A felicidade é Cristo, não um aplicativo de celular
O cenário para
este encontro foi novamente a Praça São Pedro, depois da maratona de confissões
sábado pela manhã - ocasião em que Francisco confessou 16 moças e rapazes.
Com a
participação de cerca de 100 mil fiéis, a homilia do Pontífice foi inspirada no
Evangelho do dia, no mandamento de Jesus aos discípulos, "amai-vos uns aos
outros como eu vos ameis".
Jovens amados de Cristo |
O segredo para
amar é Jesus, acrescentou o Papa, que oferece o dom maior, um dom para a vida:
Ele nos oferece uma amizade fiel, da qual nunca nos privará. A principal ameaça
que impede de crescer como se deve é ninguém se importar conosco, é nos
sentirmos deixados de lado. Ao contrário, o Senhor está sempre conosco. Ele no
espera pacientemente e aguarda o nosso «sim».
A felicidade não
é um 'app' no celular
Francisco falou
ainda do desejo de liberdade que os adolescentes sentem. Ser livre, afirmou
ele, não significa fazer aquilo que se quer, mas é o dom de poder escolher o
bem: é livre procura aquilo que agrada a Deus, mesmo que nos obrigue a escolhas
corajosas. Ser livre é saber dizer sim e não. “Não se contentem com a
mediocridade, ficando cômodos e sentados; não confiem em quem os distrai da
verdadeira riqueza, dizendo que a vida só é bela se possuir coisas. A
felicidade não tem preço, nem se comercializa; não é um ‘aplicativo’ que se
baixa no celular: nem a versão mais atualizada os ajudará a torná-los livres e
grandes no amor.”
Cem mil fiéis, a maioria adolescentes e jovens |
Treinar o amor
Mas também para
amar é preciso treinamento, disse Francisco, como os campões esportivos,
começando desde já com empenho e afinco. Como programa diário desse
treinamento, o Papa sugeriu as obras de misericórdia. “Assim, se tornarão
campeões de vida, campeões de amor, e serão reconhecidos como discípulos de
Jesus. E a alegria será completa.”
Ao final da
Missa, o Papa percorreu toda a Praça S. Pedro a bordo de seu papamóvel para
saudar os fiéis.
...........................................................................................................................................................
Papa em evento dos focolares:
Papa em evento dos focolares:
Transformar o deserto em floresta
O Papa Francisco surpreendeu os fiéis mais uma vez este
final de semana, ao comparecer à Villa Borghese – um dos parques mais famosos
localizado no centro de Roma – onde foi montada a “Aldeia para a Terra”.
Trata-se de uma iniciativa do Movimento dos Focolares e de Earth Day Itália.
Depois de
confessar os adolescentes na Praça S. Pedro sábado de manhã, para a surpresa
dos fiéis, o Papa chegou de modo inesperado à Villa Borghese pouco antes das
17h. Lá foi acolhido por cerca de 3.500 pessoas, entre elas a presidente
Maria Voce, em meio aos cantos do grupo “Gen Verde”.
Como um goleiro
de futebol
“Vocês são
pessoas que fazem com que o deserto se torne floresta”, disse Francisco no
palco da “Aldeia”, deixando o discurso preparado de lado. “Uma vez, alguém me
disse que a palavra ‘conflito’ em chinês era formada por dois símbolos: risco e
oportunidade. “É preciso viver a vida como ela nos é dada, como faz um
goleiro no futebol. Não devemos ter medo de ir ao deserto para transformá-lo em
vida. Aproximar-nos dos outros é um risco, mas também uma oportunidade para mim
e para quem eu me aproximo. O deserto é feio, no coração e nas cidade, nas
periferias”, disse.
Construir pontes transforma desertos em florestas |
Insistindo no
deserto em que nos fechamos, o Santo Padre afirmou que nos falta a amizade
social e o sorriso. “Vivemos um terceira guerra mundial em pedaços. É preciso
correr o risco de se aproximar para conhecer a realidade”, acrescentou o Papa,
que lembrou também da importância da gratuidade. “Nunca, nunca e nunca virar as
costas para não ver. Neste mundo, parece que se você não paga, não pode viver:
no centro está o deus-dinheiro. Quem não pode se aproximar para adorá-lo, acaba
na fome, na doença e na exploração”.
O deserto que se
transforma em floresta
Francisco
ressaltou ainda a importância do perdão: “A amargura, o ressentimento – reiterou
– nos afasta. É preciso construir sempre, na consciência de que todos
necessitamos do perdão por algo que fizemos, todos devemos trabalhar juntos,
nos respeitar e, assim, veremos este milagre: um deserto que se transforma em
floresta”.
Movimento dos Focolares
“A Aldeia para a Terra”
foi organizada com a finalidade de fazer redescobrir “a vocação à fraternidade
universal da cidade de Roma”, através de workshops, jogos, aprofundamentos e a
partilha de experiências. O evento foi organizado em concomitância com a
assinatura do Acordo de Paris na sede na ONU, em Nova Iorque, e por ocasião do
Dia da Terra, e se encerra na segunda-feira (25/04).
...................................................................................................................................
Fonte: radiovaticana.va news.va
Nenhum comentário:
Postar um comentário