quarta-feira, 6 de abril de 2016

Dom Sergio abre 54ª AG com mensagem de paz e misericórdia
A presidência da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB) abriu os trabalhos da 54ª Assembleia Geral (AG) da entidade com a celebração eucarística realizada na manhã desta quarta-feira, dia 06, na basílica de Nossa Senhora Aparecida, em Aparecida (SP). 
Presidência da Eucaristia
“Os nossos esforços em favor da unidade da Igreja, nosso empenho pela justiça e a paz no Brasil e no mundo devem ser acompanhados de muita oração e escuta da Palavra para poder discernir os passos a serem dados e ter a força necessária para caminhar na fidelidade ao Senhor”, disse o arcebispo de Brasília e presidente da CNBB, dom Sergio da Rocha, durante missa de abertura da 54ª Assembleia Geral (AG) da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB).
A missa foi presidida por dom Sergio e concelebrada pelo arcebispo de Salvador (BA) e vice-presidente, dom Murilo Krieger, e pelo bispo auxiliar de Brasília e secretário geral da Conferência, dom Leonardo Steiner. Da procissão de entrada participaram os presidentes das 12 Comissões Episcopais de Pastoral CNBB.
Misericórdia, justiça, unidade e paz foram as palavras de destaque na homilia do presidente da CNBB, que falou do sentido da eucaristia na vida eclesial. “A Igreja eucarística vive da misericórdia, que é fonte de paz. A Igreja misericordiosa vive da eucaristia, o alimento dos que promovem a paz. A eucaristia manifesta e alimenta a nossa comunhão com o Senhor e a comunhão entre nós”, afirmou dom Sergio.
Dom Sergio da Rocha ressaltou que a celebração, primeiro ato da AG da CNBB, “é sinal e recordação de que a eucaristia é a fonte e o sustento permanente da vida e da missão da Igreja, Igreja que é chamada a experimentar e a testemunhar a misericórdia divina, de modo especial nesse ano santo”.
No contexto de crise e de crescimento da violência e da intolerância, dom Sergio considerou que “somos chamados a vivenciar a comunhão eucarística num tempo marcado por muitas divisões e por muita violência”.
“Nós necessitamos muito de misericórdia e de justiça, de unidade e de paz. Para tanto, nosso olhar se volta para o Senhor ressuscitado em atitude de oração, suplicando-lhe os dons da unidade e da paz, como sempre fazemos ao participar da missa. É dele que nos vem a esperança, é dele que nos vem a força para caminhar e superar tantos desafios. Nele está o nosso refúgio e a nossa força como rezamos hoje com salmista”, explicou.
Misericórdia
Bispos participantes
Sobre o evangelho, que apresenta a passagem do evangelista João, dom Sergio lembrou que “Deus amou tanto o mundo, que deu o seu Filho unigênito, para que não morra todo o que nele crer, mas tenha a vida eterna”."O evangelho que ouvimos proclama a misericórdia de Deus, que nós somos chamados a acolher e vivenciar, de modo especial nesse ano jubilar e nesse tempo pascal”, acrescentou. 
“Nós cremos em Cristo ressuscitado, por isso cremos na vitória do amor sobre a violência, no triunfo da misericórdia sobre o rancor, da graça sobre o pecado, da vida sobre a morte. Somos chamados, cada dia de novo a ser misericordiosos como o Pai, revelando seu rosto misericordioso na vida da Igreja que quer ser, sempre mais, mãe misericordiosa e casa de portas abertas”, refletiu.
Crise
Dom Sergio recordou que o tema central da Assembleia Geral da CNBB deste ano  é “Cristãos leigos e leigas na Igreja e na sociedade. Sal da terra e luz do mundo”. Disse, ainda, que durante esses dias os bispos estarão atentos à atual situação do país. “Em tempos de crise, os critérios que devem nortear o nosso agir sejam sempre os critérios de Deus e não os critérios do mundo. O evangelho nos convida a aproximarmos da luz e caminhar na luz”, falou dom Sergio. 
Para o arcebispo, o tempo da Páscoa convida ao acolhimento da paz, que é dom do ressuscitado. “Somos chamados a ser mensageiros da misericórdia e portadores da paz, em casa, em nossas comunidades, nas redes sociais e nas ruas. Seja nosso louvor pascal manifestado não apenas com os lábios, mas com o coração e a vida, seja acompanhado pela busca da paz, jamais cedendo à tentação da agressividade em palavras ou atos”, exortou.
“A busca da ajustiça, que conduz à paz, não se faz por meio da violência. Pessoas com diferentes posturas, especialmente nos campos da política e da religião,  não podem ser tratadas como inimigas, mas sim com o devido respeito”, disse.
“Por isso, nesse ano santo, redobremos o empenho pela vivência da misericórdia e pela promoção da justiça e da paz”, desejou dom Sergio, que também pediu as orações dos fiéis brasileiro para a 54ª AG da CNBB.
Acompanhe a cobertura fotográfica da 54ª Assembleia Geral da CNBB: www.flickr.com/cnbbnacional
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Assembleia da CNBB iniciou-se hoje, 6,
no Centro de Eventos Padre Vítor Coelho, em Aparecida (SP)
A cerimônia de instalação da 54ª Assembleia Geral da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB), ocorrida nesta quarta-feira, 6, no Centro de Eventos Padre Vítor Coelho, contou com a presença do núncio apostólico no Brasil, dom Giovanni D’Aniello; do arcebispo de Aparecida (SP), cardeal Raymundo Damasceno Assis; do arcebispo de Brasília e presidente da CNBB, dom Sergio da Rocha; do arcebispo de Salvador (BA), dom Murilo Krieger; do bispo auxiliar de Brasília e secretário geral, dom Leonardo Steiner; do reitor do Santuário Nacional de Aparecida, padre João Batista; e do prefeito de Aparecida, Ernaldo César. 
Mesa Diretora na Abertura 
Na ocasião, o núncio apostólico no Brasil, dom Giovanni D’Aniello, destacou a atmosfera de fraternidade testemunhada no reencontro dos bispos. Em sua comunicação, feita nesta quarta-feira, 6, durante a instalação da 54 Assembleia Geral da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB), manifestou o desejo de que "a reflexão produzida seja o rosto de Cristo, que é luz, a fim de que o rosto de Cristo, que é Igreja, possa aparecer”.
Neste mesmo espírito, dom Sergio da Rocha afirmou que este momento fortalece a comunhão dos bispos entre si e com o sucessor de Pedro, para melhor servir as Igrejas particulares. “É um tempo especial de comunhão e participação”, disse. 
Dom Sergio recordou, ainda, que esta assembleia é realizada no contexto do Ano da Misericórdia, inaugurado na Igreja no dia 08 de dezembro de 2015. "Esperamos que ela seja marcada pelo espírito do ano jubilar", ressaltou. 
Laicato
O tema central, “Cristãos Leigos e Leigas na Igreja e na Sociedade. Sal da terra e luz do mundo", foi abordado pelo cardeal Raymundo Damasceno Assis. O arcebispo falou da necessidade de “abrir espaços para o leigo na Igreja e favorecer a sua formação e participação no contexto próprio do leigo, que são as realidades temporais". 
A respeito do tema da AG, dom Sergio citou a relação existente entre a missão dos leigos e o apelo do papa Francisco de uma Igreja Missionária. “Esperamos muito que esta assembleia nos ajude a apoiar e valorizar a missão dos leigos. Não pode haver uma Igreja em saída sem a ajuda dos leigos, e uma sociedade justa e fraterna se os leigos não forem sal e luz", acrescentou.
Também sobre o tema, o prefeito de Aparecida, Ernaldo César, observou que o “tema nunca se fez tão presente e atual, cristãos leigos e leigas, sal da terra e luz do mundo, para a transformação da sociedade brasileira". 
Situação atual
O presidente da Conferência falou, ainda, que no momento de crise, o mundo volta o olhar para a Igreja reunida. Disse que na reunião do episcopado não se pretende propor soluções técnicas, nem respostas de caráter político partidário. “Fiel à sua missão, a Igreja quer oferecer a alegria do evangelho, os critérios éticos, que devem sempre nortear os nossos trabalhos", completou.
O reitor do Santuário de Aparecida, padre João Batista, destacou a importância da Conferência Episcopal para o povo brasileiro. "O povo está inseguro e temeroso com relação aos rumos do nosso país. A CNBB sempre foi um guarda chuva onde o povo brasileiro pode se abrigar”, disse. 
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Em coletiva,
bispos abordam conjuntura política e tragédia em Mariana

A conjuntura política, econômica e social do Brasil e a tragédia do rompimento da barragem em Mariana (MG) foram assuntos destacados na coletiva de imprensa do 1º dia da 54ª Assembleia Geral da CNBB, na tarde desta quarta-feira (06). Atenderam a imprensa, o arcebispo de Mariana (MG), dom Geraldo Lyrio Rocha, e o bispo de Campos (RJ), dom Roberto Francisco Ferrería Paz.
Ainda foram apresentados aos jornalistas outros assuntos que estão na agenda de trabalho dos bispos em Aparecida (SP), como atuação dos leigos e leigas na Igreja e na sociedade, o XVII Congresso Eucarístico Nacional, o 5º Centenário da Reforma de Martinho Lutero (1483-1546), além dos jogos olímpicos e paraolímpicos do Rio de Janeiro.
Dom Roberto Francisco - Dom Geraldo Lyrio - Dom Darci Nicioli
Sobre a conjuntura político-social do Brasil, dom Geraldo Lyrio Rocha destacou que foi formada uma comissão para elaborar um texto que será aprovado e divulgado durante o período de realização da Assembleia Geral.
Sobre o assunto, dom Roberto Francisco Ferrería Paz, acrescentou que neste ano de eleições municipais é necessário resgatar o sentido da política e promover um diálogo acerca da crise que vive o país. O bispo de Campos (RJ) integra a comissão que vai preparar uma nota sobre as Eleições 2016.
“As eleições 2016 são municipais e se teme que com todo este panorama de descrédito ou até mesmo de acusação leviana de toda classe política existam um absentismo eleitoral bastante volumoso, expresso seja em voto em branco ou voto em nulo. Nós temos que resgatar o sentido da política”, afirmou.
Respondendo ao questionamento de um jornalista sobre a situação atual do país, dom Roberto Francisco Ferrería Paz salientou que a CNBB como Igreja não pratica política partidária, não apoia nenhum partido e cabe aos leigos fomentar e animar a política no Brasil.
“Isso é incumbência justamente do documento dos leigos. Cabe aos leigos pertencerem, animarem os partidos”, afirmou.
Tragédia de Mariana – Dom Geraldo Lyrio Rocha falou sobre a tragédia ocorrida em 5 de novembro, no Distrito de Bento Rodrigues, município de Mariana (MG), provocada pelo rompimento da barragem de rejeitos Fundão, da empresa Samarco Mineradora, vitimando centenas de pessoas.
“Nós não estamos diante de uma catástrofe provocada pela natureza, estamos diante de uma grande tragédia ambiental, de magnitude incalculável, provocada pela mão humana. Portanto há responsabilidades das empresas mineradoras, o Estado e uma ausência de fiscalização por parte dos órgãos públicos”, afirmou.
Dom Geraldo afirmou que as empresas mineradoras estão dando apoio às famílias vitimas da tragédia, mas salientou que as ações ainda estão longe de recuperar as vidas perdidas.
“Tudo o que tem sido feito ainda está longe de vislumbrar soluções efetivas que permitam uma recomposição de um quadro que foi destruído desta maneira”, finalizou.
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