"Deus não manda desgraças para nos castigar"
Cidade do
Vaticano (RV) – “Cotidianamente, os jornais nos trazem notícias tristes:
homicídios, acidentes e catástrofes”: a partir desta constatação, o Papa
Francisco refletiu domingo (28/02) sobre o trecho do Evangelho do dia, que
relata dois fatos trágicos que causaram naquele tempo muito impacto: uma
repressão cruenta perpetrada por soldados romanos dentro do templo; e o
desabamento da torre de Siloé, em Jerusalém, que deixou 18 mortos.
No encontro
para a oração dominical do Angelus, Francisco explicou aos fiéis presentes na Praça
São Pedro o episódio narrado por Lucas: Jesus sabia que as pessoas
interpretavam aquele tipo de evento de modo errado. Pensavam que se os homens
morreram de modo tão cruel, isto era um sinal que Deus os havia castigado
porque tinham cometido alguma culpa grave e por isso, “mereciam a morte”.
Exame de consciência, arrependimento e salvação |
Naturalmente, Deus
não permite tragédias para punir culpas, e afirma que aquelas pobres vítimas
não eram piores do que os outros. E diz que aqueles eventos dolorosos deviam
ser uma advertência para todos, porque somos todos pecadores.
Ainda hoje,
diante de certas desgraças e acontecimentos tristes, temos por vezes a tentação
de ‘desencarregar’ a responsabilidade nas vítimas, mas o Evangelho nos convida
a refletir: que ideia temos de Deus?
Ele nos convida
a mudar o coração, a dar uma guinada no caminho de nossas vidas, a deixar de
lado os compromissos com o mal e as hipocrisias (comuns a todos, segundo o
Papa) e a percorrer com decisão o caminho do Evangelho.
Francisco voltou
a nos pedir para “não julgarmos jamais os outros” e alertou para a “tentação de
nos justificarmos, quando acreditamos ser pessoas boas, crentes e
suficientemente praticantes”:
Nunca é tarde
demais para se converter. É urgente, é hora!
E improvisando,
lembrou que este tempo de Quaresma e de Jubileu da Misericórdia são ocasiões de
arrependimento e salvação, convidando a fazermos um exame de consciência. (CM)
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Fonte: radiovaticana.va news.va
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