16º Domingo do Tempo Comum
"Ai dos
pastores que deixam perder-se e dispersar-se o rebanho miúdo de minha pastagem!
- oráculo do Senhor.
Por isso, assim
fala o Senhor, Deus de Israel, acerca dos pastores que apascentam o meu povo:
Dispersastes o meu rebanho e o afugentastes, sem dele vos ocupar. Eu, porém,
vou ocupar-me à vossa custa da malícia de tal procedimento - oráculo do Senhor.
Reunirei o que
restar das minhas ovelhas, espalhadas pelos países em que as exilei e as trarei
para as pastagens em que se hão de multiplicar.
Escolherei para
elas pastores que as apascentarão, de sorte que não tenham receios nem temores,
e já nenhuma delas se extravie - oráculo do Senhor.
Dias virão -
oráculo do Senhor - em que farei brotar de Davi um rebento justo que será rei e
governará com sabedoria e exercerá na terra o direito e a eqüidade.
Sob seu reinado será
salvo Judá, e viverá Israel em segurança. E eis o nome com que será chamado:
´Javé, nossa justiça!"
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Salmo: 22(23)
– O Senhor é o pastor que me conduz: felicidade e
todo bem hão de seguir-me!
– O Senhor é o pastor que me conduz: felicidade e todo bem hão de seguir-me!
– O Senhor é o pastor que me conduz; não me falta
coisa alguma. Pelos prados e campinas verdejantes ele me leva a descansar.
– Para
as águas repousantes me encaminha e restaura as minhas forças. Ele
me guia no caminho mais seguro, pela honra do seu nome.
– Mesmo que eu passe pelo vale tenebroso, nenhum
mal eu temerei; estais comigo com bastão e com cajado; eles me dão a segurança!
– Preparais à minha frente uma mesa, bem à vista
do inimigo, e com óleo vós ungis minha cabeça; o meu cálice transborda.
– Felicidade e todo bem hão de seguir-me por toda
a minha vida; e na casa do Senhor habitarei pelos tempos
infinitos.
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2ª Leitura: Ef 2,13-18
Agora, porém,
graças a Jesus Cristo, vós que antes estáveis longe, vos tornastes presentes,
pelo sangue de Cristo.
Porque é ele a
nossa paz, ele que de dois povos fez um só, destruindo o muro de inimizade que
os separava,abolindo na própria carne a lei, os preceitos e as prescrições.
Desse modo, ele
queria fazer em si mesmo dos dois povos uma única humanidade nova pelo
restabelecimento da paz, e reconciliá-los ambos com Deus, reunidos num só corpo
pela virtude da cruz, aniquilando nela a inimizade.
Veio para anunciar a
paz a vós que estáveis longe, e a paz também àqueles que estavam perto; porquanto
é por ele que ambos temos acesso junto ao Pai num mesmo espírito.
Evangelho: Mc 6,30-34
Os apóstolos
voltaram para junto de Jesus e contaram-lhe tudo o que haviam feito e ensinado.
Ele disse-lhes: "Vinde à parte, para algum lugar deserto, e descansai um
pouco". Porque eram muitos os que iam e vinham e nem tinham tempo para
comer.
Partiram na
barca para um lugar solitário, à parte. Mas viram-nos partir. Por isso, muitos
deles perceberam para onde iam, e de todas as cidades acorreram a pé para o
lugar aonde se dirigiam, e chegaram primeiro que eles.
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Reflexão
A compaixão abre o coração
O profeta
Jeremias exerceu o seu ministério no século VI a.C., numa época particularmente
difícil da história de Israel, em que Jerusalém foi sitiada, o Templo destruído
e uma pequena parte da população de Judá exilada na Babilônia. O texto de
Jeremias deste domingo é uma dura crítica de Deus aos pastores do seu povo,
porque dispersaram e abandonaram o rebanho. Deus promete reunir ele mesmo o
resto de suas ovelhas dos lugares para onde foram dispersas e, em seguida, dar
a elas pastores que cuidem delas e as protejam. O oráculo de Jeremias faz
referência a um sucessor de Davi que será um pastor justo e sábio e será
chamado “Senhor, nossa justiça”. Esse oráculo se cumpre plenamente em Jesus, o
Bom Pastor que ama as suas ovelhas a ponto de dar a vida por elas.
Compadecer-se do outro é assemelhar-se a Jesus |
A compaixão é um
sentimento divino que faz agir em favor das pessoas, socorrendo-as em suas
necessidades; não se confunde com a simples pena ou dó, mas abre o coração para
que a pessoa ofereça o melhor de si mesma em favor dos demais. O abandono do
povo por aqueles que deviam cuidar dele qual pastor cuida do seu rebanho é a
causa da compaixão de Jesus (cf. v. 34; ver: Nm 27,17; 1Rs 22,17). O seu
ensinamento orienta e congrega. Nosso texto serve de introdução ao relato da
“multiplicação dos pães” (vv. 35-44).
Reflexão: paulinas.org.br Banner: cnbb.org.br Ilustrações: franciscanos.org.br
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