Francisco:
O amor é a força do reino de Cristo
Cidade do
Vaticano (RV) – Milhares de fiéis rezaram com o Papa Francisco o Angelus este
domingo de sol e frio na capital italiana.
Na Praça São
Pedro, antes da oração mariana, o Papa recordou a solenidade de Cristo Rei do
Universo. O Evangelho, disse Francisco, nos faz contemplar Jesus enquanto se
apresenta a Pilatos como rei de um reino que “não é deste mundo”.
“Isto não
significa que Cristo seja rei de outro mundo, mas que é rei de outro modo,
mas é rei neste mundo”, explicou, acrescentando que se trata de uma
contraposição entre duas lógicas. A lógica mundana se fundamenta na ambição e
na competição, combate com as armas do medo, da chantagem e da manipulação das
consciências. A lógica evangélica, ao invés, se expressa na humildade e
na gratuidade, se afirma silenciosa, mas eficazmente com a força da verdade.
Na falência, o
amor
Francisco saúda a multidão |
Mas é na Cruz
que Jesus se revela rei: “Mas alguém pode dizer: ‘Padre, isto foi uma
falência'. Mas é justamente na falência do pecado, das ambições humanas, que
está o triunfo da Cruz, da gratuidade do amor. Na falência da Cruz se vê o
amor.”
Falar de potência
e de força para o cristão, disse o Papa, significa fazer referência à potência
da Cruz e à força do amor de Jesus. Se Ele tivesse descido da Cruz, teria
cedido à tentação do príncipe deste mundo; ao invés, Ele não salva a si mesmo
para poder salvar os outros.
"Dizer que
Jesus deu a vida pelo mundo é verdadeiro, mas é mais bonito dizer que Jesus deu
a sua vida por mim”, afirmou Francisco, que pediu a todos na Praça que
repetissem essas palavras em seus corações.
Bom ladrão
No Calvário,
quem entende a atitude de Cristo é o bom ladrão, um dos malfeitores
crucificados com Ele, que suplica: “Jesus, lembra-te de mim quando vieres com
teu reino”.
“A força do
reino de Cristo é o amor: por isto a realeza de Jesus não nos oprime, mas nos
liberta das nossas fraquezas e misérias, encorajando-nos a percorrer os
caminhos do bem, da reconciliação e do perdão.” E mais uma vez o Papa pediu a
participação dos peregrinos, convidando-os a repetirem as palavras do bom
ladrão quando nos sentirmos fracos, pecadores e derrotados.
E
concluiu: “Diante de tantas dilacerações no mundo e das demasiadas feridas
na carne dos homens, peçamos a Nossa Senhora que nos ampare no nosso esforço
para imitar Jesus, nosso rei, tornando presente o seu reino com gestos de
ternura, de compreensão e de misericórdia.” (BF)
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Francisco pede orações por sua viagem à África
Ao final do Angelus deste domingo (22/11), o Papa pediu orações
aos fiéis e peregrinos na Praça São Pedro, por sua iminente viagem à África:
“Quarta-feira
que vem, inicio a viagem à África, visitando Quênia, Uganda e a República
Centro-Africana. Peço a todos vocês que rezem por esta viagem, para que seja
para todos esses queridos irmãos, e também para mim, um sinal de proximidade e
de amor. Peçamos juntos a Nossa Snehora que abençoe essas terras queridas, para
que haja paz e prosperidade”, disse o Papa, que rezou com os peregrinos uma
Ave-Maria.
Rádio Vaticano
Nairóbi, no Quênia, uma das cidades que receberá o Papa |
O Programa
Brasileiro prepara uma programação especial para a 11ª Viagem Apostólica do
Papa. Serão 19 transmissões ao vivo, com comentários em português.
Em Nairóbi,
entre as principais atividades, Francisco vai conhecer a realidade das favelas
da capital queniana e falar aos jovens no estádio da cidade. Também visitará a
sede da ONU no país.
Em Uganda,
destaque para a visita aos santuários dos mártires católicos e anglicanos e
para o encontro com os jovens na capital Campala. Em Bangui, Francisco
conhecerá um campo de refugiados antes de presidir à missa de encerramento da
viagem com abertura da Porta Santa.
Barcelona
Ainda após o
Angelus, o Papa recordou a beatificação ocorrida no sábado, em Barcelona, de
Ferderico de Berga e 25 companheiros mártires, capuchinhos, assassinados na
Espanha durante a feroz perseguição contra a Igreja no século passado.
“Confiemos a
intercessão deles os nossos muitos irmãos e irmãs que, infelizmente ainda hoje,
em várias partes do mundo, são perseguidos por causa da fé em Cristo.” (BF)
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Fonte: radiovaticana.va news.va
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