A estrada
é o lugar do anúncio do Evangelho
A estrada como
lugar do alegre anúncio do Evangelho: este foi o caminho do Filho de Deus, de
seus discípulos e deverá ser o caminho de cada cristão, disse o Papa no
Angelus, o que coloca a “missão da Igreja sob o signo do “andar”, a Igreja em
caminho, sob o sinal do “movimento” e nunca da estaticidade”.
Cidade do
Vaticano - O Papa Francisco
rezou o Angelus com milhares de fiéis reunidos na Praça São Pedro a uma
temperatura de 8°C, com céu azul e muito sol.
Em sua alocução,
o Papa destacou que a estrada é o lugar do alegre anúncio do Evangelho, “este
foi o caminho do filho de Deus e este será o caminho de seus discípulos. E
deverá ser o caminho de cada cristão”. Ou seja, coloca a “missão da Igreja sob
o signo do “andar”, a Igreja em caminho, sob o sinal do “movimento” e nunca da
estaticidade”.
Eis a íntegra de
sua alocução:
“Queridos irmãos
e irmãs, bom dia!
O Evangelho
deste domingo dá prosseguimento à descrição de um dia de Jesus em Cafarnaum, um
sábado, festa semanal para os judeus.
Esta vez o
Evangelista Marcos destaca a relação entre a atividade taumatúrgica de Jesus e
o despertar da fé nas pessoas que encontra. De fato, com os sinais de cura que
realiza pelos doentes de todo tipo, o Senhor quer suscitar como resposta a fé.
O dia de Jesus
em Cafarnaum começa com a cura da sogra de Pedro e termina com a cena das
pessoas de toda a cidadezinha que se comprime diante da casa onde ele se
alojava, para levar a ele todos os doentes.
A multidão,
marcada por sofrimentos físicos e por misérias espirituais, constitui, por
assim dizer, “o ambiente vital” em que se realiza a missão de Jesus, feita de
palavras e de gestos que curam e consolam.
Jesus não veio
para trazer a salvação em um laboratório; não faz pregação de laboratório,
separado das pessoas: está no meio da multidão! Em meio ao povo! Pensem que a
maior parte da vida pública de Jesus foi passada na estrada, entre as pessoas,
para pregar o Evangelho, para curar as feridas físicas e espirituais.
É uma humanidade
marcada pelos sofrimentos, esta multidão que o Evangelho repete tanto. É uma
humanidade marcada por sofrimentos, dificuldades e problemas: e à tal pobre
humanidade é dirigida à ação poderosa, libertadora e renovadora de Jesus.
Assim, em meio à multidão até tarde da noite, se conclui aquele sábado. E o que
faz Jesus depois?
Antes do
amanhecer do dia seguinte, Ele sai sem ser visto pela porta da cidade e se
retira para um lugar afastado para rezar. Jesus reza. Deste modo, subtrai
também a sua pessoa e a sua missão de uma visão triunfalista, que poderia dar a
entender o sentido dos milagres e de seu poder carismático.
Os milagres, de
fato, são “sinais” que convidam a uma resposta de fé; sinais que sempre são
acompanhados por palavras, que os iluminam; e juntos, sinais e palavras,
provocam a fé e a conversão pela força divina da graça de Cristo.
A conclusão da
passagem de hoje indica que o anúncio do Reino de Deus por parte de Jesus
encontra o seu lugar mais precisamente na estrada. Aos discípulos que o
procuravam para levá-lo à cidade – os discípulos foram encontrá-lo onde Ele
rezava e queriam levá-lo de volta à cidade -, o que responde Jesus aos
discípulos? “Vamos a outros lugares, às aldeias da redondeza! Devo pregar
também ali, pois foi para isso que eu vim”.
Este foi o
caminho do Filho de Deus e este será o caminho de seus discípulos. E deverá ser
o caminho de cada cristão. A estrada como lugar do alegre anúncio do Evangelho,
coloca a missão da Igreja sob o signo do “andar”, a Igreja em caminho, sob o
sinal do “movimento” e nunca da estaticidade.
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Papa convoca Dia
de Jejum e Oração pela Paz
“As vitórias
obtidas com a violência são falsas vitórias”. Diante da continuação de conflitos em
diversas partes do mundo, o Papa Francisco convocou para 23 de fevereiro um Dia
de Jejum e Oração pela Paz.
Cidade do
Vaticano - “As vitórias
obtidas com a violência são falsas vitórias”. Diante da continuação de inúmeros
conflitos em diversas partes do mundo, o Papa Francisco no Angelus deste
domingo voltou a condenar a violência e convocou um Dia de Jejum e Oração
pela Paz:
“E agora um anúncio:
diante da trágica continuação de situações de conflito em diversas partes do
mundo, convido todos os fiéis a um Dia especial de Oração e Jejum pela Paz em
23 de fevereiro próximo, sexta-feira da Primeira Semana da Quaresma”.
“Ofereceremos
em particular pelas populações da República Democrática do Congo e do Sudão do Sul. Como em outras ocasiões similares, convido também os irmãos e irmãs não
católicos e não cristãos para se associarem a esta iniciativa nas modalidades
que considerarem mais oportunas, mas todos juntos”.
O Santo Padre
recordou que “o nosso Pai Celeste escuta sempre os seus filhos que gritam a Ele
na dor e na angústia, “cura os corações feridos e enfaixa suas feridas””.
O Pontífice
também dirigiu um apelo, para que também cada um de nós também ouça este grito
e que cada um, diante de Deus, pergunte na própria consciência: “O que eu posso
fazer pela paz?”:
“Certamente
podemos rezar; mas não só. Cada um pode dizer concretamente “não” à violência
naquilo que depender dele ou dela Porque as vitórias obtidas com a violência
são falsas vitórias; enquanto trabalhar pela paz faz bem a todos!”
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Fonte: www.vaticannews.va/pt
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