Dom Mauro Aparecido na missa desta sexta-feira:
“Sem Jesus a barca não vai para frente”
O quarto dia de
atividades da 54ª Assembleia Geral da CNBB, 9 de abril, iniciou com missa no
Santuário Nacional de Aparecida (SP). A cerimônia contou com participação dos
bispos e padres do regional Sul 2, sendo presidida por dom Mauro Aparecido dos
Santos, arcebispo de Cascavel (PR) e presidente do regional, e concelebrada
pelo arcebispo de Londrina (PR), dom Orlando Brandes, e pelo bispo de
São José dos Pinhais (PR), dom Francisco Carlos Bach.
Dom Francisco - Dom Mauro - Dom Orlando |
Dom Mauro saudou
os peregrinos que visitam o Santuário de Aparecida, em especial os jovens de
diversas regiões do Brasil que participam da 1ª Romaria Nacional da Juventude,
dias 9 e 10 de abril.
As leituras do
dia, Atos dos Apóstolos e o Evangelho de São João capítulo 6, versículo
16, inspiraram a reflexão durante a homilia proclamada por dom Mauro
Aparecido. O evangelista retrata a passagem de Jesus que anda sobre as águas,
ao encontrar com os discípulos que iam para Cafarnaum.
“Andar sobre as
águas significa que Jesus vence qualquer escuridão e dificuldade. Ele mostra
aos discípulos que não é possível caminhar sem a presença do Pai em nossas
vidas. Os discípulos sabiam do perigo, porém venceram o
medo”, afirmou dom Mauro.
Na reflexão, o
bispo disse que “sem Jesus a barca não vai para frente. Por mais capacitados
que sejam, sem Jesus, nada podemos fazer. Quando convidam Jesus para subir, a
barca chega ao destino”.
Diante das
dificuldades que passam as famílias e a sociedade brasileira, dom Mauro lembrou
a necessidade de caminhar ao lado de Jesus. “Quem caminha com Ele não
fica à margem, não fica no meio do caminho. Apesar da tempestade do
dia a dia, vamos chegar ao nosso destino, pois Jesus está com ele”.
Vencer as
provações
A passagem de
Atos dos Apóstolos, capítulo 6, apresenta episódio em que fiéis de origem grega
começaram a queixar-se dos fiéis de origem hebraica. A partir deste exemplo
bíblico, dom Mauro lembrou as situações de dificuldades vividas pelas igrejas e
comunidades católicas do Brasil.
Bispos em oração |
“Os problemas
que surgem em nossas comunidades devem ser resolvidos com sabedoria. Todos nós
somos chamados a resolver os problemas do dia a dia. Não podemos deixar
para trás e sim agir com coração, sem medo”, falou. Para o
arcebispo, quando a Igreja caminha com Jesus, não há motivo para temer:
“Irmãos e irmãs, não vamos ficar sangrando o tempo todo. Não podemos viver de
ilusões, mas com o pé na realidade”.
Ainda na
homilia, dom Mauro agradeceu a presidência da CNBB pela oportunidade dos
bispos do regional Sul 2 celebrarem na 54ª Assembleia Geral da CNBB. Este
ano diversas dioceses do Paraná comemoram jubileu, entre elas, a diocese de
Jacarezinho que completa 90 anos de criação.
Ao final, o
arcebispo rezou com a comunidade presente no Santuário Nacional: “Dai-nos a
sabedoria dos doze que escutam e sabem envolver as comunidades nas soluções dos
problemas. Dá-nos a criatividade suficiente para enfrentar as dificuldades. Que
jamais esqueçamos que Tu estás entre nós!
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Apresentado estudo sobre Solo Urbano
O arcebispo de
São Luís (MA) e presidente do Grupo de Trabalho sobre Solo Urbano, dom José
Belisário, falou aos bispos, neste quarto dia da 54ª Assembleia Geral
da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB), sobre o texto de estudo
que tem como eixo a questão fundiária nas cidades.
Apresentação do Estudo |
De acordo com
dom Belisário, desde que o GT foi criado, em 2014, foram feitas várias reuniões
para tratar dos objetivos e da metodologia da construção do documento, que tem
como ponto de partida “a preocupação com o sofrimento das pessoas” e
está estruturado a partir do método Ver, Julgar e Agir.
A primeira parte
do texto aborda as mudanças no processo de urbanização; a supremacia do mercado
no processo de constituição e organização do espaço urbano; o déficit
habitacional; a violência urbana e a desigualdade social; degradação do meio
ambiente; mobilidade; papel do Estado, do mercado imobiliário e as iniciativas
populares; a construção da cidadania no solo urbano.
Serão
contempladas, ainda, as questões humanas e sociais que envolvem a ética, o
direito e a fé; a moradia como direito fundamental e a relativização do direito
da propriedade.
Por fim, o
estudo aponta a ação social da Igreja, as reformas necessárias, a gestão
democrática da cidade e o diálogo com as forças que propõem um novo modo de
pensar a cidade.
Fazem parte do
Grupo de Trabalho sobre Solo Urbano, além de dom Belizário, o arcebispo de
Montes Claros (MG), dom José Alberto Moura; o bispo auxiliar de Salvador (BA),
dom Gilson Andrade da Silva; o bispo auxiliar de Brasília (DF), dom Marcony
Vinícius Ferreira; o bispo de Barretos (SP), dom Milton Kenan Júnior. O GT
conta com a participação dos peritos: monsenhor Joel Portalla, padre Ari
Antônio dos Reis, padre Manuel de Oliveira Managão, padre Thiery Lidnard, Alex
Magalhães, Ermínia Maricato, Heloísa Soares de Moura Costa, Gladson de Andrade
Figueiredo e Luiz Kohara.
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Bispos compartilham
preparativos sobre o 14º Intereclesial das CEBs
preparativos sobre o 14º Intereclesial das CEBs
"Londrina
inclina-se a todos os que lá vierem”, disse dom Orlando Brandes
“CEBs e os desafios do mundo urbano”. Este
será o tema do 14º Intereclesial das Comunidades Eclesiais de Base (CEBs), que
ocorrerá em Londrina (PR), de 23 a 28 de janeiro de 2018.
O bispo
referencial para as CEBs, dom Giovane Pereira de Melo, e o arcebispo anfitrião
do encontro, dom Orlando Brandes, compartilharam, com o episcopado reunido em
Aparecida (SP), os encaminhamentos e percepções sobre evento.
Momento de oração |
Segundo dom
Giovane, são esperados para o 14º Intereclesial cerca de 3 mil delegados do
Brasil, América Latina e Europa.
Conforme o bispo
referencial, para preparar o evento já foram realizadas três reuniões
ampliadas. “A primeira em janeiro de 2015, quando pudemos conhecer a realidade
do norte paranaense. Na segunda reunião, foi possível escolher o tema e o lema.
Neste ano, firmamos o número de delegados e aprofundamos o tema do
Intereclesial e as ideias que vão compor o texto-base”, descreveu.
O 14º
Intereclesial tem o lema retirado do livro do Êxodo, “Eu vi e ouvi os clamores
do meu povo e desci para libertá-los”.
Para dom Orlando
Brandes, a realização do Intereclesial ajudará a sedimentar a experiência das
comunidades no Paraná . “As CEBs podem nos auxiliar na dimensão profética e
social, que precisamos muito no Paraná, na dimensão da fé e do Evangelho”,
disse.
Dom Orlando
enfatizou ainda que “o amor, o profetismo, a dimensão social do Evangelho
permanecem nas CEBs”. Lembrou que Londrina tem uma “realidade de agronegócio
muito grande” e que é “uma ilha rodeada de soja com muito êxodo rural”. O
arcebispo também apontou problemas urbanos e da terra presentes na
região.
Ao final da
exposição, convidou os bispos para participarem do evento. “Todos somos
convidados. Será um grande testemunho de comunidade e amor trinitário. Para
mim, as CEBs são reflexão da Santíssima Trindade. Londrina inclina-se a todos
os que lá vierem”, disse.
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Fonte: cnbb.org.br Foto 4: Arquidiocese de Londrina
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