jainista, incluindo sua relevância para o mundo de hoje, em
particular, sobre o respeito por todos os seres vivos e pelo ambiente;
favorecer o
estudo da fé jainista tanto nas comunidades quanto nos institutos de ensino
superior; facilitar a pesquisa científica sobre o Jainismo através da criação
de bolsas de estudo e proceder na catalogação e digitalização dos manuscritos e
artefatos jainistas.
Diálogo
inter-religioso
Realizou-se
nesta terça-feira, 31 de maio, no Vaticano, a reunião entre os membros do
Pontifício Conselho para o Diálogo Inter-religioso (PCDI) e a Delegação
Internacional Jainista.
Os dois grupos
foram representados pelo Presidente do PCDI, Cardeal Jean-Louis Tauran, e pelo
Presidente do Instituto Jainista, Sr. Nemu Chandaria.
Este foi o
terceiro encontro entre o organismo vaticano e a delegação jainista, guiada
pelo Instituto de Jainismo de Londres. Os últimos dois encontros se realizaram
em 1995 e 2011. (MJ)
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Dom Patrón Wong:
Jubileu dos Sacerdotes, ocasião para renovação
O Jubileu dedicado aos sacerdotes e aos seminaristas teve
início esta quarta-feira, 1° de junho. De fato um evento especial, que terá seu
ponto alto na sexta-feira, com a Missa presidida na Praça São Pedro pelo Papa
Francisco. No dia anterior, o Pontífice guiará um retiro espiritual para os
sacerdotes, com três meditações ao longo do dia: na Basílica São João de
Latrão, após na Basílica Santa Maria Maior e por fim na Basílica São Paulo
fora-dos muros (As meditações serão transmitidas ao vivo pela Rádio Vaticano,
com comentários em português às 05h, 07h e 11h, horário de Brasília). Sobre o
significado deste Jubileu dos Sacerdotes a Rádio Vaticano entrevistou o
Secretário para os Seminários da Congregação para o Clero, Mons. Jorge Carlos
Patrón Wong.
É amor misericordioso que toca o coração daquele que é vocacionado |
Mons. Patrón Wong: "O Papa
Francisco decidiu, antes de tudo, que neste Jubileu os sacerdotes e os seminaristas
devem cuidar de si mesmos, parem um momento em meio às tantas atividades
pastorais, para ter um pouco de repouso, de alívio, de restauração no coração
do Bom Pastor, nos braços da Misericórdia do bom Deus. É também uma grande
oportunidade para fixar novamente o olhar na pessoa de Jesus, para contemplar
em Jesus este grande amor, esta misericórdia, esta caridade pastoral, para
agradecê-lo pelas tantas maravilhas que fez por nós. E fez estas maravilhas em
nós, não porque somos bons ou merecedores do seu amor, mas porque Ele é
misericordioso, nos ama, tem uma bondade imensa. E nós temos consciência da
nossa fraqueza e pobreza, por isto temos necessidade da Misericórdia de Deus.
Um terceiro ponto, muito importante, é recomeçar novamente, responder de novo
com generosidade a este chamado divino. É uma grande oportunidade para
renovar-nos, para pegar novamente este perfume do Bom Pastor, partilhá-lo com o
nosso povo, para receber novamente a efusão do Espírito Santo e renovar as
nossas forças, a coragem, o entusiasmo e fazermo-nos próximos a todos".
RV: O Papa
Francisco sempre reitera que os sacerdotes devem ser pastores da Misericórdia,
não burocratas da fé. Por que esta insistência?
Mons. Patrón Wong: "Porque
cada sacerdote é a primeira pessoa tocada pela Misericórdia de Deus. Não se
pode entender nenhuma vocação ao ministério do serviço sacerdotal se não se é
tocado pelo amor misericordioso de Deus Pai. Este amor, porém, nos transfigura,
nos transforma, nos move, nos preenche de alegria. Estes três elementos são
muito existenciais na vida de cada seminarista e sacerdote, tocados pela
Misericórdia de Deus, transfigurados pela Misericórdia de Deus e preenchidos de
uma alegria, de um sentido profundo da vida".
RV: Francisco
fará na quinta-feira três meditações em três Basílicas papais e na sexta-feira
a Missa na Praça São Pedro. Uma verdadeira "imersão total", se
poderia dizer, de ensinamento, da catequese sobre a Misericórdia para os
sacerdotes; um evento realmente extraordinário.....
Mons. Patrón Wong: "É uma
"full immersion", porque o coração do Papa Francisco está mergulhado
no coração de Jesus Bom Pastor, está mergulhado no coração de cada pastor, de
cada sacerdote, de cada seminarista. O Papa Francisco nos quer tão bem, reza
por nós, dá tantos conselhos concretos, conhece muito as fadigas, as
aspirações, os desafios, os sofrimentos, as alegrias de cada coração sacerdotal
e de cada coração de seminarista. É por isto que durante estas três meditações
e depois, na Eucaristia, o coração do Papa Francisco, que é um coração de um
Bom Pastor, se dirigirá, se abrirá totalmente a outros corações que também são
corações de pastores".
RV: O senhor tem
no Dicastério para o Clero a responsabilidade pelos seminários. O que mais lhe
toca ao encontrar os seminaristas de todo o mundo, neste Ano Santo da
Misericórdia?
Mons. Patrón Wong: "Sobretudo
me toca o fato de que os jovens de hoje conhecem todos os desafios, todas
as dificuldades, todas as problemáticas dento da Igreja e fora da Igreja, na
sociedade. São jovens corajosos, alegres, que encontraram no chamado de Jesus
uma grande aventura de vida, de amor, o sentido profundo de compartilhar uma
realidade que é muito maior que o próprio coração: o amor de Cristo! Encontrei
nos jovens este desejo de fazer uma transfiguração interna, porque é interior,
mas sempre com os outros. Vejo sempre sacerdotes, seminaristas, que são como
amigos, como irmãos que percorrem um caminho juntos. Sempre servir, amar as
outras pessoas. O amor que recebemos de Cristo, queremos torná-lo realidade
cotidiana no serviço concreto, pastoral. Com todos os nossos limites, damos o
melhor, para que o Senhor nos use como exemplos, humildes instrumentos para
levar o amor e a alegria do Senhor, a alegria do Evangelho". (JE/AG)
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Fonte: radiovaticana.va news.va
Papa Francisco nomeia bispo para prelazia de Marajó (PA)
O papa Francisco
acolheu, nesta quarta-feira, 1º de junho, o pedido de renúncia apresentado pelo
bispo da prelazia de Marajó (PA), dom José Luís Azcona Hermoso, OAR, de acordo
com o cânon 401, parágrafo 1, do Código de Direito Canônico. No mesmo ato, o
papa nomeou frei Evaristo Pascoal Spengler, OFM, como bispo da mesma prelazia.
Atualmente, frei Evaristo atua como vice-ministro da Província Franciscana da
Imaculada Conceição e como secretário do Secretariado da Evangelização.
Frei Evaristo Spengler |
Frei Evaristo
Spengler é natural de Gaspar (SC). Nasceu em 29 de março de 1959. Ingressou no
Seminário Santo Antônio, em Agudos (SP), aos 17 anos. Cursou Filosofia e
Teologia no Instituto Franciscano de Petrópolis (RJ). Possui especialização em
Bíblia e pós-graduação em Teologia Bíblica pelo Studium Biblicum
Franciscanum, em Jerusalém.
Realizou a
profissão solene na Ordem dos Frades Menores de 2 de agosto de 1982, na diocese
de Petrópolis (RJ). Foi ordenado diácono em 21 de novembro de 1982 e
presbítero, no dia 19 de maio de 1985.
Na trajetória
sacerdotal, atuou como pároco nas paróquias Sagrado Coração de Jesus, em
Petrópolis (1983-1985); Nossa Senhora da Piedade, em Duque de Caxias
(1985-1991); Nossa Senhora da Conceição, na diocese de Nova Iguaçu (1995-1996).
No período de 2001 a 2010, esteve em missão na Angola. Foi presidente da
Fundação Imaculada Mãe de Deus de Angola (2003-2006). Exerceu a função de
vice-mestre de estudantes de Teologia (2013-2015) e Conselheiro da Província
Franciscana da Imaculada Conceição do Brasil (2012-2015).
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Fonte: cnbb.org.br Foto de uma das ilhas do arquipélago de Marajó: radiovaticana.va
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