Papa no Regina Coeli:
Ouvir a voz de Cristo com o coração
A alocução de
Francisco que precedeu a oração teve como pano de fundo a apresentação de Jesus
no Templo, quando Ele se identifica como o Bom Pastor.
“As minhas
ovelhas escutam a minha voz, eu as conheço e elas me seguem. Eu lhes dou a vida
eterna e elas jamais perecerão, e ninguém as arrebatará de minha mão”, recordou
o Papa o Evangelho de São João.
Ouvir como
coração
“Estas palavras
nos ajudam a compreender que ninguém pode se dizer seguidor de Jesus, se não
presta atenção à Sua voz. E este ‘ouvinte’ não deve ser interpretado de maneira
superficial, mas envolvente, a ponto de tornar possível um verdadeiro
conhecimento recíproco, do qual pode surgir um seguimento generoso, expresso
nas palavras ‘e elas me seguem’ . Trata-se de escutar não somente com o ouvido,
mas com o coração”, frisou o Pontífice.
Se Cristo é o
nosso Salvador e afirma que ninguém nem nada poderá nos arrebatar das
suas mãos – acrescentou o Papa – então “estas palavras nos comunicam um sentido
de certeza absoluta de e ternura imensa.
“A nossa vida é
plenamente ao seguro nas mãos de Jesus e do Pai, que são uma coisa só: um único
amor, uma única misericórdia, revelados para sempre no sacrifício da cruz. Para
salvar as ovelhas perdidas que somos todos nós, o Pastor fez-se cordeiro e se
deixou imolar para tomar para si e tirar os pecados do mundo Deste modo Ele nos
doou a vida, a vida em abundância!”
Vida eterna
Mistério que se
renova “em uma humildade sempre surpreendente”, no altar da eucaristia, afirmou
o Papa.
“Por isso não
temos mais medo: a nossa vida já foi salva da perdição. Nada e ninguém poderá
nos arrebatar das mãos de Jesus, porque nada e ninguém pode vencer o seu amor.
O maligno, o grande inimigo de Deus e das suas criaturas, tenta de muitos modos
nos arrebatar a vida eterna. Mas o maligno nada pode se não somos nós a
abrir-lhe as portas de nossa alma, seguindo suas mentiras enganadoras”.
Drama dos
refugiados
Após a oração
mariana, Francisco agradeceu a todos que acompanharam em oração a visita a
Lesbos junto com o Patriarca Bartolomeu e o Arcebispo Hieronymos: a viagem,
disse o Papa, foi um “sinal da unidade na caridade de todos os discípulos do
Senhor”. Visivelmente emocionado, o Pontífice compartilhou com os presentes um
dos encontros que teve com os refugiados.
"Gostaria
de contar-lhes uma das histórias que vivi. Era a de um homem muçulmano, não
tinha nem 40 anos, estava com seus filhos. Ele me contou, chorando, que a sua
mulher, que era cristã, foi degolada pelos extremistas por não ter renunciado a
sua fé em Cristo. É uma mártir".
Terremotos
O Pontífice
ainda recordou o terremoto que atingiu o Equador e pediu orações ainda para o
Japão, onde sismos também foram registrados.
Por fim, o Papa
recordou que este domingo marca o Dia Mundial de Oração pelas Vocações e
convocou sacerdotes e seminaristas a participarem do seu Jubileu, nos três
primeiros dias de junho. Na conclusão, o Papa recordou a presença de fiéis de
São Paulo presentes na Praça São Pedro. (rb)
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Fonte: radiovaticana.va news.va
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