Protestantes pedem desculpas
pela destruição de imagens na Reforma
As imagens apenas nos lembram as pessoas santas |
Hamburgo (RV) –
A comunidade protestante alemã apresentou suas desculpas pela vasta
destruição de imagens religiosas realizada durante o período da Reforma. Em uma
declaração da Evangelische Kirche in Deutschland (EKD) divulgada pelo semanário
católico “The Tablet”, os responsáveis religiosos sublinharam que a comunidade
protestante condena com firmeza esta prática de destruição. “As imagens –
salientou o Bispo Petra Bosse-Huber, durante uma reunião da delegação da EKD e
do Patriarcado Ecumênico de Constantinopla – há muito tempo tornaram-se
expressão da piedade protestante”.
Significado da
imagem
Os líderes
religiosos das duas Igrejas encontraram-se em Hamburgo nos dias passados para
discutir a aprofundar o significado da imagem do ponto de vista Ortodoxo e
Protestante. Por ocasião do encontro, o Patriarca Ecumênico de Constantinopla
Bartolomeu I e o Presidente da Evangelische Kirche in Deutschland, Bispo
Bedford-Strohm, enviaram sua saudação aos participantes, abençoando o encontro.
Remoção de
imagens e vitrais
Durante os
trabalhos foi destacado que a destruição de imagens era mais comum no período
imediatamente posterior à Reforma. Na primeira metade do século XVI, as
estátuas da Virgem Maria e dos Santos, assim como vitrais com imagens sacras,
retratando eventos milagrosos e sobrenaturais, foram removidos das igrejas e
das capelas e muitas vezes destruídos.
Onda de
destruição
Em particular, a
Suiça, os Países Baixos, a Inglaterra e a Alemanha meridional sofreram os
efeitos maiores desta prática destrutiva. Em Ulm, na Alemanha, em 1531, durante
o “Götzentag” (“Dia do falso ídolo”), os apoiadores da Reforma, convencidos de
que os objetos religiosos fossem símbolos de idolatria supersticiosa, removeram
com violência sessenta altares e dois órgãos da catedral local. Mais tarde
Genebra, na Suiça, assistiu a uma das mais devastadoras ondas de destruição de
imagens religiosas e de objetos sacros, inspiradas por grupos de influentes
teólogos protestantes. (JE/Osservatore Romano)
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Fonte: radiovaticana.va
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