Santidade: a alegria e a liberdade plenas para servir
Existe dizia
Charles Peguy uma só tristeza: a de não ser santo. Na solenidade de Todos os
Santos a Igreja nos lembra da vocação universal à santidade homenageando todos
aqueles que sofreram com Cristo e com Ele são glorificados. Nesta festa se
incluem todos e todas que embora não figurem no Catálogo Oficial dos Santos,
pertencem e estão inseridos plenamente na feliz família da comunhão dos santos.
Nesta liturgia a
alegria transborda por ver realizadas por inteiro tantas vidas que se doaram
sem medida, seguindo com fidelidade a Jesus Cristo nosso irmão compassivo e
Salvador. Com eles aprendemos que o caminho das bem aventuranças não é um
roteiro idealista mas um autêntico programa de vida que nos santifica e nos
liberta. Esta festa desencadeia como falava São João Paulo II uma verdadeira
pedagogia da santidade revelando as aspirações do nosso coração e o fascínio
que sempre exercerão aqueles que buscaram sem reservas servir com amor a Deus e
aos irmãos.
Os santos nossos
amigos e irmãos são nossos mestres e treinadores espirituais motivando-nos a
dar o melhor de nós mesmos e a interpelar-nos como fez Santo Agostinho: se eles
conseguiram porque também não posso chegar lá?
Para ser santo é
necessário quebrar clichés e estereótipos simplórios, não só religiosos, bispos
ou padres podem ser santos, senão todos aqueles de todas as idades, condições,
etnias, nações e posições sociais, que optem radicalmente por Cristo e decidam
segui-lo sem amarras ou compensações. Muitos santos viveram entre nós uma vida
muito simples, em nada diferente a seu povo e a seus vizinhos, mas realizavam
de modo extraordinário o ordinário e comum, colocando amor em tudo e
tornando-se um irmão/ã universal isto é acolhendo, reconciliando e dando a vida
por todos/as.
Assim como é
verdade que uma alma santa eleva o mundo, que força não terá esta maravilhosa
comunhão dos santos que nos envolve, nos estimula e nos desinstala? Eles
oferecem o rosto da Esposa sem mancha, amorosa e fiel, transformando a Igreja
em uma comunidade misericordiosa, cuidadora e promotora dos pobres e pequenos,
samaritana e servidora. Que sejamos evangelizadores e missionários com o ardor
dos santos, tomados e conduzidos por inteiro pelo. Espírito Santo.
Deus seja
louvado!
Dom Roberto
Francisco Ferreria Paz - Bispo Diocesano de Campos
...............................................................................................................................
Fonte: radiovaticana.va Ilustração: arquidiocesedebrasilia.org.br
Nenhum comentário:
Postar um comentário