Cidade do
Vaticano (RV) - Deus reconcilia e pacifica caminhando com o seu povo. É o que
disse o Papa na missa matutina na Capela da Casa Santa Marta, nesta terça-feira
(8/9). Francisco se inspirou na memória do nascimento de Nossa Senhora para
destacar que todos somos chamados a ser humildes e próximos aos nossos irmãos,
como nos ensinam as Bem-aventuranças e o capítulo 25 do Evangelho de Mateus.
Devemos estar próximos uns dos outros |
“Como Deus
reconcilia”, “qual é o estilo de reconciliação de Deus”. Francisco
desenvolveu sua reflexão a partir destas interrogações no dia em que se recorda
o nascimento de Maria. A tarefa de Jesus, disse, foi aquela de “reconciliar e
pacificar”, Mas, advertiu: para reconciliar, Deus não faz “uma grande
assembleia”, não assina “um documento”. Deus, afirmou, “pacifica com uma
modalidade especial. Reconcilia e pacifica no caminho”.
“Mas, também no
caminho: caminhando. O Senhor não quis pacificar e reconciliar com a vareta
mágica: hoje – tuf! – tudo feito! Não. Colocou-Se a caminhar com o seu povo e
quando ouvimos este trecho de Mateus: mas, é um pouco chato, não? Isso gerou
isso, isso gerou aquilo, isto gerou aquilo... É um elenco: mas é o caminho de
Deus. O caminho de Deus entre os homens, bons e maus, porque neste elenco estão
santos e criminosos pecadores, também. Há tanto pecado, aqui. Mas Deus não se
assusta: caminha. Caminha com o seu povo”.
E neste caminho,
acrescentou: “faz crescer a esperança do seu povo, a esperança no Messias”. O
nosso, disse o Papa ao recordar um trecho do Deuteronômio, é um “Deus próximo”.
Caminha com o seu povo. E, descreveu, “este caminhar com bons e maus nos doa o
nosso estilo de vida”.
Deus sonha
coisas belas para seu povo
Como, portanto,
sendo cristãos, devemos caminhar para pacificar como fez Jesus, questiona o
Papa? Colocando em prática o protocolo do amor para com o próximo, é a sua
resposta, o capítulo 25 do Evangelho de Mateus:
“O povo sonhava
a libertação. O povo de Israel tinha este sonho porque recebeu a promessa de
ser libertado, de ser pacificado e reconciliado. José sonha: o sonho de José é
como a síntese do sonho de toda esta história do caminho de Deus com o seu
povo. Mas não só José tem sonhos: Deus sonha. O nosso Pai, Deus, tem sonhos, e
sonha coisas belas para o seu povo, para cada um de nós, porque é Pai e, sendo
Pai, pensa e sonha o melhor para os seus filhos”.
Na nossa
dimensão, há tudo: a paz e a reconciliação de Deus
Deus é
onipotente e grande, disse Francisco, mas nos “ensina a fazer a grande obra da
pacificação e da reconciliação no nosso contexto, no caminho, em não perder a
esperança com aquela capacidade de sonhar grandes sonhos, grandes horizontes”.
Hoje, destacou, na comemoração de uma etapa determinante da história da
Salvação, o nascimento de Nossa Senhora, peçamos a graça da unidade, da
reconciliação e da paz”:
“Mas sempre em
caminho, em proximidade com os outros, como nos ensinam as Bem-aventuranças e
Mateus 25, e também com grandes sonhos. E prossigamos a celebração, agora, do
memorial do Senhor no nosso contexto: um pequeno pedaço de pão, um pouco de
vinho.... Mas nesta pequena dimensão há tudo. Está o sonho de Deus, está o seu
amor, está a sua paz, está a sua reconciliação, está Jesus: Ele é tudo isto”. (RB/BF)
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Assista à homilia do Papa:
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Fonte: radiovaticana.va news.va
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