Missão
Libertadora
Lutar contra as
tribulações é próprio de nosso ser em busca de vencer as barreiras e nos
realizarmos como seres humanos que têm um ideal elevado na vida.
Nossa caminhada
terrestre é cheia de desafios, dissabores e limites. No entanto, não há
fragilidade que não possa ser vencida se tivermos as forças e os meios
necessários para superá-la, ainda mais com união de esforços comuns para
canalizarmos tudo em bem dessa causa. Ao contrário, mesmo tendo força para
vencer e não a orientarmos para atingirmos o objetivo de superação dos limites,
podemos sucumbir. Lutar contra as tribulações é próprio de nosso ser em busca
de vencer as barreiras e nos realizarmos como seres humanos que têm um ideal elevado
na vida.
Quando nosso
ideal de vida é o mais elevado e somos convencidos de que a vida vale para
buscá-lo ou realizá-lo, vamos a campo com entusiasmo, esperança e todo o
empenho para conquistá-lo. Quantos, até com graves limites, mesmo físicos,
conseguem superar-se e realizar o sonho na vida de conquista de posições e
status que pareceriam impossíveis de atingir.
Estamos numa
sociedade de limites e desafios não só pessoais, mas de modo abrangente,
estruturais e sociais. A política, a economia e a tecnologia precisam ser
melhor encaminhados para o benefício social e pessoal. Só com a consciência, a
corresponsabilidade e a prática do altruísmo é que podemos vencer as barreiras
dos problemas existentes. Por isso, a conjugação de esforços e a convicção de
que tudo depende de cada um e de todos é que nos despertamos para mudar a
realidade. Enquanto houver podridão ética e moral no tecido social e não houver
a consciência da responsabilidade de todos para mudar não modificaremos o
quadro social. O problema maior não está na corrupção de certos políticos
e outros agentes de responsabilidade social e sim no povo que elege e apoia
essas pessoas com seus desmandos. Precisamos formar a consciência da
cidadania para arregaçarmos as mangas e trabalharmos realmente para o bem
comum. O clientelismo político, a compra e a venda de votos corrompem mais
ainda as relações de interesse social.
Precisamos
formar a convicção de que só modificaremos o tecido social se mudarmos a nós
mesmos, assumindo nossa missão de contribuir com a mudança da cultura do dar um
“jeitinho” pessoal para cada um levar vantagem, trocando favores escusos em detrimento
do bem moral e social de todos. Temos que formar a convicção de que é grande
quem der de si pelo bem de todos e não quem sai ganhando material e socialmente
a qualquer preço.
Para isso, é
preciso fazermos uma ”frente” de missão libertadora de quem levanta a bandeira
da divulgação e prática de valores da promoção do bem comum. Podemos aplicar as
palavras de Paulo sobre o anúncio do evangelho: “Ai de mim se eu não pregar o
evangelho”! (1 Coríntios 9,16). Assim também, ai de nós se não nos unirmos para
propagarmos e ajudarmos a conscientizar a todos de que um mundo novo é
possível. Mas isso só acontecerá se conjugarmos esforços para transformar a
mentalidade perniciosa do egoísmo e cada um der de si para ajudar a implantar
mais a doação pessoal. Então superaremos a corrupção e a insaciável fome do
egoísmo que leva muitos a surripiarem o que é de benefício de todos!
Dom José Alberto
Moura - Arcebispo Metropolitano de Montes Claros
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Fonte: www.cnbbleste2.org.br
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