sábado, 9 de abril de 2016

Dom Mauro Aparecido na missa desta sexta-feira:
“Sem Jesus a barca não vai para frente”
O quarto dia de atividades da 54ª Assembleia Geral da CNBB, 9 de abril, iniciou com missa no Santuário Nacional de Aparecida (SP). A cerimônia contou com participação dos bispos e padres do regional Sul 2, sendo presidida por dom Mauro Aparecido dos Santos, arcebispo de Cascavel (PR) e presidente do regional, e concelebrada pelo arcebispo de Londrina (PR), dom Orlando Brandes,  e pelo bispo de  São José dos Pinhais (PR),  dom Francisco Carlos Bach. 
Dom Francisco - Dom Mauro - Dom Orlando
Dom Mauro saudou os peregrinos que visitam o Santuário de Aparecida, em especial os jovens de diversas regiões do Brasil que participam da 1ª Romaria Nacional da Juventude, dias 9 e 10 de abril. 
As leituras do dia, Atos dos Apóstolos e o Evangelho de São João capítulo 6, versículo 16, inspiraram a reflexão durante a homilia proclamada por dom Mauro Aparecido. O evangelista retrata a passagem de Jesus que anda sobre as águas, ao encontrar com os discípulos que iam para Cafarnaum. 
“Andar sobre as águas significa que Jesus vence qualquer escuridão e dificuldade. Ele mostra aos discípulos que não é possível caminhar sem a presença do Pai em nossas vidas. Os discípulos sabiam do perigo, porém venceram o medo”, afirmou dom Mauro.
Na reflexão, o bispo disse que “sem Jesus a barca não vai para frente. Por mais capacitados que sejam, sem Jesus, nada podemos fazer. Quando convidam Jesus para subir, a barca chega ao destino”.
Diante das dificuldades que passam as famílias e a sociedade brasileira, dom Mauro lembrou a necessidade de caminhar ao lado de Jesus. “Quem caminha com Ele não fica à margem, não fica no meio do caminho. Apesar da tempestade do dia a dia, vamos chegar ao nosso destino, pois Jesus está com ele”.
Vencer as provações
A passagem de Atos dos Apóstolos, capítulo 6, apresenta episódio em que fiéis de origem grega começaram a queixar-se dos fiéis de origem hebraica. A partir deste exemplo bíblico, dom Mauro lembrou as situações de dificuldades vividas pelas igrejas e comunidades católicas do Brasil.
Bispos em oração
“Os problemas que surgem em nossas comunidades devem ser resolvidos com sabedoria. Todos nós somos chamados a resolver os problemas do dia a dia. Não podemos deixar para trás e sim agir com coração, sem medo”, falou. Para o  arcebispo, quando a Igreja caminha com Jesus, não há motivo para temer: “Irmãos e irmãs, não vamos ficar sangrando o tempo todo. Não podemos viver de ilusões, mas com o pé na realidade”.
Ainda na homilia, dom Mauro agradeceu a presidência da CNBB pela oportunidade dos  bispos do regional Sul 2 celebrarem na 54ª Assembleia Geral da CNBB. Este ano diversas dioceses do Paraná comemoram jubileu, entre elas, a diocese de Jacarezinho que completa 90 anos de criação.
Ao final, o arcebispo rezou com a comunidade presente no Santuário Nacional: “Dai-nos a sabedoria dos doze que escutam e sabem envolver as comunidades nas soluções dos problemas. Dá-nos a criatividade suficiente para enfrentar as dificuldades. Que jamais esqueçamos que Tu estás entre nós!
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Apresentado estudo sobre Solo Urbano

O arcebispo de São Luís (MA) e presidente do Grupo de Trabalho sobre Solo Urbano, dom José Belisário, falou aos bispos, neste quarto dia da 54ª Assembleia Geral da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB), sobre o texto de estudo que tem como eixo a questão fundiária nas cidades.
Apresentação do Estudo
De acordo com dom Belisário, desde que o GT foi criado, em 2014, foram feitas várias reuniões para tratar dos objetivos e da metodologia da construção do documento, que tem como ponto de partida “a preocupação com o sofrimento das pessoas” e está estruturado a partir do método Ver, Julgar e Agir.
A primeira parte do texto aborda as mudanças no processo de urbanização; a supremacia do mercado no processo de constituição e organização do espaço urbano; o déficit habitacional; a violência urbana e a desigualdade social; degradação do meio ambiente; mobilidade; papel do Estado, do mercado imobiliário e as iniciativas populares; a construção da cidadania no solo urbano.
Serão contempladas, ainda, as questões humanas e sociais que envolvem a ética, o direito e a fé; a moradia como direito fundamental e a relativização do direito da propriedade.
Por fim, o estudo aponta a ação social da Igreja, as reformas necessárias, a gestão democrática da cidade e o diálogo com as forças que propõem um novo modo de pensar a cidade.
Fazem parte do Grupo de Trabalho sobre Solo Urbano, além de dom Belizário, o arcebispo de Montes Claros (MG), dom José Alberto Moura; o bispo auxiliar de Salvador (BA), dom Gilson Andrade da Silva; o bispo auxiliar de Brasília (DF), dom Marcony Vinícius Ferreira; o bispo de Barretos (SP), dom Milton Kenan Júnior. O GT conta com a participação dos peritos: monsenhor Joel Portalla, padre Ari Antônio dos Reis, padre Manuel de Oliveira Managão, padre Thiery Lidnard, Alex Magalhães, Ermínia Maricato, Heloísa Soares de Moura Costa, Gladson de Andrade Figueiredo e Luiz Kohara.
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Bispos compartilham
preparativos sobre o 14º Intereclesial das CEBs
"Londrina inclina-se a todos os que lá vierem”, disse dom Orlando Brandes
“CEBs e os desafios do mundo urbano”. Este será o tema do 14º Intereclesial das Comunidades Eclesiais de Base (CEBs), que ocorrerá em Londrina (PR), de 23 a 28 de janeiro de 2018. 
O bispo referencial para as CEBs, dom Giovane Pereira de Melo, e o arcebispo anfitrião do encontro, dom Orlando Brandes, compartilharam, com o episcopado reunido em Aparecida (SP), os encaminhamentos e percepções sobre evento.
Momento de oração
Segundo dom Giovane, são esperados para o 14º Intereclesial cerca de 3 mil delegados do Brasil, América Latina e Europa. 
Conforme o bispo referencial, para preparar o evento já foram realizadas três reuniões ampliadas. “A primeira em janeiro de 2015, quando pudemos conhecer a realidade do norte paranaense. Na segunda reunião, foi possível escolher o tema e o lema. Neste ano, firmamos o número de delegados e aprofundamos o tema do Intereclesial e as ideias que vão compor o texto-base”, descreveu. 
O 14º Intereclesial tem o lema retirado do livro do Êxodo, “Eu vi e ouvi os clamores do meu povo e desci para libertá-los”. 
Para dom Orlando Brandes, a realização do Intereclesial ajudará a sedimentar a experiência das comunidades no Paraná . “As CEBs podem nos auxiliar na dimensão profética e social, que precisamos muito no Paraná, na dimensão da fé e do Evangelho”, disse. 
Dom Orlando enfatizou ainda que “o amor, o profetismo, a dimensão social do Evangelho permanecem nas CEBs”. Lembrou que Londrina tem uma “realidade de agronegócio muito grande” e que é “uma ilha rodeada de soja com muito êxodo rural”. O arcebispo também apontou problemas urbanos e da terra presentes na região. 
Ao final da exposição, convidou os bispos para participarem do evento. “Todos somos convidados. Será um grande testemunho de comunidade e amor trinitário. Para mim, as CEBs são reflexão da Santíssima Trindade. Londrina inclina-se a todos os que lá vierem”, disse.  
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                                 Fonte: cnbb.org.br      Foto 4: Arquidiocese de Londrina

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