“Papa não é celebridade, é Servo dos servos de Deus”
Cidade do
Vaticano (RV) – Na tradicional conversa a bordo com os jornalistas realizada ao
final das viagens, o Papa disse que não é uma “estrela” mas que o Pontífice é o
“Servo dos servos de Deus”. Francisco ainda declarou-se surpreendido pela
“calorosa” acolhida recebida nos Estados Unidos. Falou ainda que o maior
desafio para a Igreja nos EUA é estar próxima das pessoas e que “foi duro” com
os bispos acerca dos abusos sexuais.
Papa durante a conversa com jornalistas |
“O Papa deve…
Sabes qual era o título que os Papas usavam e que se deve usar? Servo dos
servos de Deus. É um pouco diferente de uma celebridade. As estrelas são
bonitas de se ver, eu gosto de vê-las quando o céu está limpo no verão... Mas o
Papa deve ser – deve ser! – o Servo dos servos de Deus. Sim, na imprensa se usa
isso, mas há uma outra verdade: quantas estrelas vimos que depois se apagam e
caem. É uma coisa passageira. Ao invés, ser ‘Servo dos servos de Deus’, isso é bonito!
Não passa! Não sei… Assim, penso eu”
“Divórcio
católico”
Sobre o seu
recente Motu Proprio que facilitou o processo de nulidade matrimonial, o Papa
reiterou que o “divórcio católico” não existe. “Ou não foi matrimônio – e esta
é a nulidade, não existiu – e se existiu é indissolúvel. Isto é claro”.
China
Ao recordar que
já se havia manifestado sobre seu desejo de ver estabelecidas relações
diplomáticas entre Santa Sé e China, o Papa disse que “existem contatos e
diálogo”. “Para mim, ter um país amigo como a China, que tem tanta cultura e
tanta possibilidade de fazer bem, seria uma alegria”.
Colômbia
Sobre o acordo
de paz na Colômbia, o Papa disse sentir-se parte não por ter uma atuação direta
e sim porque “sempre desejou isso”. “Falei duas vezes com o presidente Juan
Manuel Santos sobre o problema, e a Santa Sé – não somente eu – a Santa Sé está
aberta a ajudar como puder”.
Objeção de
consciência
No contexto de
uma resposta sobre “funcionários do governo” que se rejeitam realizar o
trabalho segundo a lei, o Papa disse que a objeção de consciência é um direito
humano. “Se a uma pessoa não é permitido exercer a objeção de consciência, essa
é a negação de um direito”.
“Sucesso” da
viagem
Ao ser
questionado se se “sentia mais forte” após o sucesso da viagem, Francisco
afirmou que deve continuar no caminho do serviço porque sente que ainda não faz
tudo o que deve fazer. “Este é o sentido que eu tenho de poder”, respondeu.
“Não sei se tive sucesso ou não. Mas tenho medo de mim mesmo, porque se eu
tenho medo de mim mesmo, me sinto sempre – não sei – frágil, no sentido de não
ter poder, o poder é também uma coisa passageira: hoje existe, amanhã não...
Jesus definiu o poder: o verdadeiro poder é servir”.
“Mulheres”
sacerdotisas
Questionado
sobre se, um dia, a Igreja católica terá mulheres sacerdotisas, o Papa afirmou
que “isso não se pode fazer”. Contudo, admitiu: “Estamos um pouco atrasados no
desenvolvimento de uma teologia da mulher. Devemos seguir adiante com essa
teologia. Isso sim, é verdadeiro”. (RB)
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Papa Francisco chega a Roma
O Papa Francisco chegou a Roma, ao aeroporto de Ciampino, na
manhã desta segunda-feira (28/09), às 10h locais, concluindo sua 10ª
Viagem Apostólica Internacional que o levou a Cuba e Estados Unidos.
Francisco no avião que o trouxe de volta ao Vaticano |
Antes de partir
para Cuba e Estados, Francisco foi ao templo mariano, no último dia 18, para pedir
à Mãe de Deus ajuda e proteção. É a 25ª vez que o Papa Francisco visita a
Basílica de Santa Maria Maior.
Ao chegar à
Cidade Eterna, Francisco tuitou: “De coração vos agradeço. O amor de Cristo guie
sempre o povo americano!” (MJ)
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Fonte: radiovaticana.va
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