Generosidade
Não
fosse a generosidade do amor de Deus, o ser humano não teria futuro na terra.
Ninguém perde
nada quando se abre para ajudar o semelhante. Ao contrário, ganha em dignidade,
sabedoria e cidadania. O próprio Jesus ensina que sai lucrando quem é capaz de
se sacrificar pelo bem do semelhante, até dando a vida, como Ele fez. Além de
ter a recompensa em humanidade, tem a recompensa divina.Dom Alberto Moura |
Não fosse a
generosidade do amor de Deus, o ser humano não teria futuro na terra. Ele
mandou seu Filho Jesus para nos ensinar a sermos solidários e misericordiosos
com o semelhante (Cf. Hebreus 9,28). Apesar de tanta injustiça humana, há quem
salve a população, como verdadeiro para-raio. Temos pessoas generosas, que dão
de si pelo bem do semelhante. São incansáveis em sua doação de tempo, de
trabalho e condivisão do que possuem. Lutam por causas da justiça e da
dignidade humanas. Unem-se a movimentos de promoção de políticas públicas para
o serviço ao bem comum. São de participação positiva na vida da comunidade.
Estão prontas para ajudar no quer for preciso. Usam dos próprios dons para
servirem o próximo e as instituições de assistência e promoção humana, como
fala o salmista (Cf. Salmo 145- ou 146). Na vida religiosa não se omitem em
ajudar a evangelizar.
A generosidade
não significa necessariamente em se dar grande quantidade de benefícios aos
outros, mas sim em dar grande proporção do que se tem. Jesus elogiou a viúva
pobre, que colocou no cofre do templo duas moedas, ou seja, tudo o que possuía,
enquanto ricos colocaram muito, mas do que lhes sobrava (Cf. Marcos 12,41-44).
Muitas vezes há quem é tido como benfeitor porque deu boa contribuição a outros
ou até a obras de caridade, mas poderia dar muito mais. Outros dão pouco, mas
isso foi fruto de grande sacrifício para si.
Precisamos
educar muito as pessoas para o altruísmo, ou seja, para uma convivência
cidadã, em que se trabalhe para o bem do semelhante e de toda a sociedade,
priorizando quem é mais carente de inclusão social. O Evangelho nos aponta a
necessidade de olharmos o próximo com atitude do bom samaritano. Hoje há forte
cultura da subjetividade, que faz muitos se fecharem para dentro de si mesmos,
não cuidando do bem comum. Aliás, a solução para os problemas da humanidade
está na abertura para a prática do serviço ao outro. Dessa forma, cada um vai
pensar na melhor forma de cuidar da convivência justa, solidária e fraterna.
Vai-se convencer de que somente teremos paz quando formos realmente
comprometidos com o cuidado de todos. A prática da generosidade é o ingrediente
indispensável para vivermos como pessoas de bom caráter e de amor ao
semelhante.
Dom José Alberto
Moura - Arcebispo
Metropolitano de Montes Claros
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Fonte: cnbbleste2.org.br
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