É o Espírito Santo o protagonista da Igreja!
Cidade do
Vaticano (RV) – O Papa Francisco celebrou a Santa Missa na manhã desta
quinta-feira, (28/04), na capela da Casa Santa Marta.
Na sua homilia,
comentando a célebre passagem dos Atos dos Apóstolos sobre o chamado “Concílio”
de Jerusalém, o Papa observa que “o protagonista da Igreja” é o Espírito Santo.
“É Ele que desde o primeiro momento deu força aos apóstolos para proclamar o Evangelho”,
é “o Espírito que faz tudo, o Espírito que conduz a Igreja adiante” mesmo “com
seus problemas”, mesmo "quando se desencadeia a perseguição” é “Ele que dá
força aos crentes para permanecerem na fé”, inclusive nos momentos “de
resistência e insistência dos doutores da lei”.
Santo Espírito, iluminai-nos! |
Neste caso, há
uma dupla resistência à ação do Espírito: a daqueles que acreditavam que “Jesus
tinha vindo somente para o povo eleito” e daqueles que queriam impor a lei de
Moisés, incluindo a circuncisão, aos pagãos convertidos. O Papa observou que
"houve uma grande confusão em tudo isso":
“O Espírito
colocava seus corações em uma estrada nova: eram as surpresas do Espírito. E os
apóstolos viram-se em situações que nunca teriam imaginado, situações novas. E
como lidar com estas novas situações? Por isso, a narração de hoje começa
assim: 'Naqueles dias, tinha surgido uma grande discussão', uma calorosa
discussão, porque discutiam sobre este assunto. Eles, por um lado, tinham o
poder do Espírito – o protagonista – que impulsionava a avançar, avançar,
avançar ... Mas o Espírito os levava a certas novidades, certas coisas que
nunca tinham sido feitas. Nunca. Nem mesmo as tinham imaginado. Que os pagãos
recebessem o Espírito Santo, por exemplo”.
Os discípulos
“tinham um grande problema nas mãos e não sabiam o que fazer”. Assim,
convocaram uma reunião em Jerusalém, onde “cada um contou a sua experiência” de
como o Espírito Santo também descesse sobre os pagãos:
“E, no final,
chegaram a um acordo. Mas antes há uma coisa bonita: 'Toda a assembleia ficou
em silêncio e ouviu Barnabé e Paulo, que relatavam os grandes sinais e
prodígios que Deus havia realizado entre as nações, entre eles'. Ouvir, não ter
medo de ouvir. Quando alguém tem medo de ouvir, não tem o Espírito em seu
coração. Ouvir: 'Você o que acha e por quê?'. Ouvir com humildade. E, depois, de
terem ouvido decidiram enviar às comunidades gregas, isto é, aos cristãos que
vieram do paganismo, enviar alguns discípulos para tranquilizá-los e
dizer-lhes: 'Tudo bem, continuem assim’”.
Depois de ouvir
e discutir, decidem escrever uma carta na qual “o protagonista é o Espírito
Santo”. E então afirmam: “O Espírito Santo e nós decidimos...”. “Este – afirma
o Papa – é o caminho da Igreja face às novidades, não às novidades mundanas,
como modas e roupas, mas às novidades, as surpresas do Espírito, porque o Espírito
sempre nos surpreende. E como a Igreja resolve isso? Como enfrenta estes
problemas para resolvê-los? Com reuniões, com a escuta, o debate, a oração e a
decisão final”:
“Este é o
caminho da Igreja até hoje. E, quando o Espírito nos surpreende com uma coisa
que parece nova, ‘que nunca foi assim’, ‘deve-se fazer assim’, pensem no
Vaticano II, nas resistências ao Concílio... e o cito porque é um evento
próximo de nós. Quantas resistências: ‘mas não...’. Ainda hoje persistem
resistências, de uma forma ou outra, e o Espírito vai adiante. O caminho da
Igreja é esse: reunir-se, unir-se juntos, ouvir-se, discutir, rezar e decidir.
Esta é a chamada sinodalidade da Igreja, na qual se expressa a comunhão da
Igreja. E quem faz a comunhão? É o Espírito! De novo é ele o protagonista. O
que nos pede o Senhor? Docilidade ao Espírito. O que nos pede o Senhor? Para
não termos medo ao ver que é o Espírito que nos chama”.
“O Espírito –
releva o Papa – às vezes nos detém”, como fez com São Paulo, para ir de um
lugar ao outro, “não nos deixa sós, nos dá coragem, nos dá paciência, nos faz
percorrer, seguros, o caminho de Jesus, nos ajuda a vencer as resistências e a
ser fortes no martírio”. “Peçamos ao Senhor – concluiu – a graça de entender
como a Igreja vai avante, entender como, desde o primeiro momento, enfrentou as
surpresas do Espírito e também, para um de nós, a graça da docilidade ao
Espírito, para percorrermos o caminho que o Senhor Jesus quer para cada um de
nós e para toda a Igreja”. (CM-SP)
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Papa visita dois Organismos da Cúria Romana
O Santo Padre continua a fazer suas visitas imprevistas aos
Organismos da Cúria Romana que, este ano, assumem um significado particular no
contexto do Jubileu extraordinário da Misericórdia.
Papa preside reunião com chefes de Organismos da Cúria Romana |
Francisco
dedicou a manhã desta quinta-feira (28/04) para visitar a Administração do
Patrimônio da Santa Sé (APSA) e a Secretaria para a Economia do Vaticano.
Até agora, o
Papa visitou outras sedes de Organismos vaticanos, como o Pontifício Comitê das
Ciências Históricas, a Congregação para a Educação Católica, a Congregação para
o Clero e a Congregação para os Institutos de Vida Consagrada.
Mais
recentemente, o Papa visitou ainda a Congregação para as Igrejas Orientais, o
Pontifício Conselho “Cor Unum” e Pontifício Conselho para a Promoção da Nova
Evangelização. (MT)
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Fonte: radiovaticana.va
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