Assembleia da CNBB reza em
Ação de Graças pelos 60 anos de fundação da Cáritas
Os bispos reunidos em Aparecida (SP) durante a 54º Assembleia Geral da CNBB participaram da Santa Missa, às 7h30, no Altar Central do Santuário em Ação de Graças pelos 60 anos da fundação da Cáritas Brasileira e pela caminhada da Igreja no Regional Nordeste I da CNBB, no Ceará.
Presidência da Eucaristia |
A celebração foi
presidida pelo Arcebispo de Fortaleza e presidente do Regional Nordeste I, dom
José Antônio Aparecido Tosi Marques e concelebrada pelo Bispo de Quixadá (CE),
dom Ângelo Pignoli e pelo bispo de Itapipoca (CE), dom Antônio Roberto Cavutp.
Em sua reflexão,
dom José Antônio Aparecido ressaltou que os cristãos, pelo testemunho do seu
batismo, são convidados a doar a vida, fiéis a Cristo morto e ressuscitado.
“Ao se
apresentar como verdadeiro pão do céu Jesus se mostra como Aquele que veio para
uma vida maior. A ressurreição de Jesus é a realização deste novo destino para
homem. (...) O verdadeiro pão do céu é o Senhor, dom total e incondicional,
amor que dá vida ao mundo, vida total, vida plena”, afirmou.
Dom José Antônio
Aparecido Tosi Marques salientou aos fiéis que não é a busca da prosperidade
terrena a qualquer custo que dará a vitória de Cristo, mas a real solidariedade
humana.
Presbitério do Santuário |
“Assim Jesus
mostra o caminho da realização humana que passa pela transformação. Nasce uma
nova sociedade na busca do bem para todos”.
No Altar da
Virgem de Aparecida, o Arcebispo de Fortaleza pediu por todos quantos, ao longo
dos 60 anos da Cáritas Brasileira, contribuíram e promoveram a caridade em
obras solidárias e doações generosas e também pelas comunidades eclesiais do
Nordeste.
“A Igreja no
Brasil se reúne em comunhão para buscar a força de ação evangelizadora.
Cristãos leigos na Igreja e na sociedade podem testemunhar a caridade do Senhor
em gestos concretos, amor doado ao extremo. Com a Cáritas, a Igreja quer
expressar esse testemunho de amor que sinaliza e mostra o Senhor Ressuscitado,
que age em nós e por nós. Rezamos para sejamos misericordiosos como o Pai”,
finalizou.
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Olimpíadas do Rio e Ecumenismo
são questões apresentadas pelos bispos
O arcebispo do
Rio de Janeiro (RJ), cardeal Dom Orani João Tempesta, falou hoje (12), em
entrevista coletiva aos jornalistas presentes na cobertura da 54ª Assembleia
Geral da CNBB, sobre a realização do Jogos Olímpicos e Paralímpicos que
acontecerá na capital carioca em agosto e setembro deste ano.
Dom Orani Tempesta |
Dom Orani
relatou que quando chegou ao Rio de Janeiro um trabalho pastoral junto ao
esporte já acontecia de forma eficiente, o arcebispo disse que a Igreja sempre
apoiou o esporte e que essa prática também é uma forma de unir as pessoas.
“O esporte acaba
unindo as pessoas que às vezes estão separadas pela distância, política ou até
mesmo religião, mas no esporte participam de uma disputa em comum”, colocou.
Durante os Jogos
a Vila Olímpica contará com uma assistência religiosa.
“Teremos uma
capelania inter-religiosa na Vila Olímpica, a Igreja Católica, como maior
expressão de abertura para o ecumenismo, terá um padre capelão da Vila para
organizar essa assistência religiosa para com os irmãos, com a responsabilidade
de promover a liberdade religiosa”, contou.
Além disso, a
Arquidiocese terá também em suas comunidades e paróquias um acolhimento
específico para os atletas e turistas que estarão no Rio de Janeiro, como missa
nas línguas nativas dos estrangeiros.
100 dias
de Paz
Uma cruz com
madeiras do mundo inteiro e um cartaz com vários sinais de paz estará no Rio de
Janeiro, para a realização dos 100 dias de Paz, ocasião em que 50 dias antes e
50 dias depois do Jogos Olímpicos são promovidas iniciativas pela Paz.
“Teremos a
oportunidade de trabalhar os 100 dias de Paz e pedimos a Deus que os 100 dias
se prorrogue sempre”, desejou Dom Orani.
As questões
sobre Ecumenismo foram apresentadas pelo bispo de Volta Redonda-Barra do Piraí
(RJ), Dom Francisco Biasin, presidente da Comissão Episcopal Pastoral para o
Ecumenismo.
Dom Francisco Biasin |
Destacando a
Celebração Ecumênica que acontece hoje a noite durante a Assembleia da CNBB,
Dom Francisco Biasin considera este evento muito importante na programação.
“Depois do
Concílio Vaticano II, os bispos do Brasil, já na assembleia seguinte, convidaram
outros irmãos para acabar com certos preconceitos e repetimos a cada ano a
celebração ecumênica com a participação das igrejas do Conic e outras abertas
ao diálogo”, colocou.
Para essa
celebração Dom Francisco falou do tema da Semana de Oração para a Unidade dos
Cristãos (SOUC) “Proclamar os grandes feitos do Senhor” que insira a comunhão.
“ As comunidades
da Letônia que preparam o material da Semana de Oração deste ano, quando ouvi a
frase do tema pensei logo nos milagres de Jesus, mas depois ouvi a história do
povo da Letônia que conseguiu resistir a perseguição do comunismo, conseguiram
se unir, e a perseguição fizeram com que não enxergassem as diferenças. No
sofrimento alcançaram a unidade que talvez não conseguiriam alcançar se não
fosse a perseguição”, ponderou.
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Comissão apresenta trabalho sobre Motu Proprio
Equipe foi
instituída pelo Consep em setembro de 2015
Os bispos,
reunidos na 54ª Assembleia Geral da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil
(CNBB), refletiram, na segunda-feira, 12 de abril, sobre o Motu Proprio
Miti Iudex Dominus Iesus, a respeito do processo de nulidade matrimonial.
A Comissão instituída em setembro pelo Conselho Episcopal Pastoral (Consep) da
CNBB para tratar da implementação do documento papal no Brasil apresentou o
trabalho que tem sido realizado para os membros do episcopado. O
arcebispo de Ribeirão Preto (SP), dom Moacir Silva, preside esta equipe e
introduziu a exposição. Logo de início, afirmou que os bispos não poderão, em
três meses, implementar todo processo. “Mas, é importante que esta lei do papa
Francisco seja acolhida de forma amorosa e com obediência",
considerou.
O bispo de São
José dos Pinhais (PR), dom Francisco Carlos Bach, conduziu sua fala a partir do
parágrafo 224 da exortação apostólica do papa Francisco Amoris Laetitia –
sobre o amor na família. O papa conta na exortação apostólica que “um grande
número de padres [sinodais] ‘sublinhou a necessidade de tornar mais acessíveis,
ágeis e possivelmente gratuitos de todos os procedimentos para o reconhecimento
dos casos de nulidade’. A lentidão dos processos irrita e cansa as
pessoas”.
Dom Francisco
Carlos Bach falou que o trabalho da Comissão foi distinguido em três fases.
"É a primeira fase do Vade Mecum sobre o Motu Proprio, perguntas e
respostas bem objetivas e o esquema de processos sobre nulidade, conforme
proposto pela Rota Romana", explicou, ao apresentar elementos que devem
orientar a ação dos bispos a fim de se colocar em prática os indicativos do
Motu Proprio.
A Comissão
instituída pelo Consep tem ainda como membros os bispos auxiliares de Brasília,
dom José Aparecido Gonçalves de Almeida e dom Valdir Mamede, e de São Paulo
(SP), dom Sérgio de Deus Borges, e conta com a assessoria do consultor canônico
da CNBB, frei Evaldo Xavier.
Segundo a
equipe, o próprio bispo é chamado a julgar ele mesmo as causas. Isto comporta a
preparação de pessoal suficiente, a saber, clérigos e leigos. Neste momento,
será necessário colocar à disposição das pessoas, que estão em dificuldade
matrimonial, um serviço de mediação e acompanhamento, que pode ser realizado
também pela Pastoral Familiar. É indispensável que, os bispos organizem
tribunais diocesanos nos seus bispados. "Por solidariedade eclesial, os arcebispos
devem manter os tribunais interdiocesanos, até que os bispos montem os seus
tribunais diocesanos", disse o membro da Comissão, dom Sérgio de Sérgio de
Deus Borges. “O bispo também deverá se preocupar com a "pastoral
judiciária", para acompanhar as pessoas envolvidas no processo”,
acrescentou.
A Comissão
explicou que para compor um tribunal diocesano é necessário um vigário
judicial, juízes, promotor de justiça, defensor do vínculo, notários e
advogados, a menos que se obtenha previamente uma dispensa de títulos pela
Assinatura Apostólica. “Para constituir o tribunal na diocese não é preciso
pedir permissão à Santa Sé. Contudo, é necessário comunicar à Sé Apostólica e
ao tribunal interdiocesano, do qual fez parte a diocese, a instalação do novo
tribunal”, orienta. Na apresentação, os membros do grupo informaram que, caso a
diocese possua um canonista, ele pode tornar-se um vigário judicial adjunto no
tribunal interdiocesano, para oferecer celeridade ao processo, enquanto não se
instala o tribunal.
Nos “processos
breves com nulidade evidente”, cabe ao vigário judicial, após exame da causa,
encaminhar ao bispo, a fim de que confira a nulidade de tal matrimônio por
sentença. “É importante que a CNBB encoraje as dioceses a realizarem a reforma
pedida, e, por meio de institutos de direito canônico, proporcione a formação
necessária para tal intento", disse dom Moacir Silva.
Ao final, a
comissão tratou dos investimentos necessários à realização do processo. “Com
relação ao que deve ser cobrado das partes, o Motu Proprio sugere que, quanto
possível, seja gratuito. No entanto, sabemos que o tribunal possui as despesas
administrativas e com pessoal. Em virtude disto, seja cobrado o mínimo possível
para a manutenção da estrutura”, sublinha.
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Fonte das duas primeiras matérias: a12.com Fonte da terceira matéria e banner: cnbb.org.br
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