Semana da Pátria
A nossa Pátria vive momentos de grande aflição. O dia 7 de setembro deste ano será um dia com poucos motivos para celebrar o Dia da Pátria como merece ser celebrado. As notícias sobre a vida política nacional divulgam acusações e denúncias sobre corrupção de políticos envolvendo grandes somas de dinheiro, está gerando grande perplexidade e a exigência de averiguação a fim de que a verdade seja conhecida.
A crise política
por que passa o Brasil, a mais aguda desde a retomada da democracia dos anos
80, é antes de tudo, uma crise moral e ética. Esse mar de corrupção que
envergonha os que fazem questão da honra e do bem significa a falência dos
principais pilares de uma sociedade minimamente estabelecida. É necessário
esclarecer, separar o joio do trigo, aferir responsabilidades e sanar, o quanto
antes, o ambiente político no país.
Busquemos juntos as soluções pacíficas e democráticas para o bem do povo brasileiro |
Criou-se um
clima de desconfiança e de perda de credibilidade que atinge o governo e sobre
os quais se depositava a esperança de reformas e mudanças indispensáveis para
superar os efeitos negativos do atual sistema econômico. Muitas pessoas sentem
que o Brasil foi traído por maus políticos.
A Semana da
Pátria e especialmente o Dia da Pátria, nos faz refletir sobre a verdadeira
raiz e as exatas exigências do patriotismo. Em que irá consistir o nosso
patriotismo? Será principalmente no empenho sincero e constante em edificar uma
Pátria baseada na honestidade de governantes e governados, na existência e
cumprimento de leis justas, primazia do bem comum sobre as vantagens
particulares, liberdade, ordem, segurança e justiça para todos.
O
patriotismo como consciência nacional, como amor e interesse pela Pátria, como
empenho generoso pelo progresso do País até a prontidão para o sacrifício é uma
verdadeira virtude cívica. Diante da situação complexa e vergonhosa atual,
somos convocados a exercer o dever de cidadania, unindo forças para reforçar as
bases democráticas em busca de soluções visíveis para o bem do Brasil e do povo
brasileiro.
Nas próximas
eleições devemos banir do Congresso Nacional, através dos nossos votos, todos
aqueles que são comprovadamente corruptos. Vivemos um momento onde avultam
gravíssimos problemas e deficiências que não podem ser obscurecidas pelo
entusiasmo da festa do Dia da Pátria. Pelo contrário, eles devem ser corrigidos
para um maior brilhantismo dessa importante data. Para um homem sensato e
realista, essa festa torna-se excelente oportunidade para um estudo atento dos
erros e acertos de nossa vida como Nação.
Os fatores que
limitam a liberdade plena do povo e retardam o desenvolvimento do país além de
enfraquecer o espírito patriótico são: toda espécie de corrupção, impunidade,
políticos corruptos (vendendo suas consciências!), todo tipo de violência, a
falta de justiça para todos, a exploração dos pobres e especialmente dos
menores, a disseminação desenfreada do narcotráfico, a falta de moradia digna,
a ausência de empregos e aposentadorias com remuneração justa, a
inacessibilidade a uma boa educação por parte de milhões de brasileiros, a
falência e inoperância do sistema público de saúde etc.
A prioridade
insubstituível é a dignidade da pessoa que deve presidir a organização do
Estado. Todos estes fatores ameaçam a liberdade do povo e até a estabilidade da
Nação. Os políticos precisam com urgência respeitar os princípios éticos e
morais e o oitavo mandamento de Deus “Não furtarás” no desenvolvimento de sua
função, algo que inclua a obrigação de apurar os fatos referentes à corrupção
atual, identificando os responsáveis, aplicar as leis que exigem uma exemplar
punição para os corruptos e promover o ressarcimento do dinheiro ilicitamente
desviado. É assim que vamos respeitar a Pátria.
Pe. Dr. Brendan
Coleman Mc Donald, C.Ss.R. - Assessor da CNBB Regional NE1
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Fonte: a12.com
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