A guerra é um mal, ajudas imediatas
Tudo isso é
desumano. Não se pode combater o mal com outro mal. E a guerra é um mal,
acrescentou o Papa Francisco. Portanto, dirijo meu veemente apelo a fim de que
cesse imediatamente a violência, reiterou o Pontífice.
Cidade do
Vaticano - No Angelus ao
meio-dia, este domingo (25/02), mais um premente apelo do Santo Padre em favor
da Síria:
“Nestes dias meu
pensamento tem se voltado reiteradas vezes para a amada e martirizada Síria,
onde a guerra se intensificou, especialmente no Ghouta oriental. Este mês de
fevereiro foi um dos mais violentos em sete anos de conflito: centenas,
milhares de vítimas civis, crianças, mulheres, anciãos; hospitais foram
atingidos, o povo não pode prover alimentos... Irmãos e irmãs, tudo isso é
desumano. Não se pode combater o mal com outro mal. E a guerra é um mal.
Portanto, dirijo meu veemente apelo a fim de que cesse imediatamente a
violência, seja dado acesso às ajudas humanitárias – alimento e medicamentos –
e os feridos e os doentes sejam retirados. Peçamos juntos a Deus para que isso
se dê imediatamente.”
Após o apelo,
seguido de um breve momento de silêncio, o Papa rezou mais uma Ave-Maria com os
fiéis e peregrinos reunidos na Praça São Pedro.
Contemplar a
transfiguração de Jesus
Atendo-se à
liturgia dominical, na alocução que precedeu a oração mariana o Santo Padre
ressaltou que o Evangelho deste II Domingo da Quaresma nos convida a contemplar
a transfiguração do Jesus. Francisco afirmou que o episódio da transfiguração
deve ser relacionado com o que acontecera seis dias antes, quando Jesus tinha
revelado aos seus discípulos que em Jerusalém deveria “sofrer muito e ser
rejeitado pelos anciãos, pelos chefes dos sacerdotes e pelos escribas, ser
morto e, após três dias, ressurgir” (Mc 8,31).
O anúncio
colocara em crise Pedro e todo o grupo dos discípulos, que rechaçavam a ideia
de que Jesus fosse rejeitado pelos chefes do povo e depois morto.
Jesus, servo de
Deus, servo dos homens
De fato,
explicou o Pontífice, eles esperavam um Messias poderoso, forte, dominador, ao
invés, Jesus se apresenta como humilde, manso, servo de Deus, servo dos homens,
que deverá dar a sua vida em sacrifício, passando pelo caminho da perseguição,
do sofrimento e da morte.
“Mas, como
seguir um Mestre e Messias cuja vicissitude terrena se concluiria daquele modo?
Assim pensavam eles... E a resposta chega justamente da transfiguração. O que é
a transfiguração de Jesus? É uma aparição pascal antecipada.”
Paixão de
Cristo, sobretudo, um dom de amor infinito de Jesus
A transfiguração
ajuda os discípulos, e também nós, a entender que a paixão de Cristo é um
mistério de sofrimento, mas é, sobretudo, um dom de amor, de amor infinito da
parte de Jesus. O evento de Jesus que se transfigura no monte nos faz
compreender melhor também a sua ressurreição, continuou Francisco.
“Para entender o mistério da Cruz é necessário
saber antecipadamente que Aquele que sofre e que é glorificado não é somente um
homem, mas é o Filho de Deus, que com seu amor fiel até a morte nos salvou. O
Pai renova assim sua declaração messiânica sobre o Filho, já feita às margens
do Jordão após o batismo, e exorta: ‘Escutai-o!’
Seguir o Mestre
com confiança
Os discípulos
são chamados a seguir o Mestre com confiança, continuou o Papa, com esperança,
apesar da sua morte; a divindade de Jesus deve manifestar-se propriamente na
cruz, propriamente em seu morrer “daquele modo”, tanto que o evangelista Marcos
coloca na boca do centurião a profissão de fé: “Verdadeiramente este homem era
Filho de Deus!”
Na saudação aos
vários grupos de fiéis e peregrinos o Pontífice saudou, entre outros, o grupo
presente na Praça São Pedro por ocasião da “Jornada pelas doenças raras”, com
um encorajamento às associações que trabalham neste campo.
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Assista:
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Visita do Papa à
Paróquia São Gelásio:
Jesus jamais nos deixa sozinhos
Tratou-se da 16ª
paróquia da Diocese de Roma a ser visitada pelo Papa Francisco desde o início
de seu Pontificado. Mais uma vez, ocasião em que recebeu o carinho, afeto e
manifestação de gratidão dos fiéis que calorosamente acolheram o seu pastor.
Cidade do
Vaticano - “Jesus mostra-se
aos Apóstolos como é no Céu: glorioso, luminoso, triunfante, vencedor. E o faz
para prepará-los para suportar a Paixão, o escândalo da Cruz, porque eles não
podiam entender que Jesus seria morto como um criminoso, não podiam entender
isso.”
Ouvir Jesus e
fazer aquilo que Ele nos diz
Foi o que disse
o Papa Francisco na homilia da missa celebrada na tarde deste domingo (25/02)
na paróquia de São Gelásio, no bairro de Ponte Mammolo, periferia de Roma, ao
explicar a página do Evangelho deste II Domingo da Quaresma em preparação para
a Paixão, morte e Ressurreição de Cristo, que nos traz o episódio da
transfiguração do Senhor.
Tratou-se da 16ª
paróquia da Diocese de Roma a ser visitada pelo Papa Francisco desde o início
de seu Pontificado. Mais uma vez, ocasião em que recebeu o carinho, afeto e
manifestação de gratidão dos fiéis que calorosamente acolheram o seu pastor.
Visita pastoral
marcada por vários encontros
Muitos momentos
de alegria, abraços e calor humano, apesar da chuva e do frio da tarde deste
domingo em Roma: encontro com as crianças e os jovens da catequese e, em
seguida, encontro com os anciãos.
Na homilia feita
sem texto, Francisco explicou que Jesus triunfa mediante a humilhação, a
humilhação da Cruz. Mas como isso seria um escândalo para os Apóstolos, Jesus
lhes mostra o que vem depois, após a Cruz, o que nos aguarda, a todos nós. Essa
glória e esse céu.
Vencer as
provações com a força de Cristo
E isso é bonito
é muito bonito, disse o Papa, “porque Jesus – e ouçam bem isso – sempre nos
prepara para a provação. De um modo ou de outro. Essa é a mensagem, nos prepara
sempre”, continuou. Ele nos dá a força para seguir adiante nos momentos de
provação, e vencê-los com a Sua força.
Jesus não nos
deixa sozinhos nas provações da vida: sempre nos prepara, nos ajuda, como
preparou seus Apóstolos, com a visão da Sua glória. E assim eles recordarão
isso para suportar o peso da humilhação. Esta é a primeira coisa que a Igreja
nos ensina: Jesus nos prepara sempre para as provações e nelas está conosco,
não nos deixa sozinhos. Jamais! – assegurou o Santo Padre.
A segunda coisa
que podemos colher da Palavra de Deus: “Este é o meu Filho muito amado... Escutai-o”.
“Não há momento
da vida que possa ser vivido plenamente a não ser ouvindo Jesus.”
Prossigamos
nesta Quaresma com essas duas coisas, exortou: nas provações, recordar a glória
de Jesus, ou seja, que nos aguarda; e durante toda a vida, ouvir Jesus. No
Evangelho, na liturgia, sempre nos fala; no coração. “Seguir adiante com a
recordação – a recordação – da glória de Jesus, com este conselho: ouvir Jesus
e fazer aquilo que Ele nos diz”, finalizou o Santo Padre.
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Fonte: www.vaticannews.va
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