Nova Terra
Somos chamados a transformar o mundo conforme os planos de Deus |
Abrir a porta da
fé aos pagãos foi a grande missão dos apóstolos, para tornar as pessoas de nova
conduta na prática do amor (Cf. Atos 14,27). Só assim se estabelece a nova
terra.
O evangelista
João lembra que o primeiro céu e a primeira terra já passaram (Cf. Apocalipse
21, 1). A relação inicial do humano com o divino, bem como a convivência dos
humanos entre si, deteriorados com o pecado e o orgulho humano, já se tornaram
passados. Deus fez com que a nova relação de amor, com a vinda do Filho de
Deus, faz acontecer algo extraordinariamente novo conosco. Ele muda o rumo da
história. Uma nova sociedade é possível. Mas é preciso o ser humano aderir à
sua Boa-Nova. Então haverá real justiça misericordiosa e não a justiça humana
simplesmente retributiva, em que se dá o que o outro merece ou até se tira do
que merece. Quem se abre à ação da salvação agradece o perdão de Deus e dos
outros, bem como sabe também perdoar, ser misericordioso e amar.
A Igreja
instituída por Cristo torna-se a nova servidora da humanidade, levando a todos
o conhecimento e aceitação do Filho de Deus e colocando em prática a vida na
verdade, na solidariedade, na promoção de cada pessoa humana como filha de
Deus: “Esta é a morada de Deus entre os homens... Eles serão o seu povo, e o
próprio Deus estará com eles” (Apocalipse 21,3). Teremos um convívio de
armistício e entendimento entre as nações. A vida, a partir da humana, é
respeitada e promovida em todas as suas etapas. Ninguém mais é excluído de um
convívio sadio e fraterno. A família bem preparada e formadora dos filhos
torna-se protagonista da transformação social. A juventude viverá em busca do
ideal de servir, desenvolvendo seus talentos para tornar o mundo mais humano. A
política se tornará melhor instrumento da promoção do bem de todos os cidadãos,
a partir dos mais empobrecidos.
O enfoque do
mais novo mandamento de Jesus será melhor conhecido, assumido e ensinado,
ajudando a ser formar o novo convívio de pessoas que se ajudam mutuamente.
Assim haverá o bem do grande barco da história em que todos sejam contemplados
em sua dignidade: “Eu vos dou um novo mandamento: amai-vos uns aos outros, como
eu vos amei” (João 13,34).
Dom José Alberto
Moura - Arcebispo Metropolitano de Montes Claros
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Fonte: cnbbleste2.org.br Ilustração: franciscanos.org.br
Fonte: cnbbleste2.org.br Ilustração: franciscanos.org.br
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