sábado, 16 de abril de 2016

Leituras do

4º Domingo da Páscoa


1ª Leitura: At 13,14.43-52
Naqueles dias, Paulo e Barnabé partindo de Perge, chegaram a Antioquia da Pisídia. E, entrando na sinagoga em dia de sábado, sentaram-se.
Muitos judeus e pessoas piedosas convertidas ao judaísmo seguiram Paulo e Barnabé. Conversando com eles, os dois insistiam para que continuassem fiéis à graça de Deus.
No sábado seguinte, quase toda a cidade se reuniu para ouvir a palavra de Deus. Ao verem aquela multidão, os judeus ficaram cheios de inveja e, com blasfêmias, opunham-se ao que Paulo dizia.
Então, com muita coragem, Paulo e Barnabé declararam: “Era preciso anunciar a palavra de Deus primeiro a vós. Mas, como a rejeitais e vos considerais indignos da vida eterna, sabei que vamos dirigir-nos aos pagãos. Porque esta é a ordem que o Senhor nos deu: ‘Eu te coloquei como luz para as nações, para que leves a salvação até os confins da terra’”.
Os pagãos ficaram muito contentes, quando ouviram isso, e glorificavam a palavra do Senhor. Todos os que eram destinados à vida eterna, abraçaram a fé. Desse modo, a palavra do Senhor espalhava-se por toda a região.
Mas os judeus instigaram as mulheres ricas e religiosas, assim como os homens influentes da cidade, provocaram uma perseguição contra Paulo e Barnabé e expulsaram-nos do seu território.
Então os apóstolos sacudiram contra eles a poeira dos pés, e foram para a cidade de Icônio. Os discípulos, porém, ficaram cheios de alegria e do Espírito Santo.
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Salmo: 99
 Sabei que o Senhor, só ele, é Deus, nós somos seu povo e seu rebanho.
 Sabei que o Senhor, só ele, é Deus, nós somos seu povo e seu rebanho.
 Aclamai o Senhor, ó terra inteira,/ servi ao Senhor com alegria,/ ide a ele cantando jubilosos!
 Sabei que o Senhor, só ele, é Deus,/ ele mesmo nos fez, e somos seus,/ nós somos seu povo e seu rebanho.
 Sim, é bom o Senhor e nosso Deus,/ sua bondade perdura para sempre,/ seu amor é fiel eternamente!
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2ª Leitura: Ap 7,9.14b-17
Eu, João, vi uma multidão imensa de gente de todas as nações, tribos, povos e línguas, e que ninguém podia contar. Estavam de pé diante do trono e do Cordeiro; trajavam vestes brancas e traziam palmas na mão.
Então um dos anciãos me disse: “Esses são os que vieram da grande tribulação. Lavaram e alvejaram as suas roupas no sangue do Cordeiro.
Por isso, estão diante do trono de Deus e lhe prestam culto, dia e noite, no seu templo. E aquele que está sentado no trono os abrigará na sua tenda.
Nunca mais terão fome nem sede. Nem os molestará o sol, nem algum calor ardente. Porque o Cordeiro, que está no meio do trono, será o seu pastor e os conduzirá às fontes da água da vida. E Deus enxugará as lágrimas de seus olhos”.
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Evangelho:  Jo 10,27-30
Naquele tempo, disse Jesus: “As minhas ovelhas escutam a minha voz, eu as conheço e elas me seguem. Eu dou-lhes a vida eterna e elas jamais se perderão. E ninguém vai arrancá-las de minha mão.
Meu Pai, que me deu estas ovelhas, é maior que todos, e ninguém pode arrebatá-las da mão do Pai. Eu e o Pai somos um”.
Reflexão
O Bom Pastor nos conduz a Deus
Muitas pessoas procuram orientação, mas a sociedade em que vivemos mais manipula que orienta! Estamos sendo seduzidos pelos interesses do dinheiro e do poder. Pensando que somos livres e seguimos nosso próprio caminho, somos levados pelo sistema e pela propaganda … enquanto se esconde em nós, envergonhado, o desejo de ser conduzido de modo confiável e verdadeiro.
Na Bíblia, quem conduz chama-se pastor. É disso que trata o evangelho. Jesus se apresentou como o pastor fidedigno (Jo 10,11-18); no trecho que é lido hoje (10,27-30), ele fundamenta sua confiabilidade no amor que o une ao Pai (“Eu e o Pai somos um”). Por este amor, ele nos conduz a Deus, e ninguém nos poderá arrebatar dele e do Pai.
Jesus é o Bom Pastor
Deus é “mistério”. Não conseguimos concebê-lo com clareza. Ele é grande demais para que o possamos descrever. É a “instância última” de nossa vida. Mas Jesus o torna acessível, visível. Podemos orientar nossa vida para a instância última graças a Jesus que nos conduz, se a ele no confiamos. Jesus está tão unido a Deus que, para nós, ele é a presença de Deus em pessoa. Nele, estamos em Deus. Deus é a “pastagem”, a felicidade para onde Jesus-Pastor nos conduz.
Na 2ª  leitura, este pastor é apresentado como sendo também “cordeiro”, vítima pascal, que resgata e liberta da escravidão as ovelhas que somos nós. Esta imagem vem completar a do pastor. Pois um pastor parece muito chefe. Jesus é também ovelha, igual a nós, porém totalmente consagrada a Deus. Ele nos conduz a Deus, vivendo a nossa própria situação.
Como somos conduzidos por Jesus? Não mecanicamente! Ele nos conduz, mas não nos força! A nós cabe o esforço. Devemos “conhecer” Jesus, gravar seu retrato em nosso coração. Depois, com esta imagem na cabeça e no coração, vamos olhar para a nossa vida e seus desafios. Vamos perguntar o que Jesus faria se estivesse em nossa situação. Finalmente, apoiados pela comunidade eclesial, vamos escolher o caminho que acreditamos sinceramente que ele escolheria. Este será o caminho de Jesus-Pastor.
Caminho para todos. As leituras de hoje nos mostram que as palavras e o caminho de Jesus se destinam a todos, judeus e não-judeus. Paulo rompeu o confinamento cultural da mensagem de Jesus dentro do mundo judeu. Também hoje, para que o rebanho possa ser integrado por quantos quiserem e siga sem impedimento o Cordeiro-Pastor, é preciso romper barreiras e confinamentos. Inculturar o evangelho em outras culturas que não a tradicional cultura ocidental. Nas culturas afro-brasileira e ameríndia do Brasil. E assim pelo mundo afora. Para constituir a grande multidão de todas as nações, tribos, povos e línguas que seguem o Cordeiro, como diz o Apocalipse (7,9).
                                 Do livro “Liturgia Dominical”, de Johan Konings, SJ, Editora Vozes
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              Reflexão: franciscanos.org.br   Banner: cnbb.org.br   Ilustrações: franciscanos.org.br

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