"Quem não vive para servir, não serve para viver"
Cidade do
Vaticano (RV) – Esta quinta-feira (30/06) foi dia de audiência jubilar no
Vaticano. Na Praça São Pedro, cerca de 15 mil fiéis ouviram o Papa
Francisco falar das obras de misericórdia.
“É importante
jamais esquecer que a misericórdia não é uma palavra abstrata, mas um estilo de
vida. Eu posso ou não ser misericordioso. Uma coisa é falar de misericórdia,
outra coisa é vive-la”, disse.
O Pontífice
citou o Apóstolo Tiago, que diz que a misericórdia sem as obras está morta em
seu isolamento. “É exatamente assim”, frisou Francisco: “O que torna viva a
misericórdia é o seu dinamismo constante de ir ao encontro de quem precisa e
das necessidades de quem se encontra em dificuldade espiritual e material.
A misericórdia tem olhos para ver, ouvidos para escutar e mãos para
ajudar”.
Servir para
viver
De modo
especial, o Pontífice falou da importância do perceber o estado de sofrimento
dos outros. Às vezes, afirmou, passamos diante de situações dramáticas de
pobreza e parece que estas não nos tocam; tudo continua como se nada fosse,
numa indiferença que, ao final, nos torna hipócritas e, sem perceber, acaba
numa forma de letargia espiritual em que o ânimo se torna insensível e a vida,
estéril. “Tem gente que passa toda a vida sem nunca perceber as necessidades
dos outros”, lamentou. Pessoas que passam sem viver, que não servem os outros.
Lembrem-se bem: quem não vive para servir, não serve para viver".
“Quem
experimentou na própria vida a misericórdia do Pai não pode permanecer
insensível diante das necessidades dos irmãos”, completou Francisco, que citou
as obras que estão contidas no Evangelho de Mateus: assistir que tem fome,
sede, quem está nu, refugiado, doente e na prisão. “As obras não são temas
teóricos, mas testemunhos concretos. Obrigam a arregaçar as mangas para aliviar
o sofrimento".
Essencial
Com o
multiplicar-se da pobreza material e espiritual, o Papa Francisco pede uma
caridade criativa para identificar novas formas de ajudar quem precisa.
“Portanto, pede-se a nós que permaneçamos vigilantes como sentinelas para que,
diante das pobrezas produzidas pela cultura do bem-estar, o olhar do cristão
não se enfraqueça e se torne incapaz de ver o essencial.”
A misericórdia é viva, dinâmica |
Tratou-se da
última audiência jubilar deste período de verão europeu. Ao saudar os
peregrinos alemães, o Pontífice recordou que neste período de férias e repouso
seria importante também cuidar das relações humanas e viver a misericórdia. Já
aos poloneses, pede orações para si e para os jovens que em todo o mundo estão
se preparando para o iminente encontro em Cracóvia para a Jornada Mundial da
Juventude, no final de julho.
As audiências
jubilares serão retomadas em 10 de setembro. (bf)
Assista:
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Fonte: radiovaticana.va news.va
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