Jesus, o profeta incômodo e rejeitado
Neste domingo,
somos convidados por Jesus a fazer a experiência da rejeição e da oposição dos
seus conterrâneos. Atesta a sina e destino dos verdadeiros profetas, que trazem
sempre uma mensagem de conversão, de questionamento e de um testemunho que
confirma a origem divina do seu mandato.
A
encarnação de um Deus humano, que compartilha a vida dos oprimidos e
empobrecidos, que mostra que o Pai fala a partir da humildade e da
simplicidade, é um desafio difícil de assimilar para aqueles que esperam um
Salvador poderoso e de uma linhagem extraordinária. Para uma religião bem
montada, que trás segurança e exalta o ego nacionalista e dos que se acham
superiores aos outros deparar-se com Jesus o Deus que mora ao nosso lado,
vizinho da aventura humana e solidário com o sofrimento, é motivo de escândalo.
Sigamos Jesus sem temer o descrédito de muitas pessoas |
Assim aconteceu
com Dom Oscar Romero, Dom Hélder Câmara, Dom Enrique Angelelli, e tantos outros
como o Pe. Carlos Mujica, o Pe. João Bosco Munier, e leigos que deram um
testemunho fiel e coerente como Margarida Alves e Irmã Dorothy entre uma nuvem
de vidas entregues ao Reino. A marca do profetismo e o martírio purificam
nossas intenções e convidam a uma vivência integral e genuína da fé nos
contextos provocadores das periferias e dos submundos em que a pessoa humana é
aviltada e desfigurada.
É necessário
redescobrir que ser discípulo de Jesus implica em segui-lo através dos
conflitos e dificuldades que levanta a Palavra de Deus encarnada na dura
realidade. Quem quiser ser um cristão autêntico nunca poderá esquecer ou dispensar
esta página exigente do Evangelho que configura um verdadeiro teste driver do
seguimento e do discipulado. Deus seja louvado!
Dom Roberto
Francisco Ferreria Paz - Bispo de Campos (RJ)
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Fonte: cnbb.org.br Ilustração: amormariano.com.br
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